segunda-feira, 30 de maio de 2016

MP pede acessibilidade para deficientes auditivos nos cinemas

O Ministério Público Federal de São Paulo abriu uma ação civil contra a Ancine (Agência Nacional de Cinema) e dezenove redes de cinema brasileiras solicitando que os filmes originais em português ou dublados tenham legendas ou janelas com intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para a acessibilidade de deficientes auditivos. Uma investigação realizada pelo MP verificou que uma grande parte das salas de cinema no Brasil não possuem os recursos para que o conteúdo abranja o público surdo. Em vista disso, a ação, ainda em caráter liminar, pede que as exibidoras que não têm em seus catálogos filmes legendados ou com tradulção em Libras terão um prazo de 60 dias para se adequar a essas especificações. Além de cobrar os responsáveis pelas exibições, o MP também fez um pedido para que haja fiscalização da Ancine às exibidoras, que deverão pagar multa de 10.000 reais por dia em caso de descumprimento das normas. Além disso, a ação ainda pede a condenação das exibidoras por danos morais coletivos aos deficientes auditivos, em um valor não menor que 1 milhão de reais. Fonte: site da revista Veja.

Campanha de loja surpreende clientes vendendo apenas um pé de sapato

Vender somente uma peça dos pares de sapatos, foi uma maneira de chamar atenção à amputação causada pela diabetes Vender somente uma peça dos pares de sapatos, foi uma maneira de chamar atenção à amputação causada pela diabetes Uma campanha publicitária criada pela agência Langland chamou a atenção na Inglaterra. Andrew Spurgeon, diretor executivo da agência, abriu uma loja de tênis fictícia com o seguinte anúncio: 50% de desconto. Imediatamente, os corredores começaram a se encher. Porém, ao tentar comprar o calçado, os clientes ficavam chocados. Quando pediam um modelo de sapato para o vendedor, os clientes recebiam apenas um pé de cada modelo. A finalidade da Amp Shoes (nome da loja) era, de fato, surpreender os consumidores: a loja estava expondo calçados que “sobraram” de pessoas amputadas por causa da diabetes. A campanha criada pela Langland em parceria com o Instituto Diabetes UK foi desenvolvida para impactar as pessoas e alertá-las sobre o perigo da doença que culmina em 135 amputações por semana no país. Para estender à internet, foi criada a hashtag #OneShoe e pessoas de toda a Inglaterra estão postando fotos calçando apenas um pé de sapato. Fonte: Revista D+

sábado, 28 de maio de 2016

Projeto estadual leva acessibilidade a pontos turísticos do Recife

No entorno da Casa da Cultura, trabalhadores substituem as pedras portuguesas No entorno da Casa da Cultura, trabalhadores substituem as pedras portuguesas Um projeto de acessibilidade em alguns dos principais equipamentos turísticos do Recife vai minimizar um grave problema da cidade: as más condições das calçadas. Pelo menos nas três rotas escolhidas pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, onde, além de recuperação do passeio, estão sendo construídas rampas de acesso, pisos táteis, travessia elevada (para facilitar o deslocamento de cadeirantes) e sinalização vertical e horizontal. A primeira rota abrange a Rua do Bom Jesus, o Marco Zero e a Torre Malakoff, no Recife Antigo. A segunda inclui a Praça da República e a Casa da Cultura, no bairro de Santo Antônio. Na terceira, está o Mercado de São José, no bairro de São José. No total será investido R$ 1,3 milhão no projeto, recursos do Ministério do Turismo. No momento, é possível ver equipes trabalhando em todo o entorno da Casa da Cultura, incluindo a Rua Floriano Peixoto (onde o passeio está recebendo pedras portuguesas), e na calçada da Praça do Arsenal. De acordo com a secretaria, ainda nesta semana serão iniciadas as obras no Mercado de São José e a previsão é de todas as rotas estarem concluídas até o final do ano. O secretário da pasta, Felipe Carreras, explica que o programa estava previsto para a época da Copa do Mundo, mas, por algum motivo que desconhece, não foi executado a tempo. “Quando assumi, consegui destravar os recursos, licitar e dar a ordem de serviço. O centro do Recife é, indiscutivelmente, o local mais visitado por turistas e essa é uma obra inclusiva, que mostra a preocupação do poder público com a acessibilidade. Ela permite que turistas com deficiência contemplem os atrativos do Recife”. Quem passa nessas áreas aprova o serviço, mas convida a prefeitura a fazer a sua parte. “É boa essa obra, pelo menos quem vem de fora vai ver esse pedacinho e achar tudo lindo, mas turista não fica só nessa área. As calçadas do centro são péssimas, sobretudo para quem tem problema de locomoção. Além dos buracos são ocupadas por lojistas e ambulantes”, observa a funcionária pública Verônica Zamorano, 51. O comerciante Eudes Vieira reforça: “Em ruas centrais como a Tobias Barreto e Avenida Dantas Barreto a gente só anda pela rua, porque as calçadas são ocupadas. Quando não tem buraco tem ambulante. A prefeitura devia ver isso”. Outro projeto do tipo está previsto para a orla de Boa Viagem, na Zona Sul da capital. Fonte: jc online

MANIFESTO EM DEFESA DA SECRETARIA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – SNPD

exigimos do governo interino do presidente Michel Temer a manutenção da SNPD como órgão específico, com status de Secretaria Nacional, destinado à articulação de políticas públicas voltadas ao segmento. sob fundo azul, ilustração em branco mostrando pessoas com vários tipos de deficiência. em letras amarelas - MANIFESTO, e em letras azuis sob fundo amarelo, em defesa da secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência - SNPD Com a Lei 7.853/1989 foi criada a Coordenadoria Nacional para a Política de Integração da Pessoa com Deficiência – CORDE, que posteriormente passou para a estrutura da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos. Em 2003, pela Lei 10.683, a SEDH foi deslocada do Ministério da Justiça para a Presidência da República. Em 2009, com a edição da Lei 11. 958, foi elevada ao status de Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Em 2010 essa Subsecretaria tornou-se, até a edição da MP 726/16, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, condição que manteve mesmo após sua integração ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, em 2015. Nesses anos, o Brasil alcançou inúmeros avanços na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Em 2009, a Convenção Internacional das Nações Unidas sobre o tema (CDPD) foi promulgada com equivalência de emenda constitucional. Dois anos depois, foi implementado o Viver Sem Limite, programa premiado que instituiu numerosas políticas para essas pessoas, muitas delas consolidadas pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI) de 2015. Foram ainda fortalecidos alguns conselhos já existentes e instituídos outros com o fim de ampliar o debate necessário ao resguardo de direitos. Foi produzido, também, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 (2012) de forma pioneira o documento “O futuro que queremos”, cujo resultado mais recente foi a inserção do tema “deficiência” nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecendo, assim, novas responsabilidades para o Estado brasileiro nessa seara, conforme estabelece o documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, do qual o país é signatário. Essas conquistas só se concretizaram em face da organização dos movimentos sociais das pessoas com deficiência, manifesta na expansão de conselhos municipais e estaduais sobre o tema, e em face da existência de um órgão específico, no Estado, destinado a promover os direitos desse segmento, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SNPD. Há ainda, contudo, muito a fazer. Precisamos ver materializados, na vida das pessoas, os avanços previstos na referida Convenção e Lei Brasileira de Inclusão, entre os quais os relativos ao efetivo acesso aos direitos à saúde, educação e trabalho entre outros. Precisamos de políticas públicas que garantam às 45.606.048 pessoas – que, segundo o Censo de 2010, possuem algum tipo de deficiência – efetiva participação na sociedade,em cumprimento a um dos desafios lançados na Declaração da Década das Américas pelos Direitos e pela Dignidade das Pessoas com Deficiência (2006-2016), que teve como lema: “Igualdade, Dignidade e Participação”, cujo objetivo é alcançar o reconhecimento e o exercício pleno dos direitos e da dignidade das pessoas com deficiência e seu direito de participar plenamente na vida econômica, social, cultural e política e no desenvolvimento de suas sociedades, sem discriminação e em pé de igualdade com os demais. Por essas razões, nós, pessoas com deficiência e representantes das entidades da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos dessas pessoas, exigimos do governo interino do presidente Michel Temer a manutenção da SNPD como órgão específico, com status de Secretaria Nacional, destinado à articulação de políticas públicas voltadas ao segmento. Além de fundamental do ponto de vista administrativo e social, pois assegurará a esses 45,6 milhões de pessoas, realização de direitos, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas sem deficiência, tal manutenção é fundamental do ponto de vista político, porque contribuirá para a materialização do compromisso assumido pelo Brasil perante a ONU, de fortalecimento, no âmbito do Governo, das estruturas e pontos focais para assuntos relacionados à implementação da citada Convenção e de “devida consideração ao estabelecimento ou designação de um mecanismo de coordenação no âmbito do Governo, a fim de facilitar ações correlatas nos diferentes setores e níveis”. A manutenção da SNPD, com o mesmo status que ostentava antes, evitaria também a denúncia do Estado brasileiro perante o Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, impositiva nas hipóteses de desrespeito às disposições da Convenção, que certamente ocorreria caso eventualmente suprimida essa Secretaria. A subsistência da SNPD impediria, por fim, retrocesso inaceitável aos direitos fundamentais tão duramente conquistados por esses 23,9% da população. Nós, brasileiros e brasileiras com deficiência, exigimos nosso lugar no Estado, em igualdade de direitos ! ENTIDADES QUE ADEREM AO MANIFESTO Abraça – Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo Abrace Autismo ADEFISS – Associação dos Deficientes Físicos de São Simão Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas APNEN (Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa) ASPOSBERN – Associação dos Pais e Pessoas do Estado do Rio Grande do Norte Associação de Pessoas com Necessidades Especiais de Aparecida do Rio Negro Associação dos Deficiêntes Visuais de São José dos Pinhais ADVSJP Associação Down de Goiás CASA JOANA Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMDEF), Jequié, na Bahia CVI Araci Nallln – Centro de Vida Independente Araci Nallin Desenvolver – Consultoria em Inclusão de Pessoas com Deficiencia Despatalogiza – Movimento pela Despatologização da Vida F.A.E – Frente Anticapacitista de Esquerda Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down – FBASD Federação dos Deficientes Físicos de MS Fórum dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Curitiba Fórum Permanente de Educação Inclusiva Fundação Síndrome de Down Grupo de Pesquisa CNPq Vozes, Empoderamento, Inclusão e Direitos Humanos Grupo Maricá IFAN – Instituto da Infância Inclusive – Inclusão e Cidadania Instituto Aldo Miccolis Instituto Autismo & Vida Instituto de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência – IDDPCD Instituto Mano Down Instituto Sul Mato Grossense para Cegos “Florivaldo Vargas” – ISMAC Life Down Memorial da Inclusão Movimento Anti-Capacitismo Movimento Down Rede da Primeira Infância do Estado do Ceará – REPI-CE RS Paradesporto Trissomia do Amor 21 ASSINE  O MANIFESTO PELA MANUTENÇÃO DA SNPD! COMPARTILHE EM SUAS REDES! (SE SUA ENTIDADE QUISER ADERIR, FAVOR ENVIAR EMAIL PARA INCLUSIVE@INCLUSIVE.ORG.BR). Fonte: Inclusive

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Fotografias retratam laço entre pessoas com deficiência e seus cuidadores

Supostamente, uma foto tremida é uma foto desperdiçada. Mas não quando o fotografo é o jovem Roger Bueno, de 24 anos, nascido com uma deficiência congênita na mão direita. Nas imagens de Roger, o tremor é discurso, é amor, e suas fotos mostram nada além disso: afeto, empatia, companheirismo e dedicação entre pessoas com deficiência e seus cuidadores. Roger é estudante de comunicação social com habilitação em Publicidade e Propaganda, na condição de bolsista, na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado Site externo, e estas fotos são seu primeiro contato com a fotografia. Além de retratar o afeto entre essas pessoas, a série procura, segundo Roger, “motivar uma reflexão sobre temas como saúde, trabalho e exclusão social”. As imagens são inspiradas nos tios de Roger, Valdemar e Marieta. Seu tio sofre, há mais de 20 anos, de um transtorno mental, agravado por internações em manicômios, com tratamentos cruéis e desumanizados. Além do acompanhamento médico, Valdemar depende exclusivamente de Marieta, e essa natureza de troca, confiança e cuidado é que inspirou Roger. A natureza dessas relações, porém, é bastante complexa e variada, dando-se ora entre pais e filhos, ora maridos e esposas, avós e netos, e até mesmo amigos simplesmente. O que Roger quer é apontar uma luz sobre um tema que, segundo ele, está na “escuridão”: chamar a atenção para as dificuldades que enfrentam, seja em seu cotidiano, seja no mundo, ou até mesmo para além de suas limitações – por exclusão social ou preconceito – e, assim, revelar o amor e a humanidade entre essas pessoas como saída para qualquer dor. O ensaio completo está disponível na matéria publicada no Hypeness Site externo. Fonte: Hypeness Site externo

