domingo, 31 de maio de 2015

I Congresso Internacional Online de inclusão e Reabilitação da Pessoa com Deficiência Visual está com inscrições abertas

Entre os dias 11 e 13 de dezembro de 2015 a internet será o palco do primeiro Congresso Online Internacional de Inclusão e Reabilitação da Pessoa Com Deficiência Visual. Neste evento congressistas e participantes do mundo todo se reunirão para debater assuntos relacionados ao mundo da deficiência visual. Promovido pelo Instituto Internacional da Deficiência Visual, o congresso acontecerá via web, através de videoconferência com direito a tradução simultânea para português, inglês e espanhol, assim todos de qualquer lugar do mundo poderão aproveitar todo o conteúdo apresentado. O Congresso tem como objetivo promover a troca de experiências que estão dando certo em outros países e regiões do Brasil, visando proporcionar um canal de interação e multiplicação de ideias que podem ser levadas a outros locais. Através desta troca as pessoas envolvidas com os temas reabilitação e inclusão poderão conhecer novas perspectivas e visões de mundo que podem ajudar na educação e no desenvolvimento da pessoa cega ou com baixa visão e ainda ajudar a levar este conteúdo para outros localidades. O evento é voltado para todas as pessoas interessadas em saber mais sobre inclusão e reabilitação, sendo elas deficientes visuais ou não, e contará com a presença de várias personalidades do ramo do Brasil e de outros países que compartilharão seus projetos e experiências Os interessados em participar devem se inscrever no Portal da Deficiência Visual enviando uma ficha de inscrição para o e-mail indicado. As pessoas que se inscreverem até o dia 31 de maio não precisarão pagar pela inscrição, a partir do dia 01 de junho a inscrição passa a ser R$ 100, depois de 01 de setembro o valor vai para R$ 150 e a partir de 01 de novembro passa para R$ 200. Para saber mais informações acesse o Portal da Deficiência Visual clicando aqui. No site já consta os nomes de alguns palestrantes confirmados que participarão do evento e a partir do dia 01 de junho será divulgado um cronograma preliminar. Então, para ficar por dentro de tudo que irá acontecer neste congresso histórico não deixe de acessar o portal e acompanhar as novidades.

sábado, 30 de maio de 2015

Porto Alegre: Exposição terá exploração tátil com audiodescrição

Na próxima quarta-feira, 3 de junho, a artista Márcia Braga, a OVNI Acessibilidade Universal e a administração do Centro Cultural Vila Flores vão promover uma visita de exploração tátil com mediação audiodescrita à exposição Este Corpo Já Foi Meu. Sobre a exposição Arte visual para tocar, sentir, escutar. Arte visual que te toca, desperta outros sentidos, que se desfruta também com as mãos, pelos ouvidos. Arte visual para quem não enxerga e, feito todo mundo, é sensível à beleza. Arte visual acessível e inclusiva, como tudo no mundo deveria ser. A exposição é constituída por 11 aguadas de nanquim sobre papel canson e 20 esculturas produzidas a partir de pequenas formas arredondadas, achatadas e pontiagudas modeladas em cerâmica e combinadas a materiais como meias-calças, espuma, lã, esmalte de unhas e aviamentos. O resultado são peças coloridas de superfície almofadada e flexível que contrasta com a textura rígida da argila queimada, algumas muito leves e outras, suspensas nas paredes ou no teto, mais pesadas. As figuras evocam seres marinhos como anêmonas, poríferos e mamíferos, compondo uma fauna onírica, fantástica e exótica. As obras foram produzidas nos últimos dois anos por Márcia Braga (Santo Ângelo/RS, 1973), que teve sua primeira exposição individual, Tactilis, apresentada em 2013 no StudioClio e agraciada com o Destaque em Cerâmica do Prêmio Açorianos. Este Corpo Já Foi Meu também é a primeira exposição individual a ocupar o galpão do Centro Cultural Vila Flores, espaço inovador em Porto Alegre que abriga, em um terreno de 1,4 mil m2, núcleos de educação, cultura e negócios criativos instalados em um complexo arquitetônico projetado no início do século 20 pelo arquiteto José Franz Seraph Lutzenberger e formado por três edificações e um pátio. Márcia, que recebeu o Prêmio de Incentivo à Criatividade no 20º Salão de Artes Plásticas da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, integra a Associação Cultural Vila Flores, o Bando do Barro e é idealizadora e ativadora do Projeto Vizinhança e do Café na Calçada. Informações da Revista Incluir

