segunda-feira, 31 de março de 2014

Festival Melhores Filmes - edição 2014 - está ainda mais imperdível

O SESC-São Paulo dá início no dia 2 de abril ao tradicional Festival SESC Melhores Filmes, no CineSesc, com a cerimônia de abertura da 40ª edição do evento. Nessa noite, serão entregues os prêmios aos vencedores nas categorias de melhor filme, documentário, ator, atriz, direção, roteiro e fotografia para os filmes brasileiros e melhor filme, direção, ator e atriz para os filmes estrangeiros, eleitos por crítica e público entre os filmes que chegaram aos cinemas paulistanos ao longo do ano de 2013. Lista de 3 itens • A edição 2014 do festival exibe longas brasileiros e estrangeiros votados por crítica e público como os melhores de 2013. • A sessão de abertura do festival, dia 2 de abril no CineSesc, terá a exibição, em pré-estreia, do filme ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro. • Para comemorar os 40 anos do Festival SESC Melhores filmes serão exibidos, ao longo da programação, clássicos do cinema brasileiro, vencedores do Festival SESC. Entre os destaques estão filmes de diretores como Leon Hirszman, Nelson Pereira dos Santos e Hector Babenco, entre outros Fim da lista Como parte das comemorações pelos 40 anos do Festival SESC Melhores Filmes, a edição desse ano conta com a sessão ‘Seleção 40 Anos’, que será composta por nove longas brasileiros vencedores do Festival SESC Melhores Filmes ao longo dessas quatro décadas. Serão exibidos, ao longo do evento, clássicos do cinema brasileiro. Entre eles, destaque para ‘Eles Não Usam Black Tie’, de Leon Hirszman, ‘O Amuleto de Ogum’ e ‘Memórias do Cárcere’, ambos de Nelson Pereira dos Santos e ‘Pixote – A Lei do Mais Fraco’ e ‘Lúcio Flávio – Passageiro da Agonia’, os dois de Hector Babenco, além de ‘A Hora da Estrela’, de Suzana Amaral, entre outros. Além da premiação, a abertura do festival terá a exibição de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, premiado longa do diretor Daniel Ribeiro. O filme, que será lançado em abril nos cinemas, terá sua primeira exibição em São Paulo na abertura do 40 º Festival SESC Melhores Filmes. Ao longo do 40º Festival SESC Melhores filmes serão exibidos 54 filmes, 28 estrangeiros e 26 brasileiros. Na cerimônia de entrega dos prêmios estarão presentes ao evento atores, atrizes, diretores, fotógrafos e produtores concorrentes aos prêmios desse ano, além de convidados especiais e homenageados. O 40º Festival SESC Melhores Filmes acontece, também, em mais treze cidades no Estado de São Paulo. A itinerância do Festival acontece simultaneamente com o evento principal na capital. A votação para se apurar os vencedores do Festival SESC Melhores Filmes foi feita via Internet. No CineSESC, os frequentadores votaram também por cédula. Uma consulta direta foi realizada à crítica especializada de todo o país. A lista completa de filmes participantes está em www.sescsp.org.br/melhoresfilmes. Os mais votados por crítica e público serão exibidos no CineSesc até dia 30 de abril. Audiodescrição e Legendagem Open Caption Todas as sessões do Festival no CineSESC terão audiodescrição e legendas open caption. Ambos os recursos incluem deficientes visuais e auditivos na fascinante experiência do cinema. A audiodescrição consiste na descrição de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como as expressões faciais e corporais, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela. Ela é feita ao vivo por atores e acontece nos espaços entre os diálogos e nas pausas sonoras do filme. Somente os espectadores que recebem fone s especiais escutam a audiodescrição, geralmente deficientes visuais ou com visão diminuída. Já a legenda open caption é vista por todos os espectadores, consiste numa legenda a mais no filme, descrevendo os sons além dos diálogos. Os deficientes auditivos se utilizam deste recurso. O Circuito A circulação do Festival SESC Melhores Filmes teve início em 2009, quando parte de sua programação foi estendida para cinco cidades do Estado de São Paulo, após o encerramento na capital. Em 2014, a itinerância se amplia para 13 cidades, além de São Paulo, que são: Araraquara, Bauru, Bertioga, Birigui, Catanduva, Presidente Prudente, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Preto, São Caetano, São Carlos, Sorocaba e Taubaté. Nestas cidades as exibições ocorrem simultaneamente com as da capital. Mais informações sobre o Circuito em www.sescsp.org.br Filmes do Festival Entre os principais filmes que serão exibidos durante o Festival estão: O Som ao Redor, Azul É a Cor Mais Quente, Tatuagem, Tabu, A Bela que Dorme, Era Uma Vez em Anatólia, Educação Sentimental, Doméstica, Blue Jasmine, Um Estranho no Lago, Um Toque de Pecado, O Estranho Caso de Angélica, Amor, Django Livre, La Jaula de Oro, Caverna dos Sonhos Esquecidos 3D, Mataram meu Irmão, entre outros. Sessão Cineclubinho Ao longo do Festival SESC Melhores Filmes, a Sessão Cineclubinho acontecerá todos os domingos, às 11h, com a exibição de filmes para o público infantil que também foram escolhidos por público e crítica como os melhores de 2013. Todas as sessões do CineClubinho são grátis e contarão com audiodescrição e legendagem open caption. Debates Outro destaque da edição do festival desse ano será a realização de debates entre convidados especiais que abordarão diferentes temas ligados ao cinema. Serão dois seminários da crítica, além três edições especiais do Cinema da Vela. Edições especiais do Cinema da Vela durante o festival: Cinema da Vela são conversas sobre os rumos do cinema nacional. Com livre inspiração nas noites do samba paulista, o bate-papo tem a duração do tempo de queima de uma vela. Livre. A entrada é grátis. Blogueiros de Cinema. Com Chico Firemann e Miguel Barbieri Jr. Mediação: Suyenne Correa. 7/4. Segunda, às 19h30. •A Memória do Cinema. Com Hernani Heffner e Fernanda Coelho. Mediação: Marta Colabone. 17/4. Quarta, às 19h30. Seminários da crítica Seminário 1: Balanço do ano de 2013. Lançamentos programados: tempo de exibição no cinema, televisões pagas, previews, homevideo, pirataria e acesso e compartilhamento de filmes. Convidados: André Miranda, Heitor Augusto, João Sampaio, Nina Rahe e Yuno Silva. 3/4. Quinta, às 19h30. •Seminário 2: Quatro décadas de cinema. Transformações do mercado exibidor e distribuidor, migração das salas de rua para shoppings e grandes complexos, o panorama da intervenção estatal no cinema, as mudanças no panorama de distribuição dos filmes. Convidados: Francisco Alambert Junior, Máximo Barro, Ricardo Calil. 4/4. Sexta, às 19h30. Exposição O CineSesc apresenta no hall uma exposição de fotografias contemporâneas de atrizes e atores brasileiros que atuaram em filmes premiados na categoria “Melhor Filme Nacional” do Festival Sesc Melhores Filmes. Uma homenagem a alguns dos grandes astros do cinema nacional que brilharam na tela ao longo dos últimos 40 anos. Talentos que encantaram e encantam gerações, presentes no imaginário dos espectadores, representantes da sétima arte brasileira e inesquecíveis intérpretes. Entre eles: Antônio Abujamra, Betty Faria, Caio Blat, Carlos Vereza, Gero Camilo, Helena Ignez, Hugo Carvana, João Miguel, Laura Cardoso, Maitê Proença, Matheus Nachtergaele, Othon Bastos, Paulo José, Ruth de Souza, Sandra Corveloni e Zezé Motta. Livre. Grátis. Todos os dias a partir de 3/4, das 14h às 21h30. Troféu A 40ª edição do Festival Sesc Melhores Filmes tem como um de seus destaques, o troféu. Assinado pelo artista plástico Emanoel Araújo. O prêmio é confeccionado em aço inox polido e contará com uma pedra semipreciosa. A obra de Emanoel Araújo será entregue no próximo dia 2 de abril, na cerimônia de abertura do 40º Festival Sesc dos Melhores Filmes, no CineSesc. O Festival SESC Melhores Filmes Criado em 1974, é o primeiro festival de cinema da cidade de São Paulo e oferece ao público a oportunidade de ver ou rever o que passou de mais significativo pelas telas da cidade no ano anterior, que são escolhidos democraticamente por meio de votação de público e crítica. Os filmes que participam da votação em 2013 são aqueles lançados nas salas de cinema de São Paulo durante o ano de 2012. Em 38 anos de realização, o Festival SESC Melhores Filmes já exibiu centenas de longas-metragens brasileiros e estrangeiros. Na edição 2010, o festival inovou ao ser o primeiro evento do gênero a disponibilizar sua programação com serviços de audiodescrição, que possibilitam o acesso aos deficientes visuais, e auditivos, com legendagem open caption, recursos que serão oferecidos em todos os filmes da grade deste ano no CineSESC. Sobre o filme de abertura: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho - poster do filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho Brasil, 2014. 96 min. Direção: Daniel Ribeiro Elenco: Ghilherme Lobo, Fabio Audi, Tess Amorim, Lúcia Romano, Eucir de Souza, Selma Egrei, Isabela Guasco, Victor Filgueiras, Pedro Carvalho, Guga Auricchio. SINOPSE: O filme traz a história de Leonardo, um adolescente cego que, como qualquer garoto dessa idade, está em busca de seu lugar. Desejando ser mais independente, precisa lidar com suas limitações e a superproteção de sua mãe. Para decepção de sua inseparável melhor amiga, Giovana, ele planeja libertar-se de seu cotidiano fazendo uma viagem de intercâmbio. Porém a chegada de Gabriel, um novo aluno na escola, desperta sentimentos até então desconhecidos em Leonardo, fazendo-o redescobrir sua maneira de ver o mundo. O longa nasceu do curta de nome parecido: Eu não quero voltar sozinho (2010). Nesse filme, o diretor já explorava o universo adolescente, a ebulição de novas emoções, a descoberta do corpo e da sexualidade. E apresentava Leonardo, o protagonista, Giovana e Gabriel. O curta, disponível na íntegra na internet, teve cerca de três milhões de visualizações. Hoje eu quero voltar sozinho ganhou os seguintes prêmios no Festival de Berlim de 2014: Melhor filme – FIPRESCI (Prêmio da Federação Internacional dos Críticos de Cinema); Melhor filme – Teddy Award, destinado a longas com temática homossexual; Mostra Panorama – 2º lugar na premiação do público. Ficha Técnica: ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’ Roteiro e Direção: Daniel Ribeiro Produção: Daniel Ribeiro e Diana Almeida Produção Executiva: Diana Almeida Fotografia: Pierre de Kerchove Direção de Arte: Olivia Helena Sanches Montagem: Cristian Chinen Produção: Lacuna Filmes SERVIÇO Festival SESC Melhores Filmes 2013 Exibição dos filmes vencedores pela votação de crítica e público De 2 a 30 de abril de 2014 CineSesc Rua Augusta, 2075 Tel: 11 3087-0500 Ingressos: R$15,00 (inteira); R$7,50 (meia), R$3,00 (comerciários e portadores da carteirinha do SESC). Passaporte para 15 filmes (venda exclusiva no CineSesc. Não é válido para o CineClubinho): R$150,00 (inteira), R$75,00 (meia), R$30,00 (comerciários e portadores da carteirinha do SESC). Cineclubinho: grátis (retirada de ingressos uma hora antes da sessão) Informações para o público: 3236-7400. Fonte: CineSesc