Software gratuito para acessibilidade na internet

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo (SMPED) oferece o aplicativo eSSENTIAL Accessibility. A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo (SMPED) oferece o aplicativo eSSENTIAL Accessibility. O software foi desenvolvido pela empresa canadense de mesmo nome, e poderá ser baixado gratuitamente no site: www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia. A tecnologia assistiva é um app para computadores pessoais que auxilia os usuários com dificuldades de controlar o mouse, usar o teclado ou ler na tela. Na prática, funciona como um navegador com recursos de acessibilidade, como por exemplo, o que permite controlar o cursor com movimentos do rosto, comandos de voz, leitor de página, zoom em texto e imagem, teclado na tela, além de outras alternativas para mouse. Pessoas com dificuldades de movimentação, deficiência visual moderada, dislexia, iliteracia e outros problemas que dificultam a leitura podem ser beneficiadas. E, uma vez feito o download em um computador, pode ser usado sem custo em qualquer outro site. Empresas e instituições de ensino já disponibilizam o eSSENTIAL Accessibility™, mas a Secretariada Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo será o primeiro órgão governamental do país a oferecê-lo em seu site. “Quando pensamos em acessibilidade, o que geralmente nos vêm à mente são as barreiras arquitetônicas, como a falta de rampas para pessoas em cadeira de rodas. Mas o conceito é muito mais amplo e inclui também adaptações necessárias para que todos tenham acesso ao conteúdo disponibilizado na internet, assim como em outras fontes de informação, de serviços e de comunicação. E a Prefeitura de São Paulo, com apoio da eSSENTIAL Accessibility, assume o compromisso de oferecer à população com deficiência uma ferramenta que proporciona autonomia no acesso à rede mundial de computadores ”, comenta a secretária Marianne Pinotti. “A parceria da eSSENTIAL Accessibility™ com a SMPED é super importante. O app ajudará as pessoas com deficiência a superarem barreiras para navegarem no site da Prefeitura. Elas poderão pesquisar informações sobre São Paulo e poderão se sentir incluídas no dia-a-dia da cidade”, explica Simon Dermer, um dos presidentes da companhia. Fonte: Incluir

terça-feira, 24 de maio de 2016

Empresa terá de doar R$ 1,2 milhão por não preencher cota de deficientes

Nos próximos três anos, uma empresa do ramo de celulose terá de doar R$ 1,2 milhão para 16 entidades que trabalham na assistência e capacitação de pessoas com deficiência, como multa por não ter cumprido Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público do Trabalho para preenchimento de reserva de vagas a pessoas com deficiência e beneficiários reabilitados. O aditamento do TAC prevê o preenchimento total das vagas, que hoje é de cerca de 620 trabalhadores, em um total de 12.400 empregados da empresa, nos próximos seis anos, sendo 50% até 2018. Considerando as 223 contratações já feitas, restam 397 trabalhadores para a reserva total e 199 contratações para a meta do primeiro triênio. Caso o número de funcionários (atualmente 12.400) seja ampliado ou diminuído, o número final de contratações será recalculado. Se ao final dos primeiros três anos a empresa não atingir o número de 199 contratações, pagará multa de R$ 10 mil por empregado que deixou de ser contratado. O novo acordo é válido em todo o território nacional onde a empresa possui estabelecimentos e tem vigência imediata e prazo indeterminado. O descumprimento acarretará também multa de R$ 10 mil por empregado que não for admitido para a composição da reserva de vagas para pessoa com deficiência, R$ 10 mil pela falta de comprovação da contratação dos empregados no período determinado, acompanhada de laudos médicos ou das certidões do INSS que comprovem a condição de reabilitado, e outros R$ 10 mil por empregado não admitido para composição da reserva no prazo final de seis anos, todas revertidas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou transformadas em doações. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPT. Fonte: www.conjur.com.br

APROVADO O REGULAMENTO GERAL DE ACESSIBILIDADE EM TELECOMUNICAÇÕES

O Conselho Diretor da Anatel aprovou hoje um regulamento de acessibilidade em telecomunicações com o objetivo de assegurar o acesso a serviços e equipamentos de telecomunicações às pessoas com deficiências auditivas, visuais, motoras e cognitivas em igualdade de condições com as demais pessoas, tanto na zona urbana quanto rural. O Regulamento Geral de Acessibilidade em Serviços de Telecomunicações de Interesse Coletivo (RGA) beneficiará cerca de 45,6 milhões de brasileiros que declararam algum tipo de deficiência, segundo o Censo de 2010. Também trará benefícios para um segmento crescente da população: os idosos, que tendem a apresentar deficiências em algum momento ao longo da vida. De acordo com projeções do IBGE, os idosos representarão 18,7% da população em 2030 - hoje constituem 10,8%. Entre as novas regras, constam a ampliação de funcionalidades e facilidades nos equipamentos usados para telecomunicações e a implementação de melhorias no atendimento das prestadoras, tanto de forma remota quanto presencial. As empresas deverão, por exemplo, disponibilizar páginas na internet acessíveis e garantir aos seus clientes com deficiências mecanismos de interação como mensagem eletrônica, webchat e videochamada. As prestadoras terão a obrigação de disponibilizar ao assinante com deficiência visual a opção de receber cópia de documento (contrato de prestação do serviço e contas, por exemplo) em braile, com fontes ampliadas ou outro formato eletrônico acessível, mediante solicitação. Deverão, ainda, ofertar planos de serviços para pessoas com deficiência auditiva, garantindo que somente sejam cobrados os serviços condizentes com esse tipo de deficiência, e possuir atendimento especializado que possibilite a melhor comunicação às pessoas com deficiência auditiva no seu setor de atendimento presencial. O Regulamento Geral de Acessibilidade em Telecomunicações unifica dispositivos antes dispersos em outras normas da Anatel e está em conformidade com as proposições da Convenção sobre Direito das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, incorporadas ao arcabouço jurídico brasileiro por meio do Decreto Legislativo nº 186/2008, tendo equivalência às emendas constitucionais. Para acompanhamento da implantação do regulamento, será constituído um grupo composto pela Anatel e pelas prestadoras, com possibilidade de participação de representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Será ainda criado um ranking comparativo entre as prestadoras, de acordo com as ações de acessibilidades em telecomunicações promovidas por elas, com a finalidade de incentivar melhorias no atendimento aos usuários com deficiência. Link para acesso ao Regulamento Geral de Acessibilidade em Serviços de Telecomunicações. Fonte: Anatel

Cegos se mobilizam para baratear manutenção de cães-guias em Santa Catarina

Pessoas com deficiência visual usuárias de cães-guias deram início à mobilização para redução de custos de manutenção dos animais, em Santa Catarina. Entregues gratuitamente por exigência da lei brasileira, os cães-guias passam a ser custeados pelos novos donos assim que iniciam o trabalho. Uma ajuda de valor inestimável, mas que pesa no bolso: os gastos com os animais chegam a R$ 600 por mês. — O que ele faz por mim não tem preço. Passei a ter independência, uma vida ativa. Mas queremos encontrar uma maneira de deixar a manutenção mais barata, até para que mais pessoas tenham acesso ao cão-guia — diz Felipe Cristiano da Silva, 24 anos, estudante de Relações Internacionais, que tem a companhia do labrador Thor há um ano e meio. Felipe organizou o primeiro encontro do grupo, em espaço cedido no fim de semana pelo Instituto Federal Catarinense (IFC), em Camboriú, onde fica o primeiro Centro de Treinamento de Instrutores de Cães-Guias custeado pelo Governo Federal no país. As discussões incluem formar uma associação para pleitear compras conjuntas de materiais para o cão — o que reduz custos em até 25% — e a mobilização para criar uma lei que garanta redução de impostos na compra de ração, por exemplo. A ideia é semelhante à lei que isenta às pessoas com deficiência o pagamento de impostos como IPI e ICMS na compra de um veículo. A estimativa é que, no caso da ração, a medida reduzisse em pelo menos 17% o custo do pacote. Levando-se em conta que os cães-guias precisam de alimentação de alta qualidade, para melhorar a performance e a expectativa de vida, o desconto é providencial: o saco de ração custa hoje de R$ 200 a R$ 250. Cego e ativista das causas da pessoa com deficiência, o fisioterapeuta Sidnei Pavesi, de Brusque, ressalta que o alto custo de manutenção limita o perfil dos cegos ou pessoas com baixa visão que podem fazer uso do cão-guia. No cadastro nacional há mais de 400 candidatos a receber um cão, mas sabe-se que o número pode ser muito maior. Há no Brasil 6 milhões de pessoas com deficiência visual, considerando-se cegueira total e baixa visão. Pelo menos 150 mil poderiam ser beneficiadas por um cão-guia. — Precisamos repensar as políticas públicas que envolvem o cão-guia — diz Pavesi, que já viajou o mundo com o golden retriever Braille. Acesso livre Além das questões econômicas, outra bandeira da associação de usuários de cães-guias é a conscientização sobre o livre acesso. A lei brasileira garante aos animais acesso a qualquer estabelecimento público ou privado, com restrições apenas em áreas cirúrgicas, de manipulação de remédios ou alimentos. O mesmo vale para os filhotes, que estão em fase de socialização. Mas os relatos de desrespeito à legislação são constantes. Cezar Oliveira, que vive em Palhoça e há um ano recebeu o golden retriever Duster, já passou por constrangimentos: — Ônibus que não param, coisas assim. Quando ouço alguém falar, criando dificuldade, argumento. Mas sei que muitos fazem cara feia, e não posso responder porque não enxergo. A lei prevê multa de até R$ 30 mil para estabelecimentos que coibirem entrada de cão-guia acompanhado de pessoa com deficiência visual ou do socializador, e até interdição em caso de reincidência. Respeito e sensibilidade são palavras-chave numa relação que vai muito além da companhia. Os cães fazem as vezes de olhos para quem não pode enxergar, e são responsáveis por uma mudança de vida incomparável. Como relata Gabriel Toledo, estudante de Psicologia que encontrou a independência ao lado do dourado Cedar após ter perdido a visão, dois anos atrás. — Eu não tinha mais vontade de continuar. Esse pequeno animal de quatro patas me mostrou que tinha um sentido em seguir em frente. Eu estava cego no meu mundo, e ele me mostrou um outro mundo. Me trouxe vontade de viver. Fonte: Diário Catarinense Site externo

Concurso para revisor Braille, Curso de AVD e Mobilidade online, Lançamento da Linha Braille de Baixo custo, e Suporte para impressoras Braille, divulgue!

