segunda-feira, 13 de julho de 2015
Inclusão esbarra nos interesses econômicos
O processo de inclusão tem chegado também devagar à produção audiovisual. A Instrução Normativa nº 116, da Ancine (Agência Nacional do Cinema), assinada
em 18 de dezembro de 2014, define que todos os projetos financiados com recursos da agência têm que contemplar legendagem descritiva, audiodescrição e
Libras. A audiodescrição transforma informações de imagem em palavras, para que pessoas cegas, com baixa visão, idosos e disléxicos possam compreender
o contexto em que estão inseridas ou que está sendo apresentado através do cinema, teatro, espetáculo de dança ou qualquer outra atividade.
Por aqui, o mercado ainda é pequeno. São poucos os profissionais habilitados e existe pouca informação sobre o assunto. Uma das audiodescritoras de Belém
é Aline Correia. "Trabalhava com pessoas cegas no Centur, como voluntária na Seção Braille. Depois que me formei em Letras, tinha interesse em neurolinguística,
mas voltada para acessibilidade. Surgiu a oportunidade de um curso em Campinas e arrisquei. Foi a hora certa no lugar certo. A audiodescrição te faz olhar
por ti e pelo outro, tu tens a responsabilidade de passar com mais detalhes a informação. Antes eu via e não enxergava, hoje eu enxergo de verdade. Tudo
que eu vejo, busco ser fiel, mas também passa pelo meu filtro emocional. Algumas pessoas cegas não gostam disso, mas outras adoram", conta Aline.
Segundo a audiodescritora, existe uma resistência por parte da televisão brasileira, falta de diálogo e talvez de interesse para que as audiodescrições
sejam disponibilizadas. "O projeto da regulamentação está esbarrando em questões políticas. Por exemplo, para estar em teatro, tem que ter cabine para
o audiodescritor ficar, mas geralmente os produtores preferem que seja algo gravado, o que tira a ideia inicial. Tem vários interesses econômicos que estão
tirando os direitos das pessoas com deficiência. Precisamos visualizar a pessoa cega não como um coitadinho, mas como um consumidor. Eles usam internet,
celular. O que custa colocar a audiodescrição na televisão através da tecla sap?", questiona Aline.
Fonte: Diário do Pará
sábado, 11 de julho de 2015
Expo sobre Jimi Hendrix ganha audiodescrição para deficientes visuais
Banner de divulgação do evento com um homem assentado em uma cadeira.
A Samsung passou a oferecer serviço de audiodescrição gratuito na exposição Rock Exhibition, em cartaz no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Desenvolvido
pela Fundação Dorina Nowill Para Cegos, o recurso permite que visitantes com baixa ou nenhuma visão aproveitem a mostra focada em Jimi Hendrix, ouvindo
sobre as cartas que o músico escrevia e a descrição da guitarra Fender Stratocaster usada no festival de Woodstock.
“A exposição se tornou uma experiência possível para todos”, avalia Helvio Kanamaru, gerente sênior de Cidadania Corporativa da Samsung. “Somos parceiros
de longa data da Fundação Dorina Nowill e temos muito orgulho em ver mais um fruto de nosso trabalho ajudando a quem precisa”.
Os voluntários da Samsung que trabalham na exposição foram instruídos sobre como guiar e interagir com os deficientes visuais.
“A audiodescrição agrega muito. É mais rica nos detalhes do que meus olhos podem ver”, relata Felipe Vieira da Cunha Santos, participante do Programa de
Voluntariado da Samsung.
Comemorando o Dia Mundial do Rock, a entrada para a exposição “Hear My Train a Comin’: Hendrix Hits London” será gratuita na próxima segunda-feira, 13/7,
das 10h às 22h.
Fonte: site Idgnow.
Audiodescrição na TV: obrigação agora é de 6 horas por semana
Desde 1º de julho de 2015, as emissoras de TV estão obrigadas a cumprir, no mínimo, seis horas semanais do recurso de audiodescrição. A veiculação na grade
de programação deverá ocorrer entre 6h e 2h.
O cronograma de implantação do recurso está previsto na
Portaria MC nº 188/2010.
Anteriormente, a exigência era de quatro horas. A Abert disponibilizou o telefone (61) 2104.4604 e o email
juridico@abert.org.br
para o esclarecimento
de dúvidas.
Fonte: ABERT
Dilma veta sete pontos do Estatuto da Pessoa com Deficiência
A presidente Dilma Rousseff fez sete vetos ao texto da Lei Brasileira de Inclusão – Estatuto da Pessoa com Deficiência, sancionada no dia 6 em cerimônia
no Palácio no Planalto. Os vetos só foram divulgados integralmente e justificados no último dia 7, com a publicação da lei no Diário Oficial da União.
O principal corte ao texto aprovado no Senado foi o veto ao trecho que obrigava empresas que têm entre 50 e 99 funcionários a contratar pelo menos uma
pessoa com deficiência. Atualmente, a obrigação vale apenas para as empresas com 100 funcionários ou mais.
Na mensagem de veto, Dilma argumentou que a medida poderia gerar prejuízos para o setor produtivo. “Especialmente para empresas de mão-de-obra intensiva
de pequeno e médio porte, acarretando dificuldades no seu cumprimento e aplicação de multas que podem inviabilizar empreendimentos de ampla relevância
social”, diz o texto.
Dilma também vetou artigo que previa reserva de 10% das vagas nos processos seletivos para cursos de nível técnico, tecnológico e superior de instituições
federais públicas e privadas. A presidente justificou que a proposta não poderia ser implementada, considerando os critérios de proporcionalidade populacionais.
Além disso, segundo Dilma, “no âmbito do Programa Universidade para Todos (ProUni), o governo federal concede bolsas integrais e parciais a pessoas com
deficiência, de acordo com a respectiva renda familiar”.
Também foi vetado um inciso que tratava de mudanças na definição e tipologia dos projetos do Programa Minha Casa Minha Vida para atender a pessoas com
deficiência. Dilma argumentou que a mudança acarretaria “aumento significativo” dos custos do programa e que as adaptações necessárias para pessoas com
deficiência já são feitas em algumas unidades.
A presidente também cortou da lei um artigo que dava prioridade na tramitação de processos de pessoas com deficiência na Justiça; um que obrigava autoescolas
a terem um carro adaptado para pessoas com deficiência a cada 20 veículos na frota; e a ampliação das regras de isenção de Imposto sobre Produto Industrializado
(IPI) para automóveis para pessoas com deficiência.
Fonte:
EBC Site externo.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
O TAXIDERMISTA, FÁBULA DRAMÁTICA COM AUDIODESCRIÇÃO NO CCSP
FLYER O TAXIDERMISTA. Descrição no final do post.
PREFEITURA DE SÃO PAULO, CENTRO CULTURAL SÃO PAULO e CIA DO IMAGINÁRIO apresentam a peça: O TAXIDERMISTA, uma fábula dramática, com audiodescrição e interpretação
em LIBRAS.
Data: 12 de julho (domingo).
Horário: 20:00 horas.
Local: CCSP – Centro Cultural São Paulo, na Sala Jardel Filho.
Rua Vergueiro, 1000, São Paulo (Estação de Metrô Vergueiro).
Duração: 70 minutos.
Censura: 12 anos.
ENTRADA FRANCA
(Retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo).
Pessoas com deficiência visual, favor confirmar presença pelo e-mail:
marina@vercompalavras.com.br
Sobre o espetáculo: a fábula dramática, com texto de René Piazentin, faz uma crítica ao mundo em que vivemos, no qual violência e barbárie ficaram banalizadas,
e narra o fim do mundo, não do jeito que sempre imaginamos e que os filmes americanos nos vendem, um apocalipse, uma solução final que termine com tudo
de uma vez. No espetáculo, um homem empalha animais enquanto conversa com eles e ensina sua técnica para uma menina que deseja empalhar seu cachorro de
estimação, que morreu no dia anterior. Um zoológico de animais taxidermizados, onde girafas, cavalos, zebras e cães falam, mesmo mortos.
Ficha técnica: Texto e Direção: René Piazentin; Elenco: Aline Baba, Kedma Franza, Luana Frez, Renata Weinberger, Rodrigo Sanches e Waldir Medeiros; Assistência
de Direção: Alexandre Passos, Priscila Leão e Vanusa Costa; Produção: Sancho Pança Produções Artísticas; Realização: Cia dos Imaginários.
Descrição do e-flyer: o e-flyer, com fundo preto, é ilustrado pela fotografia em preto e branco de duas mulheres de costas, lado a lado. A da esquerda
está em pé sobre uma cadeira, com um braço erguido na altura do ombro, apontando o dedo indicador para o alto; ela tem os cabelos crespos e cheios; usa
vestido branco longo com sobressaia e mangas compridas rendadas, fechado com botões redondos, com bordados nas costas e na bainha. A mulher da direita,
com os cabelos presos, está em pé no chão, com a mão esquerda na cintura; veste uma capa preta com bolinhas brancas. Um reflexo de luz branca clareia o
contorno de seus cabelos. O título: O TAXIDERMISTA, escrito com letras brancas sobre faixa cinza, destaca a letra O com fundo vermelho e está na parte
superior do flyer.
Publicado por Lívia Motta – em julho 2015.
POR:
VERCOMPALAVRAS
AH! COM QUEM SERÁ? ESPETÁCULO INFANTIL COM AUDIODESCRIÇÃO NO CCSP
Fotografia colorida da personagem Bruxa Linda com um dos seus pretendentes. Descrição detalhada no final do convite.
PREFEITURA DE SÃO PAULO, SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E O CENTRO CULTURAL SÃO PAULO apresentam o espetáculo infantil: AH! COM QUE SERÁ? com audiodescrição
e interpretação em LIBRAS.
Com o Grupo ABBACIRCUS e direção de Francisco LCL Rolim.
Data: 12 de julho (domingo).
Horário: 16:00 horas.
Local: Sala Jardel Filho – Centro Cultural São Paulo.
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 (Metrô Vergueiro).
Entrada franca.
Favor confirmar presença pelo e-mail:
marina@vercompalavras.com.br
Sobre o espetáculo: A bruxa Linda quer se casar, mas tem um grande problema: só consegue arranjar pretendentes nada atraentes. Quem ela escolherá? O espetáculo
circense retrata temas e personagens clássicos do imaginário infantil encenado muita graça e diversão.
Ficha técnica: Adaptação e direção: Francisco Rolim; Elenco: Francisco Rolim e Patrícia Lemos; Cenografia, Figurinos: Nani Brisque e Pushkhy; Trilha sonora:
Remi Stengel; Iluminação: Robson Valentim; Fotografia: Kriz Knack; Narração de Odilon Wagner; Produção executiva: Edson Caeiro; Realização: Abbacircus
da Cooperativa Paulista de AH! COM QUEM SERÁ? ESPETÁCULO INFANTIL COM AUDIODESCRIÇÃO NO CCSP
Teatro.
Descrição: Fotografia colorida, em primeiro plano (do peito para cima), da personagem Bruxa Linda ao lado de um dos seus pretendentes, os dois sorridentes.
Bruxa Linda tem nariz grande e pontudo com uma verruga no meio, óculos pretos de armação redonda e grandes sobrancelhas; usa avental azul sobre camiseta
preta de mangas compridas, um lenço estampado de florzinhas coloridas que cobre a cabeça e faz um laço no pescoço e chapéu pontudo de bruxa roxo. O pretendente
tem cabelos e bigodes pretos, grande nariz com abas levantadas; usa bata de cetim azul clara com gola redonda branca e chapeuzinho azul em cone. Ele sorri
com os olhos fechados, segurando uma rosa vermelha na mão esquerda.
Publicado por Lívia Motta – em julho 2015
POR:
VERCOMPALAVRAS
Cientistas desenvolvem estimulador que reverte perda de visão por retinose
O dispositivo da impulsos elétricos que provocam sensação visual
O dispositivo da impulsos elétricos que provocam sensação visualThinkstock
Cientistas mexicanos desenvolveram um estimulador capaz de reverter a perda de visão em pacientes com retinose pigmentar, uma desordem genética que causa
degeneração da retina, informou nesta sexta-feira (3) o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt) do país.
'Olho fantasma', a síndrome que desafia os médicos
O dispositivo provoca uma "sensação visual" nos pacientes com incapacidade visual total através de impulsos elétricos, explicou o pesquisador Daniel Robles
Camarillo, da Universidade Politécnica de Pachuca, em um documento divulgado pela instituição. O especialista em engenharia aplicada à medicina disse que
a eficácia do aparelho foi comprovada com um tratamento experimental realizado durante 55 semanas em 28 pacientes da Associação para Evitar a Cegueira
do México.
— A acuidade visual do olho estimulado foi melhorando em comparação ao não estimulado. Comprovamos que o impulso elétrico é biologicamente compatível e
reabilita o olho em nível celular. Recuperar a visão de um paciente que sofre uma doença que o deixa cego de forma paulatina é um dos avanços mais importantes
que conquistamos.
O pesquisador Luis Niño da Rivera, do Instituto Politécnico Nacional, comentou que os resultados geraram "um grande impacto porque a retinose pigmentar
é uma doença incurável" para a qual não há um tratamento que controle seu avanço.
