terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Inspeção constata a péssima acessibilidade do metrô do Recife

A constatação não é novidade para a grande maioria dos passageiros do metrô do Recife, mas as péssimas condições de acessibilidade do sistema responsável por transportar 400 mil pessoas por dia, foram mais uma vez evidenciadas nesta segunda-feira (30/1). Três cadeirantes que representam entidades e órgãos oficiais do Estado responsáveis por garantir o direito de ir e vir com segurança dos deficientes percorreram algumas estações do metrô para traçar um diagnóstico dos problemas. A vistoria foi determinada pelo MPPE num ação civil pública movida por passageiros com deficiência que sofrem diariamente com a falta de acessibilidade no sistema. E, como era previsto, o cenário foi ruim. Na Linha Centro, a mais movimentada do sistema, com 300 mil passageiros por dia, falta de tudo: piso direcional para orientar e dar autonomia aos cegos, rampas de acesso e corrimões são alguns dos equipamentos inexistentes constatados na inspeção. Elevadores e escadas-rolantes, encontrados em muitas das 29 estações do metrô – incluindo as Linhas Centro e Sul -, quase sempre estavam quebrados ou em manutenção. Nas rampas, existentes nas estações da Linha Centro, um obstáculo irritou os cadeirantes: o que eles chamam de grelhas, uma pequena grade para escoamento da água da chuva, por exemplo, que dificulta a passagem das cadeiras de roda. Também faltam funcionários para auxiliar os deficientes em todas as situações. Publicado por Jornal do Commercio

Apple recebe o prêmio Louis Braille pelo esforço em tornar seus produtos acessíveis a todos

Eduardo Marques Muita coisa na Apple de hoje anda sendo questionada (como o suposto/aparente abandono das Macs desktops, dos acessórios AirPorts, entre outras coisas). Mas se tem algo que todos devemos tirar o chapéu é a atenção, o cuidado e o compromisso que a empresa tem com acessibilidade. block quote A tecnologia mais poderosa do mundo é aquela que todos, inclusive as pessoas com deficiência, conseguem usar. Seja para trabalhar, criar, se comunicar, ficar em forma ou se divertir. Por isso, não criamos produtos que sirvam para apenas algumas pessoas ou para a maioria das pessoas. Nós criamos produtos para cada pessoa. block quote end Esta é, definitivamente, uma área que muitas outras empresas deveriam seguir os passos da Maçã. A prova disso foi o mais recente prêmio recebido pela empresa, o Louis Braille Award, entregue pela Associated Services for the Blind and Visually Impaired (algo como Associação de Serviços para Cegos e Deficientes Visuais). Desde 1959, a ASB concedeu anualmente o prestigiado prêmio Louis Braille para homenagear indivíduos e organizações que fizeram contribuições significativas em nome de indivíduos cegos ou deficientes visuais. O prêmio também foi dado a pessoas que são cegas ou deficientes visuais que superaram grandes probabilidades de fazer realizações notáveis e têm fornecido inspiração para outras pessoas que vivem com alguma deficiência visual. Os recursos arrecadados na cerimônia de premiação beneficiam diretamente os programas e serviços da associação. Jordyn Castor, engenheira da Apple que nasceu cega, foi uma das que receberam o prêmio em nome da Maçã. Em 2015 , a Apple foi homenageada pela AFB (American Foundation for the Blinds, ou Fundação Americana para Cegos), recebendo o prêmio Helen Keller; esses reconhecimentos só mostram que a Apple definitivamente está no caminho certo quando o assunto é tornar suas linhas de produtos acessíveis para todos. https://macmagazine.com.br/2017/01/29/apple-recebe-o-premio-louis-braille-pelo-esforco-em-tornar-seus-produtos-acessiveis-a-todos/

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Glifosato causará autismo em 50% das crianças até 2025, afirma cientista do MIT 

Corroborando uma crescente tendência no aumento das taxas de autismo, uma cientista sênior de pesquisa do MIT, alertou que de todas as crianças, um inquietante 50% serão autistas em 2025. Quem é o culpado? Round-Up, o mais vendido da Monsanto que contém glifosato, está no topo da lista. O uso excessivo de glifosato em nossa alimentação está causando doenças como Alzheimer, autismo, câncer, doenças cardiovasculares e deficiências da nutrição, entre outros. Stephanie Seneff, uma bióloga PhD, que já publicou mais de 170 artigos acadêmicos revisados por pares, e estudou essas doenças por mais de três décadas, aponta os transgênicos como um dos principais contribuintes para doenças neurológicas em crianças. Em uma recente conferência, a Dra. Seneff declarou: “No ritmo atual, em 2025, uma em cada duas crianças serão autistas.” Atualmente, uma em cada 68 crianças nos EUA nascem com autismo. Atualmente é a deficiência de desenvolvimento de mais rápido crescimento, com taxas aumentado em quase 120% desde o ano de 2000. Em dez anos, o custo para tratar as pessoas afetadas pelo autismo irá custar 400 bilhões de dólares por ano nos EUA, além dos custos emocionais incalculáveis, os quais as famílias pagarão diariamente para viver e apoiar uma criança com autismo. A Dra. Seneff notou que os sintomas de toxicidade do glifosato assemelha-se estreitamente com aqueles do autismo. Ela também apresentou dados na conferência que mostram uma correlação estranhamente consistente entre o uso de Roundup em plantações (e a criação das sementes transgênicas Roundup-ready), com o aumento das taxas de autismo. A correlação entre os dois incluem biomarcadores, tais como a deficiência de zinco e ferro, baixo serum sulfate, convulsões e doenças mitocondriais. Um colega palestrante que estava presente relatou após a apresentação da Dra. Seneff que: “Todos as 70 ou mais pessoas presentes estavam se contorcendo, provavelmente porque agora tinham sérias dúvidas sobre servir os seus filhos, ou eles próprios, qualquer coisa com milho ou soja, os quais são quase todos geneticamente modificados e, assim, contaminados com Roundup e seu glifosato.” A Dra. Seneff apontou que grande parte dos alimentos em prateleiras de supermercado contém milho e soja transgênicos, todos com pequenas quantidades de vestígios de glifosato. Isto inclui refrigerantes adoçados com alto teor de frutose (geneticamente modificados) e xarope de milho, batatas fritas, cereais, doces, e até mesmo barras de proteína de soja. Grande parte de nossa carne e aves também é alimentada com uma dieta de milho e soja transgênicos, os quais também contêm traços de glifosato. Você acha que seu pão está seguro? Pense de novo. O trigo é frequentemente pulverizado com produtos químicos Roundup nas vésperas da colheita, significando que, exceto que seus produtos de pão ou trigo sejam certificados não-OGM e orgânicos, eles provavelmente contêm traços de glifosato. Quando você soma tudo isso – estamos jantando glifosato em quase todos os alimentos que ingerimos, e ele está causando doenças graves. A Dra. Seneff diz que, embora os traços de glifosato em cada alimento possam não ser grandes, é o seu efeito cumulativo que é motivo de preocupação. Sua preocupação parece bem fundamentada, considerando que tem sido encontrado glifosato no sangue e na urina de mulheres grávidas, e ele tem aparecido até mesmo em células fetais. Fonte: site O Nortão.

Vale promove capacitação e qualificação de educadores para acessibilidade em espaços culturais

A Igreja da Pampulha, visitada por Ricardo Shimosakai, pode ser muito mais acessível se possuir profissionais capacitados Como uma pessoa com deficiência visual, auditiva, intelectual ou física pode ter uma experiência positivamente marcante ao visitar um museu? Considerado pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) um dos 60 espaços culturais em BH acessíveis a pessoas com deficiência, o Memorial Minas Gerais Vale sediou recentemente (de 28/11 a 1/12) o curso “Capacitação e qualificação dos recursos humanos para acessibilidade em espaços culturais”, iniciativa da Fundação Dom Bosco viabilizada com recursos incentivados pela Vale por meio do PRONAS. Educadores e Gestores dos Espaços Culturais de três localidades participaram da capacitação: Memorial Minas Gerais Vale, Museu Vale (Vitória) e Casa de Cultura de Canãa (PA). Também participaram da capacitação vários museus do Circuito Cultural Liberdade, como o Museu das Minas e do Metal Gerdau, o CCBB, a Superintendência de Museus, o Arquivo Público e a Casa Fiat de Cultura, além dos de Belo Horizonte: Museu de Artes e Ofícios, Museu do Brinquedo, entre outros. O encontro foi ministrado pela especialista, fundadora e coordenadora da Rede de Informação de Acessibilidade em Museus (RINAM), Viviane Panelli Sarraf, e abordou temas desde os direitos das pessoas com deficiência, até recursos práticos de mediação multissensoriais, como tato, audição, olfato e paladar. Também foram apresentados recursos de audiodescrição e orientação de visitas para pessoas com deficiência visual; ações de relacionamento e atendimento de pessoas com deficiência; e dicas e treinamento prático de orientação, relacionamento e comunicação com pessoas com deficiência visual, intelectual, física, múltipla, surdos e surdocegos. “Estamos cientes de que, apesar dos múltiplos investimentos nessa área, ainda temos muito o que avançar na capacitação das pessoas que lidam diretamente com os visitantes dos espaços, de forma que viabilizem às pessoas com deficiência experiências igualmente enriquecedoras de formação”, avalia o gerente do Memorial Minas Gerais Vale Wagner Tameirão. “O sonho de tirar os projetos do papel e executá-los só foi possível pelo apoio das empresas privadas como a Vale que acreditam que o lugar da pessoa com deficiência é na sociedade, transitando e acessando a saúde, a assistência social, a educação, a cultura e o lazer”, agradeceu a gestora institucional da Fundação Dom Bosco Roberta Carvalho. Fonte: Vale

10 perguntas e respostas sobre a contratação de pessoas com deficiência

As condições de contratação de pessoas com deficiência ainda geram dúvidas nos contratantes, principalmente os de pequeno porte. Para resolver parte dessas questões, o Blog Guia Trabalhista preparou 10 perguntas e respostas comuns sobre o assunto. As dicas foram retiradas do livro Direitos Trabalhistas – Perguntas e Respostas Site externo, de Sergio Ferreira Pantaleão. Acompanhe: 1 – Há alguma regra especial quanto à formalização do contrato de trabalho com trabalhador portador de deficiência? Não. As normas gerais da CLT em relação ao contrato de trabalho aplicadas ao trabalhador sem deficiência também são aplicadas ao portador com deficiência. 2 – O trabalhador com deficiência tem direito à jornada especial? Sim, dependendo do grau de deficiência do trabalhador poderá haver horário flexível ou reduzido, com proporcionalidade de salário, quando tais procedimentos se fizerem necessários. É o caso, por exemplo, do trabalhador que possui acompanhamento semanal em tratamento médico (exigindo horário determinado), situação em que a empresa deverá estabelecer um horário de trabalho de tal forma que o mesmo possa realizar o tratamento – ( Decreto nº 3.298/99 Site externo). 3 – Qual a remuneração a ser paga ao empregado com deficiência? Não há qualquer diferenciação quanto ao salário a ser pago, sendo igual aos demais empregados na mesma função, força do art. 7º, incisos XXX e XXXI, da Constituição Federal de 1988 e o art. 461 da CLT. 4 – O empregado com deficiência tem direito ao vale-transporte? Salvo se o trabalhador deficiente for detentor de passe livre que o isente do pagamento de passagens em transporte coletivo em todo o trecho de deslocamento entre a residência e o local de trabalho (Lei 6.418/85 e Decreto 3.691/00), este terá direito ao vale-transporte normalmente. 5 – Como informar na Relação Anual das Informações Anuais (RAIS) que o empregado é pessoa com deficiência? No campo sobre os dados pessoais do empregado, no item “Deficiente Habilitado ou Beneficiário Reabilitado”, deve ser marcado o campo como “Sim”, se o trabalhador é pessoa com deficiência. Em complemento a esta informação, ainda deve ser indicado o tipo de deficiência com a seguinte codificação: 1 – Física; 2 – Auditiva; 3 – Visual; 4 – Mental; 5 – Múltipla; e 6 – Reabilitado. A empresa é passível de ser autuada se apresentar a RAIS contendo informações inexatas ou declarações falsas (art. 24 da Lei nº 7.998/90 Site externo, c/c art. 7º do Decreto nº 76.900/75). 6 – Há alguma obrigatoriedade de informar no CAGED se o empregado é pessoa com deficiência? Sim. Em qualquer movimentação devem ser informados, no campo reservado, os dados cadastrais do empregado no item “Portador de Deficiência”, colocando “1” para indicar “SIM”. 7 – O empregado com deficiência possui estabilidade? Ele pode ser dispensado sem justa causa? Não há previsibilidade legal de estabilidade para o empregado com deficiência. A dispensa de empregado com deficiência ou reabilitado, quando se tratar de contrato por prazo determinado, superior a 90 dias, e a dispensa imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes. A demissão de um trabalhador com deficiência ensejará a contratação de outro com deficiência. Essa regra deve ser observada enquanto a empresa não tenha atingido o percentual mínimo legal. Fora desse requisito, valem as regras gerais que disciplinam a rescisão do contrato de trabalho (art. 93 da Lei nº 8.213/91 Site externo). 8 – O aprendiz com deficiência pode contar, simultaneamente, para a cota de aprendizagem e de pessoas com deficiência? A legislação trabalhista dispõe que não há sobreposição das cotas, já que cada uma delas tem finalidades e condições próprias. Cada instituto possui finalidade própria, pois enquanto a legislação fala na habilitação prévia ao deficiente, a aprendizagem visa justamente habilitar o aprendiz para o mercado de trabalho. 9 – Há algum impedimento para que uma pessoa com deficiência seja contratada como aprendiz? Não há nenhuma oposição. Ao contrário, o instituto da aprendizagem pode se constituir em um importante instrumento de qualificação desse segmento, pois sequer há limite de idade (§ único do art. 2º do Decreto nº 5.598/05). Não obstante, a contratação deverá ser enquadrada na cota de aprendiz. 10 – O empregado com deficiência contratado por empresa terceirizada conta para fins de comprovação de preenchimento da cota da tomadora? A legislação fala de reserva de cargos que devem ser preenchidos pela empresa. Dessa forma, os empregados da empresa terceirizada somente contam para esta, não para a tomadora. Fonte: Blog Guia Trabalhista Site externo

UFG desenvolve aplicativo de olho eletrônico para pessoas cegas.

