terça-feira, 30 de junho de 2015
Game por comando de voz ajuda a promover inclusão
Um game inovador desenvolvido por dois jovens brasileiros se tornou uma opção e tanto de entretenimento para as pessoas que possuem alguma deficiência
motora. O Say It The Game dispensa a necessidade do toque na tela do smartphone. É por meio de comandos de voz que os usuários alteram as configurações
e levam o personagem em uma corrida em meio a vilões e mocinhos do folclore brasileiro.
Foto dos dois criadores do game. Eles estão em pé próximo a um computador.
Os idealizadores e criadores são os estudantes Alexandre Nowacki e Wesley Raymundo, do curso de Jogos Digitais do Centro Tecnológico Positivo. Eles tiveram
como mentor o professor Michael Bahr. O jogo foi desenvolvido em Curitiba, é em inglês e será lançado no dia 30 de junho para Windows Phone. Em breve,
serão apresentadas as versões para Android e iOS. O aplicativo, que é gratuito, possui itens extras que poderão ser comprados ao longo das fases, conforme
o desempenho do usuário.
O projeto começou em 2014, quando os jovens participaram do Imagine Cup, uma competição internacional da Microsoft. Dispostos a criar um sistema realmente
diferenciado, resolveram utilizar a tecnologia de voz já presente nos aparelhos celulares. A ideia foi sendo amadurecida durante a competição – eles foram
até a semifinal – e teve continuidade no retorno ao Brasil. “O projeto foi muito bem-aceito, inclusive nos testes que realizamos com pessoas da Associação
de Deficientes Físicos do Paraná”, relembra Nowacki. Segundo ele, foi gratificante poder levar entretenimento a pessoas com restrições motoras, como deficiências
físicas nas mãos ou nos braços, e ver como eles se divertiram com o game.
Bahr relata que o time focou o desenvolvimento no celular, justamente por ser uma plataforma acessível tanto para desenvolvedores como para os usuários.
“Procuramos oferecer um benefício diferente à sociedade, e o resultado não poderia ter sido melhor”, conta.
Nowacki explica que, como a competição era internacional, eles decidiram usar como temática a cultura brasileira. Para compor a trama, pesquisaram o folclore
da região amazônica e de lá tiraram componentes para criar os vilões e mocinhos do enredo. Ao longo da trajetória, inclusive, o jogador recebe informações
sobre cada personagem.
Foram criadas algumas palavras-chave que os usuários falam durante o jogo para movimentar os personagens, como jump, right, left e slide! Com estes comandos,
os jogadores conseguem fugir do terrível Mapinguari e pedir ajuda a personagens como Saci, Curupira e Mula Sem Cabeça.
Apesar de ser uma alternativa importante para quem possui alguma deficiência motora, a expectativa dos criadores do game é que qualquer um possa se beneficiar
do uso de comandos por voz. “É um produto inclusivo, todos podem competir de igual para igual e comparar os seus desempenhos no ranking que criamos”, comenta
Nowacki.
Fonte: site Jornal do Comércio por Patricia Knebel – Foto: SAY IT THE GAME/DIVULGAÇÃO/JC.
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