 Unesp mantém projeto gratuito de arte inclusiva em São Paulo, SP

'As aulas ocorrem às segundas-feiras, e as inscrições estão abertas. Para participar, é preciso agendar entrevista prévia. da Redação Promover a interação, a elevação da autoestima e a socialização por meio da arte é a proposta do projeto ArtInclusiva do Instituto de Artes (IA) da Unesp,no bairro da Barra Funda, em São Paulo, SP. O programa é gratuito e atende pesoas de todas as idades psicologicamente limitadas e com deficiências. as atividades são ás segundas-feiras das 14h30 às 16h30. O ArtInclusiva oferece oficinas de pintura, circo, dança, teatro, música, cerâmica, entre oputras linguagens artísticas, com equipe composta por arte-terapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, músicos, atores e artistas plásticos. Pais e acompanhantes dos atendidos também têm programação especial. Há bate-papos sobre a questão de ter familiares com deficiências e participação em oficina de artes. Informações (11) 3393-8607 / meire@ia.unesp.br Endereço Instituto de Artes da Unesp Rua Dr. Bento Tebaldo Ferraz, 271 Bloco II - Barra Funda - São Paulo, SP fonte:unesp

domingo, 30 de março de 2014

Prêmio de ações inclusivas reconhe trabalho Zoológico de São Paulo

Projeto promove ações educativas acessíveis, utilizando ferramentas que estimulam a compreensão e participação dos visitantes O Prêmio Ações Inclusivas para as Pessoas com Deficiência, organizado pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, premiou na última semana dez projetos governamentais e não governamentais responsáveis por ações educativas acessíveis. Entre eles, uma iniciativa da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, o “Programa de Educação e Inclusão” O projeto do Zoológico estimula a sensibilização e a conscientização dos visitantes em relação às temáticas ambientais, abrangendo uma variedade de atividades, entre elas a visita monitorada nos bastidores. Todos os vencedores receberam troféus e placas de Menção Honrosa, com o aval e o selo do Governo de São Paulo, reconhecendo-os como “as melhores práticas inclusivas do Estado de São Paulo”. Ao todo, mais de 100 projetos foram inscritos na competição, com ações inclusivas de alta qualidade. Confira os projetos premiados. fonte: http://saopaulo.sp.gov.br/

Núcleo Dança Aberta realiza ciclo de palestras e oficinas de dança, a partir de 4 de abril, em São Paulo

Evento internacional recebe inscrições gratuitamente, a partir de 10 de março. da Redação Ampliar o olhar e a discussão sobre diferentes modos de trabalhar com grupos que contenham diversidade física, mental, de formação pessoal é a proposta do Ciclo de Palestras e Oficinas de Dança, que acontece a partir de 4 de abril na Pulsarte, em São Paulo, com coordenação artístico-pedagógica de Neca Zarvos e coordenação geral de Priscila Jorge. Oferecidas gratuitamente, as palestras pretendem reunir pessoas interessadas em discutir e repensar a diversidade na arte e o olhar sobre a deficiência na sociedade. Já as oficinas são abertas a qualquer pessoa, com ou sem experiência em dança, que queira experimentar seu corpo - expressão, relação e composição - dentro de um grupo com habilidades mistas. Artistas do Brasil e do exterior foram convidados para o encontro, que é parte do cronograma anual do Núcleo Dança Aberta e conta com o patrocínio da White Martins e o apoio da Secretaria de Estado da Cultura por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC). Cada uma das palestrantes/educadoras traz sua perspectiva particular, fruto de trajetórias individuais pautadas em experiências e questionamentos artísticos e humanos advindos do encontro - ou desencontro - com a diversidade. As inscrições podem ser feitas pelo site www.nucleodancaaberta.com ou pelo e-mail contato@nucleodancaaberta.com, a partir de 10 de março. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 3213-2478 / (11) 99401-8419. Serão cinco módulos de palestras e oficinas, onde teoria e prática se comunicam. Assim, além da reflexão, haverá ainda um momento compartilhado e vivido, para que o corpo possa ter lugar para responder sem palavras a alguns impasses comuns a todos, ao lidar com nossas próprias particularidades. Para a coordenadora artístico-pedagógica de Neca Zarvos o evento será muito enriquecedor para todos. "Nós, dentro da nossa trajetória, sentimos agora que estamos em um momento de pensar a diversidade e a inclusão de maneira mais ampla; daí a ideia de convidar artistas que se relacionam na prática com essas questões para falar e compartilhar seu trabalho, pessoas que talvez partilhem de uma base filosófica comum, mas que têm sua forma pessoal de trabalhar, que não necessariamente é a mesma que a nossa", conclui. Programação Módulo I – Núcleo Dança Aberta (São Paulo) - 4, 5 e 6 de abril Módulo II – Marina Gubbay (Buenos Aires) - 11, 12 e 13 de abril Módulo III – Mara de Castro (São Paulo) - 25, 26 e 27 de abril Módulo IV – Carla Vendramin (Porto Alegre) - 9,10 e 11 de maio Módulo V – Estela Lapponi (São Paulo) - 16, 17 e 18 de maio MÓDULO I - Núcleo Dança Aberta O Núcleo Dança Aberta é formado por Neca Zarvos e Priscila Jorge. Foi oficialmente fundado em 2007 por Neca, que realiza há mais de 15 anos um trabalho de aplicação e difusão do método DanceAbility, incluindo a produção da primeira vinda ao Brasil de seu criador, Alito Alessi, em 1997, para a realização de workshops e a apresentações de sua companhia Joint Forces Dance Company. Além de aulas e participações em festivais, os principais projetos do Núcleo Dança Aberta foram DanceAbility Brasil 2007 e a realização da 1ª e 2ª edições da Oficina de Dança DanceAbility, em 2008 e 2012, respectivamente. Palestra Núcleo Dança Aberta e DanceAbility - Será apresentado o histórico do Núcleo Dança Aberta e suas raízes na filosofia e metodologia do DanceAbility, buscando especificar as particularidades do método em relação ao mundo da dança com habilidades mistas. Também falaremos sobre como o Núcleo a seu modo trabalha com o DanceAbility, suas estratégias de produção e posicionamento político, que determinam escolhas e contextos de ação, para tentar manifestar a filosofia do trabalho a partir de uma experiência prática compartilhada. Oficina - DanceAbility é antes de tudo um estudo de improvisação, aberto a quem se interesse em explorar seu corpo em movimento e as novas possibilidades que o encontro com outros corpos com histórias e experiências diferentes pode trazer. Para quem não tem experiência em dança, um lugar seguro e acolhedor para começar; para quem já dança, uma oportunidade para enriquecer sua prática com o desafio que a improvisação em um grupo com habilidades mistas propõe. Cada corpo contribui com sua qualidade particular e todas as qualidades se misturam, dando a todos a chance para a descoberta de novos modos de se mover e perceber. MÓDULO II - Marina Gubbay Marina Gubbay é Professora de Expressão Corporal e de Dança Inclusiva, e Docente de Dinâmica Grupal. Trabalha há trinta anos com Educação do Movimento como professora, pesquisadora e coreógrafa. Busca integrar a dança, a educação e a saúde em propostas interdisciplinares vinculadas a universidades e entidades públicas e privadas da Argentina e de outros países. É uma das fundadoras da Associação "Danza Sin Límites". Tradutora: Patricia Noronha Palestra Fundações: Olhando para a História - A palestra pretende destacar as contribuições de Patricia Stokoe (Expressão Corporal), dançarina argentina, que em 1950 afirmou que a dança estava ao alcance de todos. Anos depois, Alito Alessi entra em consonância com este enunciado, vindo da necessidade de democratizar a dança e torná-la acessível a todos, independente de qualquer característica particular. Estes dois artistas-pesquisadores, do ponto de vista da ideologia política, encontram-se em acordo, mantendo cada um diferenças específicas, de acordo com lugares e épocas em que os mesmos se desenvolveram. Oficina - A oficina trata de algumas reflexões: Como trabalhar para que continuem surgindo novas criações que cavalguem as novas realidades de nosso tempo sempre em mudança? Como trazer o meu próprio traço, minha singular pincelada na dança - o que eu tenho para dar e de onde tiro meu alimento? Por meio de sua própria maneira de dançar, a partir da experiência com diferentes métodos e técnicas, o participante inaugura uma maneira de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o mundo, sendo comprometido e criativo ao mesmo tempo. MÓDULO III - Mara de Castro Oliveira Comformação em dança clássica e contemporânea, graduou-se em psicologia na PUC SP, possui especialização em Psicologia Analítica e Abordagem Corporal – Sedes Sapientiae, mestrado em Comunicação e Semiótica na PUC SP. Estuda abordagens como o DanceAbility, o Body-Ming Centering e o Movimento Autêntico. Desde 1996, trabalha como psicóloga clínica Jungiana, atuou nas áreas da psicologia hospitalar e reabilitação, onde começou a desenvolver a sua pesquisacom a composição dança e psicologia. Palestra: O que te move? A palestra pretende abordar o histórico e desenvolvimento da forma de trabalho da artista; uma breve pesquisa sobre a questão corpo-mente, seus pressupostos teóricos na Psicologia Analítica e nas Ciências Cognitivas; conceitos dos métodos DanceAbility, Body-Mind Centering e Movimento Autêntico que compõe o seu trabalho. Oficina - Parte-se do entendimento de que a dança é uma experiência que ao ser compartilhada com o outro possibilita uma nova forma de vivenciar a si mesmo e ao mundo, e de que os movimentos do corpo interferem nos processos cognitivos, nas emoções e nos sentimentos. Serão abordados: a história e os desdobramentos dessa concepção de dança; a percepção da relação na dança (DanceAbility e uma abordagem simbólica); a relação testemunha e movedor (Movimento Autêntico); e as motivações do movimento. MÓDULO IV - Carla Vendramin Artista de dança, trabalha com grupos de habilidades mistas. Tem mestrado em Coreografia pela Universidade de Middlesex, em Londres, onde trabalhou como dançarina e professora de dança em diversos espaços e grupos (entre eles a CanDoCo Dance Company), além de colaborar com inúmeros coreógrafos europeus importantes. Seus trabalhos, sempre em sintonia com linguagens contemporâneas de movimento e mídias, já mereceram inúmeras premiações no Brasil e exterior. Palestra: Dançando em grupos mistos - Além do compartilhamento do histórico de trabalho da artista, serão discutidas e refletidas questões sobre a prática da dança feita com pessoas com e sem deficiências, princípios chave de comunicação e relacionamento, e contextualização sobre acessibilidade no ensino da dança. Oficina - Abordará técnicas de improvisação e composição coreográfica em dança contemporânea em grupos com habilidades mistas. O mote central será a arquitetura do local onde será realizada a oficina, ambientes internos e externos. A prática realizada irá apresentar pequenas performances urbanas como parte resultante da oficina, oferecendo aos alunos e ao público espontâneo a oportunidade de viver e testemunhar um ato artístico feito num grupo com diversidade. MÓDULO V – Estela Lapponi Atriz, bailarina e videomaker, gosta de pesquisar a performance. Em 2010, iniciou o Master em Práticas Cênicas e Cultura Visual da Universidad de Alcalá em Madrid, onde deu início efetivo a sua investigação cênica, visual e conceitual – Corpo Intruso, termo criado por ela mesma no período em que morou na Itália. Essa experiência despertou o seu olhar para o que significa ser um imigrante e consequentemente pensar em: o que está fora de contexto, o que não está convidado, o que está em choque cultural. A investigação segue em processo e pode ser acompanhada através do blog: http://zuleikabrit.blogspot.com Palestra: Conversando com Corpo Intruso_Zuleika Brit - Trata-se de uma performance/palestra onde a artista contextualizará sua investigação. Apresentará o tema, sua origem e os caminhos que criou para as práticas investigativas, com exibição de vídeos, fotos e leitura de textos que estimularam e surgiram das experimentações. Oficina: Consiste em um ateliê de investigação em Corpo Intruso. O conhecimento de Corpo Intruso será construído coletivamente de maneira prática. A oficina pretende abordar a ideia de que a investigação artística também é uma forma de produção artística e não somente a montagem de um espetáculo. A investigação como prática de criação propõe uma ampliação de possibilidades de jeitos de fazer e consequentemente de novas linguagens, aproximando os participantes do processo de criação em arte contemporânea. VAGAS O ciclo será realizado ao longo de dois meses. Cada módulo será cumprido semanalmente, com palestras às sextas-feiras e oficinas aos sábados e domingos subsequentes. Palestras e Debates / Sextas-feiras Carga horária: 3h, das 19h às 22h Nº de vagas: 100 participantes, sujeita à lotação. Oficinas / Sábados e Domingos Carga horária: dois encontros de 4h, das 10h às 14h – total: 8h. Nº de vagas: 30 participantes, mediante inscrição. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição e a cada módulo poderá ser formado um grupo com diferentes participantes, uma vez que as vagas são rotativas. Os interessados poderão participar apenas da palestra ou da oficina ou, ainda, da programação completa de cada módulo. O projeto oferece transporte para viabilizar o acesso de pessoas com deficiência ao local de trabalho e assistência para locomoção. FICHA TÉCNICA Coordenação Artístico-Pedagógica – Neca Zarvos Coordenação Geral – Priscila Jorge Produção Executiva – Maíra Silvestre Realização – Núcleo Dança Aberta SERVIÇO Local: Pulsarte Endereço: Rua Pereira Leite, 55 - Alto de Pinheiros – São Paulo – SP De 4 de abril a 18 de maio. Sexta-feira, sábado e domingo. Livre. Grátis fonte;Núcleo Dança Aberta