 O objetivo é descrever situações em tempo real para que deficientes visuais possam se localizar com facilidade 27/01/2017 11:32 Com a finalidade de facilitar o cotidiano e gerar autonomia de locomoção e localização para deficientes visuais, a Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveu o Deep Vison – Olho Eletrônico que descreve ambientes para pessoas cegas. O aplicativo funciona a partir dos comandos de voz â€Sveja† ou â€So que tem aqui?†, que acionam a câmera do dispositivo, fotografando uma situação e, em seguida, detalha especificadamente por meio de um áudio o ambiente em que o usuário se encontra. Segundo o pesquisador, Anderson Soares, o aplicativo terá duas funcionalidades específicas, sendo a primeira a descrição de ambientes e a segunda um direcionamento sensorial de trânsito, no qual a câmera captará objetos em movimento e obstáculos, o que gera um efeito sonoro no fone de ouvido. â€SA ideia é que o app colabore com os mecanismos de acessibilidade já existentes, permitindo que o usuário se localize com total autonomia, sem precisar de outro individuo†, afirma. O aplicativo estará disponível para download até o final deste ano e o seu funcionamento dependerá de conexão com a internet. Já para 2019, pensando na realidade brasileira, o objetivo é a criação de um óculos eletrônico com as mesmas funcionalidades, mas que não faça uso de banda larga. O projeto conta com um site para que qualquer pessoa possa realizar um teste e entender como o software funciona. Redes Neurais A aprendizagem profunda, conhecida como Deep Learning, é uma das vertentes mais prevalentes do mundo computacional, pois promove o entendimento de imagens explica o pesquisador, Otávio Calaça. Segundo ele, a partir dessa funcionalidade, o aplicativo utiliza quatro redes neurais com aproximadamente 400 milhões de parâmetros que fazem o reconhecimento das imagens. A primeira rede é responsà¡vel por fazer o reconhecimento da voz do usuário, acionando a cà¢mera para a captura da foto eletrônica. â€SEm seguida, a segunda rede capturará os detalhes da imagem que foi tirada pela câmera, acionando a terceira rede que irá vincular os detalhes capturados em uma espécie de texto†, afirma. O pesquisador aponta que, por fim, a última rede neural será acionada para um processamento de voz, gerando um áudio tanto em inglês quanto em português, para descrever a situação em que o usuário se encontra. fonte: http://www.opopular.com.br/editorias/cidade/ufg-desenvolve-aplicativo-de-olho-eletr%C3%B4nico-para-pessoas-cegas-1.1216331--

sábado, 28 de janeiro de 2017

Parque temático na Hungria aborda inclusão social

Adultos e crianças experimentam as dificuldades de se locomover com uma cadeira de rodas Adultos e crianças experimentam as dificuldades de se locomover com uma cadeira de rodas Para os viajantes curiosos, visitar o Ability Park, em Budapeste, é uma ótima escolha para incluir no seu roteiro pela Hungria. O parque temático permite que as pessoas se familiarizem com os diferentes tipos de deficiências, vivenciando o outro lado da história de maneira lúdica. Os visitantes, guiados por cadeirantes, deficientes visuais, auditivos e mentais, são desafiados física e mentalmente durante a visita, e podem se divertir na tentativa de cumprir esses desafios. O parque recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais pela sua proposta de modificar atitudes e conscientizar as pessoas. Entre as atividades que a equipe propõe estão o percurso de obstáculos utilizando cadeira de rodas, jogos de lógica e memória usando linguagem de sinais, testes de tato e olfato, labirinto às cegas e workshops. É possível também conhecer a Miracle City, uma cidade virtual em que o visitante deve tentar descobrir suas leis, sendo orientados por deficientes mentais. O parque fica aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Fonte: Vitrine Digital

Projeto fotográfico com cadeirantes procura encorajar mulheres com deficiência a casar na igreja

RIO — Casar-se vestida de noiva faz parte do imaginário de muitas mulheres. Para as que têm alguma deficiência física, no entanto, há, muitas vezes, dificuldades extras no caminho, que vão de preconceito à falta de locais adaptados para realização do Dia da Noiva. Encontrar vestidos para cadeirantes? Outro grande problema. Com o objetivo de chamar a atenção para esta situação, o projeto PARAnoivas oferece ensaios fotográficos que visam a encorajar mulheres com deficiência física a não desistir do sonho de se casar de véu e grinalda. Paralelamente, há o desejo de sensibilizar empresários e prestadores de serviço para a necessidade de contemplar também este público. Idealizadora da ideia, a maquiadora Juliana Rezende conta que esbarrou no preconceito até mesmo ao buscar parcerias para os primeiros ensaios. — Expliquei o conceito do projeto à dona de uma loja de trajes de noivas e ouvi como resposta que ela não queria sua marca associada a “esse tipo de público”. O mesmo ocorreu com os responsáveis por uma casa de festas que pedi para usar como locação para as fotos. As pessoas devem entender que o diferente não é feio; feio é o preconceito. Quero mostrar às noivas com deficiência que elas têm o direito de viver esse sonho — afirma Juliana, que teve a ideia após trabalhar na Paralimpíada. A história do PARAnoivas começou a ser escrita depois que Juliana encontrou pessoas dispostas a participar, entre elas fotógrafos, uma artesã que faz buquês, uma esteticista e uma estilista. Graças a esse grupo, as cadeirantes interessadas podem viver a experiência de um Dia de Noiva típico, com direito a tratamento estético, limpeza de pele e massagem relaxante com pedras quentes. Pelos serviços e as fotos, são cobrados R$ 1.300. — Quem não puder pagar pode fazer do mesmo jeito — garante a maquiadora. Sem movimentos da cintura para baixo, Léia Santos conta que enfrentou dificuldades, há três anos, quando decidiu se casar na igreja. Por isso, aceitou ser modelo do material de divulgação do projeto sem pestanejar. — Ouvi de uma costureira que, se ela fosse fazer os ajustes necessários devido à cadeira, estragaria o vestido. Também disseram que eu não tinha condições de me casar na igreja, o que me fez me sentir inferior. Mas lutei bastante pelo meu sonho e enfrentei as barreiras — conta, emocionada. — É comum as cadeirantes desistirem de subir ao altar por causa das dificuldades. O preconceito ainda é grande. O projeto vai ajudar as noivas que sonham com esse momento a não desistirem. fonte jornal o globo

Pessoas com deficiência ganham academias adaptadas nos municípios

O Estado de São Paulo possui 140 municípios com academias que possuem aparelhos de musculação adaptados para o uso de pessoas com deficiência. O benefício é resultado de um programa do Governo do Estado desenvolvido em parceria com as prefeituras paulistas. O gestor do programa, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, distribui para as prefeituras um conjunto de dez aparelhos para serem montados em ginásios e ao ar livre. O objetivo é a inclusão das pessoas por meio do esporte. O praticante recebe supervisão e orientação de profissionais de educação física. O uso dos aparelhos contribui para melhorar a autoestima e a capacidade física, assim como apresenta ganhos em autonomia, postura, mobilidade e independência, para a pessoa com deficiência. Fonte: Portal do Governo do Estado Site externo

O Milagre de Anne Sullivan. Filme baseadio na história real da surdocega Helen Keller. 

O Milagre de Anne Sullivan. Filme baseadio na história real da surdocega Helen Keller.  Data: Sat, 21 Jan 2017 22:56:34 -0200  De: junior   Para: marcia.lorena2015@gmail.com fim da tabela O Milagre de Anne Sullivan(The Miracle Worker) é um filme dos Estados Unidos de 1962, do gênero drama biográfico, dirigido por Arthur Penn, e baseado no livro The Story of my Life, de Helen Keller e na peça teatral de William Gibson. O filme relata a história de uma menina cega. Não só cega, mas muda. E como se não fosse demais, era uma menina surda, muda e cega. O nome dela era é Helen Keller, de sete anos, filha de proprietários de terras. Keller não sabia o que era mundo e não sabia como interpretá-lo, e apesar disso tudo, ela precisava muito se expressar. O filme é muito complexo, mas ao mesmo tempo é humano demais. Um filme que mostra como o ser humano não está seguro sobre as coisas que a vida pode aprontar. O Milagre de Anne Sullivan é um retrato psicológico, mostra-nos como não sabemos lidar com com limites físicos e a realidade de um ser humano. O filme é um pouco agressivo no sentido de mostrar as dificuldades de se viver em um mundo silencioso e escuro, como o de Helen, e que não há como ignorar a dor de uma garotinha. A menina não conhece o mundo à sua volta, mas sabe do que precisa para viver e acaba por se tornar uma tirana em sua casa, já que sua família lhe dava todas as liberdades como uma “inválida”, como achavam que Helen era. A menina tinha o total domínio em sua casa, então, portanto controlava o comportamento de seus familiares; ela não entende como é ser educada e muito menos como escutar um não. A Helen recebe uma orientação de uma pessoa com suma importância, que é Anne Sullivan, uma professora. Ela é uma mulher que era cega (fez nove cirurgias nos olhos) e usa óculos escuros para proteger-se do sol, acostumada a conviver com cegas e cegos, mas ao se deparar com Helen, entende que ali está o maior desafio da sua vida: o desafio de explicar a uma menina como viver no mundo e como entende-lo, e seu maior objetivo era que todos a tratassem como uma pessoa normal.. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança. 11/foto-original-de-helen-keller-e-anne-sullivan Ao conhecer Anne, o pai de Helen transpareceu um enorme preconceito dizendo: “… eles esperam que uma cega ensine a outra”. Como explicar a uma menina que terra é a terra? Que fome é vontade de comer? Como mostrar a árvore para uma menina, que não consegue vê-la? Como ensinar a menina comer com garfos e facas, se a menina não sabe nem o que é educação? Como ensinar a menina o que é o amor? São essas as perguntas que Anne se faz durante o filme todo. A relação que as personagens travam entre si foge completamente da esperada por todos que assistem ao filme: ao contrário de amor e compreensão de imediato, Anne se torna uma megera na vida de Helen. Anne demonstra que a única forma de ensinar Helen a ser gente, é a tirando de seu pedestal, a destronando de seu império, criado pela dó e pena que seus pais tinham, e mostrar o que é a realidade para a garotinha. A realidade não é bonita. Comer no prato não é fácil, saber indicar as coisas e seus significados é quase impossível. Anne resolve criar um método de comunicação entre elas: o tato seria o alfabeto. O tato serviria como o meio de comunicação, fazendo com que Anne e Helen desenvolvam uma sequência de palavras associadas aos gestos das mãos. O primeiro contato de Helen com o alfabeto no tato em libras foi no momento em que Helen encontra uma boneca na mala de Anne e descobre que ela possui a mesma forma de seu rosto. Durante anos, Hellen Keller tem comportamento selvagem e indisciplinado. O estimulo da comunicação através de um dos sentidos (tato) com Anne Sullivan a incentiva a utilizar o tato como o elo entre ela e o mundo; desenha palavras na mão da menina a fim de que ela compreenda a relação entre as palavras e seus significados. O tato passa a ser a via pela qual a menina “enxerga” o mundo, até que, em um momento, compreende realmente a linguagem. A partir daí, aprende o alfabeto Braille e aos dez anos começa a falar. As cenas são definitivamente emocionantes, como por exemplo, quando Helen começar a correr e encostar-se às coisas , perguntando para Anne como era o nome delas, árvore, chão, degrau e professor. Uma das cenas mais lindas. O filme conta a história da persistente professora do título, contratada para ensinar Hellen que fica surda e cega aos 18 meses de vida. A força de vontade, vocação e fé de Sullivan é tanta que nada parece ser obstáculo para ela, nem mesmo os próprios pais de Hellen, com quem vive entrando em conflito Em 1904, formou-se com louvor, e foi a primeira aluna cega e surda e terminar um curso universitário. Enfim, o filme carrega uma mensagem de dor, conquista e apoio que poucos filmes apresentam ter. O milagre de Anne Sullivan é um dos mais bem filmes produzidos e virar as costas para uma obra rara dessas, é, no mínimo, ignorância imperdoável. “Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar” – Helen Keller Fonte: Educação especial e inclusiva

