segunda-feira, 1 de junho de 2015

Google apresenta software brasileiro para deficientes

Foto de uma criança segurando um tablet e utilizando o software. A conferência mundial Google I/O, que aconteceu ontem (28), contou com a apresentação de um software brasileiro utilizado por estudante com deficiência na fala. O Livox é um recurso que permite a essas pessoas se comunicarem através de dispositivos móveis onde é instalado. O software é baseado em algoritmos inteligentes que identificam e se ajustam a diferentes graus de deficiência motora, cognitiva e visual, sendo capaz de corrigir o toque impreciso na tela do tablet da pessoa ao selecionar uma imagem ou palavra do aplicativo. O software contém um catálogo de 20 mil imagens que podem ser utilizadas em conjunto com textos e também permite o acesso a atividades culturais, como filmes, desenhos e músicas. Um projeto da rede municipal de ensino de Recife (PE) permitirá que alunos com deficiência na fala possam se comunicar em sala de aula através do Livox. Até 2016, o projeto pretende beneficiar outros cinco mil estudantes com o acesso ao Livox para educação e convívio social. O caráter inovador do projeto despertou o interesse de executivos do Google, levando uma equipe da empresa até Recife para produzir um documentário sobre o Livox. Durante o evento, foi exibido um documentário com a história de Jonathan Lins, estudante pernambucano de 17 anos e personagem do piloto da ação. A história por trás da criação do software também é bastante interessante. Em 2011, o analista de sistemas Carlos Pereira resolveu criar um recurso que superasse as dificuldades de comunicação com sua filha Clara. O Livox foi eleito o melhor aplicativo de inclusão social do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a inovação tecnológica de maior impacto em 2014 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Atualmente, o app se comunica em 25 idiomas e atende 10 mil usuários pelo mundo, entre famílias e instituições de assistência, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). A ferramenta também é o objeto de estudo científico na área de cabeça e pescoço e UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, o maior da América Latina. Fonte: site da revista Exame.com do Adnews (com adaptações).

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