— A estimulação elétrica que propomos não só controla esse avanço, mas permite reverter a perda de capacidade visual no paciente por meio da recuperação
celular no nível da retina.
Os dois especialistas participaram do desenvolvimento desse estimulador que não requer cirurgia. Ele é aplicado através de dois eletrodos: um, em forma
de lente de contato sobre a córnea, e outro na têmpora do paciente.
fonte:r7
3º Encontro Regional Norte-Nordeste de Dosvox e outras Tecnologias Assistivas ao Deficiente Visual
Logo do DOSVOX de forma retangular com algumas cores e escrito ao redor: Encontro Norte e Noroeste Teresina Piauí.
O Encontro Regional Norte-Nordeste de DOSVOX e outras Tecnologias Assistivas ás pessoas com Deficiência Visual está com as inscrições abertas. O encontro
acontecerá de 04 a 06 de setembro na cidade de Teresina – Piauí no Auditório do Centro Integrado de Reabilitação – CEIR. A inscrição é gratuita e destinada
a educadores, gestores, coordenadores de educação, profissionais de saúde e a pessoas com deficiência visual.
A filosofia do encontro regional é diferente dos encontros nacionais pois o mesmo é uma oportunidade de divulgação das potencialidades pedagógicas e sistêmicas
que o sistema Dosvox oferece ao deficiente visual, além de ser uma ocasião favorável a outras tecnologias assistivas de âmbito nacional e regional serem
divulgadas.
De acordo com o coordenador Regional, professor Aristóteles Meneses, o participante deve preencher o formulário de pré-inscrição que se encontra no endereço
eletrônico
http://www.regionaldosvoxpi.com.br/inscricao
e em seguida esperar o retorno no seu e-mail da organização do evento sobre como proceder para confirmação da sua participação. As pré-inscrições serão
até o dia 31 de Julho e a confirmação será até o dia 15 de Agosto.
A realização do encontro regionalizados de Dosvox vem trazendo muitos benefícios para professores, principalmente aos que trabalham em salas de recursos
multifuncionais, já que o ministério da educação (MEC) disponibiliza computadores (desktop ou notebooks) com softwares de tecnologias assistivas dentre
eles o Dosvox e MECDAISY.
Fonte: site Regional DOSVOX por Prof. Aristóteles Meneses Lima.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
DZI CROQUETTES COM AUDIODESCRIÇÃO NO HSBC BRASIL
FLYER DZI CROQUETTES. Descrição no final do post.
Ministério da Cultura e Tom Brasil apresentam: DZI CROQUETTES, com audiodescrição da VER COM PALAVRAS e interpretação em LIBRAS.
Direção: Ciro Barcelos
Datas e horários: 11 de julho (sábado), às 22:00 horas.
12 de julho (domingo), às 20:00 horas.
Local: HSBC Brasil.
Endereço: Rua Bragança Paulista, 1281 (próximo a Av. das Nações Unidas).
Não recomendado para menores de 16 anos.
Patrocínio Cultural: Lei de Incentivo à Cultura e VIVO.
Apoio: Blue Tree Hotels, Sil Fios e Estrella Galicia.
Transportadoras Aéreas Oficiais: GOL e DELTA.
Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal.
Ingressos a partir de R$ 25,00 (vinte cinco reais).
Vendas: Ingresso Rápido: 40031212
Cartão do HSBC tem 25% de desconto.
Convites cortesia para pessoas com deficiência e um acompanhante.
Favor confirmar presença pelo email:
marina@vercompalavras.com.br
Como chegar
De Carro:
Do centro para HSBC Brasil: 1. Av. Santo Amaro e na altura do número 650 da Av. João Dias entrar à direita na rua Bragança Paulista;
2. Pela Marginal Pinheiros: fazer o retorno na ponte João Dias, voltar para a Marginal Pinheiros sentido centro e entrar a segunda à direita que já é a
Rua Bragança Paulista.
De Trem ou Metrô:
Desembarcar nas estações Granja Julieta e ou Giovani Gronchi, pegar uma van sentido Santo Amaro (todas passam).
De Ônibus:
No Terminal Bandeira pegar as linhas de ônibus abaixo e pedir para desembarcar próximo à Rua Bragança Paulista.
6450-10 Term. Bandeira/ Term. Capelinha.
6400-10 Term. Bandeira/ Term. João Dias.
6422-10 Term. Bandeira/ Vila Cruzeiro.
Sobre o espetáculo: Um grupo de jovens atores se inspira no sucesso do premiado documentário sobre os Dzi Croquettes (dirigido por Tatiana Issa e Raphael
Alvarez) e decide reviver a filosofia libertária do grupo dos anos 70, responsável por revolucionar o teatro brasileiro ao privilegiar – além do teatro
convencional e narrativo – a ideia física do teatro musical, com uma linguagem anárquica e tropicalista e o plano dos afetos, da paixão, da imaginação
e da antropofagia como símbolo da contracultura da mudança. Ciro Barcelos, remanescente da formação original, assume a direção e com o grupo se lança novamente
na aventura de viver em comunidade, criada em uma garagem abandonada que vai se transformando em palco para suas experimentações cênicas onde tudo pode
acontecer, desde teatro até um cabaré clandestino. Elaborado com vigor físico, o humor e a irreverência peculiares dos Dzi Croquettes, o espetáculo mantém
o forte apelo da dança, mixando coreografias em ritmos como jazz, bossa nova, samba, flamenco, tango, bolero, e “MPB com purpurina”.
Descrição do e-flyer: o e-flyer com fundo preto, é ilustrado pela fotografia em preto e branco, em plano americano (dos joelhos para cima), de um dos integrantes
do grupo, em movimento de dança, com um braço dobrado na altura do ombro e o outro esticado segurando um leque. Ele usa colete brilhante, com uma bata
de cola (saia longa com babados volumosos na parte de baixo, usada na dança flamenca) e chapéu preto com a aba abaixada escondendo os olhos; nos lábios,
batom vermelho; na cintura, um cinto largo com coldre, suporte para revólver. O título, escrito com tinta branca espirrada, tem um grande Z entre a letra
D e a palavra Croquettes, e está no lado esquerdo. As datas: 11 e 12 de julho estão no lado direito. No canto inferior esquerdo, os símbolos da audiodescrição
e da surdez sobre fundo roxo. No rodapé, uma faixa branca com as logomarcas dos patrocinadores, apoiadores e realizadores e outras informações como preço
dos ingressos e descontos.
Publicado por Lívia Motta – em julho 2015.
POR:
VERCOMPALAVRAS
Nova tecnologia pode trazer melhorias ao braile
Foto de uma seta branca em fundo amarelo com letras em braile
O secretário-adjunto da
Secretaria da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo Site externo. ,
Tuca Munhoz, destacou, para a Rádio Brasil Atual, como o avanço tecnológico trás ferramentas para a inclusão. “Pode servir como apoio e emancipação para
pessoas com deficiência”, diz, em referência ao um novo tablet para deficientes visuais.Nova tecnologia pode trazer melhorias ao braile
Nova tecnologia pode trazer melhorias ao braile
O modelo foi inventado na Áustria e possui capacidade de reproduzir
o idioma braile. “É um dispositivo comum que pode passar informações através de pequenas bolhas que se levantam e abaixam conforme a informação surge”,
explica.
Para Munhoz, o dispositivo vem em boa hora. “Muitas pessoas consideravam que o braile fosse uma escrita em extinção, dado ao surgimento de tecnologias
de reconhecimento de voz em computadores e celulares. Porém, o braile possui sua importância”, diz. “Quero crer que o braile nunca vai desaparecer, pois
carrega a função de ser a base da alfabetização, sobretudo para crianças. Esse tablet vai contribuir e fazer com que o braile tenha uma nova vida.”
Fonte:
Rede Brasil Atual Site externo.
Dicionário acessível para pessoas com deficiência visual
Ilustração de pessoa com deficiência visual em fundo azul
A Fundação Dorina Nowill para Cegos tem uma nova versão para o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa em formato digital acessível Daisy - Digital Accessible
Information System. O Instituto Helena Florisbal foi o parceiro para a viabilização deste projeto, que conta com a produção e disponibilização de 5 mil
dicionários em português com as novas regras de ortografia.
O projeto visa beneficiar 2 mil pessoas com deficiência de todo o país com material acessível para auxiliá-los nos estudos, consulta a palavras e verbetes,
e na leitura de livros e revistas. Cerca de 3 mil instituições, entre escolas, bibliotecas e organiz ações que atuem com pessoas com deficiência visual,
terão acesso ao dicionário gratuitamente para disponibilizar ao seu público.
O dicionário em português em formato Daisy é uma tecnologia assistiva e uma ferramenta complementar à formação educacional e cultural das pessoas com deficiência
visual. Com ele deve-se estimular o conhecimento e aumentar as ferramentas de acesso à cultura e informação por parte das pessoas cegas ou com baixa visão
em computadores, celulares ou tablets. O formato Daisy é o ideal para as pessoas com deficiência visual, principalmente pelas funcionalidades de navegação
e leitura, além disso, pode ser acessado a qualquer momento e lugar, basta que o usuário tenha o aplicativo DDReader - Dorina Daisy Reader instalado em
seu apare lho.
Sobre o formato Daisy
O formato Daisy permite que o leitor com deficiência visual navegue como se estivesse com o material em mãos. As pessoas cegas ou com baixa visão podem
acessar o conteúdo ampliando a fonte e ouvir simultaneamente em voz sintetizada no computador, tablete ou celular com sistema Android. O livro Daisy é
editado com notas de rodapé opcionais, marcadores de texto, soletração, leitura integral de abreviaturas e de sinais, além da pronúncia correta de palavras
estrangeiras. É um formato que garante a navegabilidade e o acesso à informação para pessoas com deficiência visual.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos atua há 69 anos para facilitar a inclusão de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, por meio de serviços
gratuitos e especializados de reabilitação, educação especial, clínica de visão subnormal e programas de empregabilidade. A instituição é referência na
produção de livros e revistas acessíveis nos formatos braille, falado e Daisy, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para escolas,
bibliotecas e organizações em todo o Brasil.
www.fundacaodorina.org.br
| (11) 5087-0999
fonte:vida mais livre
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Os cegos na cozinha e os caminhos para a inclusão
a incrível história de Christine Ha, filha de vietnamitas e natural de Houston, no Texas (EUA), que foi diagnosticada com neuromielite óptica que se tornou
a primeira vencedora com deficiência visual do programa MasterChef USA - um desafio gastronômico para amantes da cozinha, mas que não são profissionais.
A vitória deu à Chris um prêmio de 250 mil dólares, o título de MasterChef, o troféu MasterChef, e o direito de publicar um livro de receitas. O livro,
intitulado "Recipes from My Home Kitchen: Asian and American Comfort Food" (receitas de casa: "comfort food" asiática e americana) acaba de chegar às livrarias
dos Estados Unidos.
O lançamento estimula o debate sobre o desafio que é cozinhar, cortar ingredientes, usar o fogão, montar pratos bonitos e tudo sem um dos sentidos. Em
uma entrevista para o jornal Folha de São Paulo, Christine Ha explica uma das táticas que desenvolveu para cozinhar sem poder enxergar: "Escuto as bolhas
na água para saber se ela ferveu; sinto o perfume do alho antes de ele queimar; toco a carne para saber se está crua, crestada ou ao ponto", diz ela.
Quem acompanha nossa seção de vídeos, certamente conhece Deborah Prates e sua
série
em três capítulos intitulada “Acessibilidade no lar”. Nela, Deborah comprova que os cegos são capazes de realizar qualquer tarefa, a começar por sua própria
casa. Ela mostra o uso da faca, bem como o manuseio de gordura fervente por pessoa cega. Tudo de maneira rotineira, como qualquer enxergante faz. Inclusive
a confecção de arranjos e artesanatos.
Culinária é, também, uma das oficinas da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Os deficientes atendidos pela entidade podem incluir no programa de reabilitação
cursos de atividades da vida diária como varrer o chão, passar roupa e cozinhar. Somente em 2012, 1.392 pessoas passaram por tratamentos de reabilitação
na fundação. Todo mês, 35 cegos e pessoas com baixa visão fazem as atividades que incluem a orientação culinária. Algumas dicas de cuidados ao cozinhar
explicam que os mantimentos e utensílios precisam ser guardados sempre no mesmo lugar; os ingredientes devem ser porcionados e deixados em sequência na
bancada; no fogão, as panelas devem ficar sempre na mesma posição. Já as mãos devem ficar estendidas à frente para detectar, através do calor, a boca acesa
do fogão.
Além destas oficinas, a Fundação Dorina Nowill para Cegos também tem inscrições abertas para o curso gratuito “Caminhos para a Inclusão Goodyear”, de capacitação
profissional para pessoas com deficiência visual. Realizado em parceria com a fábrica de pneus e o Senai-SP, o programa preparará 25 jovens para atuarem
como assistentes administrativos.
As aulas terão início em agosto, e serão promovidas na Escola Senai Informática, no bairro Santa Cecília, na capital paulista. O curso tem duração de
um ano, com carga horária diária de quatro horas e salário mensal de R$ 678 para os participantes, além de outros benefícios. Os alunos receberão certificado
e poderão participar de processos seletivos na Goodyear.