Surfista que ficou cego aos 16 anos volta a competir: 'Tem que acreditar'

Elias 'Figue' perdeu a visão em um acidente, quando participava de seletiva. Ele buscou força em outros esportes antes de voltar às ondas em SC. G1 SC Elias "Figue" Diel começou a surfar ainda criança. Fazia isso diariamente até sofrer um acidente de carro que lhe tirou a visão, aos 16 anos. Quase 30 anos anos depois, ele decidiu voltar a participar de campeonatos sobre as ondas. "Tenho uma grande paixão desde a infância e isso ficou dentro de mim, sempre desejei muito", diz o morador de Itajaí, no Litoral Norte. "Um dia antes do acidente eu estava participando da seletiva brasileira pro mundial ISA amador. Vinte e sete anos depois eu fui convidado para participar do campeonato mundial ISA, só que de surfe adaptado. Na vida a gente nunca pode perder a esperança. Tem que seguir em frente, tem que acreditar", diz Figue, hoje com 43 anos. Até retornar às raízes do surfe, há dez anos, Figue buscou força e equilíbrio na ioga. "É como se eu pudesse me apoiar dentro dessa prática, acalmar minha mente, acalmar um pouco essa agitação que a gente tem, essa ansiedade". Surfista voltou a competir décadas após ficar cego (Foto: Reprodução/RBSTV) Surfista voltou a competir décadas após ficar cego (Foto: Reprodução/RBSTV) Ele gostou tanto de meditar que virou professor de ioga. Também começou a lutar jiu-jitsu e a escalar. Foi então que o gosto pelo surfe falou mais alto. Nas ondas mundo afora Desde que voltou a surfar, Figue já esteve em lugares como Peru, Cabo Verde, Costa Rica, El Salvador, Indonésia e Estados Unidos, onde conquistou medalha de prata no primeiro campeonato mundial de surf adaptado, na categoria de deficientes visuais, em dezembro. Em agosto, ele deve ir para o Havaí, e em dezembro desde ano, para San Diego. "Nesses lugares as ondas realmente entram fortes. Fica difícil acreditar que quem não enxerga vai conseguir. E ele foi lá e provou que dá", diz o o irmão do surfista, Cláudio Diel. No mar, Figue nunca entra sozinho. Quando não é o irmão, ele sempre conta com a ajuda de um amigo. "A gente precisa estar situado na posição certa, quando a série vem eles me orientam a hora de começar a remar e pegar a onda... depois é só sentir e curtir a onda" O irmão diz aprender com Figue todos os dias. "A lição de não desistir, de acreditar sempre, de acordar toda a manhã e fazer uma oração e agradecer por estar vivo. Essa é a lição que ele me passa todo dia".

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Brasília recebe festival de filmes inclusivos voltados para pessoas com deficiência

Longas terão recursos de acessibilidade como legendagem e audiodescrição. Festival começa nesta quinta no Cine Brasília; entrada é gratuita. Trecho do filme Colegas, que será exibido neste sábado (28) no Cine Brasília (Foto: Reprodução) Pessoas com deficiência visual ou auditiva vão ter a oportunidade de acompanhar, a partir desta quinta-feira (26), filmes, animações e séries com recursos inclusivos no Cine Brasília. É que o espaço vai receber até domingo (29) um festival com todas as sessões legendadas, traduzidas na liguagem de sinais ou com audiodescrição – recurso voltado para cegos que narra todos os acontecimentos que se passam na telona. As sessões são gratuitas e a classificação indicativa é livre. A expectativa do evento é atender, segundo a Secretaria de Cultura, pessoas que nunca foram ao cinema por não encontrarem espaços que oferecem conteúdos acessíveis. Atualmente, o DF conta com cerca de 570 mil pessoas com deficiência. citação "Oferecer um Festival de Cinema Inclusivo é respeitar o direito de ir e vir de todas as pessoas com os seus entes queridos em um espaço público e democrático de lazer e cultura", classifica a Subsecretária de Cidadania e Diversidade Cultural do DF, Jaqueline Fernande fim da citação A abertura das salas se inicia de quinta a sábado (28) sempre às 14h15 e os filmes começam pontualmente às 15h. Já no domingo, as atividades serão pela manhã, a partir das 9h15, com a sessão às 10h . Após cada sessão haverá rodas de conversa acessibilidade. Serviço Cine Brasília - EQS 106/107 - Asa Sul 26 a 29 de janeiro Entrada franca 26/01 Quinta-feira Filme: Paratodos Acessibilidade: Descrição em Libras e Legendagem A partir de 14h15 27/01 Sexta-feira Filme: Geração 21 Acessibilidade: Legendagem A partir de 14h15 28/01 Sábado Filme: Colegas Acessibilidade: Legendagem e audiodescrição A partir de 14h15 29/01 Domingo Filme: A ser definido A partir de 9h15 fonte Por G1 DF

Carnaval 2017: Ingressos com desconto para pessoas com deficiência

Os ingressos com 50% de desconto para pessoas com deficiência assistirem aos desfiles de 2017 no Sambódromo já estão à venda nas bilheterias do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1209), no Boulevard da estação São Bento, do Metrô, e no site www.ingressosligasp.com.br Site externo. Caso necessário, a meia-entrada também poderá ser adquirida para um acompanhante. Uma das novidades é a possibilidade do uso do Bilhete Único Especial – Pessoa com Deficiência como alternativa aos documentos que comprovam o benefício da meia-entrada. No total, haverá 70 espaços reservados para cadeirantes distribuídos entre os setores A, B, D, E, F e G do Sambódromo do Anhembi, assim como outros 70 lugares anexos para quem acompanhá-los ao evento. Os principais portões do local possuem rampas de acesso e todos os setores contam com banheiros adaptados com acessibilidade e sinalização. Além disso, a localização desses espaços foi definida para que o preço também ficasse acessível e com boa visibilidade do desfile, como conta Roberto Belleza, assessor da Diretoria de Infraestrutura da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos que administra o Anhembi) sobre temas de acessibilidade. E, como todos os anos, a Prefeitura de São Paulo disponibiliza o serviço das vans do Atende para o transporte de ida e volta ao Sambódromo de pessoas com deficiência (máximo de 2 acompanhantes por pessoa com deficiência), das estações Barra Funda e Tietê do metrô, além do estacionamento localizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Pessoas com deficiência já cadastradas em anos anteriores poderão adquirir ingressos da categoria meia-entrada nas bilheterias e pelo do site www.ingressosligasp.com.br/regulamento.asp#meia-entrada Site externo, somente nas categorias arquibancada e cadeira de pista. – Carteirinha da SPTuris: a pessoa com deficiência ou o seu representante legal deve comparecer até o dia 17/02/2017 à Ouvidoria da SPTuris (Av. Olavo Fontoura 1209 – Portão 31 do Anhembi), de segunda à sexta, das 9h às 17h, trazendo RG e CPF originais, duas fotos 3×4 e laudo médico para elaboração do cadastro e emissão da carteirinha. • Pelo site: efetuar o cadastro do comprador no site ingressosligasp.com.br Site externo. Enviar os documentos necessários (Laudo Médico ou cópia do Bilhete Único Especial Deficiências) para o e-mail carnavalmeiaentrada@soudaliga.com.br. A documentação será analisada em um prazo de 5 dias úteis. Após aprovação, o cadastro será habilitado a realizar a compra. Mais informações pelo telefone (11) 2226-0432 ou pelo e-mail ouvidoria@spturis.com. Confira mais informações sobre política de meia-entrada no site Site externo. Fonte: São Paulo Turismo Site externo

Paulistanos celebram aniversário de São Paulo com atividades Inclusivas

A programação contou com maratona circense, leitura de poemas e teatro com interpretação de Libras São Paulo iniciou seus 463 anos com uma grande festa! Para celebrar o aniversário da cidade, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, promoveu uma programação artística gratuita que contou com várias atividades inclusivas, na última quarta-feira, 25. Com apoio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), nove atrações contaram com tradução em Libras para pessoas com deficiência auditiva. Entre a programação, estava a maratona circense e leitura de poesias com grandes nomes da dramaturgia brasileira. As atividades foram traduzidas por profissionais da Central de Interpretação de Libras (CIL), serviço coordenado pela SMPED e que, desde 2015, realiza a mediação da comunicação entre surdos e o atendimento em serviços públicos na cidade de São Paulo. Maratona Circense As apresentações de circo começaram animadas no vão livre do MASP, na região da Avenida Paulista. Com tradução em Libras, o show da Palhaça Rubra chamou a atenção de crianças e adultos que se encantaram com o espetáculo, que contou com canções de cantores consagrados, como Tim Maia e Raul Seixas. “Gostei muito das apresentações com Libras, isto possibilita que todos os públicos participem da atividade, e nós, que não temos deficiência, conhecemos um pouco mais da língua”, disse Ricardo Oliveira, 30, que foi prestigiar a programação. Às 15h, os Parlapatões subiram ao palco e apresentaram números cômicos e circenses de diversos espetáculos da trajetória de mais de 20 anos do grupo. Por fim, às 16h, o mágico Ricardo Malerbi realizou números impactantes, prendendo a atenção do público do início ao fim. Imersão aos textos que marcaram a vida de atores Já na biblioteca Mário de Andrade foi realizado o espetáculo ‘Grandes atores, grandes textos’, onde nomes consagrados da dramaturgia brasileira, como Regina Duarte, Juca de Oliveira, Barbara Paz, Pascoal da Conceição e Fúlvio Stefanini leram poemas e textos que marcaram suas trajetórias profissionais. O ator Pascoal da Conceição ficou entusiasmado em ter a sua apresentação com intérprete de Libras: “Acho fantástica esta iniciativa, mas o intérprete de Libras não pode ser alguém isolado do espetáculo, ele tem que fazer ser parte do show também como se ele fosse uma peça fundamental”, explicou o artista. Participaram da atividade, o secretário municipal da Cultura, André Sturm, e o secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, que prestigiaram a leitura de um texto de Shakespeare realizada pelo ator Juca de Oliveira: “Disponibilizar espetáculos com acessibilidade é essencial para toda população; é garantir ao cidadão acesso à cultura e a educação”, explicou o secretário Torquato. Laila Sankari, que é surda, acompanhou a leitura de poemas de Mário de Andrade feita pela atriz Regina Duarte, e ficou emocionada: “Eu nunca tinha ido ao teatro, para mim foi uma experiência inesquecível, fiquei tão empolgada quando recebi o convite que acabei chamando mais amigos também surdos e eles adoraram!”, ressaltou. Laila acrescenta que gostaria muito que todos os teatros tivessem intérpretes: “A maioria dos surdos e outras pessoas com deficiência auditiva não frequentam montagens teatrais por conta da falta de acessibilidade. São poucas as peças que disponibilizam interpretação em libras ou legendas”, finalizou. A comemoração dos 463 anos de São Paulo contou com mais de 30 atrações como shows de música, dança e esporte nos equipamentos de cultura e lazer municipais. fonte s m p e d

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Anhanguera oferece bolsas a distância para pessoas com deficiência

As unidades da Anhanguera oferecem 285 bolsas de estudos integrais em vários estados do Brasil e o Distrito Federal para pessoas com deficiência (PcD) . As bolsas são destinadas a todos os cursos de graduação na modalidade de ensino totalmente a distância. As inscrições vão até 15 de fevereiro e poderão ser feitas on-line ou diretamente na instituição. Para concorrer as vagas, os candidatos devem ser portador de algum tipo de deficiência, conforme decreto 3.298/99; apresentar laudo médico que ateste a condição de pessoa com deficiência no ato da matrícula; além de entregar a documentação listada no edital. Unidades no DF: Taguatinga/DF – Brasília – (61) 3353-7900 / QS 01 Rua 212 Lotes 11, 13 e 15, s/n, Aguas Claras Taguatinga/DF – FACNET – (61) 3451-8800 / QS 01 Rua 210 Lote 40, 40, Taguatinga Sul Taguatinga/DF – Santa Terezinha – (61) 3355-8700 / QI 20 Lotes Ímpares 1/25, Taguatinga Norte.

