quinta-feira, 18 de junho de 2015
Deficientes visuais fazem passeata por melhor acessibilidade em Florianópolis
Foto de várias pessoas fazendo passeata por seus direitos.
Alunos, pais e membros da comunidade participaram de uma passeata por melhor acessibilidade em Florianópolis para os deficientes visuais. O evento faz
parte das comemorações dos 38 anos da Associação Catarinense para Integração do Cego.
Com cartazes, palavras de ordem e uma marchinha animada, os participantes percorreram as ruas do Saco Grande onde fica a associação. Fizeram paradas na
frente das escolas e do posto de saúde.
Cesar Augusto da Silva, 41 anos, há oito anos perdeu a visão por causa de um câncer no cérebro. Era mecânico de caminhão e mora no saco grande. Há um ano
faz aula na Acic de orientação e mobilidade e mesmo assim sente muita dificuldade em andar por Florianópolis.
_ Tudo mal planejado, piso guia que leva a poste, sem nenhum planejamento. Uma verdadeira armadilha para o deficiente visual. Mal pensado, colocam de qualquer
jeito sem ao menos fazer uma pesquisa melhor com a gente_.
Diz com firmeza que a caminhada é para que a sociedade conheça as dificuldades que passam.
_Somos cidadãos, pagamos impostos como todos e não somos lembrados.
Gilmar Silva Amaral perdeu a visão com 22 anos num acidente de carro em que estava sem cinto de segurança. Atualmente com 44 anos acredita que a acessibilidade
deve ser para todos.
_Procuramos inicialmente conscientizar a localidade e melhorar a acessibilidade onde fica a Acic. A inclusão tem que ser para todos. É um verdadeiro chamado
para que a comunidade possa nos apoiar_.
Acredita que Florianópolis já tem lugares com bons acessos para os deficientes visuais, mas ainda a muito o que se fazer.
_A inclusão tem que ser em toda a cidade. Por exemplo, eu já me machuquei num carrinho de compra abandonado por um cliente num mercado. São pequenos detalhes
que fazem parte da nossa vida que podem fazer a diferença.
O professor de orientação e mobilidade da Acic, Igor Zucchi, 35 anos, comenta ser uma atual situação muito complicada.
Principalmente no Ticen onde não existe informação em braille. Como foi citado pelo Ítalo Ril Vijal no post sobre o dia em que o deficiente visual ajudou
um dependente químico.
_Eles estão sempre precisando de ajuda e da boa vontade de outra pessoa. São inúmeros os problemas, como a própria falta de conscientização de quem usa
o local. Um local onde não existe padrão. Como na entrada das catracas que num terminal são na esquerda e em outro é na direita.
Fonte: site Clicrbs.
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