sábado, 29 de março de 2014

Android na sua TV Philips

A Philips planeja lançar uma televisão de 55 polegadas, 4k, Ambilight com Android como sistema operacional. Ainda sem data oficial de lançamento ou preço definido, mas podemos esperar que seja cara, bem cara. Apesar da falta de conteúdo, todas as fabricantes de TV investem pesado em 4k (3840x2160 pixels), cada uma com o seu diferencial. A Philips resolveu colocar o Android na sua 55 polegadas. O que isso significa? Acesso total à Play Store e seus apps (obviamente os que precisam de GPS devem ficar de fora). Para rodar os aplicativos sem problemas, a Philips 8000 vêm com um processador hexa-core (sem mais informações). Com o Android embutido, é possível transformar a sua TV da sala em um console Android, ou mesmo em uma espécie de Chromebook (supondo a existência de controles, teclados e mouses compatíveis). Ainda que a experiência de navegar na internet com browsers na televisão seja péssima, talvez a adição do OS da Google traga melhorias no uso. Não sabemos qual a versão do Android, ou mesmo se será uma versão para TV, como o Android Wear é para relógios, óculos e outros. Se a Google e as OEM conseguirem trabalhar direito e criar um sistema que funcione e seja amigável aos usuários, com uma UI decente e simples, talvez consigam, finalmente, mudar o modo como assistimos TV na TV. A Philips 8000 também vem com o sensor Ambilight e com uma câmera frontal que calcula a distância do espectador para definir a resolução perfeita, além dos clássicos controles por voz e gestos; O lançamento da seris 8000 da Philips está marcado para o segundo trimestre desse ano no Japão; isto é, entre abril e junho, mas não há datas para outros lugares. Provavelmente isso significa que demorará bastante até vermos essa televisão em terras brasileiras. Talvez até dê tempo de juntar dinheiro o suficiente para pagar a entrada, já que mesmo sem preço oficial sabe-se que vai custar mais do que um carro usado. Além de tudo, é sempre bom ter uma outra mídia para jogar Flappy Bird. O que esperam de uma TV? E de uma com Android? Alguém se arrisca a um palpite sobre o preço no Brasil? Fonte: http://www.androidpit.com.br/android-na-sua-tv-philips

Olhares guardados traz elenco de atores cegos

Peça apresentada em Brasília mostra como recursos teatrais podem suplantar deficiências; sessões ocorrem no sábado e domingo Fábio Luporini Um fotógrafo chega à estação ferroviária de uma cidadezinha para registrar em imagens o cotidiano de quem vive por ali. Entre seus personagens, estão uma costureira, um escritor, um músico e um vendedor de antiguidades. O enredo se entrelaça nos trilhos do trem entre passadeiras de borracha que, embora façam parte do cenário, acumulam a função de marcações cênicas para os atores, todos cegos. O espetáculo teatral Olhares guardados será apresentado amanhã e domingo, como parte da programação da Londrina Mostra Teatro e Circo. “Não deixamos claro que os atores são cegos. Fazemos a preparação do ator com cenografia, sonorização e cenário, que facilitam a locomoção em cena. A sonoplastia faz sentido como marcação de cena”, explica Paulo Braz, diretor da peça e coordenador, desde 2003, do projeto Expressividade cênica para pessoas com deficiência visual. Em cena, os atores se movimentam com base nesses recursos: a passadeira funciona como piso tátil e os trilhos do trem possuem carrinhos que se locomovem no palco. “Eles usam o trilho com um carrinho que anda e é conduzido por eles mesmos.” Entretanto, os atores estão tão habituados com a movimentação em cena que às vezes nem precisam usar algumas das marcações. “Eles encenam descalços para sentir a passadeira, um piso tátil que liga vários pontos do cenário. Mas estão tão acostumados com o espaço cênico que o som e a percepção os conduzem”, explica Paulo. Além disso, há certa subjetividade em relação à cegueira dos atores, o que faz o público duvidar da deficiência visual. “É outra percepção de olhar, dessa possibilidade de ter e perceber a imagem, até para quem é cego, que vê o mundo de outra forma.” O espetáculo estreou no Festival Internacional de Londrina (Filo) em 2010 e, dois anos depois, morreu Sebastião Narciso, integrante do elenco e do projeto desde sua fundação, em 2001. Por conta disso, a peça ficou um tempo parada, até ser remontada para o Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, em janeiro, para a 1ª Mostra Sensorial e Inclusiva. No lugar de Sebastião entrou Michael Braz Veiga. O elenco inclui Tatiane Quadros, Flávio Cordeiro, João Durval e Marquinhos Santos. A peça foi pensada para criar alternativas, no teatro voltado a atores com deficiência visual, de locomoção em cena. “Esse projeto tem se destacado no cenário nacional por incluir a acessibilidade através das artes cênicas.” O projeto Expressividade cênica para pessoas com deficiência visual foi criado em 2001 como extensão do Filo. “Era basicamente contação de histórias. Quando eu assumi em 2003, resolvi avançar um pouco e adaptamos As cidades e os olhos, baseado no livro Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino.” Serviço Olhares guardados – Peça com direção de Paulo Braz. Sábado e domingo, às 21 horas, na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL (Av. Celso Garcia Cid, 205), dentro da programação da Londrina Mostra Teatro e Circo. Ingressos a R (inteira) e R. Informações: 3322-1030 ou 3324-8694. fonte:jornal de londrina

sexta-feira, 28 de março de 2014

Iniciado treinamento de audiodescritores para a copa FIFA 2014

"Para que um deficiente visual tenha a experiência completa em um estádio de futebol, ele precisa entender o que acontece no gramado e ao seu redor". Foi com essas palavras de Joyce Cook, diretora geral do Centro de Acesso ao Futebol na Europa (Centre for Access to Football in Europe - CAFE), que a Copa do Mundo da FIFA 2014 deu o pontapé inicial na parte prática de um projeto inovador no Brasil. Arnaldo César Coelho Preocupados em melhorar a experiência de cegos e pessoas com baixa visão nos estádios, a FIFA e o COL oferecerão um serviço pioneiro de narração audiodescritiva em quatro estádios da Copa do Mundo da FIFA no Brasil. Nesta quarta-feira, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, foi iniciado o seminário de treinamento de narradores voluntários. A audiodescrição é semelhante à narração de rádio, mas com ênfase na experiência do estádio. O narrador especialmente treinado fornece uma descrição adicional de todas as informações visuais significativas, como linguagem corporal, expressão facial, entorno, lances, uniformes, cores e qualquer outro aspecto importante para transmitir a aparência e o ambiente do estádio. "O serviço de audiodescrição fala como a torcida está se portando, quais são as brincadeiras, como o juiz corre… Algumas coisas que ninguém acha que são importantes, porque estão todos vendo", diz Anderson Dias, presidente da Urece Esporte e Cultura para Cegos, ONG parceira da FIFA e do COL que trabalha com projetos especiais para pessoas com deficiência visual. "Na audiodescrição de avaliação de voluntários, ouvi o gol do Ronaldo na final da Copa do Mundo de 2002 e ouvi que o Oliver Kahn fica no chão, chateado, triste, e o Ronaldo sai comemorando de braços abertos. Isso se perde nas transmissões de TV e rádio", completa Dias, que foi bicampeão mundial e campeão paralímpico de Futebol de 5 em Atenas 2004. Convidado especial do primeiro dia do seminário, o árbitro Arnaldo Cézar Coelho, que comandou a final da Copa do Mundo da FIFA Espanha 1982, provocou risos na plateia ao revelar que já foi chamado de cego por muitos torcedores e se mostrou encantado com a iniciativa. Ele falou aos voluntários sobre a importância de se conhecerem as reações de um árbitro. "Ter a FIFA se preocupando com os deficientes visuais em campo é muito legal. Melhor ainda é ter um narrador para explicar e comentar todas emoções de um jogo de Copa do Mundo. Minha presença foi para explicar as reações que os árbitros têm, para que os narradores orientem seus ouvintes. É uma iniciativa brilhante da FIFA. Nunca tinha visto isso." A narração audiodescritiva será disponibilizada em português em quatro estádios da Copa do Mundo da FIFA: Belo Horizonte (Estádio Mineirão), Brasília (Estádio Nacional de Brasília), Rio de Janeiro (Estádio do Maracanã) e São Paulo (Arena de São Paulo). Haverá dois locutores por jogo, e a narração será transmitida por radiofrequência e captada em fones de ouvido individuais. Torcedores cegos ou com baixa visão podem sentar-se em qualquer lugar do estádio. No total, pelo menos 16 voluntários, quatro de cada uma das cidades-sede selecionadas, passarão por um programa de treinamento intensivo promovido pelo CAFE e pela Urece. Após a conversa com Arnaldo Cézar Coelho, os voluntários foram orientados em um exercício no qual tiveram de guiar e serem guiados por companheiros enquanto percorriam as instalações do Maracanã. O exercício fez com que muitos percebessem as dificuldades de visitar um local sem enxergar e, ao mesmo tempo, reconhecessem a responsabilidade de descrever a um cego tudo o que está a seu redor. A voluntária Natália Caldeira, de 29 anos, que trabalha com deficientes visuais desde 2004, comemorou a chance de participar desse projeto na Copa do Mundo da FIFA em seu país. "É uma oportunidade incrível. Não só de estar num jogo de Copa, mas de transmitir a essas pessoas o que acontece e tornar sua experiência mais real. É uma responsabilidade muito grande, mas tenho certeza de que a gente vai ter diversas lições até lá e vai conseguir fazer isso direitinho. Estou preparada". Tão importante quanto o aspecto inovador do projeto em solo brasileiro é seu legado. Após a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, o equipamento de narração instalado em cada estádio será doado às entidades locais dispostas a fazer parte do legado do projeto. "O mais interessante é o legado humano que estamos deixando: esses voluntários estão recebendo o conhecimento sobre como passar a narração para pessoas que são cegas ou com baixa visão", ressalta Paula Gabriela Freitas, líder da Equipe de Sustentabilidade da FIFA no Brasil. "São brasileiros que vão ficar aqui e vão poder, depois, realizar esse serviço não somente em jogos ou eventos esportivos, mas em eventos culturais e de outros tipos". Joyce Cook, do CAFE, reforça o discurso e mostra objetivos ambiciosos para o Brasil. "Nossa vontade é ver todos os estádios e arenas esportivas do Brasil com este serviço; que se torne algo normal. Que pessoas cegas e com deficiência visual possam ir a eventos esportivos com naturalidade, ouvindo o serviço de narração audiodescritiva e tendo o serviço completo". As pessoas com deficiência representam pelo menos 12% da população mundial: são mais de 840 milhões de pessoas com deficiência, das quais 285 milhões são cegas ou têm visão subnormal. Até o momento, pouquíssimos locais no Brasil oferecem serviços para pessoas cegas ou com baixa visão que comparecem a eventos ao vivo, como jogos de futebol. Para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, e de acordo com as leis brasileiras, pelo menos 1% do número total de ingressos oferecidos é disponibilizado para pessoas com deficiência – e todas elas podem solicitar bilhetes complementares para um acompanhante. Os estádios da Copa do Mundo da FIFA são acessíveis a pessoas com deficiência, pessoas com mobilidade reduzida e pessoas obesas. Assentos acessíveis, banheiros e passarelas estão disponíveis. Há entradas exclusivas para pessoas com deficiência ao lado dos acessos para pessoas sem deficiência. Fonte: FIFA

quinta-feira, 27 de março de 2014

Piso da Barra leva deficientes visuais até um muro

A solução encontrada para que o piso que guia os deficientes visuais não estragasse a decoração do novo calçadão da Barra não foi muito feliz. A faixa tátil, que indica o caminho a ser percorrido pelos cegos leva até um muro, contornando o losango desenhado no chão, nas imediações do Farol da Barra. Um leitor do site Metro1 fez a foto abaixo. 03/piso_tatil_barra O Bocão News entrou em contato com a Odebrecht, responsável pela obra. A empresa informou que o projeto está sendo revisto e que o equívoco partiu do mestre de obras. O operário não teria entendido a proposta do piso. A Odebrecht garantiu também que um engenheiro está tomando as providências para que o erro seja reparado ainda hoje (24). Foto: Metro 1 fonte http://www.bocaonews.com.br/