TEMAS DESTA EDIÇÃO: Última semana de inscrições pro concurso de revisor Braille! Confirmado: A linha Braille de baixo custo será lançada em Setembro! Suporte técnico para impressoras Braille; Gravação e inscrição do curso de Atividades de Vida Diária Online! Assista gratuitamente, à última aula do curso de Orientação e Mobilidade Online! INÍCIO DO CONTEÚDO: Gravação e inscrição do curso de Atividades de Vida Diária Online!   Na próxima quarta, acontece a segunda aula do curso de atividades de vida diária online, que começou no último dia 18 de maio. Para você que não assistiu à primeira aula, estamos disponibilizando gratuitamente a gravação, desta forma, você poderá conhecer nossa metodologia e nossos professores. Para maiores informações e inscrições no curso, escreva para contato.deficienciavisual@gmail.com ou acesse a página do Portal da Deficiência Visual. O link para ouvir ou baixar a gravação da primeira aula do curso de atividades de vida diária é: www.deficienciavisual.com.br/files/avd/avd18demaiode2016aula1.mp3   Assista gratuitamente, à última aula do curso de Orientação e Mobilidade Online!   Acontecerá nesta quinta-feira, 26 de Maio, às 20 horas, a última aula do curso de orientação e mobilidade online do Portal da Deficiência Visual. Assim como abrimos a primeira aula deste curso ao público, agora estamos convidando a todos os interessados em conhecer nossa metodologia, para estar comparecendo a esta última aula do curso para assistir à avaliação final dos nossos alunos. Na ocasião, os próprios alunos também estarão fazendo uma avaliação a respeito de como foi para eles, estarem realizando o curso nesta modalidade,, fazendo um balanço dos pontos positivos e negativos, e dos resultados obtidos.   Um destaque especial nesta turma é uma aluna de apenas 14 anos que foi inscrita por sua mãe, que auxiliou a filha na realização de todas as atividades, e nesta última aula estarão falando sobre como a parceria entre mãe e filha favoreceu o processo de reabilitação através de um curso online.   Suporte técnico para impressoras Braille:   A grande maioria das impressoras Braille do Brasil infelizmente ainda encontra-se dentro de caixas por falta de profissionais capacitados para sua instalação e operação.   Para solucionar este problema, o Portal da Deficiência Visual oferece suporte técnico para a instalação das impressoras Braille, e também a preparação dos funcionários responsáveis por sua operação.   Interessados em maiores informações, escrever um e-mail para contato.deficienciavisual@gmail.com   Confirmado: A linha Braille de baixo custo será lançada em Setembro!   Esta semana recebemos uma notícia do nosso correspondente dos Estados Unidos, Harrison Tu, funcionário da Microsoft responsável pela acessibilidade do Windows 10 para leitores de tela, e pela tradução do Dosvox para o inglês, que nos trouxe, em primeira mão, a novidade de que já está tudo pronto para o lançamento da linha Braille Orbit Reader, no mês de setembro de 2016.   Esta linha Braille é desenvolvida nos Estados Unidos, e tem uma característica muito especial, que é o fato dela ser de baixo custo, e destinada aos países subdesenvolvidos.   Vendida por apenas 500 Dólares nos Estados Unidos, a linha Braille Orbit Reader custará, aproximadamente, R$ 1.750,00 no Brasil, e será construída de forma a facilitar sua manutenção local, ou seja: Utilizará peças fáceis de serem encontradas em qualquer país, de baixo custo, e fácil de ser aberta para reparos sem a necessidade de ser enviada de volta para os Estados Unidos.   Os interessados em obter maiores informações sobre esta linha Braille podem estar acessando a página do fabricante no link www.aph.org/orbit-reader-20/   Última semana de inscrições pro concurso de revisor Braille!   Termina no dia 30 de Maio, o prazo de inscrições para o concurso do Instituto Federal de Minas Gerais, para trabalhar no cargo de revisor Braille, com salário de R$ 2.175,00.   O cargo tem como requisito unicamente o ensino médio, mais curso de formação específica, que será ministrado pelo Portal da Deficiência Visual através da internet.   O edital e maiores informações sobre este concurso podem ser obtidos no link: http://concursos.fundacaocefetminas.org.br/concursos/44/tecnico-administrativo-em-educacao-if-sudeste-mg-edital-n-001-2016 -- Se você acha que estas informações podem interessar a outras pessoas, por favor compartilhe com seus contatos de e-mail, listas de discussão e nas redes sociais.   Para entrar em contato conosco, ou caso tenha interesse de receber nossos informativos, escreva um e-mail para contato.deficienciavisual@gmail.com   Para visitar o nosso site acesse www.deficienciavisual.com.br   INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS   Razão Social: Instituto Internacional da Deficiência Visual CNPJ: 18.738.547/0001-54 Endereço: Rua Saldanha Marinho 373 Sala 301 Centro Bento Gonçalves, Serra Gaúcha, RS, Brasil. CEP: 95.700-000   CONTATOS   Tel. Fixo: (54) 3052-0885 Cel. Vivo e Whatsapp: (54) 9948-8321 Cel. Tim: (54) 8111-1231 Skype: wagnermaia0 fonte: portal da deficencia visual

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Poupatempo testa tecnologia para melhorar atendimento a pessoas com deficiência auditiva

O Governo do Estado de São Paulo assinou, em 4 de maio, convênios com as startups GetNinjas, iaiNet, Hand Talk, Nama, Saúde Controle e Memed, no âmbito do programa Pitch Gov SP. As parcerias com as startups visam melhorar a prestação de serviços públicos no AcessaSP, Poupatempo e Fundo Social de Solidariedade. Um dos convênios, com a empresa Hand Talk, vai testar uma solução desenvolvida pela startup para que pessoas com deficiência auditiva possam usar seu próprio smartphone para ter acesso ao conteúdo informativo de serviços do Poupatempo, como, por exemplo, filipetas. Uma grande parcela dos surdos prefere acessar conteúdos em Libras, e apenas cerca de 30% dessa população é alfabetizada em Língua Portuguesa. Por isso, as informações impressas de alguns dos serviços prestados no Poupatempo terão um QR Code (código de barras que pode ser escaneado por um smartphone). No momento em que a pessoa com deficiência “lê” o código com seu celular, tem acesso a um endereço na web onde obtém a informação por meio de um avatar desenvolvido pela Hand Talk, chamado de Hugo. O interprete virtual faz a tradução do português para Libras. Os testes, com duração de 90 dias, serão realizados nos Postos Poupatempo Santo Amaro, Sé e São José dos Campos, que contam com profissionais envolvidos com trabalhos de inclusão de pessoas com deficiência e possuem grande conhecimento em Libras. Os QR Codes serão inseridos nos impressos: – Filipeta informativa do serviço de Carteira de Identidade (RG) para Posto com coleta de imagens eletrônica; – Filipeta informativa do serviço Carteira de Identidade (RG) para Posto sem coleta de imagens eletrônica; – Filipeta informativa do serviço de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); – Banner informativo da taxa da emissão de Carteira de Identidade (RG) e suas possíveis isenções; – Protocolo de entrega da Carteira de Identidade (RG). Fonte: Segs Site externo

Obras literárias são transformadas em trilhas de áudio em projeto do VAITEC

AUDIOCULT leva clássicos livros brasileiros de forma prática para o ouvinte, beneficiando principalmente pessoas com deficiência visual. “Um lugar paradisíaco, cheio de praias com mares e florestas verdes magníficas, e também aonde se pode respirar o ar mais puro e ouvir o canto dos pássaros...” é assim, de forma natural, imaginativa e fantástica que se inicia a narrativa do livro ”Iracema”, de José de Alencar, transformada em trilhas de áudio pelo projeto AUDIOCULT, que leva clássicos livros brasileiros de forma prática para o ouvinte, beneficiando principalmente pessoas com deficiência visual. As histórias ganham vida quando apertamos o “play”. Muito mais que um audiolivro, o AUDIOCULT é uma viagem dentro da literatura brasileira, com direito a descrição detalhada com aves voando e o zumbido de flechas sendo atiradas como na história da índia Iracema. Essa ambientação faz com que os protagonistas se destaquem em meio à narrativa e ganhem mais personalidade, cultivando a imaginação e fazendo com que entre de cabeça no livro. O projeto é uma iniciativa idealizada por Bruna Dentello e foi um dos vencedores da primeira edição do VAITEC, iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo – SDTE e da Adesampa. O objetivo é apoiar financeiramente atividades inovadoras relacionadas à Tecnologia da Informação e Comunicação e incentiva a produção de projetos com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. “O AUDIOCULT tem como proposta levar a literatura de forma sonora, mas, diferente dos tradicionais audiolivros, nossas narrativas são contadas como radionovelas, com ambiência, personagens que se diferem por características e timbres de voz, pontuação de tempo, local, ação, etc”. A criadora ainda lembrou que o objetivo da proposta “não é de forma alguma substituir a leitura das obras, mas sim auxiliar na compreensão das mesmas e levar a literatura para pessoas com deficiência visual, para idosos e crianças, por exemplo”. Bruna conta também que essa ideia surgiu do seu projeto de conclusão de curso na graduação de Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV. “Sempre pensei que meu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC deveria ser algo que contribuísse com a sociedade, e que servisse não só como meu portfólio, mas que fosse algo que eu pudesse levar além da faculdade. Assim foi desenvolvido e, após a aprovação com louvor, o projeto ainda foi vencedor na categoria Radionovela do prêmio Expocom, da Intercom em 2014, e hoje está sendo subsidiado pelo VAITEC”. A plataforma, que irá disponibilizar os podcasts, ainda não está concluída, mas já conta com três clássicos literários brasileiros: “A moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo; “O auto da barca do inferno”, de Gil Vicente, e “Iracema”, de José de Alencar. O lançamento oficial do site acontecerá no mês de agosto e contará com diversas obras dos últimos dez anos. fonte: s m p e d

Mais estados adotam isenção do IPVA para pessoas com deficiência

Depois do Rio de Janeiro, outros estados como como Espírito Santo, Mato Grosso, Amapá e Maranhão adotaram a isenção da cobrança do IPVA (Impostos sobre Veículos Automotores) de automóveis adquiridos para o transporte de pessoas com deficiência. A medida vale para condutores com deficiência, ou seus representantes legais como motoristas. A mudança na lei fluminense foi indicação do deputado estadual licenciado Bernardo Rossi, iniciativa surgida de um caso em Petrópolis: um avô precisou recorrer à Defensoria Pública para garantir isenção do imposto e dirigir para o neto deficiente. A mudança na lei foi acolhida pelo governo do Estado e está em vigor desde outubro. Bernardo Rossi quer agora que o estado dê ampla divulgação à legislação para que deficientes e seus núcleos familiares tenham acesso ao benefício. “É uma repercussão muito boa nas casas legislativas de outros estados e também iniciativa do poder executivo de outros estados. É ótimo que o estado do Rio tenha sido pioneiro, mas precisamos agora de divulgação da ampliação do público que pode se beneficiar”, aponta Bernardo Rossi. A população de pessoa com deficiência no país chega hoje a 24 milhões de brasileiros. São 2,4 milhões no Estado do Rio e cerca de 59 mil em Petrópolis que sofrem de alguma limitação. “A melhoria no desenvolvimento da pessoa com deficiência se dá com educação e tratamentos como fonoaudiologia, fisioterapia e outras indicações de acordo com a limitação do indivíduo. A mobilidade da pessoa com deficiência para escola, universidades e pontos de saúde é necessária para sua real inclusão que defendemos e muitas vezes facilitada com o transporte operado pelo responsável, por isso a mudança na legislação”, defende Bernardo Rossi. A indicação para que a lei passasse a incluir esses casos foi feita a partir da situação de um jovem, portador de paralisia cerebral. Menor de idade e com condição limitada em função da doença, ele não pode adquirir, nem guiar o veículo. O carro foi comprado por seu avô justamente para o transporte do paciente para tratamento. Eles moram em uma rua de difícil acesso, em Corrêas, e tiveram de recorrer à Defensoria Pública que ingressou com ação garantindo o benefício de isenção do IPVA com a comprovação de que o veículo estaria beneficiando o rapaz. “O caso foi levado à vereadora Gilda Beatriz, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência na Câmara e encaminhado a meu gabinete em 2014 para que pudéssemos pedir a alteração da lei, sancionada em outubro pelo governador Pezão”, explica Bernardo Rossi. “Até essa alteração somente eram isentas as pessoas com deficiência que fossem proprietárias do veículo. Todos sabemos do quanto é importante um veículo para o deslocamento de famílias com pessoa com deficiência e sabemos também das despesas que envolvem o dia a dia dessas famílias”, completa a vereadora. Em janeiro de 2016 entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. “Nosso desafio agora é colocar em prática este instrumento e fazer a verdadeira inclusão”, defende Bernardo Rossi. Fonte: Tribuna de Petrópolis Site externo

sábado, 21 de maio de 2016

Office 365 ganha funções de acessibilidade para deficientes visuais

A Microsoft anunciou nesta semana uma série de atualizações para o Office 365, focadas em usuários com dificuldades para enxergar ou deficiências visuais. Os ajustes foram feitos com base em uma longa lista, obtida a partir de solicitações dos próprios utilizadores e também do trabalho com associações de apoio, de forma a garantir que sua suite de aplicativos mais famosa seja, efetivamente, acessível a todos, como virou o mote da plataforma depois de sua transição para o mundo online. Uma das principais mudanças é a adição de um modo de alto contraste ao menu superior, que modifica as cores dos botões e indicadores. Agora, tudo aparece em um fundo preto com indicações em verde, enquanto a barra de opções ganha um forte tom de roxo. A ideia é tornar os elementos muito mais distintos entre si. Aqui, a ideia é facilitar a vida de pessoas que sofrem de catarata ou outros males oculares, além de auxiliar àqueles que possuem problemas que os impedem de estressar os olhos demais. Com a mudança nas cores e o foco no contraste, fica mais fácil enxergar exatamente a divisão entre os elementos. Mais mudanças em ícones, botões e indicadores estão a caminho, segundo a Microsoft. Já os usuários de versões mobile do Office ganharam um leitor de tela incrementado, que transforma em áudio tudo o que está no display e permite a utilização por meio da touchscreen. Além disso, aplicativos como o PowerPoint, por exemplo, ganharam uma funcionalidade avançada relacionada a isso, com suporte a diferentes faixas. Caso um vídeo presente em uma apresentação tenha autodescrição, é possível ouvi-la sem sair do software e diferenciar de forma clara entre ela e a leitura da tela em si. A acessibilidade se tornou um dos pontos-chave da Microsoft nesse ano, com a criação de um time especializado em desenvolver soluções desse tipo em todos os serviços da empresa. Os responsáveis, inclusive, criaram um fórum específico para que usuários deem feedback sobre as atualizações e indiquem novas possibilidades. Foi a partir disso que a companhia chegou a uma lista prioritária de novidades, que devem dar as caras no sistema em breve. A ideia da Microsoft é que as primeiras atualizações de acessibilidade sejam disponibilizadas no Office 365 até o final do ano. Além da suite de aplicativos, outros softwares devem ganhar soluções semelhantes, assim como o Windows 10 para celulares e tablets, que ainda carece de um pacote completo de funções desse tipo. Fonte: Microsoft/site Canal Tech.