Esta designer com síndrome de down criou um manual de diagramação para livros acessíveis

Fernanda Schacker Machado é formanda em Design Gráfico na ULBRA. Apaixonada por tudo que envolve criatividade e imaginação. A importância dos livros em nossas vidas é e deve ser tamanha que eles não podem estar restritos somente às pessoas que não enfrentam qualquer dificuldade para conseguir os ler. Seja por questões motoras, intelectuais ou visuais, o fato é que os leitores com necessidades especiais precisam ser contemplados pelas editoras na hora de fabricarem seus livros – e essa é a premissa do Guia de diagramação para um livro acessível, da designer gaúcha Fernanda Schaker. Um dos destaques do III Fórum Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social realizado na Feira do Livro de Porto Alegre, Fernanda – que é ela própria portadora de Síndrome de Down – explica o que se pode fazer para para transformar os livros em objetos mais acessíveis, e como a produção editorial pode incluir aqueles que possuem necessidades especiais. E os exemplos são diversos: pensar a gramatura do papel para que ele não se danifique caso precise ser manipulado por uma ferramenta especial, um clipe de arame que possa manter o livro aberto, a escolha da fonte, dos padrões de alinhamento e os limites do texto melhores aplicados para ajudar alguém com dificuldades visuais, e muito mais. o-livro-possui-ainda-uma-especie-de-sobrecapa-que-possibilita-que-ele-fique-apoiado-de-pe-numa-inclinacao-de-20o O livro possui ainda uma espécie de sobrecapa, que possibilita que ele fique apoiado de pé, numa inclinação de 20º. A publicação ainda não possui editora, e nasceu do mais sincero e nobre sentimento: a autora gostaria de, através do amor que ela própria possui pelos livros, ajudar outras pessoas. E foi para isso que ela cursou design gráfico: para criar o guia, e tornar o livro algo ainda mais libertador, para mais pessoas, que poderão, através de suas páginas especiais, superar qualquer limite. Fonte: hypeness

Internado há mais de 40 anos, paciente cria série de animação dentro do hospital

Paulo Henrique Machado deitado na cama do hospital, ao lado do computador de onde criou toda a sua animação Paulo Henrique Machado deitado na cama do hospital, ao lado do computador de onde criou toda a sua animação Vítima de paralisia infantil e morando há mais de 40 anos em uma UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Paulo Henrique Machado, 45, decidiu transformar suas aventuras em uma animação 3D. Voltada para o público infantil, a série de desenhos “As Aventuras de Léca e Seus Amigos” mostra a infância de sete crianças com deficiência física. Léca, melhor amiga de Paulo, mora na cama ao lado. É Eliana Zagui, também vítima da pólio e autora do livro “Pulmão de Aço – uma vida no maior hospital do Brasil” (Belaletra Editora, R$ 36). Para sair do papel, o projeto tenta um financiamento coletivo por meio do site http://catarse.me/pt/leca. Serão necessários conseguir R$ 120 mil para a produção. Leia abaixo o depoimento dele: Minha mãe morreu dois dias depois que eu nasci. Com um ano e meio, tive paralisia infantil. Vim para o Hospital das Clínicas sem movimento nas pernas e, com o tempo, a paralisia atingiu também meu sistema respiratório. Desde então, dependo do aparelho de respiração artificial para continuar vivo. Aqui no hospital, aprendi a ler e a escrever. Conclui o ensino médio e fiz vários outros cursos de informática e na área de softwares. Lembro-me de quando era pivete, podia andar de cadeira de rodas pelo hospital e visitar meus amigos em outros quartos. Líamos historinhas infantis uns para os outros. Minha capacidade de respiração foi piorando e eu já não podia mais sair da cama. Eu e mais seis amigos, todos com paralisia infantil, fomos transferidos para um quarto [só ele e Eliana Zagui sobreviveram]. Era uma gangue. Eu e a Tânia éramos os líderes e discutíamos muito. O principal motivo era a televisão. Havia dois aparelhos e a gente ficava competindo pelo volume, pelos programas. Os meninos queriam futebol, as meninas, novela. PIPAS PELA JANELA Apesar de estarmos presos às camas, a gente inventava brincadeiras que estimulavam a imaginação. Eu, o Pedro e o Anderson tínhamos movimentação nos braços [as meninas não tinham] e fazíamos pipas para brincar e para vender. O Anderson conseguia soltar da janela do quarto. Era engraçado porque não ventava o suficiente. Quando a pipa estava quase subindo, caía. Era muita pipa perdida. Enganchavam nas árvores, ou eram pegas pelos meninos que já ficavam perto do hospital à espera delas. Sempre machucava a mão afiando o bambu com canivete. Aqui no hospital tive muita oportunidade de fazer coisas que qualquer outra criança podia fazer lá fora, como armar arapucas para pegar passarinho no fundo do terraço. A diferença é aqui a gente só pegava pomba. Um dia encontrei um gafanhoto e o amarrei com barbante. Fazia de conta que eu era o Pinóquio e ele o grilo falante. Também ganhava “presentes” dos funcionários. Uma atendente me deu uns tatus-bolas. Outro médico que trabalhava aqui, o doutor Giovani, que eu chamava de pai [Paulo tem pai, mas que raramente o visita], me trouxe duas pererecas, aquelas que dão em rio. Eu tentava pegar, e elas pulavam. Foi aquela histeria generalizada na UTI. Em 1992, pensei o que poderia ter para produzir, criar alguma coisa. Foi quando escrevi uma carta para uma empresa pedindo a doação de um computador. Comecei a estudar informática sozinho. Era um modelo MSX, bem limitado. Em 1994, ganhei meu primeiro PC. No início, era aterrorizador, eu vivia quebrando o computador. A coisa melhorou depois que o hospital deixou os técnicos de informática à disposição para me ajudar. Hoje eu monto computadores. Tenho meu segundo PC montado. A partir de 2004, lutei, também sozinho, para me profissionalizar na área de 3D. Em 2011, achei que eu precisava de um curso para trabalhar com computação gráfica. Fui atrás do Senac, e o professor veio até o hospital. Desde então, comecei a alimentar a esperança de um dia me envolver profissionalmente com a sétima arte. Adoro cinema, meu ídolo é Charles Chaplin (1889-1977). histórias Foi aí que pensei numa animação com deficientes físicos. Mas não sabia se isso despertaria o interesse das pessoas. Foi então vendo as animações com personagens deficientes feitas por um estúdio britânico de que eu gosto [Aardman Animations, especializado em animações stop-motion], que fez a “Fuga das Galinhas”, que pensei estar no caminho certo. Pensei que as minhas aventuras e dos meus amigos aqui dentro do hospital já dariam um bom roteiro para uma série animada. Ao colocar as histórias das nossas vidas, minha ideia é que as crianças possam assistir e aprender que o deficiente, numa cadeira de rodas, não é tão diferente assim. As histórias também contam sobre passeios que fiz ao Playcenter, ao circo, por exemplo. Já roteirizei cinco histórias. Meu objetivo é finalizar a primeira temporada com 13 roteiros. Cada episódio tem 12 minutos. Se o vento continuar soprando, outras temporadas virão. E se as pessoas gostarem, nada impede que um dia vire um longa metragem. A ideia com o Catarse é que as pessoas compartilhem ideias sobre o projeto e deem uma força. Uma árvore para crescer precisa ser regada. A árvore em questão não é de uma só pessoa. A ideia foi minha, mas o projeto da animação pertence a todos. Fonte: Folha de S.Paulo

Comitê Paralímpico Internacional anuncia as nove etapas do Grand Prix de atletismo; Brasil recebe a terceira delas

Marcio Rodrigues/CPB/MPIX Imagem Na foto, Yohanson Nascimento em disputa no Open 2016, campeonato que faz parte do Grand Prix do IPC O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) anunciou que em 2017 nove etapas do Grand Prix de atletismo paralímpico serão realizadas em 12 semanas. A novidade do ano será a competição em Paris, França. As disputas na modalidade atingirão o clímax em julho, de 14 a 23, em Londres, no Mundial de Atletismo Paralímpico. O Brasil mais uma vez será sede de uma das etapas do Grand Prix. De 20 a 22 de abril, em São Paulo, alguns dos mais renomados atletas da modalidade disputam as provas durante o Open Internacional de Atletismo e Natação. A competição será toda realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro e será a terceira etapa do ano. Antes de chegar à capital paulista, contudo, o Grand Prix estreia em Dubai (UAE), de 20 a 23 de março. De lá, parte para a Tunísia, de 13 a 15 de abril. Em maio, as disputas passarão por três continentes. De 5 a 7, Rieti, na Itália, será a sede. Uma semana depois, dias 12 e 13, é a vez do Arizona, nos Estados Unidos, receber o campeonato. Pequim, na China, realiza o Grand Prix de 13 a 15. O mês será encerrado com as provas em Paris, nos dias 30 e 31. As duas últimas etapas do ano serão disputadas em junho. De 2 a 5, a rápida pista de Nottwil, na Suíça, é o palco da competição. O encerramento do Grand Prix 2017 será na capital alemã, Berlim, nos dias 17 e 18 de junho, pouco menos de um mês antes do Mundial de Londres. Para o diretor de esportes de verão do IPC, Ryan Montgomery, o Grand Prix 2017 seguirá o sucesso do último ano, no qual atletas de todo o mundo mostraram sua capacidade nas pistas de vários países. "Acompanhando o sucesso dos Jogos Rio 2016, onde os competidores elevaram suas performances a novos patamares, o Grand Prix 2017 vai trazer muitos grandes atletas a caminho do Mundial de Londres", disse. O Grand Prix de atletismo paralímpico foi realizado pela primeira vez em 2013. No primeiro ano, pouco mais de mil atletas de 67 países disputaram as dez etapas da temporada. No ano passado, quase dois mil competidores passaram por alguma das dez competições do calendário. Com informações do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro ( imp@cpb.org.br) fonte: c p b