Associação dos Deficientes de Lençóis vence Prêmio Ações Inclusivas com projeto de web

A cidade foi premiada na quarta edição do Prêmio Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência, promovido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, cujo objetivo foi de estimular a implantação de iniciativas inclusivas, além de identificar e reconhecer as já existentes. Entre as 10 ações inclusivas premiadas, está o projeto Web Rádio e Informativo Interdef, da Associação dos Deficientes Físicos de Lençóis Paulista. A premiação aconteceu, na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, São Paulo. O projeto da Web Rádio surgiu com a necessidade de informar as pessoas com deficiência e simpatizantes das causas sobre leis, dicas e notícias com a programação gravada e também ao vivo. Em dois anos e meio, o projeto atingiu mais de 170 mil acessos no Brasil e no exterior. O Informativo Interder já existe há mais de 10 anos, sendo impresso de 3 a 4 vezes no ano e com o mesmo intuito: informar. O Brasil tem hoje cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Para a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, o prêmio tem o intuito de potencializar a questão da inclusão e incentivar novos projetos. fonte : http://www.jcnet.com.br/

quarta-feira, 26 de março de 2014

 Plano da OMS de redução de doença ocular vai até 2019

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) referentes a 2010, 285 milhões de pessoas em todo o mundo, o equivalente a 4,24% da população do planeta, têm alguma deficiência visual. da Redação Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) referentes a 2010, 285 milhões de pessoas em todo o mundo, o equivalente a 4,24% da população do planeta, têm alguma deficiência visual. Desse grupo, 14%, ou 39 milhões, são cegas. O que chama mais atenção é que, segundo o órgão, 80% dos casos poderiam ser evitados. No que se refere a quem tem baixa visão, o principal problema, com 42% do total dos casos registrados, são os erros de refração não corrigidos, ou seja: miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia que, se não são tratados, podem levar à baixa visão severa e até à cegueira. Em segundo lugar vem a catarata, com 33%, doença que pode ser corrigida numa cirurgia relativamente simples. Entre os cegos, é exatamente a catarata a principal causa, com 51% dos casos, seguida pelo glaucoma, que é responsável por 8%. Apenas 4% ficaram cegos na infância. Mas números sozinhos não mudam nada. Para tentar mudar esse retrato, a OMS criou o Plano de Ação para Prevenção da Cegueira Evitável e de Deficiências Visuais 2014-2019, um conjunto de esforços que depende da ação de cada país-membro, e de cada cidade, para que as metas sejam alcançadas. A principal delas é que, até 2019, as doenças oculares sejam reduzidas em um quarto. fonte:f 123

SESC de São Carlos promovem Simpósio SESC de Atividades Físicas

Inscrições vão até o dia 28 de março. Da Redação O Simpósio SESC de Atividades Físicas Adaptadas tem por finalidade divulgar o conhecimento produzido por cientistas e profissionais da área de Educação Física Adaptada e afins, promovendo a inserção de pessoas com deficiências ou necessidades especiais, de qualquer idade e classe social, na prática de atividades físicas e/ou esportivas, explorando as muitas possibilidades de trabalho corporal existentes para este público, por vezes desconhecidas da população. Pretende também informar e inserir a comunidade nos debates, buscando assim conscientizá-la da necessidade de evitarmos preconceitos e discriminação em relação às nossas diferenças, considerando a importância de se valorizar uma visão holística dos seres humanos. Baseado nestes princípios será realizada a 17ª edição do Simpósio SESC de Atividades Físicas Adaptadas, cuja programação constam Conferências, Cursos, Vivências (práticas), Grupos de Trabalho, Relatos de Experiência, Apresentação Esportiva, Bate-papo com Atletas, Aulas Abertas e Espetáculos. Evento de projeção nacional e único na instituição, conta também com a participação de profissionais de outros países, que em 2014 virão dos Austrália, Itália e Turquia. O público alvo são professores e alunos de Educação Física, Fisioterapia, Psicologia, Educação Física Adaptada, Educação Especial, Terapia Ocupacional, Pedagogia e interessados em geral. Programação: Dia 14/05 14h - C1: Respeitável Público: a inclusão e o circo da escola! - Cursos com Profa. Ms. Fernanda Pedrosa de Paula 20h - Entre consciência e mundo: a fronteira enigmática do corpo - Conferência Inaugural com Mauro Maldonato (Itália) Dia 15/05 8H30 - C2: Esportes inclusivos e adaptados à pessoas com deficiência - Cursos com Prof. Ms. Peter Downs (Austrália) 8h30 - C3: Exercício Físico e Câncer: aspectos metabólicos e metodológicos - Cursos com Prof. Dr. Waldecir Paula Lima 16h30 - GT1: Aspectos motivacionais e motivação pra a realização dos profissionais de Atividade Física Adaptada - reflexões e perspectivas de atuação - Grupos de Trabalho Dia 16/05 8h30 - C4: O modelo processo-pessoa-contexto-tempo e o ambiente do esporte envolvendo pessoas com deficiência - Cursos com Profa. Dra. Verena Junghähnel Pedrinelli 8h30 - C5: Obesidade, desnutrição e sedentarismo infantil - Cursos com Profa. Dra. Cláudia Cezar 16h30 - GT2: Pessoa com deficiência e o envelhecimento: por onde passam as especificidades? - Grupos de Trabalho Dia 17/05 8h30 - C7: Ginástica multifuncional para idosos - Cursos com Prof. Ph.D. Carlos Ugrinowitsch 8h30 - C6: Práticas corporais para pessoas com deficiências - Cursos com Profa. Dra. Dilara Özer (Turquia) 16h30 - V1: Surdo-cegueira: práticas e estratégias em meio líquido - Vivências com Profa. Marília Cordeiro Aragão 16h30 - V2: A Educação Física na perspectiva da Educação Inclusiva para Pessoas com Desficiência Visual - Vivências com Prof. Especialista Ivan de Oliveira Freitas Mais informações: Central de Atendimento Simpósio SESC de Atividades Físicas Adaptadas Tel.: (16) 3373-2300 / 2382 Terça a sexta, 13h30 às 21h30 | sábados, domingos e feriados, 10h às 18h simposio@scarlos.sescsp.org.br FONTE:adaptadas 2014

terça-feira, 25 de março de 2014

Entidade lança projeto de qualificação profissional para deficiêntes

O projeto é desenvolvido pela Rede Brasileira de Cooperação ao Desenvolvimento (Unepe) com o patrocínio da Petrobras e irá promover a integração e a inclusão de 300 jovens com deficiência por meio de qualificação profissional 03/crop Acontece hoje (25), o lançamento do Projeto “Qualificação Profissional das Pessoas com Deficiência”. O projeto é desenvolvido pela Rede Brasileira de Cooperação ao Desenvolvimento (Unepe) com o patrocínio da Petrobras e irá promover a integração e a inclusão de 300 jovens com deficiência por meio de qualificação profissional. O evento vai começar às 9 horas, no Sesc Horto/Teatro Prosa, em Campo Grande. O evento vai reunir inúmeras entidades locais e nacionais que atuam na área de assistência social. Estão confirmadas participações de representantes da Petrobras, do governo do Estado, parlamentares, gestores da assistência social de diversos municípios, representante do Ministério do Desenvolvimento Social, das Apaes de Corumbá e Três Lagoas, além de profissionais da área, pessoas com deficiência e suas famílias. Na abertura do lançamento, o diretor-presidente da Unepe, Naelson Ferreira, apresentará a entidade e os objetivos do projeto. O diretor de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Luiz Clóvis Guido Ribeiro, vai falar sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Sobre o projeto Através do projeto “Qualificação Profissional das Pessoas com Deficiência” serão realizadas capacitações nas áreas de Informática Básica, Operador de Máquinas Copiadoras e Repositor de Mercadorias e Empacotador. As inscrições estão abertas e as aulas acontecem nos meses de maio, junho e julho. Serão disponibilizadas 20 vagas em cada curso, com carga horária de 180 horas. Podem participar pessoas com deficiência entre 19 e 29 anos de idade que estejam cursando no mínimo o ensino fundamental e/ou educação de jovens e adultos (EJA) ou outra modalidade (Educação Especial). O projeto terá a duração de dois anos com a previsão de mais duas etapas de cursos em 2015. Nos municípios de Corumbá, Três Lagoas e Sidrolândia, serão oferecidos cursos de Repositor de Mercadoria e Empacotador. Em Campo Grande os cursos são de Operador de Máquinas Copiadoras e Informática Básica. Sobre a Unepe A Rede Brasileira de Cooperação ao Desenvolvimento (Unepe) é uma entidade beneficente de assistência social, que atua há 33 anos no assessoramento de mais de 40 entidades e prefeituras de Mato Grosso do Sul, além de prestar serviços de atendimento, defesa e garantia de direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade social. fonte : http://www.topmidianews.com.br/

Ônibus poderão ter equipamentos sonoros para avisar sobre paradas

Projeto de Lei obriga a instalação, em ônibus, metrôs e outros veículos de transporte público, de equipamentos sonoros que informem aos passageiros sobre os pontos de parada da Redação Projeto de Lei obriga a instalação, em ônibus, metrôs e outros veículos de transporte público, de equipamentos sonoros que informem aos passageiros sobre os pontos de parada – nome, localização, tempo de permanência e possível integração a outros tipos de transporte. A Câmara analisa o Projeto de Lei 6161/13, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que obriga a instalação, em ônibus, metrôs e outros veículos de transporte público, de equipamentos sonoros que informem aos passageiros sobre os pontos de parada – nome, localização, tempo de permanência e possível integração a outros tipos de transporte. A intenção do autor é facilitar a vida de pessoas com deficiência visual ou até mesmo de analfabetos. “Para as pessoas com deficiência visual que utilizam o transporte público coletivo, contar com informações emitidas por equipamento sonoro sobre os pontos de parada e dos terminais mostra-se benéfico, senão essencial aos seus deslocamentos, sobretudo nos grandes centros urbanos”,defendeu. A proposta altera a Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/00), que já obriga o transporte público a cumprir requisitos de acessibilidade. Esses requisitos, no entanto, não estão especificados na lei, mas vinculados à regulamentação do Executivo. Tramitação A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Cidadania. fonte:ITS Assistiva

segunda-feira, 24 de março de 2014

Construtoras terão que adaptar imóveis comprados por pessoas com deficiência

As construtoras terão que adaptar os imóveis comprados na planta por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. É o que prevê um projeto aprovado nesta quinta-feira (20) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O projeto de autoria da senadora Ana Rita (PT-ES), obriga as empresas de construção civil a adaptarem as casas ou apartamentos comprados na planta sem custos extras. Desta forma, as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida podem exigir na assinatura do contrato a inclusão de itens que facilitem seu cotidiano, como rampas, portas maiores e barras nos banheiros. As modificações no projeto devem estar de acordo com as normas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O senador José Pimentel (PT-CE), leu o relatório a favor da proposta e lembrou que uma das vantagens de comprar um imóvel novo é justamente poder reformá-lo de acordo com a preferência do cliente. Para ele, a iniciativa representa um avanço para garantir o direito de ir e vir e mais conforto para esta parcela da população. A proposta deve ser analisada pela Comissão de Direitos Humanos antes de seguir para a Câmara dos Deputados. Fonte : http://www.suacidade.com/