Até o dia 12 de julho as pessoas cegas ou com baixa visão, maiores de 16 anos que estejam cursando ou tenham concluído o Ensino Médio podem se inscrever
no curso.
Veja mais informações no
site
da Fundação.
(Fontes: Folha e Fundação Dorina Nowill)
Valentin Haüy, o pioneiro
Selo comemorativo com a estampa de Valentin, emitido pela Cruz Vermelha francesa
Valentin Haüy nasceu no dia 13 de novembro de 1745 em Saint-Just-en-Chaussée, uma aldeia no departamento de Oise, na região Picardia da França, cerca de
70 quilômetros ao norte de Paris.
Foi um personagem de uma cultura rica no campo das letras: falava perfeitamente 10 línguas e tinha um profundo conhecimento de latim, grego e hebraico.
Isso lhe permitiu, em 1786, ser nomeado Artista do Rei, do Almirantado e da cidade de Paris. Ele também foi reconhecido como paleontólogo e professor de
caligrafia, matéria que ele ministrava em uma escola local.
Segundo consta, em 1771 Valentin andava pela Place Louis XV, em Paris, (hoje conhecida como a Place de la Concorde) quando observou, com certa tristeza,
um grupo de homens cegos, utilizando óculos irregulares de lentes escuras, tocando algumas peças musicais na rua para ganhar uns trocados mas, em verdade,
recebiam o escárnio e o desprezo dos transeuntes.
Desde então, Valentin decidiu que sua vida seria dedicada totalmente à educação e à reabilitação social dos cegos.
Outra influência recebida por ele veio de seu encontro, em 1784, com a compositora e pianista Maria Teresa von Paradis, cega desde os dois anos de idade,
como resultado da varíola, mas que havia aprendido sozinha a ler textos e sentir a música, executando-as de memória. Amiga de Mozart, que compôs especialmente
para ela o “Concerto em si bemol maior nº 18”, Thereza influenciou o trabalho de Haüy tanto na fundação de sua escola quanto na seleção de materiais para
a educação de cegos.
Em 1786, Valentin funda o Instituto de crianças cegas, a primeira escola para a formação e colocação do cego no mercado de trabalho, tendo desenvolvido
um método de escrita a ser decifrado pelo toque. Era um tipo de processo de impressão de grande porte, e em relevo, com tinta preta em papelão molhado.
Estas letras e números podiam ser lidos com os dedos. Com numerosos textos devidamente preparados para eles, os cegos aprenderam a ler, aprenderam as regras
básicas de ortografia, escrita e também as quatro operações aritméticas básicas. Haüy apresentou os resultados de seu trabalho para o rei Luís XVI. Com
isso, foi nomeado professor e mais tarde secretário dele.
Durante a Revolução Francesa, Haüy foi demitido como diretor do Instituto, que foi tomado pelo Estado e passou a ser chamado de Instituto para trabalhadores
cegos. Foi quando, então, Valentin fundou o Museu dos Cegos, uma espécie de escola particular para os estudantes estrangeiros.
Em 1806, chamando à Rússia pelo czar Alexandre I Pavlovich (1777-1825), criou uma escola para cegos em São Petersburgo, onde foi diretor por 11 anos.
Haüy retornou a Paris em 1817, mas continuava não sendo autorizado a entrar na casa que ele próprio havia fundado. Foi quando, então, fundou a Instituição
Real para Jovens Cegos de Paris em uma grande cerimônia em agosto de 1821. Dentre os alunos desta instituição consta um rapaz de nome bem conhecido agora,
mas que na época era apenas mais uma criança cega: Louis Braille.
A 19 de março de 1822, Valentin morreu em uma das salas do museu, junto de seu irmão mais velho, o abade René-Just, famoso químico e mineralogista.
fonte:saudde visual
Teatro Cego volta a Bragança com novas apresentações gratuitas de “O Grande Viúvo”
Pela segunda vez em Bragança com a peça “O Grande Viúvo”, de Nelson Rodrigues, o projeto Teatro Cego, retorna à cidade com mais uma oportunidade para o
público experimentar uma forma diferente de ver teatro: no escuro. As apresentações acontecem na sexta, dia 10 de julho, em dois horários, as 19h30 e às
21h, no Centro Cultural Geraldo Pereira, no Matadouro e fazem parte da programação do Festival de Inverno da cidade.
A proposta do Teatro Cego é que todo o desenvolvimento da trama aconteça em um local completamente escuro, fazendo com que os espectadores, que não enxergarão
nada, usem os demais sentidos para entender o espetáculo. Dessa forma cria-se uma apresentação adaptada que, ao invés de inserir o deficiente no mundo
do não-deficiente, como é o costume, inverte a situação.
Cartaz de divulgação que tem um óculos escuro, acima dele está escrito: Teatro Cego - você não precisa ver - Abaixo: O grande viúvo.
A ideia do projeto é justamente essa: imergir o público no universo dos deficientes visuais. Durante o espetáculo, sons, vozes e cheiros chegarão aos espectadores
vindos sempre de locais diferentes, dando a sensação de que eles estão realmente dentro do ambiente cênico. Tais sensações serão o caminho para a compreensão
da trama, mesmo ela ocorrendo completamente no escuro.
Além da proposta inovadora, o projeto ainda tem o objetivo social de abrir um novo campo de trabalho para atores, produtores e técnicos, priorizando deficientes
visuais que atuam ou tenham intenção de atuar na área. O elenco é formado por 6 atores, sendo 3 deles cegos, e mais 3 músicos. Dessa maneira, além de cumprir
o papel social, de inserir esses profissionais no mercado de trabalho, o projeto ainda lhes abre uma nova possibilidade formação e expressão artística
que, até então, supunha-se inviável para os deficientes visuais.
A peça é baseada no conto “O Grande Viúvo”, do livro “A Vida como ela é”, de Nelson Rodrigues, e conta a história de um viúvo que, após ter perdido a esposa,
comunica à família que também quer morrer e ser enterrado junto à falecida. Porém, antes irá construir um mausoléu para que ambos permaneçam lado a lado.
A família, tenta a todo custo convencê-lo a desistir do suicídio e encontra uma forma de evitar a tragédia, baseada em calúnias sobre a falecida, mas o
resultado é inesperado para todos.
O projeto Teatro Cego é realizado e produzido pela Caleidoscópio Comunicação & Cultura e patrocinado pela Santher através do ProAc – Programa de Ação Cultural
do Estado de São Paulo. Tem apoio do Guia de Teatro e do BOS – Hospital Oftamológico de Sorocaba. Em Bragança Paulista, tem o apoio da Secretaria Municipal
de Cultura e Turismo.
SERVIÇO
Teatro Cego – O Grande Viúvo
Data: 10 de julho – Grátis
Sessões as 19h30 e às 21h
Não é necessária a retira de ingresso antecipado
Ficha Técnica:
Adaptação da obra homônima de Nelson Rodrigues
Texto e direção: Paulo Palado
Direção musical: Luiz Mel
Fonte: Portal Bragança.
Entidade leva esportes para cegos no Rio de Janeiro
O nome Urece Esporte e Cultura pode até soar um pouco estranho, parece uma sigla, mas seus fundadores garantem que não é. No site –
www.urece.org.br/site
- explicam que é "um nome próprio, surgido entre os atletas de futebol como sinônimo de raça, vontade, entrega. Quando a associação estava sendo criada,
em uma incubadora de empresas em 2004, o nome surgiu quase como uma imposição deles, que queriam ver confirmado na denominação da nova associação o seu
anseio de competirem por uma entidade que os respeitassem e ouvissem".
A ideia dos 8 atletas e treinadores que começaram o projeto era justamente montar uma organização em que os atletas fossem protagonistas dentro e fora
da quadra, tomando decisões e pensando em soluções para os próprios desafios. "Os fundadores da Urece buscavam mostrar que o esporte não era um fim, e
sim um meio para que pessoas com deficiência visual pudessem alcançar autonomia e cidadania", explica o gerente de Relações Institucionais, Gabriel Mayr.
Com ele concorda o primeiro e único presidente da entidade até agora, Anderson Dias, atleta do Futebol de 5 e campeão paralímpico em 2004, em Atenas: “Apesar
dos atletas de ponta, vemos o esporte como um grande veículo de integração na sociedade”, argumenta. Ele diz que a prática ajuda a ver que a deficiência
não é o fim. Muitas pessoas que chegam à instituição são superprotegidas pela família e a participação esportiva ajuda também no contato com outras realidades.
Mayr afirma ainda que o esporte traz inúmeros benefícios para pessoas com deficiência visual. “Além da melhora cardiovascular, que a prática esportiva
traz a todos, este grupo tem impacto positivo nas capacidades de orientação e mobilidade, fundamentais para o dia a dia, além de benefícios sócio afetivos,
pela participação em um grupo formado por pessoas com condições iguais/similares, experiências de vitórias e derrotas esportivas", garante Mayr. "Durante
o esporte, as emoções e as habilidades físicas são levadas ao extremo, sempre buscando melhores resultados, e as habilidades diárias são normalmente beneficiadas
por esta melhora", ressalta.
Hoje são oferecidos Futebol de 5, Goaball, Natação e Atletismo. Muita gente confunde os dois primeiros mas o Futebol de 5 é uma adaptação do futsal convencional,
enquanto o Goaball foi desenvolvido especialmente para pessoas com deficiência depois da Segunda Guerra Mundial. São mais de 50 atletas participantes,
entre homens e mulheres, com idades variando de 16 a 45 anos. Há uma sede administrativa na região central da capital carioca, enquanto as atividades esportivas
utilizam espaços de parceiros nos bairros do Caju, na Tijuca e também no centro do Rio, já que não há ainda uma sede esportiva própria.
Todas as atividades são gratuitas. O financiamento é obtido por diversas formas, com projetos via lei de incentivo, patrocínios, eventos especiais e o
"Torcedor de Primeira", campanha para pessoas físicas que queiram contribuir mensalmente com as atividades da instituição.
A entidade se orgulha de seus membros: "temos diversos atletas que participaram e participam de competições de alto rendimento. Além do Anderson, Felipe
Gomes e Jhulia Karol são medalhistas de ouro e bronze, respectivamente, no atletismo em Londres, 2012; Filippe Silvestre, medalhista de prata no Goalball,
também em Londres, além de vários atletas nas seleções", conta o gerente.
Um outro feito que Mayr gosta de destacar é a criação do primeiro time feminino de futebol para mulheres cegas. Em 2007, a Alemanha começava a desenvolver
o futebol para cegos e as equipes tinham homens e mulheres. "Pessoalmente, achei aquilo fantástico e comecei a pensar em montar equipes femininas. Em 2008,
enquanto fazia mestrado na Europa, fiz a primeira clínica de futebol para mulheres cegas na Alemanha. No ano seguinte, esse mesmo pessoal convidou a Urece
para participar de uma competição mundial e montamos nossa primeira equipe, que sagrou-se campeã com a jogadora Marta como madrinha", conta Mayr.
A equipe, infelizmente, não conseguiu continuar porque não há competições no Brasil e o futebol feminino, segundo ele, ainda é um tabu, ainda mais para
mulheres com deficiência. "Esse é um grande sonho e estamos trabalhando para dar continuidade ao esporte. Recentemente, uma equipe parceira na Argentina
criou um grupo e há mulheres jogando na Alemanha e na República Tcheca também", comenta.
Fonte: Revista Reação
MS: Projeto de lei propõe teclas em braile em máquinas de cartões para clientes cegos
Projeto de lei que obriga empresas operadoras de cartões de crédito e débito a oferecer teclas em braille a clientes cegos é avaliado na Assembleia Legislativa
de Mato Grosso do Sul.
Nessa terça-feira (30), o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB-MS), apresentou proposta que determina que empresas insiram teclas em braille e adaptem
informações
em áudio, além de aumentar as proteções laterais das máquinas de cartões, com a finalidade de garantir compras seguras à parcela de clientes com falta
de visão.
Conforme o autor do projeto, a ideia surgiu em razão do crescente uso de cartões, por comodidade e até mesmo segurança. Devido ao número de cegos no país,
a intenção é beneficiar a esse público, morador do Estado de MS. “No Brasil existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil
cegas e seis milhões com baixa visão, segundo dados do Censo 2010, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com o projeto, parte dessas
pessoas que reside no nosso Estado terá mais acessibilidade”, justificou.
Ainda segundo o parlamentar, as modificações garantirão a consumidores cegos que valores cobrados por estabelecimentos sejam os devidos, já que há casos
em que empresas se aproveitaram da condição da visão de clientes e fizeram cobranças indevidas.
Acessibilidade
Marquinhos defende que o objetivo é proporcionar a acessibilidade. “Para os deficientes visuais, essa resolução determina que os usuários tenham condições
de identificar em braille a bandeira do cartão, em campo distinto da tarja magnética, além de prever a instalação de postos de autoatendimento com circuito
sonoro e fone de ouvido, para viabilizar o acesso à senha alfanumérica de localização variável na tela”, explicou Marquinhos.
Caso aprovado, o prazo para adequações é de 180 dias.