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

NORMA AMERICANA DEVE FAVORECER AUMENTO DA ACESSIBILIDADE NOS CINEMAS

Norma americana, divulgada pela Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça dos EUA exige que exibidores de cinema implantem soluções de acessibilidade de conteúdo até 2018. norma americana: sala de cinema PraCegoVer: Sala de cinema. Em uma das fileiras de poltronas, algumas possuem cor diferente. A norma americana faz parte de um conjunto de regulamentos que compoem o ADA – Americans with Disabilities Act (Ato de Americanos com Deficiências), criado em 1990 para proibir qualquer tipo de discriminação a pessoas com deficiência, e passa a valer a partir de 17 de janeiro de 2017. Os recursos de acessibilidade exigidos pela norma americana são a audiodescrição e a legendagem. "A comunidade de deficientes e a indústria cinematográfica forneceram uma visão abrangente sobre esta importante regulamentação", disse a Vice-Procuradora-Geral Adjunta Vanita Gupta, chefe da Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça. "A regulamentação estabeleceu um padrão consistente em nível nacional e garante que, em cinemas de todo o país, as pessoas com deficiência auditiva ou visual possam desfrutar plenamente da experiência oferecida pelos cinemas assistindo filmes com suas famílias e amigos". Os exibidores terão cerca de um ano e meio para se adaptarem à norma americana, que se aplica da seguinte forma: Lista de 3 itens • Cinemas que já exibem filmes digitalmente em 2 de dezembro de 2016 devem cumprir a norma até 2 de junho de 2018. • Cinemas que passem por digitalização após 2 de dezembro de 2016 terão que se adequar até 2 de dezembro de 2018. • Cinemas que forem digitalizados após esse período terão apenas seis meses para cumprir a norma. fim da lista a estimativa é de que mais de 38.600 salas já sejam digitais no país). Hoje o mercado dos EUA tem mais de 40.300 salas de cinema. A norma americana também descreve os principais tipos de custos da novidade para os exibidores, envolvendo aquisição e instalação de equipamentos e outros itens necessários, treinamento de colaboradores, além do custo administrativo e de manutenção. Norma americana: repercussão no Brasil Nos últimos anos, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) publicou um conjunto de Instruções Normativas que estabeleceram obrigações semelhantes para os exibidores e também outras para os produtores de conteúdos, mas destinam-se exclusivamente às produções nacionais financiadas com recursos da agência. De acordo com Paulo Romeu, cego e criador do Blog da Audiodescrição, a norma americana também deve favorecer os brasileiros com deficiência. Segundo ele, "A norma recém publicada pela ADA deve favorecer o aumento da produção de filmes americanos com recursos de acessibilidade. Bastará que os estúdios contratem audiodescritores brasileiros para fazerem a adaptação da audiodescrição originalmente produzida em inglês durante o processo de dublagem", diz. "Já existem tecnologias que permitem a transmissão da audiodescrição diretamente para smart phones e tablets, o que gerou imediato aumento da frequência de espectadores cegos nas salas de cinema durante a exibição de filmes nacionais. Reconhecemos e aplaudimos o enorme empenho com que a Ancine vem tratando as questões de acessibilidade em obras nacionais produzidas com financiamento público. No entanto, é preciso reconhecer que a imensa maioria dos filmes que assistimos em todas as plataformas (cinema, TV aberta, TV paga, ou mesmo em plataformas sob demanda como o Netflix, por exemplo) são de origem estrangeira. Até o momento, os distribuidores de filmes não se deram conta de que nós, brasileiros com deficiência, também precisamos que recursos de acessibilidade sejam incluídos na adaptação (dublagem) das obras estrangeiras. Será que farão por livre e espontânea vontade?", complementa. Sônia Ramires, surda oralizada, usuária de implante cloquear e ativista pela acessibilidade em cinemas comenta: "para surdos que têm boa fluência em português, a legenda específica para surdos é fundamental, tanto em filmes estrangeiros como em filmes nacionais. É necessário que além das falas também sejam indicados os ruídos ambientais, músicas e demais conteúdos sonoros sempre que esses elementos sejam indispensáveis para entender a trama, por isso a simples legenda de tradução não nos basta. Na Argentina há salas de cinema que dispõe do aro magnético, um equipamento que transmite o som do filme diretamente para aparelhos auditivos e implantes cocleares. Como ouço bem com as próteses para mim é a solução ideal, enquanto que para outros a solução ideal são as legendas. Essa tecnologia está chegando ao Brasil e em breve imagino que haverá salas de espetáculo com o recurso. Outro aspecto é a forma em que as legendas serão oferecidas. Já testei teatro com legendas em tablets e não gostei porque requer muito esforço olhar ora para a tela de exibição, ora para as legendas no tablet ou celular. O ideal seria a legenda no mesmo plano de visão em que o filme é exibido. No cine Sesc de São Paulo colocam uma tela estreita, abaixo da tela principal. Também não podemos esquecer do envelhecimento da população, e as pessoas de mais edade tendem a apresentar dificuldades de audição, para essas pessoas as legendas são um elemento importante de integração cultural. Já para as crianças em idade escolar as legendas são um grande incentivo à leitura." A norma completa do Departamento de Justiça dos EUA pode ser acessada no site da ADA. Fonte: Blog da Audiodescrição

Associação em Jaú cria equipe multiesportiva paralímpica 

abrindo a oportunidade para que jovens e adultos com alguma deficiência possam praticar esporte. A Associação e Movimento de Assistência ao Indivíduo Deficiente (Amai) teve seu projeto aprovado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e cadastra interessados em fazer parte das equipes de natação, atletismo, judô, tênis de mesa, futebol, vôlei e bocha. O fato é que Jaú tem boas histórias envolvendo atletas portadores de deficiências, com destaque para o mesatenista Paulo Sérgio Salmin Filho, que chegou a disputar competições internacionais e duas Paralimpíadas. Também tem o caso recente do nadador deficiente visual Gabriel Luan do Nascimento, 14 anos, que conquistou cinco medalhas na fase nacional das Paralimpíadas Escolares 2016. Agora, os atletas deficientes de Jaú estarão respaldados pela Amai. O “embrião” da associação paralímpica jauense começou a se formar no ano passado, quando o treinador de natação Rinaldo Luchesi, o Bill, formou equipe de paralímpicos e obteve resultados expressivos nos Jogos Regionais e nos Jogos Abertos. Após pesquisas e contatos durante as Paralimpíadas Escolares em São Paulo, Bill finalizou o projeto e, em parceria com outros técnicos esportivos de Jaú, recebeu o sinal verde da presidência da Amai para o cadastro da entidade no CPB. A expectativa do presidente da entidade jauense é começar o projeto com cerca de 30 atletas, levando o nome da Amai para todo o País. “Esperamos o reconhecimento de toda a sociedade, mostrando um trabalho que dura há mais de 30 anos na área assistencial e, agora, como Associação Paralímpica. Além de levar o nome da Amai e de Jaú ao cenário nacional.”

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Artistas que pintam com a boca e os pés ganham exposição em São Paulo

O Memorial da Inclusão recebe a exposição “São Paulo, terra boa!”, de 24 de janeiro a 23 de fevereiro. A mostra, que homenageia os 463 anos da cidade de São Paulo, traz 29 telas com releituras de espaços simbólicos da cidade, como a Avenida Paulista, o Estádio do Pacaembu, o Mercadão Municipal e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Todas as peças foram produzidas por artistas com deficiência que pintam com a boca e os pés. O espaço está localizado na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, na Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10, na Barra Funda. As obras são produzidas com óleo sobre tela, tinta acrílica sobre tela e aquarela sobre papel. A ideia é retratar parte dos monumentos históricos e pontos turísticos paulistanos como patrimônio cultural com o objetivo de fomentar o interesse pela arquitetura, lazer e cultura desses espaços e homenagear a cidade. A exposição possui audiodescrição e impressão dos textos com fonte ampliada e em braile. Além das exposições temporárias, o Memorial da Inclusão tem um acervo fixo que aborda cada uma das quatro deficiências – auditiva, visual, intelectual e física – e conta com atrações como a Sala Preparatória dos Sentidos: um local escuro com painéis de texturas diversas, alteração de temperatura e sensores sonoros e olfativos. Inaugurado no dia 3 de dezembro de 2009, o Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência tem o propósito de reunir em um só espaço fotografias, documentos, manuscritos, áudios, vídeos e referências aos principais personagens, às lutas e às várias iniciativas que incentivaram as conquistas e melhores oportunidades às pessoas com deficiências. Exposição São Paulo, terra boa! Quando: de 24/1 a 23/1, de segunda à sexta, das 10h às 17h Onde: Memorial da Inclusão – Sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 – Portão 10 – Barra Funda – São Paulo/SP Obs.: Entrada gratuita Fonte: Assessoria via vida mais livre

Campeonatos continentais agitam o calendário 2017 do futebol de 5

Ricardinho comemora gol em cima da Argentina nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 O futebol de 5, um dos grandes sucessos dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, terá um ano agitado pelos campeonatos continentais. Depois do quarto título consecutivo em Jogos, o Brasil espera estender a invencibilidade de quase 10 anos na Copa América, em Santiago (CHI), de 19 a 27 de novembro. Apesar de não perder um título desde 2007, a Seleção Brasileira não terá jogo fácil na competição continental. A Argentina, medalha de bronze no Rio 2016 e vice-campeã mundial em Tóquio 2020, aparece como a principal concorrente dos brasileiros. Na Europa, quem defende o título é a Turquia, campeã em 2015 em Hereford (ING). Em 2017, a cidade-sede será Berlim, na Alemanha, de 17 a 27 de agosto. Os turcos devem ter como principais rivais a Espanha, a França e a Alemanha. Medalhistas de prata nos Jogos do Rio, os iranianos entram em quadra para tentar conquistar a Ásia em setembro. A competição da modalidade será disputada dentro dos Jogos Asiáticos, em Kuala Lumpur, na Malásia. A maior concorrente do Irã provavelmente será a China, país com um time bem competitivo. Na África, Marrocos quer defender a taça conquistada em 2015, após vitória por 2 a 0 sobre Camarões na final. Os marroquinos foram os primeiros africanos a disputar o torneio de futebol de 5 nos Jogos Paralímpicos, no ano passado, no Rio de Janeiro. O país é o favorito a levantar a taça de 2017, que será disputada em Praia, Cabo Verde, de 13 a 22 de outubro. Mas enquanto as principais seleções se preparam para os campeonatos regionais, também já se planejam para o mundial de 2018 da modalidade. A competição será realizada em Madri, na Espanha, entre 17 e 25 de junho do ano que vem. Com informações do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro ( imp@cpb.org.br) fonte: cpb

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Deficientes podem voltar para a rua até o fim do mês caso estado não pague abrigo

início do grupo Abrigo não recebe dinheiro do Estado Foto: Roberto Moreyra / Extra - Cidade Bruno Alfano Maria Isabel Abreu, de 47 anos, foi abandonada pela família. Cadeirante com paralisia cerebral, a mineira chegou ao Rio ainda criança e viveu a vida toda em abrigo. No fim do mês, ela pode ser novamente abandonada — agora, pelo governo do estado. Bebel vive no Abrigo Betel, em Duque de Caxias, financiada pela Fundação da Infância e do Adolescente (FIA) e pela Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. No entanto, o local não recebe os repasses desde fevereiro e acumula dívidas de R$ 1,8 milhões, a mesma quantia que o estado tem que lhe pagar. Sem saída, a previsão é que, caso não haja uma solução até o fim deste mês, feche as portas. — Eles correm o risco de ir para a rua. Não tem instituição que possa acolhê-los. Estão todas na mesma situação que a gente — conta Daniel Cavaleiro Ignácio, diretor do abrigo: — Estamos abertos até agora por doações e por quatro empréstimos que fizemos. Mas agora não dá mais. Vamos fechar se nada acontecer até lá. No fim de 2016, o governo do estado rompeu o convênio que a FIA tinha com 109 instituições como o Betel, que tem casas em Caxias e na Mangueira onde moram 71 pessoas, entre crianças e adultos. Dos 64 funcionários que trabalhavam no local, metade foi demitida. Quem ficou está com salários atrasados. — O trabalho é muito árduo. A maior parte dos moradores daqui usa fraldas. Tem que ter muito amor — diz Maria José Cavaleiro Rosa da Silva, presidente do espaço. As histórias dos abrigados são das mais variadas — em comum, o abandono muito cedo. Um dos moradores, quando era criança, vivia amarrado pelo pai e continua até hoje na posição em que era atado. Outro menino tem histórico de abuso sexual por um parente. Mas não é só a tristeza do passado que os une: eles também se encontraram no Betel. — Aqui a gente é tratado bem. Nem penso na possibilidade de fechar. Deus vai ajudar — afirmou Bebel. Só amanhã O governador Pezão afirmou que está correndo para pagar a dívida com as instituições. Ao todo, o estado deve R$ 23 milhões com todas elas. No entanto, ele afirmou que ainda não tem prazo: “Só segunda, quando assinar o acordo, tenho uma noção melhor”. Ele negocia ajuda econômica com o governo federal. Passando a bola Já a Secretaria de Direitos Humanos afirmou que emitiu todas as notas para a Secretaria Estadual de Fazenda e tem cobrado cotidianamente o repasse da verba. “Diante de tal problema e ciente da situação caótica das unidades, a secretaria tem procurado as prefeituras para negociar a municipalização dos abrigos". Na justiça O deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Alerj, pediu ao Ministério Público uma ação bloqueando as contas do estado para o pagamento das instituições: “Se esta rede parar, vai ser um verdadeiro colapso. O Estado não tem equipamentos para atender a essa demanda. O orçamento da FIA é três mil vezes menor que os gastos gerais do Estado. É uma vergonha dever a elas”.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Musical infantil com interpretação em Libras

A dramaturga e pedadoga Liliane Zimermann percebeu que a acessibilidade no teatro para crianças é uma questão sensível e com poucas ofertas de produção. Foi assim que nasceu o espetáculo “Coração de Herói”, que aborda o tema da inclusão. As apresentações estreiam no dia 28 de janeiro, sábado, às 12h, no teatro Vidadalata Site externo, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). A história se passa no quarto de um menino, que vira cenário de uma grande e bela aventura como acontece no imaginário criativo das crianças. Os brinquedos tomam vida a partir das músicas tocadas ao vivo, e os bonecos fazem parte de uma história cheia de diversão e valores. Enquanto os personagens dos irmãos apresentam o texto em português, os brinquedos fazem as vezes dos intérpretes de libras, ambos interagindo em cena. Para garantir a inclusão do público, as canções ao vivo e o texto terão interpretações simultâneas em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) pelos próprios atores. “Comecei a reparar mais na acessibilidade das peças para esse público e a me perguntar como poderia unir minhas duas formações, fazendo do teatro uma ferramenta efetiva de educação. O teatro infantil é uma ótima porta de entrada para esse tema”, explica a diretora. O espetáculo segue em temporada até o dia 18 de fevereiro, sempre aos sábados, às 12h, com classificação livre. Para mais informações, acesse o site do espaço Site externo. Coração de Herói Quando: de 28/1 a 18/2, aos sábados, às 12h Onde: Teatro Viradalata Endereço: Fonte: Catraquinha Site externo