Companhia de Teatro inicia curso gratuito para pessoas com e sem deficiência

Aulas serão realizadas no Centro Municipal de Cultura e Cidadania Calouste Gulbenkian Aulas serão realizadas no Centro Municipal de Cultura e Cidadania Calouste Gulbenkian A PAR Cia de Teatro, através do programa Fomento Cidade Olímpica da Secretaria Municipal de Cultura, e patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, abre inscrições para o projeto Incubadora Cênica. O projeto foi um dos selecionados pelo Fomento Cidade Olímpica dentro da linha Arte Sem Limites, que dá apoio a atividades, espetáculos, processos de formação e companhias que envolvam acessibilidade e inclusão nas artes, em diversas linguagens. Através desta iniciativa, a companhia oferece um curso livre de teatro, gratuito, para pessoas com e sem deficiência. Serão disponibilizadas 40 vagas. As aulas terão início no dia 06 de junho e irão até 13 de setembro, às segundas e quartas-feiras, das 14h às 18h, no Centro Municipal de Cultura e Cidadania Calouste Gulbenkian.Os interessados poderão se inscrever até o dia 05/06, através do email parciadeteatro@gmail.com e, no dia 06/06(início das aulas), as inscrições poderão ser feitas no local do curso. O projeto Incubadora Cênica integra o Circuito Cultural Rio, idealizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Prefeitura do Rio, para a programação cultural dos períodos Olímpico e Paralímpico, que vai de maio a setembro de 2016. Além de descobrir talentos, a PAR Cia de Teatro quer, com este projeto, abrir espaço para que pessoas com e sem deficiência possam exercitar sua aptidão artística. O programa é voltado para alunos iniciantes, a partir de 12 anos de idade, e inclui aulas de história do teatro e seus gêneros teatrais, interpretação, voz, corpo, iluminação, figurino e cenário, sempre prevendo a inclusão dos alunos que tenham algum tipo de deficiência. Para isso, serão disponibilizados recursos como audiodescrição e Intérprete de Libras, piso tátil para orientar o aluno no espaço cênico, além de uma consultoria em acessibilidade visando atender todas as necessidades dos alunos com deficiência. Importante destacar que o local onde será realizado o curso possui elevador e banheiros adaptados, sendo, portanto, acessível a pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes. “O projeto tem o objetivo de iniciar os alunos no exercício cênico acessível. Será um local de encontro, experimentação, investigação, conscientização e troca de experiências e a oportunidade para que pessoas com e sem deficiência, que nunca fizeram teatro, tenham contato com este universo mágico”, explica Mati Lima, diretor artístico da PAR Cia de Teatro, que ministrará o curso ao lado da atriz e bailarina Moira Braga, do ator e músico Felipe Rodrigues, ambos deficientes visuais, e demais integrantes da companhia, que atuarão como monitores. O curso coloca em prática uma metodologia já testada quando a PAR Cia de Teatro encenou, em 2015, o espetáculo Nhac! Uma Lição de Queijo, de Ed Anderson. Nesta montagem, estavam em cena os 10 atores/atrizes da Cia, entre eles Moira Braga e Felipe Rodrigues, que são deficientes visuais. Moira Braga, além de atuar, assinou a assistência de direção.“Sempre nos perguntam como ensinamos teatro para pessoa com deficiência. É preciso compreender a necessidade de cada um em razão do seu tipo de deficiência, no mais, a experimentação do jogo cênico é igual para todos. Nosso diferencial está em oferecer um curso cuja metodologia será construída para atender as necessidades que forem surgindo. A proposta é o curso se adaptar aos alunos e não o contrário”, explica Mati Lima. Sobre a PAR Cia de Teatro – A PAR Cia de Teatro foi fundada em 2014 a partir da união de artistas com e sem deficiência. Do encontro de Mati Lima, Moira Braga, Lucciano Whyte, Fabíola Godoi e Genilson Barbosa surgiu a necessidade de desenvolver um trabalho que tem no material humano o foco principal: o ator explorando seu potencial artístico criativo para além de suas limitações. Hoje, a companhia é composta por nove profissionais com vasta experiência na produção artística, sendo dois deles com deficiência visual. A PAR Cia de Teatro tem a missão de mobilizar a classe artística pela inclusão dos artistas com deficiência em suas produções culturais, dando a eles a oportunidade de serem mais do que meros espectadores. Circuito Cultural Rio – Idealizado pela Prefeitura do Rio, o Circuito Cultural Rio conta com mais de 700 atrações, selecionadas e patrocinadas por meio dos editais da Secretaria Municipal de Cultura, que serão apresentadas em mais de 100 espaços culturais espalhados por toda a Cidade, além dos eventos que acontecem ao ar livre. Com peças de teatro, exposições, shows, espetáculos de dança, atrações circenses, eventos de gastronomia, manifestações de rua, saraus, bailes e afins, o Circuito Cultural Rio vai possibilitar uma experiência integral da diversidade cultural carioca. Projeto Incubadora Cênica Grátis Período: de 06/06/2016 a 13/09/2016 Horários das aulas: Segundas e quartas-feiras, das 14h às 18h Inscrições: até o dia 05/06 pelo email parciadeteatro@gmail.com (no dia 06/06, as inscrições poderão ser feitas no local do curso) Local: Centro Municipal de Cultura e Cidadania Calouste Gulbenkian (Rua Benedito Hipólito, nº 125 – Praça Onze – RJ – ao lado do Terreirão do Samba) Fonte: Sopa Cultural

Virada Cultural 2016 terá Ney Matogrosso e outros shows em Libras e musical com audiodescrição

Além de Ney Matogrosso, outras 10 apresentações, incluindo Criolo, Elba Ramalho, Nação Zumbi, Arlindo Cruz, Mc Bin Laden e Palavra Cantada serão traduzidas para Libras. Já o musical “Meu Amigo Charlie Brown”, estrelado pelo ator Tiago Abravanel, contará com audiodescrição para cegos Vídeo em Libras com a programação acessível - https://www.youtube.com/watch?v=hQ8l3Zv_wvk Mais uma vez, a Virada Cultural terá acessibilidade para pessoas com deficiências auditiva e visual em atrações para todos os gostos musicais. Onze shows da edição de 2016 contarão com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais – Libras, com destaque para as apresentações de Ney Matogrosso, Criolo, Elba Ramalho, Nação Zumbi, Arlindo Cruz, Mc Bin Laden, e do grupo Palavra Cantada, na programação infantil. As músicas serão traduzidas por profissionais da Central de Interpretação de Libras - CIL, serviço coordenado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida e que, desde 2015, realiza a mediação da comunicação entre surdos e o atendimento em serviços públicos na cidade de São Paulo. É a primeira vez que a CIL participa da Virada Cultural, tendo já atuado no Carnaval deste ano para levar acessibilidade a pessoas com deficiência auditiva no Sambódromo. Já o “Meu Amigo Charlie Brown – Um Musical da Broadway”, estrelado pelo ator Tiago Abravanel, se apresenta no domingo, dia 22, no Vale do Anhangabaú, com audiodescrição, recurso que possibilita a cegos “enxergarem” todos os elementos que compõem o espetáculo. Com apoio de um profissional audiodescritor, as pessoas com deficiência visual recebem um fone de ouvido e acompanham a descrição em detalhes das características do palco, dos figurinos, posição dos atores, expressão facial, entre outros detalhes. “Desde 2013, na primeira Virada Cultural organizada pela atual gestão, fizemos questão de levar, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, recursos de acessibilidade para suprimir barreiras que impedem a plena participação de pessoas com deficiências sensoriais na maior festa de rua da nossa cidade. E neste ano, a grande novidade é a presença dos profissionais da CIL, que já fizeram um trabalho de excelência no Carnaval 2016 e vêm garantindo, principalmente, que surdos tenham acesso a serviços fundamentais em nossa cidade, como os de saúde, de assistência social e jurídica”, comenta a secretária municipal da Pessoa com Deficiência Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti. As atrações com tradução para Libras se dividem entre o sábado e domingo, em cinco grandes palcos, incluindo diferentes gêneros musicais. Veja a programação completa com a acessibilidade: Sábado, dia 21 • Palco Júlio Prestes - 18h - Ney Matogrosso (com tradução para Libras) - 21h - Alcione (com tradução para Libras) Domingo, dia 22 • Palco Praça da República - 10h - MC Bin Laden (com tradução para Libras) - 13h - Ponto de Equilíbrio (com tradução para Libras) • Palco São João (dedicado às Mulheres) - 11h - Elba Ramalho (com tradução para Libras) - 14h - Teresa Cristina (com tradução para Libras) • Palco Júlio Prestes - 15h - Criolo (com tradução para Libras) - 18h - Nação Zumbi (com tradução para Libras) • Palco Princesa Isabel (Samba) -15h - Arlindo Cruz (com tradução para Libras) -18h - Ivone Lara e convidados (com tradução para Libras) • Palco Parque do Ibirapuera (Viradinha Cultural) - 17h – Palavra Cantada (com tradução para Libras) • Palco Musicais – Vale do Anhangabaú - 17h - Meu Amigo Charlie Brown, Um Musical da Broadway (com audiodescrição) fonte: s m p e d

APROVADO O REGULAMENTO GERAL DE ACESSIBILIDADE EM TELECOMUNICAÇÕES

O Conselho Diretor da Anatel aprovou hoje um regulamento de acessibilidade em telecomunicações com o objetivo de assegurar o acesso a serviços e equipamentos de telecomunicações às pessoas com deficiências auditivas, visuais, motoras e cognitivas em igualdade de condições com as demais pessoas, tanto na zona urbana quanto rural. O Regulamento Geral de Acessibilidade em Serviços de Telecomunicações de Interesse Coletivo (RGA) beneficiará cerca de 45,6 milhões de brasileiros que declararam algum tipo de deficiência, segundo o Censo de 2010. Também trará benefícios para um segmento crescente da população: os idosos, que tendem a apresentar deficiências em algum momento ao longo da vida. De acordo com projeções do IBGE, os idosos representarão 18,7% da população em 2030 - hoje constituem 10,8%. Entre as novas regras, constam a ampliação de funcionalidades e facilidades nos equipamentos usados para telecomunicações e a implementação de melhorias no atendimento das prestadoras, tanto de forma remota quanto presencial. As empresas deverão, por exemplo, disponibilizar páginas na internet acessíveis e garantir aos seus clientes com deficiências mecanismos de interação como mensagem eletrônica, webchat e videochamada. As prestadoras terão a obrigação de disponibilizar ao assinante com deficiência visual a opção de receber cópia de documento (contrato de prestação do serviço e contas, por exemplo) em braile, com fontes ampliadas ou outro formato eletrônico acessível, mediante solicitação. Deverão, ainda, ofertar planos de serviços para pessoas com deficiência auditiva, garantindo que somente sejam cobrados os serviços condizentes com esse tipo de deficiência, e possuir atendimento especializado que possibilite a melhor comunicação às pessoas com deficiência auditiva no seu setor de atendimento presencial. O Regulamento Geral de Acessibilidade em Telecomunicações unifica dispositivos antes dispersos em outras normas da Anatel e está em conformidade com as proposições da Convenção sobre Direito das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, incorporadas ao arcabouço jurídico brasileiro por meio do Decreto Legislativo nº 186/2008, tendo equivalência às emendas constitucionais. Para acompanhamento da implantação do regulamento, será constituído um grupo composto pela Anatel e pelas prestadoras, com possibilidade de participação de representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Será ainda criado um ranking comparativo entre as prestadoras, de acordo com as ações de acessibilidades em telecomunicações promovidas por elas, com a finalidade de incentivar melhorias no atendimento aos usuários com deficiência. Link para acesso ao Regulamento Geral de Acessibilidade em Serviços de Telecomunicações. Fonte: Anatel

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Lei Olímpica defende mais ingressos para pessoas com deficiência

Sancionada no último dia 11, a Lei Olímpica vai exigir uma adequação em todas as arenas que receberão eventos dos Jogos Rio 2016. Com base na Lei Geral da Copa, que disciplinou a organização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, o texto muda as regras das vendas de ingressos para o evento, aumentando o número de bilhetes disponíveis para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida. Anteriormente, eram reservados 1% dos assentos para pessoas com deficiência e outros 1% para pessoas com mobilidade reduzida. O deputado Índio da Costa (PSD-RJ), relator do projeto, alterou os números. A nova versão resguarda 4% das cadeiras para pessoas com deficiência e 2% para quem tem mobilidade reduzida. Ou seja, aumentando em três vezes o número de bilhetes disponíveis, em um total de cerca de 450 mil ingressos. Pela legislação, os lugares devem ser disponibilizados em todos os setores das arenas, com boa visualização do evento. Diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mario Andrada afirmou que a entidade não está preocupada com as mudanças. Segundo ele, há tempo hábil para as adequações nas arenas olímpicas. “Lei é lei, o comitê vai ter que cumprir. A gente vai adaptar a lei à nossa realidade. É muito cedo para discutir. O sistema está funcionando bem. Vamos acompanhar.” O Comitê Organizador Rio 2016, que está fazendo um estudo de demanda, trabalha com a possibilidade de não atingir nem os 2% de ingressos anteriormente reservados para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida. Depois da avaliação, os organizadores pretendem conversar com o Governo para uma possível adequação. “Essas leis são negociáveis. A gente sabia que o governo tinha essa intenção, mas trabalhamos com o eles para que isso fosse negociável – afirmou.” Por João Gabriel Rodrigues Fonte: Globo Esporte Site externo