Fonte: Correio do Estado
terça-feira, 7 de julho de 2015
Sancionada pela Presidência da República a Lei Brasileira de Inclusão
A Presidência da República sancionou, nesta segunda, 6 de julho de 2015, a Lei Brasileira de Inclusão. A aprovação dessa lei fortalece o segmento das pessoas
com deficiência e se soma a outras leis de igual importância como a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei de Cotas, que
reserva postos de trabalho às pessoas com deficiência. No dia 24 de julho, a Lei de Cotas completa 24 anos de existência (8213/91) e a Secretaria de Estado
dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo fará dupla comemoração: o aniversário da Lei de Cotas e a sanção da Lei Brasileira de Inclusão.
A aprovação da Lei Brasileira de Inclusão atende a reivindicações antigas. Nasceu equivocadamente como “Estatuto da Pessoa Deficiente”, em 2003, por autoria
do então deputado e hoje senador Paulo Paim. Após passar por várias revisões, estudos e modificações, chegou-se a uma versão que caminha na linha da Convenção
da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, cujo teor é voltado ao protagonismo, cidadania e inclusão social; o Estatuto transformou-se na Lei
Brasileira de Inclusão, também chamada pela sigla LBI. Nos últimos anos passou pelas relatorias da deputada federal, Mara Gabrilli; e do senador Romário
Faria.
Entre as várias mudanças importantes, a LBI aprova o AUXÍLIO INCLUSÃO para trabalhadores com deficiência que exerçam atividade remunerada. Entre as novas
conquistas destacam-se, ainda: 10% das outorgas de táxi para motoristas com deficiência; no campo da Saúde: o trabalhador com deficiência poderá utilizar
o FGTS para aquisição de órteses e próteses e, também, haverá proibição aos planos de saúde de praticarem qualquer tipo de discriminação em razão de sua
deficiência.
Na Educação: haverá proibição às instituições de ensino para que não cobrem mais de alunos com deficiência; reserva de 10% das vagas em instituições de
ensino superior ou técnico; e obriga o poder público a fomentar a publicação de livros acessíveis pelas editoras.
No campo da Mobilidade: reserva de 2% das vagas em estacionamentos; 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis deverão ser adaptados para
motoristas com deficiência e 10% dos carros das frotas de táxi serão adaptados para acesso de passageiros com deficiência.
A LBI também traz novidades no campo da Moradia: reserva de 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos. Na
Cultura: teatros, cinemas, auditórios e estádios passam a ser obrigados a reservar espaços e assentos adaptados. O campo do Turismo também é contemplado:
cota de 10% de dormitórios acessíveis em hotéis.
No Esporte, a Lei Brasileira de Inclusão estabelece 2,7% da arrecadação das loterias federais para o esporte. Hoje esse percentual é de 2%. Dessa parte
a ser destinada ao esporte, a LBI prevê que 37,04% devem ser repassados ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 62,96% ao Comitê Olímpico (COB). Atualmente
o CPB fica com a fatia de 15% e o COB, 85%.
A lei vai afetar diretamente o dia a dia das pessoas com deficiência: boletos, contas, extratos e cobranças deverão ser em formato acessível; elas terão
o direito de participar da política ativamente, com a garantia do direito de votar e ser votada, em igualdade de oportunidades. Também permite que pessoas
com deficiência intelectual casem legalmente ou formem união estável, entre várias outras garantias de direitos.
Na comemoração da Lei de Cotas debateremos as mudanças significativas na vida do trabalhador com deficiência. Venha comemorar conosco!!
SERVIÇO:
24º ANIVERSÁRIO DA LEI DE COTAS: AVANÇOS E CONQUISTAS COM A LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO
Data: 24 de julho de 2015
Horário: 9h30 (recepção)
Abertura com presença de autoridades: 10h00
Encerramento: às 12h00
Local: sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo
Endereço: Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10 do Memorial da América Latina - Ao lado da estação de metrô e terminal de ônibus Barra Funda
Confirme presença até 15 de julho pelo e-mail
comunic@sedpcd.sp.gov.br
– Telefone: (11) 5212.3701
fonte:secretaria dos direito da pessoa com deficiencia
Desfile de moda inclusiva e palestra da Uvesp estão confirmadas na abertura da Semana dos Deficientes
Confirmada para acontecer entre os dias 21 e 25 de setembro deste ano, a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência foi tema da reunião na última quinta-feira,
25, no Plenário da Câmara. Responsável pelos trabalhos, o vereador Júlio Lopes esteve com os organizadores da programação: Antônio José Silva Esteves,
do Conselho de Pastores do Brasil; Juliane Patrícia Antônio e Elizabete de Andrade, do Centro de Habilitação Princesa Victória; Juliana de Souza, da Organização
Não-Governamental (ONG) e Sueli Stabellini do Legislativo.
Foto do vereador e outros colaboradores. Eles estão ao redor de uma mesa onde tomaram decisões sobre a semana do deficiente.
Com apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, através do adjunto Cid Torquato, e da União dos Vereadores do Estado de São Paulo,
a Uvesp, a Câmara de Rio Claro caminha para definir a programação 2015.
Para a abertura, no dia 21, nas dependências do Shopping Rio Claro, dois itens da programação já estão definidos pelos organizadores: desfile de moda inclusiva,
com o apoio do governo paulista e palestra do diretor da Uvesp, Sebastião Misiara sobre os desafios enfrentados pelos deficientes no dia a dia.
“Neste ano, teremos também palestra sobre violência contra deficientes que será apresentada pelo coordenador de projetos da Secretaria de Estado da Pessoa
com Deficiência, Luiz Carlos Lopes”, ratificou Júlio Lopes. Nas dependências do Shopping Rio Claro também será montada a exposição itinerante do Memorial
da América Latina.
De acordo com Júlio Lopes, para que a programação possa atingir os objetivos se faz necessária a participação da comunidade, principalmente às pessoas
que trabalham no dia a dia com deficientes. “Estamos definindo a programação e a partir deste ponto vamos enviar convites para o setores públicos e privado,
escolas e comunidade em geral. Os desafios enfrentados pelos deficientes são muitos. Seja no ambiente profissional ou no momento de lazer as barreiras
seguem sólidas em alguns setores. Precisamos agir, e, a conscientização trata-se do primeiro passo”, comenta o vereador.
Fonte: site Canal Rio Claro.
Amigo – Serviço online descreve o mundo para deficientes visuais,List
Por mais independente que o deficiente visual seja, eventualmente ele precisará de ajuda para saber cores, letras ou números impressos, mas, nem todos
tem alguém que possa ou esteja disposto a ajudar, agora os DVs podem contar com a ajuda do Olho Amigo para acabar com este problema.
O Olho Amigo é um serviço online que ajuda deficientes visuais a enxergarem o mundo através dos olhos de colaboradores treinados que descrevem cores, formas,
leem texto e muito mais para os usuários, tudo via internet a qualquer hora do dia.
Esta ótima solução para as pessoas com dificuldades para enxergar foi criada pelo Portal da Deficiência Visual tendo como principal objetivo facilitar
a vida das pessoas cegas ou com baixa visão, que eventualmente previsam deste tipo deste de auxílio, e ainda ajudar a criar oportunidades de trabalhos
para pessoas que enxergam e que desejam complementar sua renda, sendo ideal para cadeirantes ou pessoas que tem dificuldades de locomoção.
Para utilizar o serviço só é preciso ter um computador ou celular com câmera que possuam acesso à internet. Em seguida é preciso contratar o serviço enviando
um e-mail para
contato@deficienciavisual.com.br.
A portir do momento da confirmação de cadastro e da contratação do serviço, os usuários interessados já
podem agendar uma hora ou mais de consultoria. Cada hora custa R$ 20 e caso o usuário fique mais de uma hora, como por exemplo uma hora e dez minutos,
serão cobrados R$ 40.
Com este serviço o deficiente visual pode receber ajuda para organizar suas roupas no armário arrumando-as pela cor, saber a validade dos produtos, ler
e organizar seus documentos, bulas ou até mesmo ler a tela do computador quando alguma mensagem estranha aparecer e muito mais, para qualquer atividade
que exija visão é possível contar com o serviço do Olho Amigo para não precisar depender do tempo e da boa vontade de amigos, familiares ou estranhos.
No mercado é possível encontrar alguns serviços do tipo pagos e gratuitos, como o Be My Eyes, sobre o qual já falamos há algum tempo cujo artigo você pode
acessar
clicando aqui.
Apesar do baixo ou zero custo, tais serviços apresentam grandes desvantagens se comparados ao Olho Amigo, uma das principais é a falta de compatibilidade
com outras plataformas, no caso do Be My Eyes, por exemplo, ele só pode ser usado em smartphones com sistema iOS e ainda só está disponível em inglês.
Comparado a estes demais serviços o Olho Amigo se mostra mais democrático e mais preparado para atender pessoas com deficiência visual, pois, possui uma
estrutura acessível a qualquer tipo de capacidade visual e ainda conta com profissionais treinados para atendê-los e auxilia-los da melhor maneira.
Para saber mais sobre o Olho Amigo e conhecer outros serviços que o Portal da Deficiência Visual oferece, acesse o site
clicando aqui
e aproveite ao máximo tudo o que o portal tem a oferecer aos deficientes visuais.
Mercado cultural de audiodescrição ganha espaço
O dia chegava ao fim quando cerca de 40 pessoas ocupavam o espaço cultural Vila Flores, em Porto Alegre. Eles se preparavam para conhecer a exposição “Este
corpo já foi meu”, da artista gaúcha Marcia Braga. A mostra, além de tátil, oferecia outro recurso: a mediação audiodescrita, técnica ainda pouco utilizada
em produtos culturais produzidos no Brasil, mas extremamente importante para cerca de 35 milhões de brasileiros que vivem com algum tipo de deficiência
visual.
A AD, como é chamada a audiodescrição, possibilita que pessoas cegas ou com baixa visão tenham acesso a filmes, peças de teatro e outros produtos culturais.
“Ela traduz as imagens em palavras e, com isso, propicia que pessoas que não enxergam frequentem eventos e consumam qualquer produto de maneira plena ou
com equiparação às que enxergam”, define Letícia Schwartz, audiodescritora e uma das fundadoras da Mil Palavras, empresa especializada em audiodescrição
de Porto Alegre.
Partiu de Marcia a iniciativa de encerrar a mostra com a mediação audiodescrita. “Queria ter feito na primeira exposição, em 2013, mas só consegui agora”,
conta. Eu conhecia as meninas da Ovni Acessibilidade Universal e procurei pelo serviço delas”, conta, se referindo à empresa das sócias Mimi Aragón e Kemi
Oshiro. Juntas, elas começaram a pensar em como se daria a mediação, acompanhada da experiência tátil.
A artista utiliza materiais como lã, linhas e cerâmica na produção de suas obras, o que as enriquece e proporciona uma experiência sensorial mais intensa.
Durante o evento, o grupo de visitantes se dividiu em três e teve acesso a uma produção cultural que, majoritariamente, ainda não pensa, não vê e não inclui
esse público.
Fotos de duas produtores de audiovisual. Atrás delas está um quadro negro.
A audiodescrição auxilia não só pessoas com deficiência visual, mas também é uma ótima ferramenta para potencializar a concentração. Por isso, eventos
audiodescritos, como a mostra tátil e o Festival de Cinema Acessível, são abertos ao público em geral. Assim, também permitem vivenciar as barreiras que
fazem parte do dia a dia de muitas pessoas. “Os brasileiros estão vivendo mais e, com a idade, perdem mobilidade, visão e audição. Então, a acessibilidade
deixa de ser um problema do outro para ser uma preocupação de todos”, afirma Mimi.
Aplicativo dá mais autonomia aespectadores com legendas descritivas
Desde o ano passado, está disponível no Brasil mais uma ferramenta que oferece audiodescrição (AD) para pessoas com deficiência visual, o MovieReading,
aplicativo desenvolvido pela Universal Multimedia Acess (Uma), da Itália, e trazido ao País pela Iguale Comunicação de Acessibilidade, empresa de São Paulo.
De acordo com Maurício Santana, diretor da Iguale, o aplicativo ainda está em fase de adoção pelas produtoras e distribuidoras de filmes no Brasil, mas
é um recurso fundamental para ampliar a inclusão. “Ao chegar ao cinema, a pessoa vai conectar fones de ouvido ao celular, abrir o aplicativo e selecionar
o filme. O princípio básico dele é fazer o reconhecimento do filme a partir do áudio inicial e começar a reprodução da AD em sincronia com o longa na tela”,
explica.
A ferramenta oferece ainda legenda descritiva e janela com língua de sinais e pode ser sincronizado também com programas de televisão, vídeos da internet
e filmes em DVD. Santana afirma que o aplicativo ainda está sendo apresentado para as empresas nacionais, mas já é amplamente utilizado em países como
Estados Unidos, Inglaterra e Itália. “Além de dar mais autonomia às pessoas que precisam de AD, ele também ganha em qualidade de áudio em comparação aos
equipamentos que são utilizados para fazer a audiodescrição ao vivo”, analisa.