domingo, 23 de março de 2014

Após 10 anos, acessibilidade fica apenas no papel

Dez anos após regulamentação da lei nacional que obriga prédios públicos a serem acessíveis a pessoas portadoras de deficiência física ou com mobilidade reduzida, Campinas ainda não cumpriu a determinação e não há prazo definido para que todos os espaços sejam adaptados. Entre as mudanças exigidas estão guias rebaixadas, elevadores, rampas com escadas e piso antiderrapante. A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emmanuelle Alkmin, admitiu o problema nesta quarta-fera (19) e afirmou que, até o final do ano, a Prefeitura iniciará um estudo para levantar como pode ser feita essa transformação nos espaços públicos. Além disso, um censo que planeja mapear os deficientes físicos na cidade, previsto para começar em outubro, ainda não foi feito. Vai demorar O estudo, segundo a secretária, levaria cerca de um ano e meio para ser finalizado. Ainda não há verba orçamentária ou prazo para a implantação das mudanças. O cronograma de adaptação das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) já estaria pronto, mas não há data para que as mudanças estruturais comecem a ocorrer, devido ao processo administrativo necessário. Hoje, segundo a Prefeitura, 70% das escolas já estão acessíveis. “Precisamos do estudo para fazer as priorizações, saber quais prédios e áreas receberão a reforma antes. Começaremos o cronograma com equipamentos de Saúde, Assistência Social e Cultura”, disse Emanuelle. A Agência Anhanguera de Notícias (AAN) percorreu alguns locais públicos de Campinas e constatou a falta de acessibilidade. No Paço Municipal, por exemplo, o deficiente físico ou a pessoa com mobilidade reduzida têm dificuldade para acessar o local. O elevador inclinado (um sistema de trilhos instalado na escadaria) está quebrado há nove meses. Segundo a Prefeitura, o equipamento foi depredada nas manifestações de junho, no ano passado. O único acesso hoje para cadeirantes é pelas entradas nas ruas Barreto Leme ou Benjamin Constant. São cerca de 200 metros de subida. Dificuldades A cadeirante e dona de casa Maria do Carmo de Arruda, de 41 anos, afirmou que encontra muita dificuldade para se locomover e que já desistiu de tentar em alguns locais públicos. “Para ir à Prefeitura é difícil, nunca vou sozinha. Para subir, ou eu vou com alguém, ou de carro.” Maria usa há 37 anos a cadeira de rodas para se locomover. Segundo ela, a última vez que utilizou o elevador do Paço foi em 2009. Desde então, nunca mais o viu funcionando. São dois trilhos para as máquinas, que contam com interfone para o deficiente chamar auxílio, mas estão desativados. Outro lugar onde a acessibilidade é parcial é a Concha Acústica do Taquaral. O local, que recebe concertos, shows e atividades culturais, não oferece facilidade de acesso. Apesar de ter na arquibancada espaço reservado aos cadeirantes, não há caminho acessível até lá. A descida irregular, de paralelepípedos, e a falta de rebaixamento em algumas entradas e calçadas, dificultam a locomoção de deficientes. “A cidade não foi planejada para isso. Estamos atrasados, mas nos esforçando para mudar o cenário”, disse Emanuelle. A Prefeitura informou que o elevador ainda não foi consertado pois o projeto de adaptação do Paço incluirá reformas globais para garantir a acessibilidade ao prédio. O mesmo deve ocorrer com os edifícios públicos na Lagoa do Taquaral. fonte: http://correio.rac.com.br/

Reatech 2014

A Reatech 2014: principal evento de reabilitação, inclusão social e acessibilidade do país Com o tema: Levante a nossa bandeira , a próxima edição da Reatech | Feira Internacional de Reabilitação, Inclusão, Acessibilidade e Esporte Adaptado será realizada de 10 a 13 de abril de 2014, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, reunindo as principais e maiores marcas nacionais e estrangeiras do setor de reabilitação, inclusão social e acessibilidade. Com entrada gratuita, a 13ª edição do evento espera receber mais de 50 mil visitantes e público profissional, entre assistentes sociais, profissionais de clínicas e hospitais, educadores, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, pedagogos, terapeutas e estudantes. Além da área expositiva, a organização da feira preparou uma lista de atrações composta por seminários, cursos, oficinas, encontros científicos, palestras, arena de esportes radicais adaptados, pista para test-drive de veículos adaptados de diversas montadoras e área para equoterapia, entre outras atividades. Data: 10 a 13 de abril de 2014 Horário: 10 e 11 de abril de 2014 das 13h00 às 21h00 / 12 e 13 de abril de 2014 das 10h00 às 19h00 Local: Imigrantes Exhibition & Convention Center Mais informações: clique aqui Centro Imigrantes RODOVIADOSIMIGRANTES,KM1,5-CEP04329-900-SÃOPAULO-SP-BRASIL TEL:+55(11)5067-1717|FAX:+55(21)5058-9400 fonte:emigrantes g l

sábado, 22 de março de 2014

Governo do Estado oferece 332 vagas exclusivas para pessoas com deficiência

Inclusão. Com o objetivo de inserir as pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o PADEF (Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência), coordenado pela Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho (SERT), nesta semana oferece 332 oportunidades de emprego. “Essas vagas são importantes e valorizam o nosso trabalho”, frisa a supervisora do Programa, Marinalva Cruz. “Queremos neste ano, superar a marca de 2013, quando inserimos 832 pessoas no mercado de trabalho”, acrescenta. As vagas são para as mais diversas áreas e estão distribuídas entre a Região Metropolitana de São Paulo (50), Capital (238), Campinas (8), Franca (10), Sorocaba (10), Ribeirão Preto (4), Presidente Prudente (10), além de 1 vaga para trabalhar em Brasília e 1 para o Rio de Janeiro. O secretário do Emprego, Tadeu Morais, afirma que “Em 18 anos do PADEF realizamos inúmeras ações de conscientização, que resultaram no aumentou do conhecimento dos empregadores sobre a importância da inserção dessa parcela da população nos postos de trabalho espalhados pelo Estado”, conclui. SOBRE O PADEF – O Programa foi criado em 1995 e desde sua implantação inseriu mais de 13,5 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Para os interessados, o PADEF oferece avaliação de perfil profissional, orientação quanto ao laudo médico e as exigências do mercado de trabalho, encaminhamento para cursos e/ou vagas disponíveis, emissão de carteira de trabalho e habilitação do seguro -desemprego e divulgação de oportunidades de emprego. Para os empregadores, o programa realiza pré-seleção e encaminhamento de candidatos, salas para processos seletivos, orientação para análise de funções e palestras de sensibilização. COMO PARTICIPAR – As pessoas com deficiência e os empregadores devem se cadastrar no site: www.empregasaopaulo.sp.gov.br/maisemprego.mte.gov.br. Os documentos necessários para os candidatos às vagas de emprego são RG, CPF, PIS (quando tiver), carteira de trabalho, laudo médico com o Código Internacional de Doenças (CID) e Audiometria (no caso de deficiência auditiva). Para o empregador que deseja se cadastrar é preciso CNPJ, Razão Social, endereço e nome do solicitante da vaga. fonte: http://www.portalregional.net.br/

Cidade paulista recebe prêmio de turismo acessível

Referência em turismo de aventura, a cidade de Socorro foi premiada pelo governo espanhol pela inclusão de pessoas com deficiências. da Redação Considerado um polo de turismo de aventura no Brasil, a cidade de Socorro, a 132 quilômetros de São Paulo, vai receber no próximo dia 1º de abril, o Prêmio Rainha Sofia de Acessibilidade, outorgado pelo Conselho Real para Deficiência, do governo espanhol, em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e a Fundação ACS. A cerimônia será realizada no Palácio Zarzuela e terá a presença da rainha Sofia. O valor do prêmio é de aproximadamente R$ 50 mil. “É o reconhecimento internacional de um trabalho realizado em parceria com o Ministério do Turismo”, disse o secretário de Turismo e Cultura, Acácio Zavanella, lembrando que a inscrição da cidade para concorrer ao Prêmio Rainha Sofia foi incentivado pelo MTur. O Brasil tem pelo menos 25 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, de acordo com o IBGE. Nos últimos anos, o ministério investiu cerca de R$ 2,2 milhões em obras de infraestrutura para a cidade. O esforço de adaptação tornou a cidade um dos dez Destinos Referência em Segmentos Turísticos do Ministério do Turismo. Atualmente, quase 100% dos hotéis estão adaptados para os mais variados tipos de deficiência, assim como bares e restaurantes, que já apresentam cardápios em braile. Até os telefones públicos estão adaptados para pessoas com deficiência auditiva. Entre as mais de 20 atividades de aventura oferecidas em Socorro, dez já foram adaptadas e podem ser praticadas até mesmo por cadeirantes. A proposta de inclusão teve início com as atividades de aventura, em 2005, mas se expandiu para os serviços urbanos, públicos e privados. No Horto Municipal, por exemplo, existe um jardim aromático contemplando sinalização tátil (pisos alerta e direcional, mapas táteis e placas em braile) para deficientes visuais, rampas de acesso, além de banheiros adaptados. Socorro também segue a linha do turismo sustentável. Parte dos hotéis e pousadas usa energia solar para aquecimento dos chuveiros. Programas de reflorestamento compensam os danos causados pela exploração agropecuária. Há ainda projetos de educação ambiental e envolvimento da comunidade nas atividades turísticas com produção de artesanato local. Prêmio A premiação Rainha Sofia de Acessibilidade Universal foi criada em 2007. É destinada a municípios que se caracterizam por sua trajetória de políticas inclusivas, garantindo direito de acessibilidade como condição de igualdade e oportunidades. É subdividido em cinco categorias, três delas destinadas às cidades espanholas e outras duas para municípios latinos americanos. Os vencedores do prêmio de 2013, além de Socorro (SP), foram as cidades de Frigiliana, em Málaga; Linares, em Jaen e Logroño, no Norte da Espanha; além de Canelones no Uruguai.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Praia Grande recebe exposição com painel tátil para deficientes visuais

Mostra artística Vi(ver) é gratuita e acontece no Palácio das Artes. A visitação gratuita poderá ser realizada de terça-feira a sábado, sempre das 14 às 18 horas A Galeria de Artes Nilton Zanotti, em Praia Grande, receberá de 11 de março a 27 de abril a exposição “Vi(ver) – Diálogo Gráfico”, que reúne cerca de 50 produções paulistas contemporâneas feitas com diversas técnicas artísticas como desenho e gravura. A mostra contará também com um painel tátil manipulável, destinado a deficientes visuais e apreciadores em geral. A galeria faz parte do Complexo Cultural Palácio das Artes, localizado na Avenida Presidente Costa e Silva, 1600, Bairro Boqueirão, e a visitação gratuita poderá ser realizada de terça-feira a sábado, sempre das 14 às 18 horas. Na exposição, o visitante terá contato com as mais diferentes técnicas de gravura em metal, em relevo, monotipia e desenho, além de trabalhos gráficos realizados a partir de modernas ferramentas digitais. De acordo com um dos curadores da mostra, Hélio Schonmann, o visitante poderá conferir também um painel de matrizes de gravura (como o de xilogravura e stencil) e de estampas, que serão manipulados com auxílio de monitores. “É uma proposta que visa estimular novas formas de leitura da obra gráfica através da fruição gráfica. Além disso, queremos com isso promover a inclusão de pessoas com deficiência visual no riquíssimo universo das linguagens gráficas”. A partir das sensações originadas pela fruição tátil, os monitores apresentarão aos visitantes noções sobre os diversos processos de gravação e diferentes abordagens gráficas presentes nos trabalhos expostos. A galeria faz parte do Complexo Cultural Palácio das Artes, e a visitação é gratuita (Foto: Divulgação/Facebook) A galeria faz parte do Complexo Cultural Palácio das Artes, e a visitação é gratuita (Foto: Divulgação/Facebook) A exposição faz parte do ciclo Vi(ver), que percorre ao longo de 2014 sete municípios paulistas. O evento é uma realização da Casa de Gravura de São Paulo e conta com o apoio da Prefeitura de Praia Grande e da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo através do Programa de Ação Cultural. Visitas monitoradas podem ser agendadas através do telefone 3496-5707. E outras informações sobre a mostra podem ser conferidas no site www.viverolocal.blogspot.com.br. Encontro com artistas No dia 21 de março, às 19 horas, artistas com obras expostas na exposição realizarão uma roda de conversas com o público em geral para discutir a temática e tirar dúvidas dos presentes. O evento será gratuito e acontecerá na Galeria Nilton Zanotti. fonte : http://www.diariodolitoral.com.br/

SÃO PAULO TEM TEATRO COM AUDIODESCRIÇÃO, CONFIRA!