Brasileiro cria óculos para pessoas com deficiência visual que mapeia e descreve o ambiente

Wallace Ugulino testa o dispositivo que desenvolveu em sua tese de doutorado na PUC-Rio. Wallace Ugulino testa o dispositivo que desenvolveu em sua tese de doutorado na PUC-Rio. Equipamento mapeia o ambiente e indica pontos de referência por meio do som e de vibrações emitidas por um cinto e uma luva. Ferramenta é testada por alunos do Instituto Benjamin Constant. A falta de recursos de acessibilidade ainda impede a cidadania de pessoas com deficiência no Brasil. Em diversos setores e locais, públicos e privados, mesmo projetos recentes, modernos, atualizados, desconsideram o cenário universal, no qual tudo existe para todos, e desobedecem a Lei Brasileira de Inclusão, em vigor desde janeiro deste ano. No caso de pessoas cegas ou com deficiência visual, esse bloqueio aparece na ausência de pisos táteis, audiodescrições, textos em braile e outros recursos que garantem o pleno domínio do ambiente. Além de impedir a inclusão real, essa exclusão representa um perigo, mesmo para quem já conquistou autonomia e independência. Felizmente, pesquisadores atuam cada vez mais pela inclusão e têm apresentado ferramentas que ampliam de fato a acessibilidade. É o caso de Wallace Ugulino, aluno do Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio. Ele criou, em sua tese de doutorado, óculos para pessoas cegas ou com deficiência visual que fazem o mapeamento e a descrição do local e dos objetos presentes. A orientação é do professor Hugo Fuks. Classificado como ‘wearable technology’ (tecnologia vestível), o equipamento transmite dados sobre locais mapeados, indica pontos de referência e facilita o reconhecimento de ambientes ao fornecer informações por um alto-falante e também por vibrações emitidas por um cinto e uma luva. “A área de tecnologia assistiva ainda engatinha no Brasil. Precisamos investir mais no mobiliário urbano. Falta uma visão de que esse investimento não afeta somente cegos ou cadeirantes. Esses investimentos trazem mais segurança e conforto para todos e beneficiam também o turismo na cidade. Se a cidade pudesse ‘conversar’ com o wearable (equipamento) do indivíduo, nós poderíamos não só apoiar a mobilidade dos indivíduos com deficiência, mas também teríamos um conjunto de novas oportunidades de negócios: turismo, mobilidade urbana, produtividade, publicidade, etc”, diz o pesquisador. A ferramenta está em fase de testes, feitos por alunos do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. “Na fase inicial da pesquisa, a programação foi restrita a ambientes internos, o que possibilitou testar a funcionalidade dos dispositivos com mais segurança para os voluntários. A experiência no instituto consistiu em propor duas tarefas aos estudantes, que deveriam indicar em qual área do prédio estavam localizados o museu e a estátua de Dom Pedro II. Ao caminharem pelos corredores, as vibrações emitidas pelos cintos e luvas indicavam que os usuários estavam passando por pontos de referência e os óculos forneciam informações verbalizadas sobre o ponto de referência encontrado, seja ela uma porta ou um objeto no caminho”, explica Ugulino. Para o pesquisador, desenvolver tecnologias assistivas exige preocupação com os chamados fatores humanos. “Caminhar por ruas movimentadas e locais barulhentos é uma situação comum para milhões de brasileiros, mas também é responsável pelo medo e confusão de muitas pessoas com deficiência visual. Com a perda da visão, outros sentidos se tornam muito mais sensíveis porque os cegos precisam prestar muita atenção aos sons, à textura do solo e aos cheiros. Tecnologias projetadas sem levar em conta os fatores humanos interferem nessa sensibilidade, gerando uma sobrecarga cognitiva, um fenômeno conhecido como ‘masking’, um dos temas investigados nessa pesquisa”, diz. Próxima fase – Ugulino se dedica agora ao projeto ‘Third Eye’, uma continuação de sua tese. De acordo com o pesquisador, a meta é permitir que a pessoa seja capaz de construir mapas mentais e possa aprender sobre o local onde vive, estuda ou trabalha. “A ideia no momento não é oferecer rotas determinadas aos usuários, mas permitir que, com as informações gerais sobre o local, a pessoa possa escolher o melhor caminho sozinha”, diz. Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da White Martins, a próxima etapa da pesquisa inclui aplicativos de localização para celular e câmeras acopladas aos óculos do projeto inicial. “Os aplicativos nos quais estamos trabalhando conhecem a preferência e as limitações de cada usuário, mas não serão restritos a pesoas com deficiência visual. Serão adicionadas informações sobre a cidade, ruas e locais turísticos, de forma que não se torne um sistema segmentado para uma categoria de indivíduos, mas que apoie a todos: ciclistas, turistas, cegos, cadeirantes, etc. É o que chamamos de Design Universal”, afirma Ugulino. No aplicativo, os obstáculos serão mapeados e os pontos de referência estarão disponíveis para que o usuário fique seguro para realizar tarefas em ambientes externos. Segundo Ugulino, a câmera também pode auxiliar no processo, permitindo a identificação de placas e informações do trajeto. De acordo com o pesquisador, a tecnologia deve aumentar o intelecto e o sentido, mas em alguns casos, o efeito apresenta-se de forma contrária, levando a um excesso de informações. “Cada ambiente tem suas particularidades e vai exigir diferentes comportamentos. Por exemplo, para guiar pessoas com deficiência visual em ruas não é aconselhável usar avisos sonoros complexos (como textos longos ou tons indicativos difíceis de serem compreendidos), pois este será mais um fator de preocupação para o usuário, que já precisa lidar com tantos barulhos ouvidos diariamente. Os aparelhos desenvolvidos e testados no Instituto Benjamin Constant apresentaram resultados positivos entre os voluntários e não registraram problemas quanto ao excesso de informações”, diz Ugulino. Óculos mapeia e descreve o ambiente Óculos mapeia e descreve o ambiente Abaixo, uma entrevista com Wallace Ugulino e com o professor Hugo Fuks orientador do Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio). Vencer Limites – Você teve algum tipo de envolvimento com a deficiência visual antes do projeto? Tem amigos ou parentes cegos? O que motivou a criação de um dispositivo especifico para pessoas com deficiência visual? O que você aprendeu sobre esse universo ao trabalhar nesse projeto? Wallace Ugulino – Eu tenho parentes cegos, mas são distantes e não convivo diariamente. O meu envolvimento com o tema foi inicialmente pelo desafio de produzir tecnologia na área. Contudo, eu me encantei mesmo depois de conviver com os professores de mobilidade e alunos reabilitandos do Instituto Benjamin Constant na fase observacional da pesquisa. Eu cheguei a fazer aulas de mobilidade com a bengala (vendado) com a professora Vanessa Zardini (IBC). Naquele momento, ficou claro para mim quão difíceis são para os cegos algumas atividades triviais para nós (videntes), como é o caso de ‘andar em linha reta’. Isso é trivial para os videntes, mas os cegos normalmente têm dificuldade com isso. Essas lições sobre propriocepção e mobilidade sem a visão mudaram minha vida e foram muito inspiradoras para o meu trabalho de prototipação. Eu aprendi o quão importante é, por exemplo, produzir tecnologia que demande menos atenção do usuário, aprendi que isso pode diminuir o risco de acidentes. Eu me senti motivado a desenvolver essa tese quando entendi a relevância que esse estudo tem para essa população em particular e as lições que isso nos traz sobre como produzir melhores artefatos computacionais. Atualmente, as lições que aprendi sobre a atenção demandada pela tecnologia estão me ajudando a projetar tecnologia não só para cegos, mas também para ciclistas urbanos, condutores de veículos automotores, e outras áreas temáticas na qual a atenção do usuário é fator crítico. Hugo Fuks – Casos extremos iluminam as necessidades de todos. O que facilita a vida de um cego, algo como uma calçada decente, artigo escasso no Brasil, ajuda o ir e vir de todos os pedestres. Vencer Limites – Qual a sua avaliação sobre a tecnologia assistiva no Brasil? Quais bons exemplos nacionais podem ser citados? O que outros países têm para nos ensinar? Wallace Ugulino – A área ainda engatinha no Brasil. Precisamos investir mais no mobiliário urbano. Falta uma visão de que esse investimento não afeta somente cegos ou cadeirantes. Esses investimentos trazem mais segurança e conforto para todos e beneficiam também o turismo na cidade. Se a cidade pudesse ‘conversar’ com o wearable do indivíduo, nós poderíamos não só apoiar a mobilidade dos indivíduos com deficiência, mas também teríamos um conjunto de novas oportunidades de negócios: turismo, mobilidade urbana, produtividade, publicidade, etc. Hugo Fuks – Engatinhando. Voltando a falar das calçadas, antes do projeto Rio-Cidade, na década de 1990, não me lembro de haver rampas decentes nas ruas para os cadeirantes. A importância de calçadas decentes. Aliás, a qualidade dos nossos governantes pode ser avaliada pelas calçadas e ruas da cidade. Não há melhor modo de compartilhar a riqueza de uma sociedade com o seu povo. Vencer Limites – Qual a sua avaliação sobre acessibilidade e inclusão, de forma geral, no Brasil? Wallace Ugulino – Eu acredito que avançamos um bocado na última década. Programas de inclusão são os primeiros a sofrer corte quando há uma restrição orçamentária, seja na administração pública ou privada. Parece que não há um entendimento de que a inclusão beneficia negócios, de que ela apoia a cidadania, e de que nos leva a avançar em qualidade como sociedade. Todos ganham com a inclusão: há um mercado inexplorado, com potencial de gerar lucros e arrecadação. O potencial produtivo desses cidadãos não é aproveitado por causa de espaços públicos e privados que não são acessíveis. Hugo Fuks – Há de fato um interesse em melhorar a vida das pessoas excluídas por alguma excepcionalidade. Mas a prioridade ainda é muito baixa. Fonte: Estadão

Cursinho em Libras prepara alunos surdos para os vestibulares

Alunos com deficiência auditiva que moram na capital paulista têm mais uma oportunidade para se preparar para os vestibulares do final do ano. A Escola Estadual Dom João Maria Ogno, na zona leste, recebe, até o dia 11 de junho, inscrições para o cursinho preparatório em Libras. As aulas começam dia 30 do mesmo mês. As aulas acontecerão aos sábados, das 9h às 15h, e serão ministradas por um professor interlocutor da Língua Brasileira de Sinais para passar os conteúdos. Os estudantes aprenderão a interpretar os enunciados de questões propostas no Enem e na Fuvest. Para este ano, serão abertas 50 vagas. O cronograma do curso também prevê a participação dos alunos em simulados para testar os conhecimentos e verificar quais disciplinas precisam revisar, além de visitas em feiras de profissões como o evento organizado pela USP, por exemplo. “Mais uma vez abrimos as portas do Programa Escola da Família para atender esses alunos e auxiliá-los nos estudos para as provas do final do ano. Em 2015, tivemos a participação de 27 jovens e esperamos receber ainda mais procura devido ao sucesso do curso e a sua repercussão na comunidade”, comenta o professor interlocutor da escola, Rafael Dias Silva. Confira o calendário de atividades: Término das inscrições – 11 de junho Início das aulas – 30 de julho Término das aulas – 7 de dezembro A Escola Estadual Dom João Maria Ogno fica localizada na Rua Maria Carlota, 400 – Vila Esperança. Fonte: Assessoria fonte>vida mais livre

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Instituto promove campanhas para doações de pets a deficientes visuais