A produção da audiodescrição passa por três profissionais: roteiristas, narradores e consultores. Em um filme, por exemplo, cabe ao roteirista escrever
um texto para o tempo entre as falas e que auxilie na construção das imagens. “O narrador é quem faz a locução e o consultor é, preferencialmente, um profissional
com deficiência visual que vai validar todo o trabalho feito anteriormente”, explica Letícia Schwartz, audiodescritora e uma das fundadoras da Mil Palavras.
Além de Letícia, a Mil Palavras conta ainda com a consultoria da professora Marilena Assis e do psicólogo André Campelo, que conheceu a audiodescrição
depois de um dia no caótico e inacessível Centro de Porto Alegre. “Foi uma descoberta que nasceu com muitas barreiras no Centro e culminou com um filme
com audiodescrição à tarde”, relembra Campelo. Marilena avalia que a experiência que tem com a educação contribuiu para o aprendizado da nova profissão.
“Hoje, tenho um conhecimento mais técnico, um aprendizado que é nosso, que a deficiência nos dá”, afirma ela.
O tempo estimado para a produção de um filme com AD é de 20 dias. Já para o teatro, o ideal é acompanhar a produção até dois meses antes da apresentação.
“Na prática, sempre trabalhamos com um número menor de dias, mas precisamos de um tempo paramergulhar naquele produto e entender o que eles querem com
aquilo e, principalmente, qual é o público alvo”, explica Kemi Oshiro. Mimi Aragón, sócia de Kemi na Ovni Acessibilidade Universal, destaca o potencial
de consumo de pessoas que vivem com algum tipo de deficiência: “qual empresário não está interessado em um público de 45 milhões de pessoas?”, questiona.
A jornalista e consultora em audiodescrição Mariana Baierle, que conhece de perto os entraves vividos por deficientes visuais, lamenta a escassa variedade
de produtos. “Ainda estamos presos a algumas sugestões porque não somos vistos como pessoas que querem ter acesso a filmes, DVDs, vídeos. Mas queremos
e podemos pagar por isso”, defende Mariana.
Porto Alegre está entre os principais polos nacionais de consumo do recurso
Aos poucos, a audiodescrição começa a ganhar espaço. Apesar de um número ainda baixo de produtos com o recurso, Porto Alegre é um dos polos nacionais que
mais aposta na área, junto com São Paulo e Recife. O cinema tonou-se a área que mais investe no recurso. No ano passado, a Agência Nacional de Cinema (Ancine)
determinou que todos os filmes e demais produções audiovisuais aprovadas desde 18 de dezembro de 2014 e financiados com recursos públicos incluam legenda
descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinas (Libras).
A Ovni Acessibilidade Universal, empresa das sócias Kemi Oshiro e Mimi Aragón, sente os reflexos da decisão, que fez com que o mercado crescesse. “A lógica
se inverteu. Costumávamos ir em busca das produtoras, e agora são elas que batem na nossa porta”, destaca Mimi. Para Kemi, a obrigatoriedade, além de atrair
mais produtores, oportuniza que as pessoas com deficiência possam ter o direito de escolha. “Nem todo mundo dito ‘normal’ gosta de cinema, frequenta museu
e teatro, mas por que essas pessoas podem escolher ter acesso ao produto ou não enquanto outros não podem?”
Uma das iniciativas que tem atraído a atenção do públido é o Festival de Cinema Acessível, idealizado pelo Estúdio Som da Luz. A mostra se encerra nesta
sexta-feira, dia 3, com a exibição do filme Tropa de Elite, na Casa de Cultura Mario Quintana. No dia 19 de junho, o público pôde conferir outro dos cinco
títulos nacionais que formaram a programação. A exibição oferece, além da audiodescrição, os recursos de tela com libras e legenda.
Sidnei Schames, sócio do Som da Luz, diz que a ideia surgiu da percepção de uma carência de produtos culturais acessíveis na cidade. “Estamos trabalhando
para a criação deste nicho, mas é bem difícil, já que ‘esconder’ as pessoas com deficiência é algo cultural e ainda muito forte”, aponta, ao destacar que
24% da população do Estado vive com alguma deficiência. Schames observa que todas as sessões tiveram a sala de cinema lotada: 126 espectadores na primeira
e 122. na segunda. “A terceira ocorreu em um dia de muita chuva e, mesmo assim, tivemos 82 pessoas na sala”, comemora.
O projeto inicial contava com 12 filmes, porém, só foi possível obter patrocínio para cinco. “Temos mais sete títulos que precisam de apoio de empresas
para serem exibidos”, aponta a jornalista Mariana Baierle, que é colaboradora do festival e consultora em AD. Mariana, que é deficiente visual, consegue
dar uma colaboração mais efetiva ao avaliar se a audiodescrição oferece todos os recursos para a construção do imaginário presentes no filme. “A oferta
de produtos com AD ainda é muito restrita, mas esse festival prova que iniciativas podem acontecer na prática”, avalia.
Universidade abre curso de especialização voltado à área
A Universidade Federal de Juiz de Fora (Ufjf), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) oferece o primeiro
curso de Especialização em Audiodescrição. A primeira turma do curso está formando profissionais de todo o Brasil, que estão aptos a ampliar o conhecimento
e a importância do recurso.
A pós-graduação é coordenada pela especialista em audiodescrição Lívia Motta, que ministra cursos sobre a ferramenta desde 2005. Lívia também organizou,
junto com Paulo Romeu Filho, a obra Audiodescrição: transformando imagens em palavras, primeiro livro sobre o assunto lançado no Brasil. Mais 100 novas
vagas para a formação estarão disponíveis no segundo semestre deste ano.
As empresárias Letícia Schwartz, da Mil Palavras, e Kemi Oshiro, da Ovni Acessibilidade Universal, e a professora e consultora Marilena Assis estão cursando
a pós-graduação, que é semipresencial. “Essa é a primeira possibilidade de capacitação acadêmica para o audiodescritor. Até então, a formação dependia
de cursos de extensão ou da iniciativa pessoal de quem quisesse trabalhar na área”, aponta Letícia, que é formada em Artes Cênicas e que começou na profissão
por conta própria.
Fonte: site Jornal do Comércio por Luana Casagranda – Foto: ANTÔNIO PAZ/JC.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Audiodescrição já está valendo para as Tvs do Brasil
O recurso da audiodescrição terá que estar disponível por meio da função SAP
Pouca gente sabe, mas no dia 1º de julho de 2015, completou-se quatro anos de vigência dos artigos da Portaria 188 do Ministério das Comunicações, referentes
à obrigatoriedade das emissoras de televisão aberta veicularem parte de sua programação com o recurso da audiodescrição – uma luta que já foi destaque
neste
artigo do Saúde Visual. À partir deste dia, em cumprimento a uma portaria publicada pelo Ministério das Comunicações em 2006, as empresas geradoras (as
chamadas cabeças de rede) terão que veicular o mínimo exigido de programas com este recurso.
O prazo para que as emissoras se adaptem e cumpram a determinação já tinha sido prorrogado duas vezes pelo próprio ministério, que, desta vez, não permitiu
novos adiamentos, segundo a diretora do Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica do ministério, Patrícia Brito
de Ávila. Ainda assim, ela admite que, no primeiro momento, nem toda a população será beneficiada pela medida, já que o sinal digital ainda não está disponível
em todas as cidades brasileiras. Detalhe importante: as emissoras têm prazo até 2016 para migrar para a tecnologia digital.
Audiodescrição, como o próprio nome sugere, é uma narrativa que descreve os sons, elementos visuais e quaisquer informações necessárias para que um deficiente
visual consiga compreender o que se passa na tela. Segundo a portaria, este recurso terá que estar disponível por meio da função SAP (do inglês Programa
Secundário de Áudio). Além da audiodescrição, programas transmitidos em outros idiomas, como filmes estrangeiros, terão que ser integralmente adaptados,
com a dublagem das conversas ou da voz do narrador. As legendas ocultas (Closed Caption), que já são usadas para permitir que deficientes auditivos acompanhem
os programas, continuarão sendo obrigatórias.
A aplicação deste recurso, que já é comum em vários países, vai garantir que uma parcela significativa da população compreenda integralmente um programa
de TV. Além disso, a técnica também já vem sendo utilizada em espetáculos teatrais, cinemas, óperas, exposições e em eventos esportivos como as duas últimas
Copas do Mundo de Futebol. No Brasil, um bom exemplo é o festival bienal de filmes sobre deficiência Assim Vivemos, que, desde 2003, só exibe produções
que contem com o recurso adicional.
Segundo o diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodolfo Machado Moura, apesar de ainda terem muitas
dúvidas sobre o recurso, as empresas de TV vão cumprir o prazo inicial. O problema, para ele, serão as próximas etapas, já que a meta do governo é que,
em dez anos, todas as emissoras geradoras e retransmissoras de radiodifusão em sinal digital do Brasil exibam, no mínimo, 20 horas semanais de programas
audiodescritos.
Há mais de um ano, no dia 30 de junho de 2011, os espectadores cegos foram informados pela imprensa e pela internet quais programas haviam sido selecionados
por algumas emissoras para a disponibilização do recurso. Segundo informações do
Blog da Audiodescrição,
o SBT é a única emissora que está veiculando a audiodescrição tanto pelo sistema analógico quanto pelo sistema digital de televisão. A MTV iniciou as transmissões
da audiodescrição com o programa "Comédia MTV", mas sem divulgar a disponibilidade da audiodescrição nesse programa para os espectadores cegos, tanto pelo
próprio canal quanto por seu site.
Já a Rede Globo elegeu os filmes exibidos no Temperatura Máxima e Tela Quente para iniciar a veiculação de audiodescrição, tendo sido a única que usou
o próprio canal de televisão para informar oficialmente seus espectadores através do programa dominical “Fantástico”. Mesmo antes do início da vigência
da Portaria 188, a TV Brasil já apresentava regularmente o Programa Especial, com audiodescrição, legendas e libras. A Rede Bandeirantes, a TV Cultura,
a TV Gazeta, a TV Aparecida, Mega TV, Canal 21, RIT TV, Rede Vida, Record News, NGT Digital, TV Câmara, são algumas das emissoras que já transmitem pelo
sistema digital na cidade de São Paulo e ainda não iniciaram a transmissão de programas com audiodescrição.
Portanto, praticamente todas as emissoras que já iniciaram a transmissão regular de auAudiodescrição já está valendo para as Tvs do Brasil
diodescrição definiram quais programas conteriam o recurso. Porém,
exceto algumas exceções, não se preocuparam em divulgar e informar amplamente os espectadores que precisam do recurso por seus próprios meios.
Por estas e outras, o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Moisés Bauer Luiz, que também preside a
Organização Nacional de Cegos do Brasil, assegura que a portaria não satisfez os movimentos sociais, tendo ficado aquém das expectativas de quem lutava
pela aprovação da obrigatoriedade. Mas, para ele, pode se “considerar uma vitória garantir a transmissão com audiodescrição de ao menos duas horas semanais”,
mesmo que cinco anos após a publicação da Portaria original.
(Fonte:
Blog da Audiodescrição)
Três produções totalmente acessíveis da TV Cultura são finalistas do Festival comKids - Prix Jeunesse Iberoamericano 2015
Personagens da Vila Sésamo
Que Monstro te Mordeu?, Quintal da Cultura e Incluir Brincando foram selecionados concorrem no festival.
Três produções da TV Cultura estão entre os finalistas do Festival comKids - Prix Jeunesse Iberoamericano 2015. São eles: Que Monstro te Mordeu?, Quintal
da Cultura e Incluir Brincando, da Vila Sésamo.
O projeto transmídia Incluir Brincando, produzido em parceria com a Vila Sésamo, concorre nas categorias Audiovisual (Não ficção até 6 anos: Brincadeiras
Inclusivas) e sites. Direcionado à inclusão de crianças com deficiência por meio da conscientização do direito de brincar de forma segura e inclusiva,
todos os vídeos contam com interpretação em Libras, recurso de audiodescrição e closed caption, mais a participação de uma boneca cadeirante.
Que Monstro te Mordeu? foi selecionado na categoria Ficção de 7 a 11 anos. Na série de Cao Hamburger, realizada pelo SESI-SP e pela TV Cultura, toda vez
que uma criança desenha um monstro ele ganha vida no Monstruoso Mundo dos Monstros, provocando caos e confusão por onde passa.
Já o programa Quintal da Cultura foi selecionado na categoria Ficção até 6 anos com a série semanal Histórias de Papel. Com 13 episódios por temporada,
a atração traz histórias curtas contadas pelos personagens do infantil, utilizando papel.
O Festival será realizado entre os dias 17 e 21 de agosto, no Sesc Consolação e no Goethe-Institut, em São Paulo.
Alexani Barbosa
Assessor de Comunicação Pleno
55 (11) 2182-3543
Fundação Padre Anchieta
Centro Paulista de Rádio e TV Educativas
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Minas Gerais: Quadro de inclusão para pessoas com deficiência é destaque na Record
Desde que se tornou cadeirante, o belo-horizontino Thiago Helton, de 26 anos, milita pelos direitos das pessoas com deficiência. A experiência, então,
fez com o estudante de jornalismo que fosse convidado para comandar o “Faça Parte”, quadro do “Balanço Geral”, da Rede Record, que vai ao ar às quartas.