Para os amantes do teatro, ai vão duas opções de peças que estarão em cartaz este final de semana, com sessões com audiodescrição: ANNE SULLIVAN E HELEN KELLER – A LUTA PELA INCLUSÃO SOCIAL Inspirada na autobiografia de Helen Keller, livro “A História da Minha Vida” (The story of my life), lançado em 1902, a peça conta a história da menina Helen, surda-cega, que vive em um mundo de trevas, incompreendida e tratada como doente pela família. Com a chegada da professora Anne Sullivan, sua vida muda completamente, e as transformações significativas pelas quais ela passa acabam por afetar também a sua família. O espetáculo enfatiza a revolta que pode emergir de alguém que não compreende o mundo à sua volta e, além disso, enfrenta imensas dificuldades para se expressar, se comunicar, entender e ser entendido. Dias: 21 de março (sexta feira) e 23 de março (domingo). Teatro Maria Della Costa – Rua Paim, 72, Bela Vista. Horário: sexta feira: 21:00 horas / domingo: 18:00 horas. Preços: R$ 50,00 e R$ 25,00 Pessoas com deficiência e seus acompanhantes pagam meia entrada. Censura: 10 anos. Ingressos: www.ingresso.com.br ou pelo telefone 4003-2330 ÓPERA BRASILEIRA: O MENINO E A LIBERDADE Para quem está acostumado a somente associar óperas com a Itália irá se surpreender com a estreia de “O Menino e a Liberdade”, baseada na crônica de Paulo Bonfim, do compositor Ronaldo Miranda. O enredo discute a liberdade e está ambientada na cidade de São Paulo dos anos 50. O cenário principal de “O Menino e a Liberdade” é a Praça Roosevelt. Neste local, um garoto pré-alfabetizado observa o taxímetro da lotação e questiona: Mamãe, o que é ser livre? Em meio ao dia-a-dia movimentado da metrópole, uma simples pergunta faz com que todos os passageiros ao redor reflitam sobre o significado da palavra. Dias: 21 de março (sexta feira) e 23 de março (domingo) Theatro São Pedro - Rua Barra Funda, 171, Barra Funda (próximo ao Metrô Marechal - saída para Rua Albuquerque Lins). Horário: sexta feira: 20:30 horas / domingo: 17:00 horas Ingressos para pessoas com deficiência e seus acompanhantes: R$ 10,00 Telefone: 11 3667 0499 fonte:blogd dorina

quinta-feira, 20 de março de 2014

Artista com cegueira de cores implanta chip para 'ouvir' as cores

Um artista com cegueira de cores recebeu um implante em seu crânio e afirma poder “ouvir” as cores. Segundo o jornal Daily Mail, Neil Harbisson usa um olho eletrônico externo há dez anos, ele captura a frequência da cor usando uma câmera e transforma cada cor em vibrações de sons – ele foi o primeiro a instalar este tipo de equipamento. Conhecido como “Eyeborg” (cyborg de olho), o artista pediu para uma equipe de cirurgiões instalarem um chip em seu crânio e agora ele diz que pode perceber melhor as cores. O chip possui conectores wi-fi e bluetooth, com isso o artista pode ouvir as imagens enviadas de seu celular, sem olhar para elas. Neil Harbisson é portador de Acromatose, uma síndrome rara que o deixa ver apenas em preto e branco. Nos Estados Unidos, Apenas uma em cada 30 mil pessoas sofre da doença. Ele instalou o chip durante uma série de operações em Barcelona (ESP), entre dezembro de 2013 e março de 2014. O artista mostrará o resultado da operação pela primeira vez no dia 17 de março. Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/artista-com-cegueira-de-cores-impla...