Sem braços e pernas, alemão trabalha e viaja pelo mundo: “Feliz por não usar sapatos”

Janis McDavid nasceu na Alemanha e tem 24 anos, pesa 30 kg e mede cerca de 1 metro de altura. Janis McDavid, 25, nasceu sem braços e pernas. Mas mesmo assim cursa a universidade, dirige um carro e viaja pelo mundo. Hoje ele está dando início à sua carreira. Como ele faz isso? Ele não gosta de receber seus convidados em pé. Ele nunca está mais alto que seus umbigos e essa não é uma sensação agradável. Mas desta vez McDavid não teve escolha. Não há elevador no apartamento onde ele fica quando está em Berlim, e seus amigos não podem carregar sua cadeira de rodas elétrica de 120 kg pelas escadas. Assim, McDavid estava no velho piso rangente de madeira no corredor do apartamento. Ele olha para cima, estende o coto de seu braço direito em saudação e sorri: “Oi, sou Janis”. O jovem sabe que incomoda muitas pessoas quando o veem pela primeira vez. Afinal, ele não tem braços e nem pernas, de modo que muitas pessoas consideram isso desconcertante. “Tenho que ajudá-las a relaxar”, ele diz. Em situações como essa, ele faz um esforço adicional para passar uma sensação de normalidade e autoconfiança. Às vezes as pessoas até mesmo lhe perguntam se ele pode segurar seus casacos por um segundo. “Essa é a melhor coisa que pode acontecer comigo”, diz McDavid, porque aí ele sabe que conseguiu de novo impedir que sua deficiência assuma o papel principal em sua vida. McDavid se arrasta até a mesa de jantar, dobra seu torso sobre uma cadeira e sobe com um impulso. Agora ele finalmente está à altura dos olhos. mcdavid-mora-em-uma-republica-de-estudantes-em-berlim-alias-foi-com-seus-companheiros-de-apartamento-que-janis-viajou-para-asia-de-ferias McDavid mora em uma república de estudantes em Berlim, aliás, foi com seus companheiros de apartamento que Janis viajou para Ásia de férias “Quando era menino, sempre quis ser um policial de motocicleta”, ele diz, mas então viu a si mesmo em um espelho de corpo inteiro certa manhã e seu sonho acabou. Um policial sem braços e pernas? McDavid tinha oito anos quando de repente entendeu sua deficiência. “Foi um choque”, ele diz. Na adolescência, ele tinha vergonha da forma como subia as escadas pulando e evitava sair em público sem uma cadeira de rodas. Mas então ele percebeu que seu embaraço era uma limitação adicional, assim como o mau humor. “Eu poderia me incomodar com muitas coisas”, diz McDavid, “mas não me faria nenhum bem”. Ele geralmente consegue manter a calma quando, por exemplo, um grupo de pedestres passa correndo por ele para tomar o elevador na estação de trem, fazendo com que ele perca de novo sua conexão. Quando ele fica furioso, ele o faz em casa, onde ninguém pode vê-lo. McDavid tem um apartamento adaptado para deficientes na cidade alemã de Bochum, no oeste. Em Berlim, onde ele gosta de passar grande parte de seu tempo, ele fica com amigos em um prédio de apartamentos de antes da guerra. Seus amigos sempre deixam as portas no apartamento ligeiramente entreabertas, porque McDavid tem dificuldade em alcançar a maçaneta. Uma dúzia de pares de sapatos de amigos se encontram sobre a velha salamandra na sala de estar. “Fico feliz por não precisar de sapatos”, diz McDavid rindo, “eu teria milhares de pares”. O humor o ajuda a levar o dia. “Posso rir de mim mesmo”, diz McDavid, “e essa é uma das minhas habilidades mais importantes”. Mas mesmo assim a vida cotidiana permanece difícil. apesar-de-viver-em-um-pais-de-primeiro-mundo-janis-diz-que-algumas-pessoas-chegam-a-trocar-de-calcada-quando-o-veem-na-rua Apesar de viver em um país de primeiro mundo, Janis diz que algumas pessoas chegam a trocar de calçada quando o vêem na rua. McDavid não pode simplesmente sair para qualquer lugar. Se deseja cruzar Berlim de ônibus ou trem, ele primeiro seleciona várias rotas alternativas, para o caso de um elevador não estar funcionando em uma das estações onde precisa trocar de trem. Se deseja comer fora, ele telefona de antemão para saber se o restaurante não possui obstáculos. “Às vezes gostaria que as coisas fossem mais simples”, ele diz, que ele pudesse, por exemplo, embarcar facilmente em um bonde quando estivesse chovendo, sem que as rodas de sua cadeira escorregassem. Algumas pessoas o encaram ou atravessam para o outro lado da rua quando o veem, mas ele aprendeu a não dar atenção a elas. “Se algo tem o potencial de prejudicar minha autoconfiança, apenas ignoro”, ele diz. É uma estratégia que ele teve que ensinar a si mesmo, assim como muitas outras: ele prende gentilmente a borda do copo de suco entre seus lábios, o ergue com a ajuda de seu braço direito curto e o equilibra ali enquanto bebe. Ele come sem talheres, usando seus lábios. Ele escreve com sua boca, segurando a caneta entre seus molares, sempre no lado direito, porque não consegue escrever com seu lado esquerdo. Para vestir suas camisas, ele as levanta com uma vara, aproximadamente do mesmo comprimento que o braço que ele não tem. E então as desliza sobre sua cabeça. Ele descobriu tudo isso por conta própria, já que não muito podia ser aprendido com outros. Nas festas de aniversário na infância, ele geralmente era tanto o herói com a cadeira de rodas bacana quanto o estranho que tinha que responder perguntas sobre seus membros ausentes. McDavid tem quatro pais: dois em Hamburgo, que são seus pais biológicos, e dois em Bochum, onde ele cresceu. Talvez tenha sido a maior sorte de sua vida o fato de seus pais biológicos o terem colocado sob os cuidados de profissionais, porque não podiam se ver criando um filho sem braços e pernas. “Meus pais em Bochum me ajudaram enormemente ao não me ajudarem”, diz McDavid. Não havia canudos em casa e, ao menos inicialmente, também não havia elevador. Quando ele estava na quinta série e sua classe saiu para uma excursão para andar de trenó, é claro que McDavid foi junto. Ele foi preso a um trenó com um capacete na cabeça e um de seus colegas de classe conduziu o trenó. “Teria sido muito mais perigoso para mim ter ficado em casa”, ele diz, porque teria sucumbido à solidão e preguiça, e não teria se tornado o combatente que é hoje. McDavid pode dirigir usando uma van especialmente modificada, pode inspirar outros e é um ávido viajante. Ele já esteve no Brasil, Vietnã e Mianmar, e visitou Cuba com amigos em suas últimas férias. Ele está determinado a descobrir um novo país a cada ano. “Não me permito ficar parado”, ele diz. os-pais-de-mcdavid-sempre-deram-muita-liberdade-e-incentivo-isso-e-de-fato-imprescindivel-para-qualquer-pessoa-com-deficiencia Os pais de McDavid sempre deram muita liberdade e incentivo. Isso é de fato imprescindível para qualquer pessoa com deficiência. Há, entretanto, coisas que ele simplesmente não pode fazer: abrir uma porta, por exemplo, ou pegar algo na prateleira do supermercado. Ele não pode tomar uma ducha sozinho. E não pode passar despercebido nas ruas. Apesar de se recusar a ser fraco, ele com frequência precisa pedir ajuda, algo que às vezes o incomoda um bocado. Há dias em que McDavid não sai para fazer compras por não ter a energia para pedir com humor e confiança que a mulher no caixa pegue o dinheiro na carteira dele. E há dias em que as pessoas o ajudam sem lhe perguntar se ele precisa ou deseja. Nos restaurantes, elas espetam a batata no garfo e tentam alimentá-lo. Isso o irrita ainda mais. McDavid está estudando economia na Universidade Witten/Herdecke, na região do Ruhr, no oeste da Alemanha. Ele também faz palestras motivacionais por toda a Alemanha e está prestes a iniciar uma turnê promocional para seu novo livro. Ele gostaria de demonstrar que todos podem fazer algo de suas vidas, e que as pessoas com deficiências com frequência podem se superar se ninguém as atrapalhar. “Sou muito afortunado porque gosto do que faço e porque posso fazer uma diferença”, ele diz. Apesar do sucesso pessoal, isso não se traduz em sucesso financeiro. Apesar de McDavid trabalhar, ele precisa fazer sua contribuição mensal ao escritório de bem-estar social para compensar o Estado pela ajuda que recebe, além de arcar com parte dos custos por sua cadeira de rodas e carro especialmente modificado. Mas o governo alemão está planejando introduzir uma nova lei que melhorará a situação para pessoas com deficiências e, a partir de 2017, permitirá a elas economizarem mais do que o teto atual de 2.600 euros (cerca de R$ 9.600) antes de precisarem contribuir. Todavia, se ainda precisarem de apoio, suas contas de poupança terão um teto de 27.600 euros, o que dificultaria a realização de sonhos maiores. Se uma pessoa inválida ou deficiente tem mais que isso em sua conta de poupança, o Estado não fornecerá assistência. McDavid é gay, e caso decida algum dia viver com alguém, a renda e ativos de seu parceiro também seriam levados em consideração pelo Estado. A expectativa é de que isso não mudará antes do ano 2020, e mesmo lá, a mudança afetaria apenas um pequeno número de pessoas deficientes. “Sou deliberadamente mantido pobre e solteiro”, diz McDavid. Mas ele não soa amargo, pois isso não lhe ajudaria. Mas às vezes ele gostaria de poder bater com o punho na mesa. Fonte: UOL

A história do primeiro ônibus acessível do Brasil

Primeiro ônibus adaptado com elevador no Brasil foi apresentado pela CMTC somente em 1981. Mas apenas duas décadas depois que as autoridades começaram a responder os anseios da população. Quanta gente de talento, mas que possui uma limitação física, foi excluída do mercado de trabalho e do convívio social pela demora dos poderes constituídos em oferecer um transporte acessível. Se atualmente, com o desenvolvimento da indústria nacional de ônibus e com uma nova cultura de inclusão que aos poucos vem se instalando na concepção das cidades, o portador de deficiência física ainda enfrenta problemas imensos para se deslocar num município, com falta de estrutura viária e veículos adaptados, há algum tempo a situação era bem pior. Simplesmente para um cadeirante ou mesmo para quem tinha a perna com gesso, mesmo que por pouco tempo, até se recuperar de qualquer lesão, era impossível andar de ônibus em qualquer região. As reivindicações dos portadores de deficiência são antigas, mas a partir dos anos de 1970, elas se intensificaram. Associações foram criadas e mesmo individualmente, as pessoas com mobilidade reduzida assumiam de verdade sua postura de cidadania, ou seja, se conscientizavam de que apesar de uma condição física desfavorável, não eram pessoas anormais (anormal é quem mata, rouba e ofende) e sim cidadãos que tinham direito de trabalhar, estudar, consumir e o mais básico dos direitos, de ir e vir. Em São Paulo, as pressões sobre as autoridades públicas aumentavam. Não só os portadores de deficiência, mas formadores. Foi mais uma vez que a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos – mostrou seu pioneirismo. Assim como fez com os trólebus, com os ônibus integrados com outros modais de transportes, com veículos de alta capacidade, como o Papa-Fila, com ônibus de fabricação própria, como o Mônika, com carros movidos a combustíveis alternativos, o embrião da acessibilidade partiu das oficinas da CMTC, como no site ÔnibusBrasil relatou Eduardo Belopede. Eudardo Cazoto Belopede é coordenador da Comissão de Estudo Especial de Fabricação de Veículo Acessível. Esse Caio Bela Vista, Mercedes Benz motor traseiro, da CMTC, prefixo 594, teria sido, segundo informações obtidas por nossas pesquisas, o primeiro ônibus adaptado com elevador para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. O veículo foi adaptado em 1981, de forma quase artesanal, nas próprias oficinas da CMTC, Aliás, como foi possível ver em outras ocasiões, que as oficinas da empresa de transportes público de São Paulo, que hoje faz muita falta na cidade, eram de dar inveja a muitas fabricantes. Lá se desenvolviam as soluções mais adequadas para os problemas do dia a dia. A adaptação do Bela Vista foi feita de maneira cuidadosa e o próprio elevador foi criado pela CMTC. Hoje, com o mercado maior, há empresas especializadas neste tipo de equipamento. Além disso, os degraus das portas dianteira e traseira (o elevador ficava numa porta do meio criada para este fim) eram escamoteados e o ônibus possuía espaço para a fixação da cadeira de rodas durante a viagem. É verdade que depois desse Bela Vista, pouca coisa avançou nesta área nos anos de 1980 e 1990. Mas foi um primeiro passo, mais uma vez dado pela CMTC. Em 12 de julho de 1994, a Prefeitura de são Paulo editou uma lei que obrigava que as empresas tivessem pelo menos 1 ônibus com acessibilidade por linha. Um número medíocre. Somente em 2004, o Governo Federal atentou para o problema e, pelo decreto 5.926, estabeleceu que até 2014 todos os ônibus urbanos do País sejam acessíveis. Mas foi somente em fevereiro de 2009, pela NBR 15570, que foi estabelecido que todos os ônibus 0 km tivessem equipamentos ou configuração com acessibilidade. Ou seja, as soluções começaram a surgir, mas de maneira muito tardia. E ainda hoje, existem várias cidades que possui poucos ou sequer um ônibus para transporte de pessoas limitadas fisicamente que querem ter garantido o seu direito ao convívio social