O melhor amigo da mulher e do homem também pode ser os olhos de deficientes visuais. Os cães-guias são uma alternativa e solução ideal para aqueles que requerem mais independência nas caminhadas pelas ruas da cidade. No caso de Thays Martinez, fundadora do Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (Iris), de São Paulo, o cão-guia foi um divisor de águas. Mas, até 2000, quando conseguiu seu primeiro guia, encontrar cães treinados ou mesmo treinar algum era mais difícil no Brasil. Bóris foi adquirido no curso oferecido pela ONG Leader Dogs for the Blind, de Michigan, Estados Unidos. “Na época, eu descobri que a Leader tinha acabado de fechar um treinamento para quatro brasileiros, um deles era o Moisés, atual instrutor do Iris”, diz Thays. Além dele, a própria Thays foi uma das selecionadas para fazer o curso. Quando voltou, resolveu criar o instituto brasileiro para treinar os cães e doá-los a outros cegos. O processo de treinamento desses cães é complexo e demorado. Segundo a presidente, “muitos cães são treinados, mas poucos são aprovados ao final”. Primeiro é feita uma pré-seleção de filhotes. Nessa parte, são avaliados o temperamento do cão, a saúde, e as características físicas. Os filhotes são adquiridos com criadores, que também são avaliados. “Afinal, também influencia no temperamento do cão-guia a forma com que foi tratado na infância”, explica. Depois da avaliação, os pets são levados a famílias socializadoras voluntárias. Eles passam cerca de um ano com essa família adaptando-se. Desde filhotinhos, eles precisam frequentar todos os tipos de lugares para que não estranhem os ambientes lotados. Dessa forma, os cães treinam em locais reais para que a adaptação seja mais natural. Só depois de um ano, ou mais, é que os pets começam a fazer o treinamento de guia. “Aí eles vão aprender o que é guiar, os comandos de obediência, aprendem a andar em linha reta, virar para a direita ou para a esquerda, desviar de obstáculos, inclusive de obstáculos aéreos”, explica Thays Martinez, que completa: “Essa última capacidade é o grande diferencial dos cães-guias. Isso porque eles conseguem, a partir do treinamento, visualizar o que é um obstáculo para os amigos guiados”. Quando aprovados, os cães vão para um banco de dados, que é cruzado com outro banco de pessoas cegas. Então é feita a identificação dos cães mais compatíveis. Depois disso, os usuários selecionados também passam por um treinamento para aprender a se comunicar com o guia e seguir seus movimentos. Dentre os cuidados que devem ser tomados, a pessoa deficiente visual deve levar o cão ao veterinário semestralmente e escovar seu pelo todos os dias. Esse último cuidado deve ser tomado para manter a higiene, mas, mais que isso, para fortalecer o vínculo entre o humano e o animal. É nesse processo, também, que o deficiente visual identifica e o cão apresenta algum problema físico, porque é na escovação que o dono acessa todo o corpo do pet. “Eu descobri um tumor no meu segundo cão-guia, o Diesel, assim”, conta Thays. Segundo ela, enquanto escovava o amigo, sentiu um volume pequeno, mas estranho, em um dos dedos do cachorro. Levou ao veterinário e, assim, descobriu o tumor. O animal perdeu o dedo, mas, devido à tomada de providências rápidas, ele não sofreu maiores danos e nem foi impedido de continuar como cão-guia. “Os cuidados que se têm com um cão guia são aqueles que a gente esperava que todos tivessem com seus cães”, reitera Thays. A fundadora diz que, depois que começou a andar nas ruas com o cão-guia a sua auto-estima aumentou. “É uma mudança muito grande. No aspecto técnico, eu passei a andar com maior velocidade e segurança”. Segundo ela, depois que adquiriu o amigo, conseguiu sair sozinha para comprar um chocolate, por exemplo. Thays mudou de carreira em função disso, deixou o Direito e o emprego no Ministério Público para se dedicar ao instituto sem fins lucrativos, que envia cães treinados para todo o País. Campanha Com o intuito de possibilitar a chance de ter os olhos em formato de cachorro a outros deficientes visuais, o Iris lançou a campanha Cão-Guia: Quanto Vale o Seu Olhar?. Lançada na internet, a campanha tem a meta de arrecadar R$ 140 mil para repor os cães que precisaram ser aposentados, via doações voluntarias pela internet. Depois que o primeiro objetivo for alcançado, o instituto pretende conseguir doações suficientes para tornar a Organização Não Governamental (ONG) autossustentável. Thays, por exemplo, está com seu segundo cão-guia porque o Bóris, adquirido em 2000, teve que aposentar. O investimento total envolvido no treinamento gira em torno de R$ 35 mil reais. Como os cães são doados aos deficientes visuais, o custo é todo do instituto. Por isso a campanha. As doações podem ser feitas pelo link: http://www.kickante.com.br/campanhas/cao-guia-quanto-vale-o-seu-olhar Fonte: site O Hoje por Elisama Ximenes.

Um optometrista virtual em tempo integral

No entanto, uma empresa chamada Smart Vision Labs conseguiu reduzir o custo para apenas US$ 4 mil (R$ 12.334). O aparelho, chamado SVOne, é acoplado a um iPhone. Para fazer o exame é bem simples: basta acionar um aplicativo específico, olhar para o aparelho e tirar uma série de fotos do olho. O próprio programa faz a análise e gera uma receita médica. Com esse projeto, a companhia conseguiu um financiamento de US$ 6,1 milhões (R$ 18,8 milhões) de um grupo de instituições lideradas pela Techstars Ventures. Utilizando o investimento, a empresa poderá aumentar a escala da produção e a equipe, ajudando a atingir 1 bilhão de pessoas que não têm acesso a exames de vista. O executivo-chefe da Smart Vision, Yaopeng Zhou, afirma ter presenciado como a vida das pessoas pode ser transformada pela tecnologia. Em países em desenvolvimento, a falta de tratamento para problemas nos olhos pode perpetuar um círculo vicioso de pobreza, reduzindo a produtividade dos adultos e impedindo oportunidades educacionais para as crianças. O aplicativo, que pode ser melhor conhecido através do site da empresa, funciona como um optometrista virtual em tempo integral: envia ao paciente um exame de visão através do sistema de refração inteligente auto-guiada com base em aberrometria. Comentários de um oftalmologista, os dados e o histórico de refração dos pacientes são fornecidos via nuvem para uma prescrição definitiva. Por fim, loja e paciente recebem uma cópia digital da prescrição dos óculos novos. Essa é apenas uma das aplicações de diagnósticos médicos em que o iPhone é usado. Outros exemplos incluem testes de HIV e detecção de câncer de pele e elefantíase. (Fonte: TecMundo)

Comissão Permanente de Acessibilidade completa 20 anos de atuação contínua em São Paulo

Ao longo de 20 anos, a CPA congregou o olhar técnico para questões normativas de acessibilidade sem perder a sensibilidade para o impacto e entendimento integral de sua atuação na vida dos cidadãos Transformar uma cidade de 1.523 km² construída empiricamente em um local acessível para seus 11 milhões de habitantes é uma tarefa bem complicada. Acrescente ainda uma topografia irregular, com muitas elevações e declínios, e longos deslocamentos. Esta é São Paulo. Para que o município avançasse na questão da acessibilidade, foi assinado em 9 de maio de 1996 o decreto nº 36.072, em que instituiu a criação da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), que tem como objetivo traçar as diretrizes para tornar edificações, meios de transportes, parques e outros locais de uso coletivo disponível a todos equitativamente. Para a secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti, a acessibilidade é necessária para romper barreiras e igualar as oportunidades. “De acordo com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU e a Lei Brasileira da Inclusão (LBI), a deficiência se manifesta na relação da pessoa com o ambiente e quando este é acessível e as barreiras são suprimidas, as oportunidades passam ser iguais a todas as pessoas”, complementou Marianne. “A Comissão foi criada em 96 na intenção de se fazer valer a Lei Municipal 11.345, que determinava que lugares novos e existentes com capacidade de lotação acima de 100 pessoas fossem obrigados a serem acessíveis. Como o prazo para o cumprimento da lei estava acabando e nada havia sido feito, o prefeito na época abriu espaço para a criação de um grupo para implementar a acessibilidade na cidade de São Paulo“, disse o atual presidente CPA, Adolfo Luis Dario Moreau, contextualizando o histórico da organização. Ao longo de 20 anos, a equipe da CPA, congregou o olhar técnico para questões normativas de acessibilidade, resoluções, portarias, publicações e vistorias que dão norte aos projetos de construção e reformas, sem perder de vista a sensibilidade para o impacto e entendimento integral de sua atuação na vida dos cidadãos. “Independente de gestões, a Comissão se manteve de 1996 até 2016 com o mesmo objetivo de promover uma cidade acessível para todos”, falou Moreau. Atualmente composta por representantes de Secretárias Municipais, entidades da área da construção civil e arquitetura e membros da sociedade civil, a CPA é um órgão vinculada à Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) que atua de forma consultiva e deliberativa por meio de reuniões semanais para discutir projetos, obras e denúncias. “Vários assuntos que abordamos em nossos encontros refletem nas mudanças nas normas técnicas, ou seja, o que o colegiado decide vira resolução. Além disso, todas as obras e locações executadas pela Prefeitura de São Paulo precisam ser submetidas à análise da comissão”, falou o engenheiro Oswaldo Fantini, membro da CPA há 10 anos. Com a criação da Comissão é notável o crescimento da cultura da inclusão na cidade de São Paulo. Novas leis já estão inserindo a acessibilidade como obrigatoriedade, ou até utilizando-a como estímulo. “É gratificante ver um novo decreto que foi pensado para estimular a acessibilidade para pessoas com deficiência. Um exemplo bem recente é a regulamentação do transporte individual de passageiros, em que o carro acessível pagará menos taxas”, esclarece o presidente. “Há vinte anos não se via muitas pessoas em cadeira de rodas nas ruas, porque não havia transporte, banheiros e ruas acessíveis. Quando entendemos que acessibilidade beneficia todas as pessoas, não apenas as que precisam, aplicamos esta ideia automaticamente”, comenta o secretário executivo da CPA João Carlos da Silva. A cidade de São Paulo foi pioneira no Brasil a criar uma Comissão de Acessibilidade deliberativa e com participação da sociedade civil. Isto tornou de exemplo para que outros municípios criassem seu próprio colegiado como Porto Alegre, Recife, Cascavel, entre outros. Atividades especiais para celebração dos 20 anos Para manter a atualização das atividades realizadas pela CPA, uma das novidades para 2016 é a mudança do símbolo do Selo de Acessibilidade. Em agosto de 2015, a Organização das Nações Unidas apresentou um novo ícone, nomeado de “The Accessibility”, em português ‘A Acessibilidade’, com o objetivo de representar melhor o universo da pessoa com deficiência. “O antigo logotipo remetia mais à mobilidade, pois se tratava de uma ilustração de um homem em cadeira de rodas. Com esta mudança, vamos ampliar a cultura da acessibilidade com um olhar além das barreiras físicas”, conclui Fantini. Atividades e projetos marcantes -Selo de Acessibilidade O Selo de Acessibilidade é um documento diferencial de qualidade regulamentado pelo Decreto nº 45.552/2004, que pode ser concedido para edificações novas ou já existentes, públicas ou privadas que garantam acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Desde 2011, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) já contemplou desde 2011, 418 locais como escolas, templos religiosos, restaurantes, bancos e centros culturais com o Selo. Os critérios e parâmetros que serão avaliados nas instalações para a concessão do Selo de Acessibilidade seguem a Norma Brasileira de Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos (ABNT NBR 9050 - disponível em http://bit.ly/1MFhhbY), que estabelece todos os itens de acessibilidade arquitetônica. “Para o local receber o Selo de Acessibilidade é preciso ter todos os itens corretos, desde corrimãos, rampas, pisos, corredores, acessos a todos os cômodos, sanitários acessíveis entre outros segmentos estabelecidos na ABNT NBR 9050. Se constatarmos uma irregularidade e a edificação já possuir o Certificado de Acessibilidade ou o Selo de Acessibilidade, órgãos competentes podem cassar os documentos.”, falou Fantini. - Ônibus intermunicipais acessíveis Depois de uma denúncia feita pelo Ministério Público, foram reavaliados pela CPA os critérios de acessibilidade dos ônibus intermunicipais. “Todos os ônibus rodoviários eram fantasiados com os selos de acessibilidade, pois quando o cadeirante chegava à porta de embarque existia uma escada. Por isso, todo o colegiado estipulou novas especificações para que este transporte torne-se de fato acessível”, disse Ulysses dos Santos, engenheiro da Comissão há quase 11 anos. Depois de tanto questionamento com as montadoras, o INMETRO publicou uma portaria que estipulou que no meio deste ano, as fábricas terão que vender apenas ônibus com plataformas. - Taxis Acessíveis Para garantir o atendimento de pessoas com deficiência e ampliar o número de táxis acessíveis na cidade de São Paulo, a Comissão Permanente de Acessibilidade reavaliou o texto da Lei Municipal nº 14.401 de maio de 2007, que estipulava o funcionamento deste serviço. A alteração preservou o direito do usuário ao embarque e desembarque em sua própria cadeira de rodas respeitando as normas de segurança e conforto, porém tirou a obrigatoriedade de instalação de elevador eletrônico, equipamento com um alto custo de investimento e que demandava espaço no veículo. Como opção, rampas adaptadas com valor menor fazem esta substituição. Ampliando os conhecimentos dos profissionais da rede pública Com o objetivo de capacitar funcionários da Prefeitura de São Paulo a atuarem na propagação de acessibilidade, a CPA oferece gratuitamente o Curso de Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade a profissionais da construção civil, fiscalização de edificações e vias públicas, além de engenheiros e arquitetos. Dividido em três módulos, as aulas são presenciais com atividade expositivas e práticas. Informações gerais estão disponíveis aqui fonte> s m p e d