A exibição tem por objetivo mostrar à sociedade as dificuldades que as pessoas com deficiência têm na luta pelos seus direitos. “Não se trata de um quadro
apenas para explorar denúncias e reclamações, mas sim de um espaço para questionarmos se os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência estão sendo
respeitados”, diz.
Para o apresentador, o quadro faz com que o telespectador entenda essa realidade. “É um meio para se quebrar paradigmas e desfazer mitos que envolvem as
pessoas com deficiência”, comenta Helton.
Leia a entrevista completa com Thiago Helton
O Tempo - Como surgiu o convite para apresentar o quadro no Balanço Geral?
Thiago Helton - A Record Minas procurava algo inovador para tratar da temática da inclusão das pessoas com deficiência. Creio que queriam alguém que entendesse
dessa realidade e fosse capaz de transmiti-la para o público. É um tema que eu já dominava, por viver isso em virtude da minha deficiência (tetraplegia
incompleta), além de eu estar me formando em Direito. Ademais, eu já levantava essa bandeira na Comissão de Acessibilidade da PUC Minas (campus do Barreiro),
dentro do TJMG através do processo judicial eletrônico (PJe), como ferramenta de inclusão para servidores e advogados com deficiência, além das palestras
e participações em matérias inclusivas dentre outras atividades, que eu tenho publicadas, nas redes sociais e blogs acerca dos interesses das pessoas com
deficiência.
O Tempo - Como é o quadro?
Thiago Helton - O ideal do quadro "Faça Parte" é mostrar a realidade das pessoas com deficiência através de uma abordagem inclusiva. Não se trata de um
quadro apenas para explorar denúncias e reclamações. Mas sim de um espaço para questionarmos se os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência estão
sendo respeitados. Mostramos as dificuldades que essas pessoas, assim como eu, enfrentam. Se houver violação de direitos ou garantias das pessoas com deficiência,
o "Faça Parte" não só registra, como apresenta ainda o caráter educativo, informando ao público o dispositivo legal pertinente. E claro, sempre envolvemos
histórias de superação que na maioria das vezes acompanham a vida de tantas pessoas com deficiência na simples luta por dignidade em seu dia a dia.
O Tempo - Como tem sido a participação do público?
Thiago Helton - As pessoas têm recebido de forma bastante positiva e motivadora, pois é uma nova abordagem sobre o tema. Acredito que em TV aberta, nos
moldes do Faça Parte, a Record Minas seja pioneira neste tipo de jornalismo inclusivo. Por isso contamos cada vez mais com o apoio e participação do público
interessado.
O Tempo - Por que é importante ter um cadeirante à frente do programa, e não outra pessoa falando por vocês?
Thiago Helton - Não apenas o fato de eu me locomover por cadeira de rodas. Mas se tem alguém que pode falar com propriedade sobre o que vivemos, são as
próprias pessoas com deficiência. A abordagem fica mais precisa, pois nós entendemos a luta que vivemos e os desafios que superamos diariamente.
O Tempo - O que pode ser mudado na vida dessas pessoas com o quadro?
Thiago Helton - Vejo o "Faça Parte", acima de tudo, como uma grande ferramenta de mudança cultural. Um meio para se quebrar paradigmas e desfazer mitos
que envolvem as pessoas com deficiência. Através deste espaço, nós podemos semear, além da informação, uma educação inclusiva, provocar reflexões reais
sobre a realidade que vivemos, viabilizar o questionamento de diretos, além de motivar pessoas. Principalmente dentro de um programa completo como é o
"Balanço Geral MG", um dos programas mais queridos dos mineiros.
O Tempo - Qual são as dificuldades que você enfrenta no seu a dia a dia?
Thiago Helton - Bom, eu encaro diariamente toda essa realidade que temos mostrado no "Faça Parte". A mobilidade urbana insuficiente e, às vezes, precárias,
dificuldade de encontrar locais adaptados para cultura e lazer, o desrespeitos às vagas preferenciais e aos espaços destinados a pessoas com deficiência.
Além da necessidade de ter que me superar todos os dias, eu tenho o dever de contribuir para uma mudança de mentalidade da sociedade no que tange a inclusão
das pessoas com deficiência. Mas de maneira sempre positiva, em busca de condições de uma vida melhor não só para mim, mas para toda a comunidade de pessoas
com deficiência.
O Tempo - O termo certo cadeirante ou deficiente físico?
Thiago Helton - Na verdade nem um, nem o outro. O termo mais adequado é pessoa com deficiência, que é a terminologia adotada pela Convenção Internacional
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, sendo que o Brasil é signatário deste Tratado desde 2008. O termo cadeirante também é bem comum e aceito
pela grande maioria das pessoas com deficiência. O termo deficiente físico acaba sendo usado erroneamente, pois este é apenas um tipo de deficiência, sendo
que além da física, existem outras como a deficiência visual, auditiva e a mental . Vale lembrar que, ao contrário do que muita gente pensa, termos como
portador de necessidades especiais não são nada bem-vindos e são totalmente rejeitados por nós, pessoas com deficiência.
O Tempo - Tem seis anos que você é cadeirante? Como aconteceu?
Thiago Helton - Há seis anos que estou no quadro de tetraplegia incompleta e consequentemente cadeirante. Fui vítima de atropelamento no dia 20 de novembro
de 2008, quando eu saia para trabalhar e fui atingido por veículo no acostamento de uma rua na região do Cardoso, em Belo Horizonte. O meu pescoço quebrou
ao meio entre a quarta e a quinta vértebra o que fez com que eu perdesse o movimento de quase todo o corpo do pescoço para baixo.
Fonte: O Tempo
Após ter 1º lugar em concurso, mulher com deficiência é declarada inapta
Uma mulher com deficiência na perna, aprovada em 1º lugar no concurso público para trabalhar na Central de Abastecimento (Ceasa) de Campinas (SP) não conseguiu
assumir o cargo. Cristiane Giraldi Nery deveria trabalhar em uma das vagas destinadas às pessoas com deficiência. Ela passou por perícia para atestar a
sua condição e foi considerada apta pelo médico indicado pela Ceasa. No entanto, uma reavaliação tirou dela a chance de assumir o cargo.
A mudança aconteceu enquanto a candidata aprovada, de 54 anos, aguardava ser chamada para assumir a função de conferente na Ceasa. Segundo ela, todos os
documentos solicitados pela empresa, como laudos médicos e exames, foram enviados. Cristiane ligou para saber da admissão, foi chamada e se surpreendeu
com o posicionamento da empresa.
"Cheguei no departamento e fui obrigada a assinar um memorando atestado pelo mesmo médico que me aprovou nos exames. O documento dizia que eu estava inapta
para o serviço e que a Ceasa chegou à conclusão de que a ocupação iria me prejudicar pois teria que conferir cargas e subir em caminhões. Isso é muito
injusto", lamenta Cristiane.
De acordo com a Ceasa, ao ser convocado, o candidato deve submeter-se à perícia médica, a ser realizada por uma junta médica oficial, que definirá o enquadramento
de sua situação como deficiente, atestando a sua compatibilidade com os requisitos e atribuições do emprego.
Vagas teriam que ser especificadas
A Defensoria Pública de Campinas foi consultada pelo G1 sobre o caso da candidata. Para a defensora Renata Tibyriçá, que analisou o edital, as instruções
para o concurso devem indicar quais vagas podem ser assumidas por pessoas com deficiência, especificando qual problema cabe para cada função, além dos
requisitos para os cargos.
"O edital [da Ceasa] prevê vagas para pessoa com deficiência no limite constitucional, mas não indica quais delas e suas exigências", afirma a defensora.
"Tenho prótese no joelho esquerdo por encurtamento de membro, me inscrevi como deficiente e passei em primeiro lugar para o cargo de conferente. No edital
não havia nenhuma restrição ao trabalho", explica a candidata Cristiane.
A profissional afirma já ter trabalhado em almoxarifado, por isso não teria problemas em exercer o cargo de conferente. "O médico me atestou como apta
e depois mudou de ideia?! Eu estou muito chateada, até procurei a empresa responsável pela inscrição, mas me informaram que a responsabilidade é toda da
Ceasa", diz.
Contradição sobre exames.
Ao se inscrever no concurso público da Ceasa, o candidato com deficiência precisa apresentar um laudo médico que comprove a restrição. Cristiane apresentou
o documento e, após a aprovação no concurso, foi encaminhada a uma empresa contratada pela Ceasa, que realiza o exame admissional.
"No exame admissional, o médico mal tocou em mim, olhou minha radiografia, o laudo do meu médico particular e me aprovou. Um mês depois, quando fui chamada,
recebi o memorando".
A Ceasa informou que, para a admissão, o médico recebe todas as descrições de cargos a serem contratados. Entretanto, no caso de Cristiane, a descrição
do ambiente foi passada posteriormente pelo gerente do departamento, diante das limitações apresentadas pela própria candidata.
De acordo com a central de abastecimento, não há obrigatoriedade, por lei, da descrição do ambiente de trabalho. Mas o candidato pode conhecer o local
previamente, caso queira. Especialmente no caso da concursanda, segundo a empresa, houve uma discrepância entre limitações e ambiente de trabalho, motivo
pelo qual foi requerida nova avaliação.
Cargo difícil
A Ceasa confirmou que, para o cargo, há necessidade de subir e entrar em caminhões, fazer longas caminhas entre um estoque e outro, subir no próprio estoque
e ficar em pé o tempo todo. Segundo a empresa, pessoas com necessidades especiais jamais deixaram de ser incluídas, e no concurso 01/2014, dois candidatos
deficientes foram aprovados e integram o quadro de funcionários do Ceasa.
Para a defensora Renata Tibyriçá, o concursando assume um risco ao prestar o concurso que não apresenta tantas especificações. "Está claro que a vaga exige
o uso da força física. A Cristiane foi enganada por essas falhas de edital, achou que seria apta, mas não estava", afirma a defensora.
A Ceasa afirmou que não fará mudanças nos próximos editais e que todos os candidatos tiveram tempo para apresentar suas impugnações junto à empresa responsável
pela elaboração e aplicação do concurso. Informou, também, que cumpre a legislação vigente.
Ação judicial
O edital é a lei do concurso público. "Ele deve indicar as adaptações do cargo, da prova, e se uma pessoa se sentir prejudicada, ela deve procurar a defensoria
pública ou um advogado e entrar com uma ação judicial", explica a defensora pública.
No entanto, segundo ela, caso a justificativa para a negativa da aprovação não exista ou não seja clara, o concursando pode tomar providências administrativas
e pedir a revisão do exame.
No caso de Cristiane, a defensora afirma que, assim como qualquer outro caso, o problema deve ser tratado particularmente. "É preciso analisar as documentações,
que são elementos de prova, saber a razão da negativa. Se a candidata se sentir prejudicada por essas falhas, ela pode entrar com um pedido judicial de
danos morais na Justiça", explica.
Fonte: G1
Primeira mulher sem braços a conseguir uma licença para pilotar
Ela nasceu sem braços, mas isso não impediu Jessica Cox de ter grandes conquistas em seu nome.
Conquistas como ser o primeiro sem braços faixa-preta no American Taekwon-Do Association e, mais recentemente, primeiro piloto licenciado sem braços do
mundo.
Foto da mulher que não tem os braços e ganhou licença para pilotar avião. Ela está usando um vestido azul da mesma cor do avião que está atrás dela.
Em 10 de outubro de 2008, ela ganhou sua licença de piloto, depois de três anos de treinamento, e foi qualificada para pilotar um avião leve à altitude
de 10.000 pés. Jessica recebeu seu treinamento de vôo por meio de uma bolsa de estudos.
Pela primeira vez, ela voou em um monomotor via Wright Flight. O avião em que ela voou é chamado de Ercoupe e é um dos poucos aviões a serem feitos e certificados
sem pedais. Sem pedais Jessica é livre para usar seus pés como mãos no leme. Ela levou três anos, em vez dos habituais seis meses para concluir sua licença.
Ela praticou 89 horas de vôo e se tornou o primeiro piloto sem braços.
Nascida em 1983 no Arizona, Cox tem bacharel em Psicologia pela Universidade do Arizona. Ela usa seus pés para fazer as coisas como a maioria das pessoas
usam suas mãos, como dirigir um carro (ela tem uma licença irrestrita e dirige um carro sem modificações), digitar (25 palavras por minuto), ou colocar
e remover suas lentes de contato. Ela também é uma ex-dançarina, tem certificado para mergulhar e é uma palestrante motivacional internacional.
É difícil descrever a inspiradora história dessa garota maravilhosa. Por isso, deixamos vocês agora com esse vídeo:
Clique aqui para ter acesso ao vídeo
Fonte: site Razões para acreditar.
sábado, 4 de julho de 2015
Atletas paralímpicos participam do lançamento da Tocha Olímpica Rio-2016, em Brasília
Os atletas paralímpicos Iranildo Espíndola, Bruno Braga e Joyce de Oliveira, do tênis de mesa, Natalya Mayara Azevedo, do tênis em cadeira de rodas, e
Antônio Delfino, Herói Paralímpico do atletismo, acompanharam ao vivo, como convidados, o lançamento da Tocha Olímpica Rio-2016, realizado em Brasília,
nesta sexta-feira, 3.