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Vereadora cadeirante sofre fratura ao tentar subir escada na Câmara no RS

Vereadora cadeirante sofre fratura ao tentar subir escada na Câmara no RS Fernanda Garcia (PTB) caiu ao usar carro escalador para ir ao gabinete. Equipamento foi adquirido para que ela possa se deslocar entre andares. Maria MaurenteDa RBS TV Carro escalador de escadas custou R$ 18 mil (Foto: Reprodução/RBS TV) A vereadora Fernanda Garcia (PTB), cadeirante eleita em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, sofreu uma fratura no fêmur após cair enquanto tentava usar um equipamento adaptado para que ela tivesse acesso ao gabinete  na Câmara Municipal. O prédio não tem elevador, e a política precisa do aparelho, conhecido como carro escalador, para subir as escadas. O acidente aconteceu na tarde desta quarta-feira (18). Vereadora Fernanda Garcia (PTB) é a primeira cadeirante eleita em Guaíba (Foto: Reprodução/RBS TV) Fernanda Garcia (PTB) é a primeira cadeirante eleita em Guaíba (Foto: Reprodução/RBS TV) O assessor Paulo Giovani Benedetti conta que operava o carrinho que escala os degraus, por volta das 13h45, quando a vereadora e ele voltavam do almoço e subiam para o gabinete. "No terceiro ou quarto degrau, ouvi um estalo. O carro escalador virou para frente. Tentei segurar, mas o equipamento é muito pesado", conta o servidor. O Samu foi acionado e levou Fernanda ao Pronto Atendimento de Guaíba, onde foi constatada a fratura no fêmur. De lá, ela foi deslocada para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS). Ainda na noite desta quarta, passava por exames para avaliar se havia a necessidade de uma cirurgia. "O equipamento chegou no dia 23 de dezembro. Recebi treinamento para utilizar, mas hoje ele deu esse problema", lamenta o assessor. Após o acidente, Benedetti testou o aparelho, e disse acreditar que houve falha mecânica. Logo após a eleição, em que obteve 909 votos, Fernanda visitou o prédio do Parlamento Municipal pela primeira vez. Na ocasião, ela teve de ser carregada no colo para circular nas dependências do local. O carro escalador é um equipamento que acopla uma cadeira de rodas e permite que o cadeirante suba escadas e acesse demais pavimentos. É necessário que outra pessoa acione os botões do aparelho, que fica na parte traseira, e auxilie no deslocamento.

Na Ucrânia, brasileiros alcançam índice do IPC para os Jogos de Inverno no esqui cross country

Na Ucrânia, brasileiros alcançam índice do IPC para os Jogos de Inverno no esqui cross country Por CPB Divulgação/CBDN Imagem Thomaz Moraes, de 15 anos, estreou na temporada do hemisfério norte Com a proximidade dos Jogos Paralímpicos de PyeongChang 2018, a equipe brasileira de Para Cross Country aumenta a intensidade de sua preparação na neve. Thomaz Moraes, Fernando Aranha e Aline Rocha estrearam oficialmente na temporada do hemisfério norte em três provas válidas pela Copa do Mundo de Para Cross Country, em Western Center (Ucrânia). Enquanto Aline ficou bem perto de registrar o índice técnico para classificação aos Jogos, Fernando Aranha e o jovem Thomaz Moraes, de 15 anos, alcançaram a marca. O trio brasileiro competiu nos dias 13, 15 e 16 nas provas de Distance. A melhor performance de Fernando, Thomaz e Aline foi na segunda-feira, 16. Enquanto a esquiadora fez o índice de 198,71 pontos na prova e ficou muito próxima da marca exigida pelo IPC (Comitê Paralímpico Internacional, sigla em inglês), Fernando e Thomaz fizeram, respectivamente, 145,23 e 118,03 pontos na prova. Para que um atleta se torne elegível aos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018, precisam completar a disputa com, no máximo, 180 pontos. Todos aqueles que aspiram a uma vaga na competição precisam alcançar o índice estabelecido pelo IPC até o começo de 2018 em provas chanceladas pela entidade. Fernando Aranha e Aline Rocha competem na classe Sitting, destinado a cadeirantes. Jé Thomaz é esquiador da classe Standing, com atletas que conseguem ficar de pé sobre os esquis. Com informações da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro ( imp@cpb.org.br) onte> c p b

Garoto de 12 anos lidera mobilização em prol da causa do cão-guia

A imagem está no formato retangular na horizontal. Nela contém a presidente Thays do Instituto IRIS, abraçando o garoto João que é presidente-mirim, os dois estão sentados em cadeiras em um aeroporto e sorrindo para a foto. Fim da descrição. Foto: Divulgação Legenda: João Nicastro e Thays Martinez – presidente-mirim e presidente do Instituto IRIS O jovem João Nicastro Silveira, de 12 anos é presidente-mirim do Instituto IRIS e está empenhado em levantar fundos para a entidade que tem como objetivo promover a inclusão social prioritariamente das pessoas com deficiência visual, por meio do cão-guia. No domingo, 22/01 , o presidente-mirim estará na Avenida Paulista liderando uma mobilização com a presidente do instituto Thays Martinez, a partir das 15 horas, angariando fundos para a causa. No Brasil há uma estimativa de 100 cães-guia que ajudam pessoas com deficiência visual – ou com baixa visão – a se locomoverem e a se sentirem incluídas socialmente. Em contrapartida, o país possui 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual (IBGE). O garoto é um dos voluntários mais ativos da organização, cuja prioridade institucional é mobilizar a sociedade para que transforme essa triste estatística nacional. Hoje, o IRIS conta com uma lista de quase 3 mil pessoas, aguardando um cão-guia. Além do objetivo de diminuir essa fila de espera, o empenho de João está voltado para aposentar os cães-guia que já atuam há oito anos ou mais. Os voluntários do Instituto IRIS divulgarão a campanha Cão-Guia: quanto vale o seu olhar? . A meta é buscar cães-guias treinados a serem doados aos brasileiros pelo IRIS em parceria com a ONG norte-americana Leader Dogs for the Blind, instalada em Rochester (Michigan). Em 2016 a ação foi um sucesso e atingiu o objetivo. As doações podem ser feitas pelo link: https://iris.kickante.com.br/

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Decreto institui Comitê do Cadastro Nacional da Pessoa com Deficiência

Nesta quarta-feira (11/01), o presidente Michel Temer assinou dois decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU) relacionados às pessoas com deficiência. O Decreto 8.954 institui o Comitê do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da Avaliação Unificada da Deficiência Site externo. De acordo com o texto, o comitê, vinculado ao Ministério da Justiça e Cidadania, tem a finalidade de criar instrumentos para a avaliação biopsicossocial da deficiência e de unificar bases de dados em um registro público eletrônico da pessoa com deficiência. Já o decreto 8.953 inclui, entre as diretrizes do Plano Nacional de Consumo e Cidadania – que promove a proteção e defesa do consumidor, a garantia de que produtos e serviços comercializados tenham acessibilidade. O objetivo do plano é estimular a melhoria da qualidade e o desenho universal de produtos e serviços disponibilizados no mercado de consumo considerando as pessoas com deficiência. Fonte: UOL Notícias Site externo

Startup brasileira quer criar robô cão-guia para ajudar deficientes visuais

Baseada no dado de que pelo menos 246 milhões de pessoas têm a visão comprometida ao redor do mundo, uma startup brasileira decidiu aliar tecnologia com uma boa ação e desenvolver um cão-guia robô. Trata-se de Lysa, uma invenção que ajuda o deficiente visual a caminhar pelas ruas com muito mais facilidade. Os desenvolvedores classificam a ideia da seguinte maneira: Lysa, o cão-guia robô, é um projeto de responsabilidade social cujo objetivo é auxiliar o dia a dia das pessoas com deficiência visual, proporcionando-lhes maior autonomia e qualidade de vida. A proposta é equipada com: Lista de 10 itens • Software especial • Comando de voz • Detector de obstáculos • Motores para locomoção • Placa microcontroladora • Estrutura metálica • Sensor ultrasônico • Sensor infravermelho • Bateria recarregável • Saída de áudio via fone de ouvido fim da lista Lysa ainda em fase de testes e, portanto, ainda não é possível adquirir uma unidade. Porém, os interessados podem contribuir com o financiamento coletivo disponível no site da pequena empresa. No Kickante, os empreendedores de Serra (ES) aceitam ajuda financeira a partir de R$ 10, mas para adquirir um robô é preciso pagar o equivalente a R$ 10 mil. Clique aqui para conhecer. Até o momento, a plataforma de crowdfunding soma 74 colaborações. Tecnologia em prol da mobilidade São vários os exemplos de tecnologias criadas pensando em melhorar a vida de pessoas com deficiências. Várias ideias, inclusive, foram apresentadas durante a CES 2017, realizada na primeira semana deste ano em Las Vegas. Com destaque para uma bengala inteligente. Uma roupa especial também promete dar um “plus” à musculatura dos idosos e facilitar a mobilidade. Fonte: site Tudo Celular.

Marinalva é a primeira pessoa com deficiência a participar do BBB

A imagem está no formato retangular na horizontal. Nela contém a foto da atleta Marinalva no canto esquerdo, sentada e falando na apresentação do vídeo do BBB17. Ao lado direito está escrito: Marinalva, 39 anos, Paraná, paratleta. Fim da descrição. Foto: Reprodução/Facebook HG Legenda: Marinalva é a primeira atleta paralímpica do BBB17 Na próxima segunda-feira, dia 23/01, estreia a 17ª edição do reality Big Brother Brasil (BBB17) televisionado na emissora Globo. A lista dos participantes saiu nesta quarta-feira, entre eles está a atleta paralímpica Marinalva de Almeida, de 39 anos, que amputou a perna esquerda depois de sofrer um acidente aos 15 anos. Marinalva é a primeira pessoa com deficiência que participa do programa. Ela também é palestrante e modelo, e foi capa da revista Incluir na edição nº 43 ( clique aqui). A imagem está no formato retangular na horizontal. Nela contém a atleta paralímpica, Marinalva deitada no chão, com um fundo cor de rosa, usando um vestido preto com brilhos e mostrando sua prótese na perna esquerda. Fim da descrição. Foto: João Augusto de Oliveira Como uma boa atleta, ela não tem medo da competição e está confiante " Eu já ouvi essa frase não é possível, entendeu? ", declara Marinalva, na sua apresentação para o reality. "E eu gostaria de reagir de uma forma que eu pudesse dizer: Olha, agora é", conclui ela. Antes de iniciar o programa, Marinalva, já recebe apoio e a torcida do público pelas redes sociais. O reality será exibido depois da novela A lei do amor.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Diversidade na Rua promove debate sobre informática adaptada

A inclusão digital possibilita o acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade, além de despertar a curiosidade pelo novo, trazendo autonomia e ampliando a liberdade de cada indivíduo. Por isso, na próxima quinta-feira, dia 19 de janeiro, o site do projeto Diversidade na Rua Site externo da empresa Mercur realizará um debate aberto sobre a importância da Informática Adaptada na vida das pessoas com deficiência visual. O evento conta com a participação de Paulo Henrique, professor de Informática Adaptada pela ONG Instituto Luís Braille do Espírito Santo. Alguns tópicos serão discutidos como, por exemplo, principais programas leitores de tela, barreiras físicas e virtuais no processo de aprendizagem e o deficiente visual no mercado de trabalho. “No início do meu projeto, precisei me adaptar. Foi difícil, mas procurei me colocar no lugar de cada aluno para entender suas necessidades e seu ritmo de aprendizado. Lembro que houve um pouco de receio por parte dos alunos nas primeiras aulas, pensaram: “como uma pessoa que não tem deficiência vai saber nos dar aula?”. Para vencer esse sentimento dos alunos, mostrei que, realmente, eu estava ali para os ensinar e ajudar com educação e respeito”, declara