Guia de cinema e vídeo para cegos e surdos

Filmes que voam 18/03/2014 Sugestões de acessibilidade para produtores e distribuidores de cinema, programadores de computador, professores de informática, pais e estudantes com deficiências auditiva e visual. da Redação Introdução As sugestões deste guia são fruto de uma experiência profissional em curso no www.filmesquevoam.com.br e das reflexões de quem vive no cotidiano os desafios relacionados à acessibilidade – pais, professores, pesquisadores, roteiristas, intérpretes, programadores. Optamos por uma abordagem mais prática que teórica, uma síntese técnica atual do que tem se mostrado eficaz. Para discutir a quantidade de temas que envolvem a fruição de um filme com os cinco sentidos, desconstruindo uma hierarquia dominada pelos olhos, seria preciso voltar alguns séculos e estudar várias ciências. Na teoria fílmica, esta reflexão está ancorada na ideia de sinestesia – a união de planos sensoriais diferentes –, que não parece interessar muito às produtoras e distribuidoras de filmes. O "príncipe dos sentidos", como Santo Agostinho definia o olhar, é quem manda. Poucos se dão conta de que uma pessoa pode "ver um filme" de outros modos. Esta pessoa, parte do público, pode ser um cego, que vivencia o OUVIR histórias, ou um surdo que vivencia o LER histórias, de forma similar àquela em que todo indivíduo RECRIA os espetáculos sensoriais de um filme com a sua imaginação, única e particular. Quem convive com pessoas com deficiência visual e auditiva constata que o cérebro tem potencialidades não utilizadas no cotidiano. Por exemplo, quando vê um cego usando o telefone celular com destreza ou quando observa um surdo desenvolver, com gestos, ideias sofisticadas e precisas. Segundo o Censo Brasileiro de 2010, há cerca de 15 milhões de pessoas com deficiências auditivas e visuais. Esse público poderia ter acesso a filmes brasileiros, se os produtores, distribuidores e profissionais de comunicação praticassem a alteridade – colocar-se no lugar do outro. Hoje é relativamente fácil comunicar-se com pessoas com deficiência. Existem tecnologias e formas consolidadas. Basta um pouco de atitude. Tentar usar os olhos como um surdo e os ouvidos como um cego. São experiências instrutivas, que estimulam a criatividade e a inteligência. Este guia não pretende reinventar a roda. A proposta é organizar recomendações de forma sintética e disseminá-las para que possam virar uma rotina possível dentro de cada produtora. Dá para começar de forma simples e direta, evoluindo aos poucos com pequenas tarefas nos levarão a produzir e distribuir filmes mais acessíveis. Torcemos para que pessoas capazes – na justiça, na medicina e na ciência, pais, professores e, permitam-nos acreditar, alguns políticos sensíveis – possam se ocupar do assunto com honestidade e genuíno interesse. Ainda há muito a ser desvendado pela neurologia, psicologia e outras áreas de conhecimento. Novos métodos e ferramentas surgirão. Por isso, estas indicações precisarão ser atualizadas de tempos em tempos. Mas não no essencial: a convicção de que qualquer pessoa pode se envolver com a arte e a cultura através dos filmes. Sugestões para produtores A primeira coisa que o produtor tem de saber é que não é preciso inventar o departamento de acessibilidade na empresa, ou cumprir imediatamente todas as diretrizes e padrões normativos sobre o tema. Claro que seria melhor entrar de cabeça no assunto e resolvê-lo de uma vez por todas, mas existem dificuldades, como a necessidade de compreender o assunto, de encontrar de uma cadeia produtiva equipada, falta de profissionais adequados e, sobretudo, limitação de orçamento. Por isso, opte pelas atividades mais fáceis para começar. Grandes emissoras de TV têm sistemas sofisticados para a produção de legendas ocultas (closed caption), com profissionais e softwares que sintetizam e interpretam as falas, para a legendagem em tempo real. Mas você não precisa deles porque não tem 24 horas de programas por dia. Para começar, se os seus filmes não tiverem legendas, chame o seu assistente de montagem e peça para ele separar todas as listas de diálogos dos seus filmes, que podem estar no roteiro e na versão final. Baixe da internet softwares gratuitos para legendagem e mãos à obra. Tudo o que o estagiário precisa é de uma versão do filme em baixa resolução e da lista de diálogos. Você pode salvar e exportar depois as legendas nos formatos indicados para cada mídia. Muitas pessoas com deficiência auditiva e alfabetizadas não vão se importar se as suas legendas omitirem indicações de sons (o telefone que toca fora de cena ou a descrição da música), porque para elas o sentido será facilmente capturado. Mas, certamente, a legendagem será melhor se você pedir ajuda a um especialista para saber quais ruídos são importantes e como desenvolver essa legendagem de ruídos. Depois, instrua o responsável pela distribuição para que nenhum DVD ou vídeo saia sem a opção de legendas em português. Se o assistente de montagem disser que não existem as listas, faça. Uma por vez, um filme por dia. Quando for possível. Festivais de cinema poderiam elaborar sessões específicas de acessibilidade, como faz a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Em projetos futuros Inclua três linhas na última página do seu orçamento (aquela que fala em pós-produção): audiodescrição, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e legendagem. Depois, breves telefonemas ou pesquisas na internet vão indicar a existência de profissionais especializados. Inclua a palavra "estimativa" para cada uma das linhas, e um valor na coluna seguinte. A estimativa resultante das suas pesquisas vai dar apenas uma base, porque os preços e o tempo de execução dos serviços variam de acordo com a região onde você está e com o tamanho do seu filme. Profissionais realmente capacitados ainda são poucos, mas cada vez mais escolas e instituições preparam gente que pode fazer o trabalho. A legendagem pode ser feita na própria produtora, com softwares gratuitos baixados da internet. Eles feram vários formatos, cada um destinado a mídias específicas. O mais comum é o “srt”. A versão em Libras precisa de um tradutor/intérprete, da gravação dessa interpretação e posterior edição. A audiodescrição precisa de roteiristas específicos, narradores e de uma nova edição de som. Siga os padrões recomendados para a janela da Libras. É bom que o tradutor receba o material bem antes, para que possa ensaiar a interpretação. Para gravar, use como som guia o original. O intérprete vai repetir para a câmera o que ouve no filme. Depois, na ilha de edição, vai ser mais fácil depois achar os pontos de entrada e saída. Libras e legendas são maneiras diferentes de se comunicar com deficientes auditivos, ambas válidas. Você pode escolher uma delas, dependendo do público que busca. Por exemplo, crianças ainda não alfabetizadas terão facilidade com Libras. A audiodescrição servirá para que os cegos “vejam” o seu filme. Ela é uma narrativa objetiva sobre o que se passa na tela. Nas próximas páginas, vamos apresentar sugestões práticas sobre como tornar as obras visuais acessíveis a esses públicos. Cegos e surdos no cinema A formação do gosto pelo cinema começa na infância. Pais, mães e familiares de crianças surdas, cegas ou com visão subnormal devem oferecer a elas o maior acesso possível às produções audiovisuais. Poucos cinemas brasileiros contam com recursos técnicos para audiodescrição, como cabines que transmitem a voz para aparelhos de rádio com fones de ouvido, ou mesmo os serviços de dublagem ao vivo e legendagem para surdos. Tramita no Senado um projeto de lei que torna obrigatória a acessibilidade para filmes nacionais. Você também pode contribuir, seja como espectador, produtor cultural ou gestor de empreendimentos. É muito importante o treinamento dos profissionais que trabalham no cinema. Às vezes, pequenos detalhes fazem a diferença. Por exemplo, pisos táteis e placas com o nome do filme em Braille. Dicas para lidar com deficientes visuais Estas orientações servem tanto para os profissionais que atuam em salas de cinema, teatro e espetáculos musicais como para uso em situações cotidianas, como, por exemplo, o atendimento a cegos no comércio e em serviços públicos. · Identifique-se e faça a pessoa cega perceber que você está falando com ela. · Lembre-se de que a pessoa cega dispõe de todas as demais capacidades, portanto, trate-a com naturalidade. · Ao guiar um deficiente visual, ofereça o seu antebraço para que ele possa segurar e acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você se desloca. Não o pegue pelo braço ou pela bengala. · Evite acariciar o cão-guia, para não distraí-lo em sua função. · Dê indicações que sejam claras para quem não enxerga. Por exemplo: “Venha para a frente e dobre à sua direita”. · Ao entregar pipocas a um cego, pegue na mão da pessoa e dê o saco para ela segurar. · Lembre-se que o cego não pode pegar o refrigerante com a outra mão. Ele precisa segurar a bengala e ainda no braço ou mão de outra pessoa. Ofereça ajuda para transportar o copo. · Pergunte ao deficiente aonde ele prefere sentar. Pessoas com baixa visão às vezes enxergam em “tubo” e podem achar mais confortável ficar nas poltronas mais afastadas da tela ou do palco. · Coloque a mão da pessoa no braço ou no encosto da cadeira e deixe que ela se sente por si mesma. · Quando for embora, avise ao deficiente visual, para que ele não fique falando sozinho. Cultura e linguagem dos surdos Antes de tudo, é importante saber que surdez não é uma condição única, ela varia de pessoa para pessoa. A perda auditiva pode ser leve, moderada, severa e profunda. Cada um desses graus tem características específicas que influenciam na acessibilidade. Quem tem perda auditiva profunda se comunica principalmente usando linguagem gestual e/ou técnicas de leitura labial. Há também várias classificações da perda de audição: por bloqueio das partes móveis do ouvido ou dano ao nervo auditivo, por exemplo. Na perda auditiva de som alto, as vozes femininas são mais difíceis de compreender; e na perda de som baixo, fica mais difícil entender as vozes masculinas. Mais que uma condição fisiológica, surdez é um modo de vida. Pessoas com deficiência auditiva têm um forte grau de pertencimento a uma comunidade, fortalecido pelo vínculo linguístico. Compreender essa cultura ajuda na comunicação e na acessibilidade. A linguagem gestual é uma das principais formas de comunicação dos surdos. Elas são línguas próprias, não equivalentes aos idiomas falados. Há várias versões – por exemplo, a American Sign Language (ASL), nos Estados Unidos e a Australian Sign Language (Auslan), na Austrália. No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como meio oficial de comunicação entre as pessoas surdas. Em Portugal, usa-se a Língua Gestual Portuguesa (LGP). Há também variações regionais. Outra forma de comunicação é a leitura labial, em que os surdos oralizados são treinados a “ler os lábios” dos interlocutores. Seus defensores argumentam que ela encoraja as pessoas surdas a fazer parte do conjunto da sociedade. A desvantagem é a inexatidão – leitores de lábios compreendem de 40% a 60% do que as pessoas dizem. Tenha em mente que: · Nem todas as pessoas surdas falam a língua de sinais. · Nem todo mundo fala a mesma linguagem gestual. Para se comunicar em Libras, é preciso combinar configurações de mão, movimentos e pontos de articulação – locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos. Existem profissionais especializados em traduzir produtos audiovisuais para a língua dos surdos. Procure os cursos universitários de Letras-Libras ou associações de surdos. Dicas para lidar com deficientes auditivos Algumas destas dicas para lidar com deficientes auditivos se aplicam a situações sociais em geral e também ao ambiente dos cinemas e outros espaços de espetáculos públicos: · Fale diretamente com a pessoa, e não de lado ou atrás dela. · Pronuncie suas frases devagar, mas com naturalidade. · O volume de voz depende da perda de audição da pessoa. Comece falando com o tom de voz habitual e, se a pessoa solicitar, fale mais alto ou mais baixo. · Faça com que a sua boca esteja bem visível, para permitir a leitura labial. · Não fale mastigando, pois isso torna os lábios ilegíveis. · Para chamar um surdo, faça algum sinal visual ou tátil, como acenar, acender e apagar uma luz ou até tocar o ombro da pessoa de leve. · Quando falar com uma pessoa surda, tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a luz, pois isso dificulta ver o seu rosto. Se estiver na penumbra da sala de cinema, use lanterna ou a luz da tela do celular. · As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer. · Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual. Se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou. · Se for necessário, comunique-se com a pessoa surda através de bilhetes. O importante é se comunicar. · Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete. · Se você se sentir inseguro, pergunte. Não tenha vergonha de pedir para a pessoa repetir. Normas técnicas de acessibilidade na TV Um documento de referência indispensável para produtores audiovisuais, educadores, gestores de espaços de cultura e o público em geral é a NBR 15290, Acessibilidade em Comunicação na televisão, publicada em 2005 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A Norma estabelece preceitos para viabilizar ao maior número possível de pessoas o acesso à programação televisiva. Resumimos as principais orientações sobre legendas e janela de Libras (veja onde baixar a íntegra em Fontes de Referência, ao final deste Guia): Diretrizes para legenda oculta em texto · Alinhamentos. Para produção de legenda oculta nos sistemas closed caption (CC, textos que aparecem opcionalmente na tela do televisor, a partir do acionamento de dispositivo decodificador), no sistema ao vivo, as legendas devem ser alinhadas à esquerda; no sistema pré-gravado, o alinhamento deve ser o que melhor informar o espectador, dependendo da posição do falante. · Caracteres. Devem ser de cor branca, para permitir maior eficácia na leitura, e estar centralizados em relação à tarja, de modo a permitir a acentuação, a cedilha e a inscrição das letras G, J, P, Q e Y sem alterar o tamanho e o alinhamento horizontal. Cada linha deve apresentar no máximo 32 caracteres. · Fundo/tarja. Nos sistemas CC ao vivo ou pré-gravado, deve ser de cor preta para proporcionar ótimo contraste e facilitar a leitura. · Número de linhas. No sistema CC ao vivo, o ideal e utilizar até três das linhas disponíveis no display da legenda. No CC pré-gravado, pode ser utilizado o número de linhas que melhor informar ao espectador, dependendo de fatores como quantidade de caracteres, o número e posição de falantes em cena, etc. · Posicionamento. No sistema CC ao vivo, a legenda deve estar preferencialmente na parte inferior da tela. Quando houver necessidade de inserção de outros textos na parte inferior, a legenda deve ir para o alto da tela. No sistema CC pré-gravado, pode-se posicionar a legenda em diferentes níveis, de acordo com situações cênicas específicas. A legenda deve estar próxima à pessoa que está falando. · Sinais e símbolos. o Aspas ( “ ) – devem ser usadas para citações, títulos de livros, filmes, peças de teatro, palavras ditas de forma errada, etc. o Início ( >> ) – no sistema CC ao vivo, deve ser usado para informar a troca da pessoa que está falando. o Hífens ( -- ) – devem ser usados para indicar interrupção da fala; o Nota musical – esse símbolo deve ser inserido no começo de uma música, fundo musical, voz cantada etc., e ficar por algum tempo, retomando tantas vezes quanto necessário, até entrar o texto. · Sincronia. Ao vivo, o operador ouve antes e depois envia o texto, com atraso máximo tolerado de quatro segundos. Em sistema CC pré-gravado, a legenda deve acompanhar o tempo exato do quadro ou da cena (frame). 