O evento contou a presença da presidenta Dilma Rousseff e de outras autoridades do governo e do Comitê Organizador Rio-2016. O presidente do CPB, Andrew
Parsons, também estava presente como convidado. Vale ressaltar que a Tocha Paralímpica terá seu próprio
revezamento
e ainda será lançada.
“É sempre emocinante participar de eventos relacionados aos Jogos. Este é um momento histórico para o país. Ao ver a Tocha, me veio a cabeça muitas lembranças.
Dá saudades de competir”, comentou Delfino, medalhista paralímpico nos Jogos Paralímpicos de Sydney-2000 e de Atenas-2004.
A Tocha Olímpica apresentada nesta sexta-feira busca refletir o encontro da tradicional chama Olímpica com o calor humano do povo brasileiro nos primeiros
Jogos Olímpicos e Paralímpios da América do Sul.
A cerimônia reiterou o compromisso de envolver a população com os Jogos e levar o espírito Olímpico a todo o país. Também foi confirmado que a jornada
da chama Olímpica no Brasil começará pela capital Brasília, onde chegará em data ainda a ser decidida, entre abril e maio de 2016. Ao todo, o Revezamento
da Tocha Olímpica percorrerá cerca de 300 cidades de todos os estados do Brasil.
O desenho foi o resultado de um processo de seleção nacional com 76 inscritos que culminou na reunião de uma Comissão Julgadora multidisciplinar, formada
por 11 membros reconhecidos por sua experiência na criação de produtos ou por seu destaque no Movimento Olímpico.
A comissão elegeu por unanimidade a agência de design Chelles & Hayashi, de São Paulo, fundado há 21 anos por Gustavo Chelles e Romy Hayashi. Depois de
selecionado, o projeto vencedor foi refinado em parceria com o Comitê Organizador Rio 2016.
O revezamento
Serão cerca de 12.000 condutores da tocha, que carregarão a chama Olímpica por cerca de 300 cidades dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal,
entre 90 e 100 dias. O encerramento será em 5 de agosto de 2016, quando o último condutor acenderá a Pira Olímpica durante a cerimônia de abertura dos
Jogos, no Estádio do Maracanã.
Cada Tocha – produzida com alumínio reciclado e resina, e acabamento acetinado – pesa entre 1kg e 1,5kg, medindo 63,5cm quando fechada e 69cm de altura
quando aberta. Materiais mais leves e um desenho que induz a pega mais próxima ao centro de gravidade do modelo foram adotados para tornar a experiência
de cada um dos 12,000 condutores a melhor possível.
Ao longo dos próximos dois meses, o Comitê Organizador dos Jogos e os Patrocinadores Oficiais do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 – Coca-Cola, Nissan
e Bradesco – anunciarão suas campanhas públicas para selecionar os privilegiados condutores da Tocha Olímpica.
O comboio do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 deverá visitar 500 cidades (cerca de 300 receberão o Revezamento da Tocha Olímpica e outras 200 saudarão
a passagem do comboio com a chama exposta).
Com a soma da população desses municípios, o encontro da tradicional Chama Olímpica com o calor humano do povo brasileiro vai alcançar em torno de 90%
da população do país nos 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (
imp@cpb.org.br)
Áreas turísticas terão calçadas acessíveis e seguras - em São Paulo
O entorno do estádio Itaquerão, uma das sedes dos jogos da Copa 2014, também ganhará calçadas acessíveis
A Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social e já foi considerada a mais inclusiva
das Américas por fazer com que o Estado assuma a responsabilidade pela pessoa com deficiência. Ainda assim, quase metade das cidades brasileiras não tem
estrutura de acesso para pessoas com deficiência nos prédios de suas prefeituras.
Este é o resultado da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros feita e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo
os números divulgados, 42,6% das cidades dizem não ter nenhum dos 13 itens listados e apenas 3,8% apresentam seis ou mais deles. Dos 5.564 municípios brasileiros,
apenas 3.195 declararam ter alguma estrutura para deficientes.
Para mudar este quadro, a prefeitura de São Paulo anunciou que as calçadas da rua da Consolação, rua Maria Antônia, da região da 25 de Março, do Mercado
Municipal e do Parque do Ibirapuera iriam passar por reformas, bem como outros quatro locais, ainda não definidos, que seriam enquadrados no conceito de
“rota acessível”. E isso deveria ter sido entregue até julho de 2014. As calçadas terão interligação com transporte público acessível e serão instalados
semáforos sonoros e rampas de acesso a cadeirantes.
Outra região que estava nos estudos para ganhar novas calçadas é o entorno do estádio Itaquerão, uma das sedes dos jogos da Copa 2014, que fica situado
na zona leste da cidade.
O recurso total é de R$ 19,5 milhões, repassados do Ministério do Turismo para a Prefeitura de São Paulo. No plano de metas da gestão, o prefeito Fernando
Haddad se comprometeu a tornar acessível 850 mil m² de calçadas.
Esperávamos que este fosse o primeiro passo de uma caminhada em prol da acessibilidade e que sirva de exemplo para outras cidades, mas não foi desta vez.
Afinal, a já mencionada Lei 7.853, por seu conteúdo que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social, já foi considerada
a mais inclusiva das Américas ao fazer com que o Estado assuma a responsabilidade pela pessoa com deficiência. Ainda assim, no Brasil, este assunto só
começou a ser realmente debatido nos últimos dez anos.
Segundo Teresa Costa d’Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), “a pessoa com deficiência, no Brasil,
vive uma situação de não cidadão” já que o país não garante a esta população os direitos básicos – o de ir e vir, a possibilidade de locomoção, o acesso
à escola e ao trabalho.
(Fonte: Folha de São Paulo)
Secretaria celebra o 24º aniversário da Lei de Cotas: protagonismo e cidadania às pessoas com deficiência
A Lei de Cotas – nº 8213/91 -, que reserva postos de trabalho às pessoas com deficiência em empresas com mais de 100 colaboradores, comemora seu 24º aniversário
no próximo dia 24 de julho. Há muito a comemorar! E a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo convida para, juntos, no
dia 24 de julho, sexta-feira, a partir das 9h30, celebrarmos a existência desta importante lei, que possibilita aos trabalhadores com deficiência o acesso
a bens, produtos e serviços, alçando-os ao patamar de cidadãos produtivos e consumidores.
A comemoração será na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, à avenida Auro Soares de Moura Andrade, portão
10 do Memorial da América Latina, ao lado do metrô Barra Funda, com a presença de representantes de instituições e empresas, profissionais da área, trabalhadores
com deficiência e autoridades. Todos estão convidados.
Será também uma oportunidade para a Secretaria prestar uma homenagem póstuma a uma personalidade que dedicou sua vida ao emprego e inserção profissional
das pessoas com deficiência e faleceu recentemente: Carmen Leite Ribeiro Bueno, da Sorri Brasil.
O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de estudar são a mola-mestra da inclusão social de todo cidadão, com e sem deficiência. A Declaração Universal
dos Direitos Humanos, a Constituição Brasileira e a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência estabelecem que todas as pessoas devem
ser tratadas de forma igualitária, sem discriminação, independentemente de sua condição física, mental, intelectual ou sensorial.
A Lei Federal 8.213/91, que dispõe sobre planos de benefícios da Previdência Social, em seu artigo 93, reserva uma cota de vagas para pessoas com deficiência
e/ou reabilitadas em empresas com mais de 100 colaboradores. A quantificação obedece o seguinte percentual: de 100 a 200 empregados, 2%; de 201 a 500,
3%; de 501 a 1000, 4%; e acima de 1.001 empregados, 5%.
Uma empresa com 100 funcionários deve reservar apenas duas vagas para trabalhadores com deficiência. Esse percentual irrisório ainda é rejeitado e descumprido
pelos empresários que ainda não entenderam e absorveram o benefício da diversidade em seu meio corporativo.
A comemoração do aniversário da Lei de Cotas é uma oportunidade para destacarmos que a dignidade de todas as pessoas passa pelo campo do trabalho e as
pessoas com deficiência, a exemplo das demais, devem ter a mesma oportunidade de participar da construção econômica e produtiva da sociedade.
PARTICIPE DESTA IMPORTANTE CELEBRAÇÃO! CONFIRME PRESENÇA ATÉ O DIA 15 DE JULHO PELO E-MAIL
comunic@sedpcd.sp.gov.br
– Fone: (11) 5212.3701
SERVIÇO
Celebração do 24º aniversário da Lei de Cotas
Data: 24 de julho de 2015
Horário: 9h30 (recepção)
Abertura com presença de autoridades: 10h00
Encerramento: às 12h00
Local: sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo
Endereço: Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10 do Memorial da América Latina - Ao lado da estação de metrô e terminal de ônibus Barra Funda
Confirmação até 15 de julho pelo e-mail
comunic@sedpcd.sp.gov.br
Telefone: (11) 5212.3701
ESTÃO TODOS CONVIDADOS!!
fonte:secretaria dos direito da pessoa com deficiencia
sexta-feira, 3 de julho de 2015
TagPoint. A Informação que você quer, quando você precisa, onde você estiver com acessibilidade.
TagPoint dá maior liberdade aos deficientes visuais através da tecnologia beacon e o aplicativo gratuito
TagPoint dá maior liberdade aos deficientes visuais através da tecnologia beacon e o aplicativo gratuito
A TagPoint, uma empresa brasileira, criou um aplicativo gratuito para celulares que está transformando a vida dos deficientes visuais. Um pequeno e poderoso
dispositivo, chamado beacon, comunica-se automaticamente com smartphones. Este beacon, colocado numa rua, numa loja, numa escada ou em qualquer outro local,
sabe
que o deficiente está chegando e envia um conteúdo de voz para ele.
A pessoa que não enxerga, poder ouvir através do seu telefone o nome da rua por onde ela está passando, qual o nome do restaurante ou da loja que ela está
em frente, e ainda saber se há uma promoção ali? Foi isso que a TagPoint fez: criou uma forma de tudo se comunicar com as pessoas.” – destaca Vitor Loreto,
CEO da empresa.
Neste projeto, que visa a melhoria da sociedade, não há fins lucrativos. O custo do aparelho é de apenas R$99,00, o que paga seus custos de produção. “Queremos
fazer a diferença e este projeto tem nos trazido muito orgulho, ainda mais que a primeira beneficiada foi uma amiga de infância, que perdeu a visão há
menos de dois anos!” – complementa o criador da tecnologia.
fonte:turismo adaptado
Praças de alimentação com lugares para idosos, gestantes e deficientes
Reserva garantida por lei equivale a 5% das mesas e cadeiras. Todos os empreendimentos deverão cumprir a legislação.
Todas as praças de alimentação dos shoppings centers e galerias em Sorocaba precisam ter 5% de mesas e cadeiras reservadas para idosos, pessoas com deficiência
e gestantes. Esses lugares devem, ainda, ser identificados por avisos ou características que os diferencie dos assentos destinados ao público em geral,
conforme também especifica a Lei Municipal nº 10.875, em vigor desde 23 de Junho de 2014.
A Área de Fiscalização da Secretaria da Fazenda (SEF) informa que, a partir da publicação do edital nº 27/2015, na edição do último dia 29 de maio do jornal
“Município de Sorocaba”, todos os empreendimentos estão formalmente notificados a cumprir a determinação. Segundo o chefe da Seção de Fiscalização de Publicidade
e Propaganda da Área de Fiscalização da Prefeitura, Gláucio Ouchar, a partir da vigência da lei nº 10.875/2014, os empreendimentos tiveram 180 dias para
realizar todas as adaptações exigidas na legislação.
A mesma lei especifica que, prevendo casos de lotação, os restaurantes, lanchonetes, bares e similares deverão dispor de espaço de espera adequado protegido
do sol e chuva, com assentos e condições necessárias para o conforto da pessoa com deficiência física, idosos e gestantes. A lei também especifica que
esses estabelecimentos deverão, de igual forma, adaptarem-se para o acesso de usuários de cadeiras de rodas até as mesas reservadas. Só estão desobrigados
ao cumprimento dessa Lei os estabelecimentos que apresentarem laudo técnico firmado por profissional habilitado, comprovando a impossibilidade de promover
as adequações.
Ouchar explica que a fiscalização quanto ao cumprimento da referida lei é feita com base em denúncias, sendo que, até a presente data, não houve qualquerPraças
de alimentação com lugares para idosos, gestantes e deficientes
fonte blog da inclusão social
solicitação do gênero. “Ainda não houve multa. A partir de agora, assim que recebermos alguma denúncia faremos uma ação específica”, destaca.
Autuações
O não atendimento ao edital de notificação, a partir de constatação feita pelas equipes de fiscalização, implicará, num primeiro momento, em advertência.
Caso a irregularidade não seja sanada em até trinta dias após a advertência o empreendimento estará passível de multa de R$ 1.064,18. Em caso de reincidência,
após mais trinta dias, outra multa é aplicada, desta vez de R$ 10.641,80. Persistindo a irregularidade, depois de mais trinta dias, é prevista multa de
R$ 21.283,60 por mês até que as adaptações sejam providenciadas. O valor da multa é atualizado anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), conforme Lei Municipal n.º 7629/2005.
fonte:nlog da inclusao social
Número de matrículas de pessoas com deficiência cresce no Brasil
Logomarca do MEC com os seguintes dizeres: Ministério da Educação - Brasil um país de todos - Governo Federal.