‘Novo’ cubaritmo ajuda cegos com matemática

Com deficiência visual desde os 10 anos, o aposentado mineiro Mário Alves de Oliveira, 68, sempre teve a teimosia e a persistência como traços marcantes. E foram essas características que o levaram a se dedicar por anos ao aprimoramento do cubaritmo – um equipamento tátil para o ensino das operações aritméticas fundamentais, indispensável para as crianças cegas nas primeiras séries escolares. O último censo escolar mostrou que a rede estadual de ensino mineira conta com 33.874 matrículas de educação especial em 2.892 escolas, conforme dados da Secretaria de Educação de Minas Gerais. Até a década de 70, o cubaritmo usado nas escolas era constituído por uma caixa de madeira retangular e quadriculada na parte de cima, onde eram fixadas as peças cúbicas móveis. Porém, como elas eram enumeradas em braile e em alto relevo, as peças tombavam com um simples toque, desfazendo todo o cálculo e dificultando o aprendizado. Por isso, Oliveira conta que, nos últimos anos, o cubaritmo acabou sendo substituído por uma espécie de calculadora milenar japonesa, conhecida como “soroban” ou “ábaco”, que também suporta todos os tipos de operações matemáticas, mas não trouxe a solução esperada. “O modelo é uma tábua com cinco hastes, com bolinhas que correm pra lá e pra cá. E é essa posição das contas que define o número. Trata-se de um método demasiadamente abstrato, estranho à nossa cultura e pouco acessível para os estudantes cegos, principalmente aqueles das primeiras séries”, critica. Além disso, Oliveira pondera o fato de o soroban exigir que os professores façam cursos para lidar com o equipamento, fato que não acontece com o cubaritmo. Então, assim que o aposentado, que aprendeu matemática usando o cubaritmo, ficou sabendo do possível abandono do aparelho, ele começou a pensar em possíveis melhorias para seu resgate. “Entrei em contato com alguns professores do meu tempo, e eles contaram que buscavam recuperar o cubaritmo”, lembra. Para que pudesse ser novamente usado, nos últimos três anos o aposentado testou e acrescentou algumas inovações significativas: aumentou o tamanho do cubo – de 9 mm de aresta para 12 mm –, e o número impresso nele passou a ser feito em baixo revelo, solucionando de vez o problema da estabilidade da fixação das peças. Depois de conseguir que uma fábrica produzisse dois exemplares experimentais por R$ 4.500, o modelo foi testado por cerca de 15 alunos do Instituto São Rafael, em Belo Horizonte. “O Mário conseguiu resolver os problemas do modelo antigo e dar estabilidade para o novo cubaritmo ser manuseado. Para usar o soroban, as crianças têm que ter mais abstração desde o início, e isso acaba dificultando o aprendizado e também a inclusão”, afirma o professor da escola, Antônio José de Paula. O aposentado, agora, busca empresas que tenham interesse em produzir o modelo. O cubaritmo já foi apresentado à secretária de Educação Especial do Estado de Minas, Ana Regina de Carvalho, mas, procurada pela reportagem, ela não foi encontrada, e a pasta não se posicionou. Soroban foi adaptado aqui Os primeiros sorobans introduzidos no Brasil vieram nas malas de imigrantes japoneses em 1908, quando o modelo ainda continha cinco contas da centenas, dezenas e unidades na parte inferior. Imigrantes que vieram após a Segunda Guerra Mundial é que trouxeram para o Brasil o soroban moderno, modelo usado até os dias atuais. Mesmo assim, ele precisou ser adaptado, pois a leveza e a mobilidade das contas nos eixos também dificultava a manipulação. Depoimento “Sou formado em direito e já fui microempreendedor. Tenho dois filhos, dois netos e sou casado com a Margarida, que também é cega e aposentada. Fiquei cego em dois acidentes durante brincadeiras de menino, um com 10 e outro com 12 anos. Até hoje não sei se sou azarado ou se foi uma fatalidade. A vida tem dessas coisas que a gente não sabe muito bem como explicar. Eu brincava com dois irmãos, cortando o galho de uma árvore no quintal de casa. O irmão do meio subiu e ficou cortando com o facão. Quando ele desceu, o galho fez uma curva de repente e se rompeu e, em um golpe, acertou meu olho direito. Dois anos depois, eu estava morando na casa dos meus avós e, um dia, brincando de faroeste no jardim da praça da cidade, corríamos em torno do coreto quando a vareta de um dos meninos acertou exatamente no meu outro olho. Desde a década de 60 trabalho pela inclusão. Sou teimoso, persistente. Para implantar a Central Braile dos Correios, que é um projeto meu, eu levei 20 anos para convencê-los que seria possível criar um sistema de transcrição de textos para outros alfabetos, como o braile, com toda a segurança jurídica, sem caracterizar violação de correspondência. A vida conduz os que querem ser conduzidos e arrasta os que não querem. Ou você abraça o que a vida te arruma ou você vai ser arrastado”. Fonte: site do Jornal O Tempo por Litza Mattos.

Vagas de emprego, curso de AVD transmitido ao vivo pela internet, Seminário de Mulheres Cegas, Macbook à venda e muito mais,

Últimos dias para inscrever-se gratuitamente no I Seminário Online de Moda e Beleza para Mulheres Cegas! Assista nesta quarta, o início do  curso de atividades de vida diária online, que será transmitido ao vivo pela internet! Conheça o Jogo da memória acessível em LIBRAS e Braille! Macbook e celulares à venda nos classificados! Feira mobility show Início do conteúdo: Assista nesta quarta, o início do  curso de atividades de vida diária online, que será transmitido ao vivo pela internet! Informamos que nesta quarta feira,  dia  18 de maio, será iniciada uma nova turma do curso de Atividades de Vida Diária Online, e estamos oferecendo a primeira aula gratuita para que vocês possam tirar todas as dúvidas e conhecer nossos professores e metodologia. Haverá duas formas de assistir a esta aula: Ou participando por voz através do programa Teamtalk, ou escutando a transmissão diretamente pelo site do Portal da Deficiência Visual, e enviando suas perguntas por e-mail. O curso terá carga horária de 40 horas, com dois meses de duração, e será ministrado por professores cegos ou com baixa visão, que te ensinarão tudo o que é necessário para que você possa cuidar da sua casa e da sua vida com autonomia e segurança. E com o diferencial de serem professores que vivenciam na prática aquilo que estão ensinando, diferentemente dos professores que enxergam, e nunca cozinharam ou limparam a casa sem enxergar. Este curso se destina tanto às  pessoas cegas, quanto às com baixa visão, seus familiares, e profissionais que atuam na área da educação especial, de forma a promover uma aproximação das realidades de quem aprende com a de quem ensina, permitindo um contato positivo no qual todos saem ganhando. Aos menores de 16 anos, bem como àqueles que se sentirem mais seguros com a presença de alguém que enxerga por perto no primeiro momento, sugerimos que convidem uma pessoa de sua família para participar do curso acompanhando o aluno, uma vez que não adianta o deficiente visual aprender na escola, e a família continuar impedindo seu desenvolvimento dentro de casa. No entanto, se trazemos a família para participar conosco do curso, ganharemos aliados dentro de casa, uma vez que eles terão a oportunidade de acompanhar as discussões e auxiliar nas tarefas propostas durante o curso. Para os alunos das turmas anteriores, a reciclagem nesta nova turma é gratuita, aproveitem a oportunidade! Para fazer sua pré-inscrição, envie um e-mail para contato.deficienciavisual@gmail.com e instale o programa Teamtalk, disponível no site do  Portal da Deficiência Visual. Últimos dias para inscrever-se gratuitamente no I Seminário Online de Moda e Beleza para Mulheres Cegas! Dando continuidade ao objetivo do Portal da Deficiência Visual, de levar conhecimento e capacitação a todos os  interessados, principalmente aqueles que não têm a possibilidade de viajar e participar de cursos e congressos presenciais será realizado, no dia 22 de maio, o primeiro seminário de moda e beleza para mulheres cegas, em parceria com o Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas. Neste evento, sserão expostas soluções simples e práticas, que possam ser aplicadas por qualquer mulher cega ou com baixa visão, para melhorar a sua aparência, aumentar a sua autoestima e conquistar ainda mais respeito e admiração, seja em sua vida pessoal ou profissional. Em conformidade com a filosofia do Portal da Deficiência Visual, que acredita no trabalho e na competência da pessoa cega ou com baixa visão, todas as palestrantes deste seminário são mulheres cegas, independentes, e que possuem notório conhecimento e experiência para abordar este tema. O evento será realizado através do teamtalk do Portal da Deficiência Visual, a partir das 18 horas do dia 22 de maio. Os interessados em participar, poderão inscrever-se gratuitamente enviando um e-mail para contato.deficienciavisual@gmail contato.deficienciavisual@gmail.com PROGRAMAÇÃO:   18h00min às 18h40min: Apresentação do Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas Palestrantes: Jane Kelly, e Kelly Araújo: Presidentes do MBMC 18h40min às 19h20min: Auto-maquiagem para mulheres cegas Palestrante: Joice Guerra (Jobis): Blogueira, escritora e palestrante sobre maternidade e deficiência visual 19h20min às 20h00min: Autonomia nos tratamentos capilares, cortes e penteados Palestrante: Joice Guerra (Jobis): Blogueira, escritora e palestrante sobre maternidade e deficiência visual 20h00min às 20h40min: Postura, elegância e Linguagem corporal Palestrante: Dra. Sabrina Casado: Fisioterapeuta do Hospital das Clínicas de Pernambuco e Bailarina Clássica cega 20h40min às 21h20min: Beleza, uma questão de harmonia Palestrante: Camila Gandini: Psicoterapeuta, escritora, massoterapeuta com formação em estética corporal, palestrante e professora do Portal da Deficiência Visual 21h20min às 22h00min: Plenária livre para Debate entre os participantes 22h00min: Encerramento Novos produtos nos classificados! Produto: Jogo da Memória acessível Supereficiente! - Acessibilidade Libras e Braille www.supereficiente.com.br Contém uma caixa com escritas Braille, libras, libras digital e as línguas espanhol, inglês e português. 1. Cartas:        O Jogo possui 20 cartas (10 pares) contendo Português, Escrita Tátil, Libras, Datilologia, Braille, Sign Writing e Desenhos do tema em questão interpretado pelos personagens. 2. Regras:        2.1. Embaralhe as cartas, coloque-as com os desenhos virados para baixo, decida quem iniciará o jogo e prossiga no sentido horário.        2.2. O primeiro jogador levanta duas cartas de modo que todos os outros possam visualizar. Se levantar as cartas correlatas o par estará formado e o jogador fica com as duas cartas podendo jogar novamente, até errar o próximo par levantado.        2.3. Quando não conseguir encontrar duas cartas iguais deve-se colocá-las na posição original, o próximo jogador continua o jogo e assim sucessivamente. Ganha quem tiver mais pares na mão.   Valor R$ 15,00 (quinze reais) Vendedor: Ivan José de Pádua   Contatos: ivandepadua@gmail.com (0xx45)9952-1144 Produto: Nokia E71 com teclado QWERT e talks licenciado Preço: R$ 200,00 Vendedor: Ivan José de Pádua Contatos: e-mail: ivandepadua@gmail ivandepadua@gmail.com Cel TIM e Whatsapp: (45) 9952-1144 Produto: macbook air 2012, sistema osx El Capitan! Valor: R$ 2000,00 Vendedor: Joice Guerra: Jobis Contatos: e-mail: jobita00@gmail jobita00@gmail.com Whatsapp: 35-88587808 Produto: HD externo Samsung 1 Tb, com cabo original. Pouquíssimo uso. Valor: R$ 250,00 Vendedor: Joice Guerra: Jobis Contatos: e-mail: jobita00@gmail jobita00@gmail.com Whatsapp: 35-88587808 CPFL oferece vagas para pessoas com deficiência em 16 cidades do interior de São Paulo A CPFL Serviços, empresa do Grupo CPFL Energia, está com processo seletivo aberto para pessoas com deficiência em 16 municípios do interior de São Paulo e para diversas funções da área administrativa. As oportunidades estão nas cidades de Salto, Sorocaba, Ourinhos, Itapetininga, Jaguariúna, Campinas, Avaré, Americana, São José do Rio Pardo, Mococa, Jundiaí, Marilia, Botucatu, Piracicaba, Araraquara e Lins. Para concorrer às vagas, os candidatos devem ter 18 anos completos, conhecimento em informática e laudo médico comprobatório da deficiência. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail recrutaservicos@cpfl.com.br, com o assunto "Currículo PCD". A empresa também receberá currículos para formação de banco de profissionais para futuras contratações. Não há um prazo definido para um término dos processos seletivos. Vantagens Para os seus funcionários, a CPFL Serviços oferece benefícios como plano de saúde e odontológico, vale-alimentação e transporte, seguro de vida e PLR (Participação nos Lucros e Resultados da empresa). A CPFL Serviços é uma empresa que oferece projetos customizados na área de energia, como a construção de sistemas de transmissão ou distribuição e manutenções elétricas. A empresa atende a clientes em todo o território nacional, conta com 13 Bases Operacionais com localização estratégica e possui uma unidade reformadora de equipamentos elétricos em São José do Rio Pardo. Feira Mobility & Show será em junho no Campo de Marte, em São Paulo/SP e é o único evento para PcD em 2016 !!! Devido ao grande sucesso do evento que ocorreu em setembro do ano passado no Autódromo de Interlagos, organizadores e expositores preparam a segunda edição em novo local e com muitas novidades...       A Mobility & Show 2016 acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de junho próximo, no PAMA - Parque de Material Aeronáutico de São Paulo - mais conhecido como Campo de Marte - na pista de manobra das aeronaves, na pista dos aviões.       O evento é uma exposição de automóveis, veículos e adaptações, equipamentos e serviços para pessoas com deficiência e familiares, idosos e pessoas com mobilidade reduzida e sequelas motoras. Lançada no Brasil em 2015, a mostra ocorre nos moldes da "Mobility Road Show", feira que acontece há mais de 30 anos em Londres - Inglaterra. No ano passado, a primeira edição da feira, realizada em Interlagos, contou com quase 30 expositores, recebeu cerca de 3 mil visitantes e realizou 989 test-drives em apenas 2 dias de evento... Sucesso Absoluto !!!       Quem participou, aprovou o sistema inovador, direto, prático e objetivo que a feira foi montada e estruturada. Sem luxo, sem privilégios e padronizada na participação dos seus expositores, a exposição foi  focada na satisfação do público que busca por soluções para compra do carro 0Km e CNH, bem como,  equipamentos e dispositivos para uma melhor qualidade de vida. Sem dispersão, sem apelos e sem assistencialismos.       "Acredito que esse foi o grande sucesso da Mobility & Show... a fórmula adotada veio para suprir em cheio as necessidades do mercado atual, tanto para expositores - que buscam um evento simples e de resultados efetivos, com baixo investimento - como do visitante, que quer encontrar um evento simples de ser visitado, não tão grandioso, mas que traz sem dispersão os produtos e serviços que ele realmente foi buscar. E o melhor, na Mobility & Show tudo está à disposição de forma gratuita, desde o transporte adaptado saindo de estações do Metrô mais próximas, até a entrada e o estacionamento, assim como as informações e soluções que podem ser encontradas nos postos de isenções, pré-avaliação médica, CNH, test-drive organizado... tudo de graça e feito por especialistas. Essa fórmula vitoriosa será repetida em junho no Campo de Marte e com algumas melhorias", garante o organizador do evento, Rodrigo Rosso, diretor/editor da Revista Reação e criador da REATECH, feira que organizou e promoveu também com muito sucesso até 2012. Rodrigo trouxe sua experiência dos mais de 10 anos à frente da REATECH, para a Mobility & Show, permitindo perceber e realizar um evento do tamanho e do formato que o mercado e os consumidores queriam. A feira       A fim de integrar a cadeia produtiva - prestadores de serviço e os consumidores - a feira reúne em único local, montadoras de automóveis com seus modelos de veículos para exposição e test-drive; despachantes e autoescolas para instrução e esclarecimento de dúvidas sobre direitos e documentação; adaptadoras veiculares; atendimento médico para avaliação prévia; seguradoras, bancos - linhas de crédito e financiamento, plataformas/elevadores e rampas, cadeiras de rodas motorizadas e triciclos, produtos e equipamentos de Tecnologia Assistiva e tudo mais correspondente ao universo da pessoa com deficiência, que ofereça maior e melhor mobilidade e qualidade de vida.     Diferente e despojada, na Mobility & Show não existem estandes montados. Todos os expositores ficam em tendas tipo chapéu de bruxa, padronizadas, ao ar livre.     O credenciamento é inteligente, identificado para quem quer e pode fazer test-drive - só para habilitados ou com acompanhantes - e a pista de test-drive é a maior já disponibilizada no Brasil para um evento desse tipo, com mais de 40 veículos adaptados ou não à disposição dos visitantes, com instrutores treinados.     A praça de alimentação é composta por Food-Trucks, com atendentes, disponibilizando o que há de mais interessante na gastronomia contemporânea.     "Quem visitou no ano passado no Autódromo tem que visitar novamente este ano no Campo de Marte. Lá tivemos todo charme da pista de corridas, agora, teremos o charme da pista dos aviões, o aeroporto, enfim... quem já foi tem que ir novamente. Quem não teve a oportunidade de visitar em 2015, não pode deixar passar essa oportunidade em 2016. A feira é uma delícia. Esperamos receber mais de 5 mil pessoas em 3 dias e bater o recorde de realização de test-drives. Estamos esperando pessoas de todas as regiões do País. Será um prazer receber a todos", convida Rodrigo Rosso. Horários: 24 de junho - Sexta-feira - 12h às 18h 25 de junho - Sábado - 09h às 18h 26 de junho - Domingo - 09h às 18h TRANSPORTE GRATUITO: Ida e Volta até o evento - leva e traz - feito pelas vans do Programa ATENDE, saindo das estações Portuguesa/Tietê, Carandiru, Santana e Palmeiras/Barra Funda do Metrô. Maiores informações no site do evento: www.mobilityshow.com www.mobilityshow.com.br -- Se você acha que estas informações podem interessar a outras pessoas, por favor compartilhe com seus contatos de e-mail, listas de discussão e nas redes sociais.   Para entrar em contato conosco, ou caso tenha interesse de receber nossos informativos, escreva um e-mail para contato.deficienciavisual@gmail.com   Para visitar o nosso site acesse www.deficienciavisual.com.br   INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS   Razão Social: Instituto Internacional da Deficiência Visual CNPJ: 18.738.547/0001-54 Endereço: Rua Saldanha Marinho 373 Sala 301 Centro Bento Gonçalves, Serra Gaúcha, RS, Brasil. CEP: 95.700-000   CONTATOS   Tel. Fixo: (54) 3052-0885 Cel. Vivo e Whatsapp: (54) 9948-8321 Cel. Tim: (54) 8111-1231 Skype: wagnermaia0 fonte> portal da deficiencia visual