10 · Efeitos sonoros. Todos os sons não literais, importantes para a compreensão do texto, devem ser transcritos e indicados entre colchetes. Por exemplo: [Latidos], [Criança chorando], [Trovoadas], [Porta rangendo]. · Falas e ruídos. Quando houver informações simultâneas de fala e sons não literais, a fala deve estar posicionada próxima ao falante e o som não literal, entre colchetes. · Identificação dos falantes. Quando a situação cênica não permite a identificação de quem está falando, ou o personagem está fora de cena (em off), o nome do personagem ou alguma informação que o identifique deve aparecer entre colchetes. Ex.: [João]; [Menino]; [Policial]. · Itálico. Deve ser usado para identificar falas fora de cena, narração, enfatizar entonação e para palavras em outra língua. · Música. o A informação sobre a música (se é fundo musical, rock, trilha de suspense etc.) deve vir entre notas musicais. o No caso de transcrição da letra, duas notas musicais seguidas, ao final da transcrição, devem indicar o seu término. o Sempre que possível, a letra da música deve ser transcrita. · Onomatopeias. O uso de informação literal do som deve ter preferência. Por exemplo, [latidos], e não [au-au]. Em programas infantis e cômicos, pode-se dar preferência às onomatopeias. · Tempo de exposição. Depende de vários fatores, como velocidade da fala, quantidade de palavras e de cortes de cena. Recomenda-se a seguinte exposição: o Legendas de uma linha completa: 2 a 3 segundos. o Legendas de duas linhas: 3 segundos. o Legendas de três linhas: 4,5 a 5 segundos. o Legendas para público infantil: 3 a 4 segundos por linha – usar frase simples e concisas. Diretrizes para a janela de Libras · Estúdio. O local onde será gravada a imagem do intérprete em Libras deve ter: o Espaço suficiente para que o intérprete não fique colado ao fundo, evitando assim o aparecimento de sombras. o Iluminação suficiente e adequada para que a câmera possa captar, com qualidade, o intérprete e o fundo. o Câmera de vídeo apoiada sobre tripé fixo. o Marcação no solo para delimitar o espaço de movimentação do intérprete. · Janela. o Os contrastes devem ser nítidos, quer em cores, quer em preto e branco. o Deve haver contraste entre o pano de fundo e os elementos do intérprete. o O foco deve abranger toda a movimentação e gesticulação do intérprete. o A iluminação adequada deve evitar o aparecimento de sombras nos olhos e/ou o seu ofuscamento. · Recorte ou wipe. Quando a imagem do intérprete de Libras estiver no recorte: o a altura da janela deve ser, no mínimo, metade da tela do televisor; o a largura da janela deve ocupar no mínimo a quarta parte da largura da tela do televisor; o sempre que possível, o recorte deve estar localizado de modo a não ser encoberto pela tarja preta da legenda oculta; o quando houver necessidade de deslocamento do recorte na tela do televisor, deve haver continuidade na imagem da janela. · Requisitos para a interpretação e visualização da Libras. Para boa visualização da interpretação, devem ser atendidas as seguintes condições: o a vestimenta, a pele e o cabelo do intérprete devem ser contrastantes entre si e entre o fundo. Evitar fundo e vestimenta em tons próximos ao tom da pele do intérprete; o no recorte não devem ser incluídas ou sobrepostas quaisquer outras imagens. Produção de DVD Ao produzir um DVD, deve-se incluir os seguintes recursos: · idioma original; · dublagem de língua estrangeira para o português; · CC no idioma original; · CC em língua portuguesa; · descrição em áudio de imagens e sons, na língua portuguesa, preservando as características dos efeitos estéreo e estéreo digital, bem como a qualidade do áudio; · janela com intérprete de Libras; · suporte de voz para permitir navegação pelos menus. Dicas de um intérprete O intérprete de Libras Tom Min Alves dá algumas sugestões e dicas práticas sobre acessibilidade para surdos em produções audiovisuais e em locais de exibição: · A cor da roupa do intérprete pode variar, para tornar a produção mais dinâmica: por exemplo, um figurino adaptado a um filme infantil de piratas. · Assim como os ouvintes aprendem uma segunda língua ao ver um filme estrangeiro com legenda, o surdo poderia desenvolver o seu português se pudesse visualizar ao mesmo tempo a janela de Libras e a legenda. · Em salas de cinema, pelo menos um dos profissionais que atendem o público deveria ser razoavelmente fluente em Libras. Também seria interessante a contratação de alguém com proficiência na Língua de Sinais. Essa pessoa poderia dar treinamento às equipes de lojas no shopping center, por exemplo. · O cinema que contar com estrutura de acessibilidade aos deficientes pode afixar cartaz com o símbolo nacional de surdez. Dicas de um espectador surdo Algumas sugestões práticas de Germano Dutra, estudante de cinema na UFSC, para a produção de legendas em produtos audiovisuais: · Dê preferência a descrições objetivas e evite redundância com o que está sendo visto. · Use linguagem sintética, mas seja fiel ao conteúdo. · Descreva os sons relevantes para a compreensão da história. Por exemplo, em um filme romântico, quando o casal se encontra, coloque o símbolo de música e acrescente [Música romântica] · Em comédias, não é preciso dizer quando é hora de rir, exceto quando há claque de risadas. · Use closed caption em comerciais. Surdo também faz compras. · Evite legendas com corpo muito pequeno. Isso costuma ocorrer em propagandas políticas. · Quando a voz estiver em off, coloque as letras em itálico. · Indique quando a voz for sussurrada, se isso tiver importância na narrativa. Audiodescrição Audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite acesso de pessoas com deficiência visual, entre outras, ao cinema, teatro, programas de TV, exposições, espetáculos de dança, passeios turísticos, eventos acadêmicos etc. Ela é fundamental para a inclusão de milhões de pessoas ao lazer, à cultura e ao conhecimento. Desde 1º. de julho de 2011, as emissoras de TV no Brasil são obrigadas a exibir pelo menos duas horas semanais de produções adaptadas para o público com alguma deficiência visual ou intelectual. Até 2020, as geradoras e retransmissoras devem exibir 20 horas semanais de programação adaptada. Profissional e informal Usualmente, a audiodescrição é realizada por atores treinados, a partir de um roteiro que segue padrões e técnicas específicas. Ela pode ser gravada, ao vivo ensaiada, ao vivo simultânea e em filmes estrangeiros não dublados. Certas modalidades requerem apoio técnico e ferramentas como roteiro, cópia do filme com time code para sincronização de áudio e vídeo, cabines de tradução simultânea e equipamento para edição do áudio. Muitos deficientes visuais veem filmes com audiodescrição informal, feita por familiares e amigos. Em geral, ela é improvisada e emotiva, mas nem por isso, menos importante. O conhecimento das preferências das pessoas deficientes pode ajudar a descrever o que é mais interessante e necessário para elas. Várias orientações que apresentamos para a audiodescrição profissional podem ser aplicar também nesses casos. Definições Algumas definições e comentários de especialistas ajudam a compreender melhor as principais características da audiodescrição: “...é uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica que transforma o visual em verbal,...contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar. Além das pessoas com deficiência visual, ela amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos”. (Lívia Motta – vercompalavras.com.br) “...consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela”. (Graciela Pozzobon e Lara Pozzobon – audiodescricao.com.br) “...é uma forma de leitura reveladora que evoca em seu público uma multiplicidade de sensações e sentimentos capazes de gerar uma revolução sensitiva muito necessária para a formação do gosto cinematográfico”. (Bell Machado – Ponto de Cultura) Diretrizes para audiodescrição Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicou um estudo com sugestões para o desenvolvimento da audiodescrição no Brasil.1 Sintetizamos algumas delas, acrescidas de um conjunto de diretrizes do American Council of the Blind (Conselho Americano dos Cegos)2. As sugestões abordam questões como a linguagem cinematográfica, o grau de detalhamento e as preferências individuais. Uma diretriz importante é que a audiodescrição não deve interferir no diálogo existente. Isso significa que há um tempo limitado no do qual a descrição deverá ser feita. Logo, nem tudo o que poderia ser descrito, o será. Estudos acadêmicos sugerem os seguintes procedimentos para uma boa audiodescrição: · Siga do geral para o particular, criando primeiro um contexto (espaço, tempo, situação) para passar em seguida aos detalhes. · Responda as quatro perguntas básicas: Quando? Onde? Quem? e O quê? As duas primeiras situam o espectador no tempo e no espaço como dia ou noite, nublado ou ensolarado. A terceira descreve quem aparece na cena: características físicas e relacionais do(s) personagem(s), vestuário, se é pai, mãe, namorado, etc. A última, “o quê”, descreve movimentos e gestos expressivos. · Faça uma descrição objetiva, com linguagem acurada e apropriada. · Escreva com simplicidade, clareza e concisão. · Descreva no tempo presente. · Evite termos técnicos, a menos que seja absolutamente necessário. · Evite a descrição excessiva, que às vezes antecipa a narrativa e desfaz as ambiguidades propositais do filme, retirando parte de seu encanto. · Leve em consideração a paleta sonora com todas as possibilidades que ela oferece na construção do sentido. O silêncio, em certas situações, pode ter o seu valor. · Não use termos ofensivos ou racistas (mas descreva a etnia quando relevante). · Experimente e invente um pouco, para tentar da conta da singularidade de cada filme. · Envolva os deficientes visuais no processo. 1 DAVID, Jéssica; HAUTEQUESTT, Felipe, e KASTRUP, Virginia. Audiodescrição de filmes: experiência, objetividade e acessibilidade cultural. Fractal : Revista de Psicologia. Vol.24, N.1, Rio de Janeiro Janeiro/abril 2012. 2 AMERICAN COUNCIL OF BLIND. Guidelines for Audio Description. 2003. Disponível em http://www.acb.org/adp/guidelines.html. O que é descrição objetiva? A descrição “objetiva” tem sido entendida como aquela que não demonstra envolvimento afetivo ou emocional com o filme. Mas, muitas vezes, a pretensa neutralidade pode produzir efeitos indesejáveis, com descrições monocórdias e robóticas. A descrição deve ser integrada à paisagem do filme, sem interpretar nem atribuir juízos de valor, mas com ritmo e adequação ao contexto. Dicas de uma roteirista A roteirista Mônica Magnani faz audiodescrições de filmes e outros produtos audiovisuais para emissoras de televisão. Ela compartilha algumas dicas práticas: - Ouça quem entende. É fundamental para o roteirista ter um consultor cego ou de baixa visão. Caso não seja possível, já que o prazo de entrega é sempre muito curto, conta-se com o diretor de gravação para fazer os ajustes necessários. Também ajuda participar de listas de discussão. - Assista ao filme todo. Este é o primeiro passo do trabalho, para detectar as “clareiras” de silêncio e as características da obra. Em seguida, passa-se ao roteiro. - Considere o público-alvo. Se o filme é para crianças, por exemplo, é importante evitar o vocabulário complexo ou rebuscado. - Redija com qualidade e rapidez. Roteirizar é um trabalho artesanal meticuloso que requer correções e ajustes. Também deve ser feito com qualidade e rapidez, pois, em geral, o roteirista dispõe de poucos dias de prazo. - Descreva o que vê, sem interpretar nem antecipar situações. Este é um dos maiores desafios para o roteirista. Alguns cegos classificam, com bom humor, de “audiodestruição” a audiodescrição que vai além da sua função básica. Exemplos: - Como NÃO descrever uma cena. “Dois rapazes se cumprimentam com um abraço efusivo, como se fossem amigos de infância”. - Como descrever a mesma cena. “Dois rapazes se cumprimentam com um abraço e sorriem”. - Atenção ao citar cores. Descreva as cores para ajudar as pessoas com baixa visão a localizarem o que está sendo descrito e para compartilhar o significado emocional da cor na produção. Exemplos: mulher de vestido vermelho berrante em um velório; cor branca como símbolo de “paz”. - Adote uma narração “branca”. Não apenas o roteirista deve evitar uma carga interpretativa muito forte, como também o narrador. Mas deve-se buscar um meio termo, evitando uma linguagem “robótica”. - Use vozes distintas. Vozes idênticas ou muito parecidas produzem confusão para o espectador cego. A voz do audiodescritor não deve ser a mesma da dos personagens. - Nomeie no momento adequado. O ideal é falar o nome do personagem quando o mesmo for nomeado no filme, o que nem sempre ocorre no início. Depois, não é preciso voltar a fazê-lo, exceto quando há muita gente falando ao mesmo tempo. Use o bom senso. - Economize adjetivos. A adjetivação torna o texto interpretativo e não é apreciada. Deve-se também evitar o pronome possessivo em excesso (“seu”, “sua”), que pode provocar ambiguidade. - Evite a “linguagem vazia” – palavras que não dizem o que se está vendo. - Como NÃO descrever uma cena: “Amanhece. Vista aérea da cidade, com os prédios ao fundo”. - Como descrever a mesma cena: “Amanhece. Céu em tons de azul e laranja. Algumas nuvens. Cidade coberta por uma tênue névoa”. - Inclua um resumo dos créditos. Os cegos gostam de saber quem fez o filme. A sugestão é citar diretor, roteirista, produtor executivo e atores principais. Acessibilidade na web Sintetizamos algumas orientações para quem programa, produz e publica na internet tornar o resultado do seu trabalho acessível a um amplo grupo de pessoas com deficiência – cegueira e baixa visão, surdez e baixa audição, dificuldades de aprendizagem, limitações cognitivas e outras. Estas recomendações são introdutórias e se baseiam no trabalho do W3C (Word Wide Web Consortium), comunidade internacional que cria padrões abertos para assegurar o crescimento de longo prazo da Web. Sugerimos a leitura do documento WCAG 2.0 (Diretrizes de Acessibilidade ao Conteúdo Web) – veja o link ao final deste Guia. Princípio 1: Conteúdo perceptível A informação e os componentes da interface devem apresentados aos usuários em formas que eles possam perceber. · Forneça equivalentes textuais para qualquer conteúdo não textual, de forma a permitir impressão em caracteres ampliados, Braille, fala (sintetizadores de voz), símbolos etc. Os elementos não textuais mais comuns são imagens de figuras, fotografias, botões, animações, mapas, filmes e sons. o Em código HTML, o atributo “ALT” (alternativo) é útil para fornecer descrições simples, como legendas de fotos e instruções de botões. o Para explicações muito longas ou complexas – por exemplo, de um gráfico –, utilize o ALT para um resumo e também o atributo “LONGDESC” (descrição longa) ou um “D” link, que permitem aos usuários acessar um texto em janela separada. o Evite usar o “ALT” para bombardear o usuário com informações inúteis ou meramente decorativas, como “um espaçador” ou “uma linha azul”. Nesses casos, use o valor vazio para o atributo: ALT (alt=“ “). Deixe um espaço em branco entre as aspas, para que o ALT seja ignorado por leitores de tela. o Ao dar link para um site externo, acrescente a informação (alt=“site externo”) · Áudio e vídeo devem ser acompanhados de legendas, audiodescrição ou tradução em língua de sinais. · Facilite a visualização. A cor não deve ser o único meio visual para transmitir informações. · Se o som tocar por mais de três segundos, deve estar presente um mecanismo para pausar, parar e controlar o volume. · O texto deve ser redimensionável e contrastável com o fundo. O ideal é que as cores do primeiro plano e do plano de fundo possam ser alteradas pelo usuário. Princípio 2: Conteúdo operável · Toda a funcionalidade do conteúdo deve ser operável através de teclado. Isso não significa, entretanto, desencorajar a entrada de dados através do mouse ou outros métodos, em conjunto com o teclado. · O site precisa fornecer tempo suficiente para os usuários lerem e utilizarem o conteúdo. · Deve-se evitar conteúdo que possa causar ataques epiléticos – com mais de três flashes no período de um segundo. · Sites acessíveis fornecem meios de ajudar os usuários a navegar, localizar conteúdos e determinar o local onde estão. Princípio 3: Conteúdo compreensível · A informação e a operação da interface de usuário devem ter formas de aumentar a legibilidade, tais como mecanismos para identificar palavras incomuns, jargões, abreviaturas e pronúncia. · É importante fazer com que as páginas Web surjam e funcionem de forma previsível. Isso inclui, por exemplo, uma navegação consistente, com os mesmos mecanismos repetidos na mesma ordem e posição em um conjunto de páginas. Princípio 4: Conteúdo robusto · É recomendável que o conteúdo seja compatível com os atuais e futuros agentes de usuário, tais como navegadores, leitores de mídia, plug-ins e tecnologias de assistência que ajudam a interagir com conteúdos Web. Exemplos de barreiras ao acessar o conteúdo de uma página · Falta de clareza e consistência na organização das páginas. · Imagens que não possuem texto alternativo. · Imagens complexas. Exemplo: gráfico ou imagem com importante significado que não possui descrição adequada. · Vídeos que não possuem descrição textual ou sonora. · Tabelas que não fazem sentido quando lidas célula por célula ou em modo linearizado. · Frames que não possuem a alternativa "noframe", ou que não possuem nomes significativos. · Formulários que não podem ser navegados com a tecla “Tab” em uma sequência lógica ou que não estão rotulados. · Navegadores e ferramentas que não têm suporte de teclado para todos os comandos. · Documentos formatados sem seguir os padrões web que podem dificultar a interpretação por leitores de tela. · Fontes com tamanhos absolutos, que não podem ser aumentadas ou reduzidas facilmente. · Uso de linguagem complexa sem necessidade. Uma dica de ouro: testar e validar Ao construir um site que ofereça o máximo de acessibilidade aos visitantes, teste-o com validadores automáticos e com pessoas com deficiência especialistas no assunto. Experimente o uso de diversos navegadores, como o Webvox, Lynx, Firefox, Opera, Internet Explorer e Safari. Revise a linguagem para deixá-la clara e simples. Revise o código para eliminar erros e adequá-lo aos padrões Web. Deixe as páginas ajustadas ao tamanho das letras em todo o site. Imagine-se no lugar dos usuários e tente antecipar suas dificuldades. E esteja sempre pronto(a) a aprender. ¤ fonte:rede saci