O número de matrículas de pessoas com deficiência em escolas regulares cresceu mais de 400% nos últimos 12 anos no Brasil, passando de 145 mil em 2003
para 698 mil em 2014. Somente no último quinquênio, foram registradas mais 214 mil entradas de estudantes especiais em classes comuns. Na rede federal
de educação superior, esse índice quintuplicou: de 3.705 alunos para 19.812 no ano passado.
Segundo Walter Borges dos Santos, coordenador-geral de política de acessibilidade na escola da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade
e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, o aumento é resultado de políticas inclusivas. “O direito à educação especializada se fortaleceu com a legislação
a partir de 2012, determinando que os sistemas públicos e privados de educação básica e superior assegurem a matrícula”, afirma.
O coordenador refere-se ao artigo 7º da Lei 12.764, de 2012, que determina punição a gestor escolar ou autoridade competente que recusar matrícula de aluno
com transtorno do espectro autista ou qualquer outro tipo de deficiência. Outro avanço legislativo foi o artigo 5º do Decreto nº 8.368, de 2014, que regulamenta
a aplicação da punição.
Direito – No dia 25 de junho, o MEC recebeu o movimento Tudo bem ser diferente, criado pela advogada Consuelo Machado, que entregou ao titular da Secadi,
Paulo Gabriel Nacif, um abaixo-assinado com 15 mil assinaturas contra a cobrança de taxas extras para alunos deficientes. “Essa exigência é uma prática
absurda”, considerou o secretário, que se comprometeu com o diálogo e orientação aos sistemas educacionais. “Divulgaremos medidas que combatam isso, que
é um crime contra a humanidade”, afirmou.
Em apoio ao movimento, a Secadi divulgou a nota técnica nº 20, de março de 2015, na qual afirma ser o ensino livre à iniciativa privada, desde que sejam
cumpridas as normas gerais da educação nacional. De acordo com a nota, o acesso das pessoas com deficiência à matrícula em escolas do ensino regular ampara-se
na Constituição Federal, que, em seu artigo 208, assegura o acesso ao atendimento educacional especializado.
O documento ratifica a competência do Ministério da Educação para acompanhar, juntamente com o Ministério Público Federal, os procedimentos relativos à
recusa de matrícula nas instituições privadas de educação superior e toda a rede federal. Nas esferas municipal, estadual e distrital, compete às secretarias
de educação a adoção de encaminhamento análogo.
Fonte: site Planeta Universitário/MEC Assessoria de Imprensa.
Encontrado no Irã o primeiro olho artificial do mundo
Uma mulher com 5000 anos, cujo esqueleto foi encontrado no Irã, teve seu rosto reconstruído com a mais recente tecnologia disponível por um grupo de antropólogos,
paleontólogos e especialistas forenses. Eles acreditam se tratar de uma sacerdotisa da época. Mas o que mais chamou a atenção dos especialistas envolvidos
foi a presença de um olho artificial ainda alojado na órbita do olho de seu crânio depois de milhares de anos.
Maryam Tabeshian, da Agência de Notícias do Patrimônio Cultural do Irã, noticiou o fato de pesquisadores terem escavado um esqueleto com idade entre 4800-5000
anos que portava um olho artificial, juntamente com outros achados na conhecida “Cidade Queimada”, localizada perto da cidade de Zahedan, no sudeste do
Irã.
O sítio arqueológico desta cidade também rendeu outros achados interessantes, incluindo uma régua de medição antiga e peças de um jogo parecido com o gamão
atual. Os pesquisadores constataram que o olho artificial pertencia a uma mulher com idade entre 25-30 anos.
No túmulo da mulher foram encontrados vasos de barro, um saco de couro, um espelho de bronze e outros ornamentos. O professor Michael Harris, um especialista
na área de oftalmologia da Universidade de Califórnia, declarou ser muito improvável que tal atenção e esforço de se enterrar a mulher com seus pertences
tenha sido pago por algum plebeu. Assim, ele acredita que a tal mulher pode “ter sido um membro de uma família real ou uma pessoa rica”.
Próteses oculares eram conhecidas na época antiga, pois existem referências feitas a um olho artificial de ouro em textos hebraicos seculares. A prótese
encontrada no Irã, no entanto, é diferente na medida em que é uma prova da mais antiga tentativa de se fazer uma prótese ocular o mais realista possível.
Segundo o professor Mansur Sayyed-Sajadi, que supervisionou a escavação, à primeira vista o olho artificial parece ser uma mistura de alcatrão com gordura
animal fixada com um fio dourado fino, mais fino que um milímetro.
Uma característica curiosa do "olho" são linhas as paralelas que foram desenhadas ao redor da pupila para criar uma forma de diamante. Dois furos nas laterais
do "olho" ajudaram a mantê-lo no lugar, mas a órbita do olho da mulher, no entanto, parece ter desenvolvido um abcesso como resultado do contato constante.
Outros testes estão sendo realizados no Irã para determinar a composição química exata desta milenar prótese ocular.
(Fonte: Iran Discovery)
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Exposição “Entre iguais” chega ao Memorial da Inclusão
Na próxima quarta-feira, 1º de julho, o Memorial da Inclusão, espaço expositivo da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo,
recebe a exposição fotográfica “Entre Iguais”.
A mostra surgiu por meio de um projeto de fotografia idealizado e elaborado pela fotógrafa Daniela Gama, que insere nas 24 fotografias que dão vida à exposição,
modelos com e sem deficiência posando juntos, de modo que a deficiência não é evidenciada, suscitando questionamentos por parte do público visitante, sobre
perspectivas da identidade. Além das imagens, a exposição contará com duas cadeiras de madeira e um vestido de festa utilizado em um dos ensaios realizados
para o projeto, como proposta de instalação.
Ao longo de um ano, entre abril de 2014 a abril de 2015, foram realizados dez ensaios fotográficos com produções díspares, em diferentes regiões do país,
como sudeste e nordeste. As cadeiras foram criadas pelo artista plástico Marcel Gama, visando envolver o público visitante.
Juntos, fotografia e instalação de arte, compõem a exposição “Entre Iguais”, que tem ainda, como convidada, a estilista Keila Mantuaneli, idealizadora
de um vestido nos moldes da moda inclusiva.
A exposição fica no espaço para visitação de 02 a 30 de julho.
Exposição “Entre Iguais”
Vernissage da exposição: 1º de julho de 2015, às 19h
Visitação: 02 a 30 de julho de 2015, das 10h às 17h – segunda a sexta-feira
Local: Memorial da Inclusão, sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 – portão 10 – Barra Funda – São Paulo/SP (próximo às estações Metrô-CPTM)
Todos estão convidados!
fonte:secretaria dos direito da pessoa com deficiencia
Idosos e pessoas com deficiência poderão ficar isentos da taxa de renovação da CNH
Imagem de um casal de idosos sentados no sofá
Motoristas com mais de 60 anos ou com deficiência, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) poderão ficar isentos
da taxa de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). É o que prevê uma proposta em tramitação na Câmara dos Deputados, aprovada pela Comissão
de Seguridade Social e Família. O texto altera o Código de Trânsito Brasileiro.
O CadÚnico é usado como critério pelo governo federal para identificar famílias de baixa renda. Para fazer parte do cadastro, a família precisa ter renda
familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda mensal total de até três salários mínimos.
Pela legislação atual, os condutores com mais de 65 anos têm de fazer o exame para renovar a CNH a cada três anos e os demais motoristas, a cada cinco
anos. Todos pagam o mesmo valor pela renovação.
O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), para o Projeto de Lei 5383/09, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP),
que originalmente concedia gratuidade na taxa de renovação apenas aos motoristas com mais de 65 anos de idade. Ao analisar o projeto e os anexos (PLs 6865/10
e 432/11), a deputada optou por um novo texto, aproveitando dispositivos das três propostas em análise.
O PL 6865/10, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), permite a isenção da taxa para pessoas com mais de 60 anos. Já o PL 432/11, do ex-deputado Walter
Tosta, pretende conceder isenção para o idoso com renda mensal inferior a dois salários mínimos e também para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
“Concordamos com o corte de renda, de até dois salários mínimos, bem como com a proposta que estende a isenção de taxa a pessoas com deficiência com rendimento
abaixo desse limite”, disse a deputada, “mas, diante da dificuldade operacional de aferição individual da renda, sugerimos a utilização do CadÚnico como
referência”, completou.
Segundo ela, o pagamento de taxa de renovação a cada três anos é injusto com os idosos de baixa renda, pois impõe um gasto excessivo a essa parcela da
população, cujos rendimentos de aposentadoria, muitas vezes, são insuficientes para arcar com seu elevado custo de vida.
O projeto tramita em caráter conclusivo e será ainda analisado pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça
e de Cidadania.
Fonte:
A Tribuna Site externo.
O drama da perda de visão após a surdez
Homem olhando para frente mas sua visão está embaçada.
A visão é algo muito importante para os surdos, especialmente quando eles querem conversas com outras pessoas. Então, o que acontece quando os surdos começam
a ficar cegos?
Os surdos são muito visuais. Nós usamos a Língua de Sinais e a leitura labial para nos comunicar e socializar. Por isso, a ideia de perder nossa visão
é bastante intimidadora.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Western Ontario e divulgado na publicação especializada mostrou que os surdos podem ampliar sua visão
periférica, compensando seus problemas de audição.
Mas há um grupo de surdos que convive com a certeza de que sua visão vai, cedo ou tarde, se perder. As pessoas com síndrome de Usher nascem surdos e, por
conta de um problema chamado retinite pigmentosa, acabam perdendo a visão também.
Locais escuros
Dessa maneira, a visão periférica fica restrita, ver à noite se torna um problema e ao passar de um local escuro para outro iluminado (e vice e versa)
é preciso muito mais tempo para se adaptar.
Mas o talvez o mais triste – e isolador – é ver chegar ao fim uma maneira fácil de se comunicar. Leitura labial se torna algo difícil, assim como entender
linguagem de sinais.
Quando você tem uma visão limitada, pode ser cansativo concentrar em pequenos movimentos.
Há maneiras para que os surdos se comuniquem com os surdos-cegos facilmente, afirma Rebecca Atkinson, uma jornalista britânica que tem a síndrome de Usher.
Ela cita a Língua de Sinais, mas sugere também deixar o surdo-mudo colocar as mãos próximas às de quem está fazendo os sinais, para que ela possa sentir
as formas.
Mas ela afirma que a pior coisa em se ter essa síndrome é a falta de motivação dos surdos em se comunicar com os que também têm problemas de visão.
“Os surdos sabem muito bem como é ser tratado com condescendência por pessoas que não têm problema de audição, em situações como ser chamado de corajoso
por lidar com a surdez”, conta Rebecca. “Mas, muitas vezes, é exatamente esse tratamento que os surdos que têm problema de visão recebem dos surdos, uma
cruel ironia.”
Sem esforço
Des Materson também está perdendo a visão e, assim como Rebecca, ele também percebeu problemas para se comunicar. Segundo ele, não é a doença que causa
isso, e sim a maneira como os surdos o tratam agora, sendo que muitos não se esforçam mais para conversar com ele.
Ver o número de amigos e colegas diminuírem também é um problema enfrentado por Molly Watt.
Ela conta que, quando adolescente, frequentava uma escola para surdos. Na época, ela já tinha problemas de visão. Então, ela tinha de sentar na frente
para ver melhor os professores e a lousa.
“Mas meus colegas estavam frequentemente questionando se minhas necessidades eram reais, o que fazia com que eu mesmo me questionasse”, diz.
Cada pessoa que sofre com a síndrome de Usher tem problemas diferentes. Apesar de serem muitas vezes denominados surdos-mudos, alguns nascem com um problemas
de audição leve, outros são totalmente surdos. Alguns perdem a visão rapidamente ao ponto de ficarem cegos na adolescência, enquanto outros conseguem enxergar
até o fim da vida.
Menos barreiras
Muitos dos que sofrem com essa síndrome contam que nem tudo é complicado e triste e que a vida pode ser feliz e com amigos. Mas dizem que tudo seria mais
fácil se as barreiras de comunicação não fossem tão grandes.
Há maneiras simples pelas quais tanto surdos e pessoas sem problemas de visão podem facilitar as conversas com surdos-mudos, afirma Rebecca.
Encontrar lugares iluminados é um bom exemplo, assim como falar a uma distância mais próxima, para que o surdo-mudo possa ver tanto o rosto (e ler os lábios)
e as mãos (para ver os sinais).
Mas mais do que qualquer coisa, é uma comunicação que precisa de tempo, paciência e compreensão.
É claro que é mais fácil não fazer nada, mas isso não ajuda.
Ou, como Molly diz: “Todo mundo quer conversar, ninguém quer ser deixado de lado, excluído.”
Talvez o maior obstáculo para os surdos seja o medo. Ver uma pessoa surda com um cão-guia ou andando com uma bengala é uma materialização daquilo que os
surdos mais temem: perder a visão.
Fonte: site Terra/BCC BRASIL.com.
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