Cientistas encontram “atalho” para curar a cegueira com células estaminais

O potencial das terapias com células estaminais é extraordinário. No entanto, há ainda um obstáculo que os cientistas estão a tentar superar: certificarem-se de que as células sobrevivam no corpo humano tempo suficiente para que funcionem. Cientistas do Buck Institute, nos EUA, poderão agora ter encontrado precisamente uma forma de o fazer acontecer. Num novo estudo publicado na revista Cell Stem Cell, os investigadores conseguiram registar demonstrações de restauração da visão de longo prazo através de transplantes de foto-receptores usando células estaminais humanas. Os investigadores conseguiram evitar a rejeição do sistema imunológico das células estaminais, bloqueando as respostas imunes habituais que desencadeiam a sua rejeição pelo corpo do receptor. Originalmente, não era claro se os foto-receptores transplantados simplesmente morriam antes de serem eficazes ou se eram desligados pelo sistema imunológico do organismo. Deepak Lamba, autor do novo estudo, explica que os cientistas pensavam que o olho e o cérebro estavam isentos de monitorização pelas células do sistema imunológico. Para descobrir isso, a equipe estudou uma estirpe específica de ratos, saudável, mas que não tinha um receptor de células imunes específico chamado IL2rγ. Estes ratinhos imunodeficientes sem receptores IL2 são incapazes de rejeitar células estranhas transplantadas. Os ratos mostraram um aumento de dez vezes nas células retinais dadoras derivadas de células estaminais embrionárias humanas vivas. As células retinianas transplantadas amadureceram e integraram-se com sucesso nas retinas dos ratos. “Isso transformou-se numa bela história de restauração de longo prazo da visão em ratos completamente cegos”, diz Lamba. “Nós mostrámos que estes ratos agora podem perceber a luz mesmo 9 meses após a injecção das células”. Ao constatar que os transplantes nos ratinhos conseguiram sobreviver, os investigadores precisavam depois de testar se funcionavam de facto. Os foto-receptores derivados de células estaminais foram inseridos numa estirpe de ratinhos com cegueira congénita. Medindo a resposta das suas cobaias à luz e aos centros de resposta visual dos seus cérebros, para verificar se os sinais do olho estavam a atingir as áreas cerebrais apropriadas, os investigadores observaram que os ratos podiam ver. “Esta descoberta dá-nos muita esperança de que poderemos criar algum tipo de vantagem com as terapias de células estaminais, para que esta não seja apenas uma resposta temporária, na altura em que as células são colocadas – mas antes uma visão sustentada a longo prazo”, explica Lamba. Fonte: site ZAP AEIOU por HS – Foto: bass_nroll / Flickr

Dorinha, da Turma da Mônica, vai promover a inclusão de cegos

Uma das primeiras personagens com deficiência a integrar a Turma da Mônica, Dorinha será a garota propaganda de um projeto que busca a inclusão de pessoas com deficiência visual, uma parceria entre o Instituto Mauricio de Sousa e a Fundação Dorina Nowill para Cegos. Dorinha, personagem inspirada em Dorina de Gouvêa Nowill (1919-2010) Créditos: Instituto Mauricio de Sousa Dorinha, personagem inspirada em Dorina de Gouvêa Nowill (1919-2010) Inspirada em Dorina de Gouvêa Nowill (1919-2010), fundadora da instituição que há 70 anos produz e distribui gratuitamente livros em braille para pessoas, escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil, Dorinha terá sua imagem estampada em produtos acessíveis, como reglete (instrumento que auxilia na escrita) e bengala, e conteúdos educacionais, como cartilhas e gibis. "Vamos pensar em produtos diversos, para todos os públicos e que possam ampliar a presença de uma personagem que pode mudar a consciência e aumentar o conhecimento sobre a deficiência visual desde a infância", afirma Ika Fleury, presidente do conselho da fundação. Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil, das mais de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual, 528.624 são incapazes de enxergar (cegos) e 6.056.654 têm baixa visão ou visão subnormal (grande e permanente dificuldade de enxergar). Outras 29 milhões de pessoas declararam possuir alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes. No lançamento do projeto, nesta quinta-feira (19), haverá uma sessão especial de Cine Gibi 8, com audiodescrição, "recurso muito importante para que as pessoas com deficiência visual tenham acesso a imagens do filme e que acaba sendo uma forma bem interessante de as crianças poderem aproveitar as historinhas com inclusão e acessibilidade", avalia Ilka. Por QSocial

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Visite o Memorial da Inclusão e participe do Museum Selfie Day

Na próxima quarta-feira, 18 de janeiro, acontece o Museum Selfie Day, uma iniciativa internacional e espontânea de museus em todo o mundo para divulgar os espaços na internet e criar uma identificação com o público, especialmente entre os mais jovens. A ação mundial reúne museus e visitantes do mundo todo por meio da hashtag #MuseumSelfie. O objetivo é estimular o visitante a produzir as fotos e circular essas imagens nas redes sociais, mostrando imagens que geralmente não são vistas pelo grande público. O Memorial da Inclusão participa da ação e estimula que as pessoas visitem o espaço e publiquem suas selfies. Para participar é simples, qualquer pessoa pode vir visitar o Memorial da Inclusão no dia 18, quarta-feira, clicar e postar a foto com a hashtag #MuseumSelfie, em sua rede social pessoal. Se a pessoa encaminhar também para o e-mail comunic@sedpcd.sp.gov.br,

Desconto para PCD na aquisição de veículo 0 km pode chegar a 28%

Como se sabe, muitos brasileiros sonham em comprar a casa própria e também adquirir um veículo. O primeiro desejo, normalmente, costuma ser realizado em longo prazo, mas, em relação ao carro, algumas pessoas fazem de tudo para ficarem “motorizadas”. Mas, o que muita gente não sabe, é que as deficiências e algumas doenças debilitantes dão desconto de até 28% na aquisição de veículos 0 km – que custem até R$ 70 mil. Na verdade, essa facilitação na compra de automóveis faz parte da Lei 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que trata da isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para pessoas com deficiência. Segundo a norma, automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de até 2 mil cilindradas, de no mínimo quatro portas (inclusive a de acesso ao bagageiro), movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema reversível de combustão, podem ser adquiridos com o devido desconto por pessoas com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédio de um representante legal. Vale dizer que o desconto de até 28% pode ser usado apenas uma vez. Em Minas Gerais, as pessoas com deficiência ainda ganham o desconto integral do ICMS sobre o veículo a ser adquirido. Caso o automóvel tenha de ser adaptado, poderá também ficar livre do pagamento do IPVA. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva (Abridef), doenças graves debilitantes também podem ser levadas em conta para aplicação da Lei 8.989. AVC, artrite reumatoide, nanismo e poliomielite são exemplos de problemas que podem ser levados em conta na aquisição de um veículo 0 km com o desconto de 28%, além da isenção de impostos regionais. Caso seja necessário, existem jurisprudências, ou seja, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que favorecem os portadores dessas doenças. Abaixo, algumas das doenças que dão direto ao desconto para a compra de veículos: Amputações Artrite reumatoide Artrodese Artrose AVC AVE (Acidente Vascular Encefálico) Autismo Alguns tipos de câncer Doenças degenerativas Deficiência visual Deficiência mental (severa ou profunda) Doenças neurológicas Encurtamento de membros e más formações Esclerose múltipla Escoliose acentuada LER (Lesão por Esforço Repetitivo) Linfomas Lesões com sequelas físicas Manguito rotador Mastectomia (retirada de mama) Nanismo (baixa estatura) Neuropatias diabéticas Paralisia cerebral Paraplegia Parkinson Poliomielite Próteses internas e externas Problema renal crônico com uso de fístula Problemas na coluna Quadrantomia (ligada ao câncer de mama) Síndrome do túnel do carpo Talidomida Tendinite crônica Tetraparesia Tetraplegia Fonte: Encontro Digital Site externo

Carnaval inclusivo em São Paulo

A imagem na horizontal mostra o ensaio da escola de samba Águia de Ouro com a ala para deficientes visuais. Dezenas de pessoas estão na quadra da escola de samba, um local amplo e iluminado com paredes brancas. Fim da descrição. Foto: Divulgação A Escola de Samba Águia de Ouro convidou os frequentadores da Fundação Dorina Nowill para Cegos para compor uma de suas alas no desfile deste ano. Cerca de 100 foliões, entre pessoas com deficiência visual e acompanhantes, sambarão no desfile da escola às 6h da manhã do domingo (26/02). O título do samba enredo da Águia de Ouro é “Amor com Amor se Paga – Um mundo animal” no qual os cachorros são os personagens principais. Sendo assim, para fazer referência aos cães-guia – animais que conduzem pessoas cegas e as auxiliam em trajetos diversos – haverá uma ala com convidados com deficiência visual. Para conferir as informações do Carnaval 2017 da Águia de Ouro, acesse http://aguiadeouro.com.br/2016. fonte revista incluir

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Memorial da Inclusão recebe exposição em homenagem aos 463 anos da cidade de São Paulo

No próximo dia 23 de janeiro, a partir das 18h30 o Memorial da Inclusão, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, recebe a exposição “São Paulo, terra boa!”. A mostra apresenta releituras de monumentos paulistas por meio de 29 telas produzidas por pintores com a boca e os pés, em homenagem aos 463 anos da cidade de São Paulo. A exposição retrata parte dos monumentos históricos e pontos turísticos paulistanos como patrimônio cultural de modo a fomentar o interesse pela arquitetura, lazer e cultura desses espaços. A mostra fica aberta à visitação de 24 de janeiro a 23 de fevereiro. Os artistas integram a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, fundada em 1956 quando Erich Stegmann reuniu um pequeno grupo de artistas com deficiência física de oito países europeus com o objetivo de trabalharem com arte. Atualmente, a Associação está presente em mais de 70 países, e no Brasil conta com 53 artistas. A exposição conta com audiodescrição, impressão dos textos em dupla leitura (português e braile) e com fonte ampliada e módulos expositores acessíveis. SERVIÇO “São Paulo, terra boa!” Data e horário de inauguração: 23 de janeiro 2017 (segunda-feira), às 18h30min Data de visitas: de 24 de janeiro a 23 de fevereiro de 2017 Horário: Segunda a sexta-feira, das 10h às 17h - Sábados, 28 de janeiro e 18 de fevereiro, das 13h às 17h Local: Memorial da Inclusão – Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 – Portão 10 – Barra Funda –Próximo da Estação Palmeiras - Barra Funda do Metrô e CPTM - São Paulo – SP ENTRADA FRANCA fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficiencia

Dupla sertaneja aposta em acessibilidade e faz sucesso

Imagine o seu cantor favorito. Agora, imagine que você não consegue entender o que ele fala e você não consegue mais aproveitar nenhum dos shows ou músicas dele. A música é a forma de arte mais popular do mundo, mas mesmo assim, ainda é inacessível para muitas pessoas. Pois existe gente que quer fazer de tudo para mudar essa realidade. É o caso da dupla mineira Cezzar e Rodolfo Site externo. Assim como outros artistas, os cantores querem levar sua música a cada vez mais pessoas e, por isso, começaram um trabalho de formiguinha, mas que já está movendo montanhas: estão colocando todas as suas músicas também disponíveis em Libras. A pioneira foi a música de autoria da dupla, Anjos, que contou com a tradução de Delmir Alves, especialista em Libras e acessibilidade cultural. O vídeo rende diariamente dezenas de mensagens a dupla, tanto de surdos e famílias de surdos, quanto de estudantes de Libras e pessoas que se identificam com a causa. Os elogios não são à toa – hoje, no Brasil, são pouquíssimos os shows que contam com acessibilidade em Libras ou audiodescrição (para cegos) e são iniciativas como essas que fazem a cultura mais acessível a todos. De acordo com Delmir, intérprete responsável pela traduções da dupla, é fundamental que os artistas pensem na importância da acessibilidade, pois ninguém pode ser excluído. “O trabalho que estamos realizando não se restringe apenas à interpretação em Libras, pois já começamos a descrever as fotos para que as pessoas cegas também tenham acesso à informação. Além disso, já estamos realizando o trabalho para colocar a audiodescrição nos videoclipes”, afirma Delmir. A dupla tem como meta para 2017 continuar o trabalho, levando a música a diferentes públicos, bem como a realização de mais shows, a gravação de um CD, de um DVD e a participação em programas televisivos, tudo sempre disponível em Libras. Fonte: Catraca Livre Site externo