terça-feira, 17 de maio de 2016

EMOÇÕES DE UM JOGO DE FUTEBOL AUDIODESCRITO

Palmeiras versus Atlético Paranaense marcou duas estreias: foi o primeiro jogo do Campeonato Brasileiro 2016 e o primeiro jogo de futebol após a Copa do Mundo a oferecer o serviço de audiodescrição para os espectadores com deficiência visual. Lógico que eu, "porco fanático" e "fanático por audiodescrição", não poderia deixar de estar lá para voltar a sentir as emoções de um jogo de futebol. Perdi a visão faz 35 anos e ainda tenho vivo na memória como era o antigo Parque Antártica, pois, desde pequeno, meu pai me levava para assistir quase todos os jogos do Palmeiras. Era grande a curiosidade de conhecer a novíssima e, segundo comentários generalizados, belíssima Arena Allianz Parque. Mas como satisfazer essa curiosidade sem alguém para descrever fielmente a arquitetura do estádio? Ontem surgiu a oportunidade! Porquinho vestindo o uniforme do Palmeiras e chutando uma bola #PraCegoVer: porquinho vestindo o uniforme do Palmeiras e chutando uma bola. A bola do jogo Início do jogo marcado para as 16:00h, encontro agendado para as 13:30h em um dos portões da Arena. A medida que os dez torcedores com deficiência visual e seus acompanhantes convidados para o evento iam chegando, eram imediatamente conduzidos para seus assentos na arquibancada inferior do estádio. Todos presentes, faltando ainda bastante tempo para o início da partida, começou o serviço de audiodescrição com a Rosa Matsushita mostrando e descrevendo para cada um detalhes da bola que seria usada no jogo. "Chamada de Ordem CBF Brasil 3 e com “gráfico amarelo inconfundível do Brasil”, ela é, segundo a Nike, sua fabricante, a “melhor já projetada em termos aerodinâmicos”. O modelo – produzido com 40% de couro sintético, 30% de borracha, 20% de poliéster e 10% de algodão – é o mesmo utilizado nos Campeonatos Espanhol, Inglês e Italiano", dizia Rosa. bola do jogo #PraCegoVer: Bola do jogo Reconhecimento do campo Em seguida, fomos convidados a descer para um reconhecimento tátil do campo: a grama natural no campo e artificial nas laterais, as marcações que antigamente eram feitas com cal e agora são pintadas na grama, as traves, as bandeirinhas que em minha lembrança eram bem mais baixas e não tinham astes flexíveis, os bancos dos reservas que eram de madeira pintados de branco e agora são verdes, acolchoados, protegidos por uma semi cúpula de acrílico e foram transferidos das laterais de um dos gols para as laterais na altura do meio do campo. Durante todo esse percurso, Rosa e Bruno se alternavam: ela fazendo a audiodescrição; ele contando a história do Palmeiras com suas tradições, seus títulos, como surgiu o Parque Antártica, como nasceu o Allianz Parque… As emoções começaram no reconhecimento tátil do campo #PraCegoVer: Grupo de cegos fazendo o reconhecimento tátil do campo. Bruno e Rosa a frente com papéis nas mãos. A surpresa O reconhecimento do gramado terminou com uma surpresa. Pediram que os dez cegos sentassem no banco de reservas porque o periquito, mascote do Palmeiras (tenho dúvidas se já não deveria ser o "porquinho" risos) nos entregaria um presente. Um por um fomos chamados pelo nome para recebermos a nova camisa oficial do Palmeiras que, por sinal, seria a terceira estreia do dia. Emoções: Deficientes visuais sentados no banco de reservas #PraCegoVer: Torcedores com deficiência visual sentados no banco de reservas Preleção do jogo Já de volta a nossos assentos e "armados" com os radinhos e fones de ouvido de audiodescrição, ouvimos Bruno e Dimitri fazerem a preleção do jogo: descrições dos uniformes oficiais dos dois times, a aparência dos jogadores (algumas exóticas), a história dos confrontos entre os dois times, os uniformes de treino e a movimentação dos jogadores em campo enquanto faziam o aquecimento. Em primeiro plano os audiodescritores Dimitri à esquerda e Bruno à direita sentados em uma mesa usando fones de ouvido e com microfones, ao fundo os deficientes visuais sentados ao lado de seus acompanhantes PraCegoVer: Em primeiro plano os audiodescritores Dimitri à esquerda e Bruno à direita sentados em uma mesa usando fones de ouvido e com microfones, ao fundo os torcedores com deficiência visual sentados ao lado de seus acompanhantes O jogo e a audiodescrição Apesar do Palmeiras estar vencendo por 1 a 0, o primeiro tempo do jogo foi "morno", e a audiodescrição também. Durante o intervalo, jogadores no vestiário recebendo instruções para corrigirem suas falhas, e os audiodescritores conversando com os deficientes visuais para saberem o que precisariam melhorar. Iniciado o segundo tempo, bastaram 20 segundos para o Palmeiras mostrar que seria uma goleada, e os audiodescritores demonstrarem que também haviam assimilado direitinho qual deveria ser a estratégia para o segundo tempo. Ainda no intervalo, Rosa trouxe uma maquete da Arena Allianz Parque para que pudéssemos tatear e assim entendermos melhor a grandiosidade do empreendimento. Fim do jogo: Palmeiras 4, Atlético 0, e outra goleada da audiodescrição! Emoções: Torcedores com deficiência visual abraçados e cantando o hino do Palmeiras <#PraCegoVer: Torcedores cegos no gramado. Eles vestem a camisa do Palmeiras, estão abraçados e comemoram cantando o hino do time Futuro Pessoalmente adorei a experiência, me fez lembrar dos tempos, ainda com visão, que comparecer aos jogos do Palmeiras era parte da agenda de quase todos os finais de semana. Ouvi comentários muito semelhantes dos outros cegos que também puderam vivenciar essa experiência. Em relação à forma como foi feita a audiodescrição dos jogos da Copa com pessoas treinadas pelos audiodescritores da FIFA, gostei bem mais da "audiodescrição tupiniquim"! Decepção A única decepção foi que meu filho, palmeirense ainda mais fanático que eu, não pôde ser meu acompanhante e curtir comigo uma tarde inesquecível porque foi escalado para trabalhar neste sábado. Carinha triste #PraCegoVer: Ilustração de carinha triste por Paulo Romeu Fonte: Blog da Audiodescrição