Parques de BH inacessíveis para pessoas que têm mobilidade reduzida

Foto de um cadeirante próximo a uma escada demonstrando não ter acessibilidade por não ter uma rampa. Quem projeta e cuida de parques deve saber que o acesso ao lazer e à prática esportiva precisa ser facilitado a todos. Porém, pessoas com dificuldades de locomoção lamentam os obstáculos enfrentados num simples passeio pelas áreas verdes da capital. Faltam intervenções simples, como rampas de acesso, pisos táteis e corrimões. Acompanhada de cadeirantes, a reportagem percorreu parques de BH e constatou a falta de acessibilidade em diversas atrações. As barreiras estão presentes inclusive nas Academias da Cidade, instaladas a céu aberto pela Secretaria Municipal de Saúde. No Parque Lagoa do Nado, na Pampulha, os equipamentos de ginástica ficam em local de risco para deficientes, que relatam dificuldades. Walker Márcio de Jesus, de 45 anos, dribla paralelepípedos e derrapa na brita para chegar à área de exercícios, que tem 12 aparelhos, montados à beira de um barranco. Três deles ele não consegue usar. Para Walker, o piso de cimento seria o ideal, “brita não ajuda, vira barro em dia de chuva”, afirma ele, que é ex-atleta maratonista e faz questão de se manter em forma. Zona Sul Para quem frequenta o Parque das Mangabeiras, a situação não é diferente, avalia a presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conped), Kátia Ferraz. “Vou até a portaria, mas não chego lá. Não tem trilha acessível”, afirma. Vizinha da área verde, ela aponta que os parques cerceiam a presença do público com mobilidade reduzida. É a sensação que fica para a bancária Lecir Martins Magalhães, integrante do Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência. De cadeira comum, explica, é impossível subir as rampas de qualquer parque da cidade. “No Mangabeiras, só vi a Praça das Águas, mais nada”. O funcionário público Eustáquio José de Oliveira, de 50 anos, concorda com Lecir. “Os espaços de circulação estão muito aquém do que determina a norma brasileira de acessibilidade”. Resposta Chefe do departamento Noroeste/Pampulha da Fundação de Parque Municipais (FPM), Hebert Pessoa reconhece que o critério da acessibilidade para deficientes físicos não foi observado na academia do Lagoa do Nado. Segundo ele, a mudança dos equipamentos de lugar deve acontecer em uma semana. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) é responsável por obras de acessibilidade, inclusive nos parques. O órgão não se pronunciou sobre as falhas mencionadas na reportagem. Conselho critica falta de planejamento de gestores Membro do Conped e diretor da Federação das Associações de Deficientes do Estado de Minas Gerais (Fademg), Eustáquio Oliveira questiona a não aplicação da Lei da Acessibilidade nos parques pela prefeitura e sugere que seja incluído no orçamento da PBH percentual destinado exclusivamente a essas ações. No Parque das Mangabeiras, segundo ele, o cadeirante tem acesso limitado às quadras de esporte. Das quatro portarias, apenas uma tem rampa. Só parte dos banheiros é acessível. Mesmo assim, o sanitário inclusivo fica fechado e é preciso solicitar um funcionário para abri-lo. No Espaço Esperança, dentro do parque, Oliveira só consegue chegar ao térreo se enfrentar uma rampa bem inclinada; ao piso superior, só por escada. “A vizinha Praça do Papa foi reformada duas vezes, mas também não tem rampa para cadeirante”. Barreiras “O poder público apenas apaga incêndio. Falta vontade política e social. Se tivesse planejamento, dava para dizer que os parques estarão acessíveis em dez ou vinte anos. Não se faz uma cidade acessível da noite para o dia”, afirma Oliveira. Presidente do Conped, Kátia Ferraz diz que gestores têm preguiça de pensar a acessibilidade para todos. “O problema está nas barreiras de atitude, na prepotência de alguns. Seria mais simples pensar na inclusão, e não o contrário. Não basta ter gente saindo da pobreza, é preciso tirar todo mundo da exclusão social, com a igualdade de oportunidades e o fim de todas as barreiras físicas e atitudes que roubam a dignidade das pessoas com deficiência”. Pequenas intervenções garantem conforto a todos Professora da Faculdade de Arquitetura da UFMG, Fernanda Borges Moraes explica que a acessibilidade deve ser pensada não só para pessoas com deficiência. “Pequenas intervenções nos parques produzem conforto para todos: crianças, idosos e para quem tem alguma limitação”. Ela aponta que o Parque Municipal tem rampas com declividade elevada. “Quem nunca quebrou uma perna não tem ideia das dificuldades de circular pela cidade”, afirma Fernanda. No Parque das Mangabeiras, com alguma dificuldade, o cadeirante chega à Praça das Águas, mas não tem acesso ao teatro de arena. Devido a declividade, a professora da UFMG sugere que o melhor é disponibilizar veículos próprios. “O mesmo vale para o Parque Ecológico da Pampulha”. Projetos Fernanda alerta que até em obras novas não há a preocupação de projetos com acessibilidade. “Permanece uma situação de anticidadania. A população está envelhecendo, isso significa restrições para a mobilidade”. O primeiro passo é ter planejamento, segundo ela, “o que o poder público não faz”. Para a professora, a reforma é sempre uma gambiarra. Elevador e plataforma são obras onerosas, mas tornar o mundo acessível, sem barreiras, no futuro, vai significar ganhos, eficiência e qualidade de vida. Ela destaca que há várias soluções para a acessibilidade, não é só fazer rampas e banheiros com barra. “A conjugação de soluções arquitetônicas e de design a cada situação garante níveis maiores de autonomia aos deficientes”. OLHO: “A lei exige a criação de mecanismos de acessibilidade aos prédios públicos e parques” Fernanda Borges Moraes – Arquiteta e professora da UFMG OLHO: “No Rio de Janeiro vou de cadeira de rodas ao Cristo Redentor e à Floresta da Tijuca” Eustáquio Oliveira – Membro do Conped. Fonte: site do Jornal Hoje em Dia por Ricardo Rodrigues – Foto: Carlos Henrique.

UFRR dispõe de equipamento para facilitar a leitura por deficientes visuais

—Estudante usa equipamento A estudante de psicologia da Universidade Federal de Roraima ( UFRR), Bianca Pizzano adora os livros. Apesar da paixão pela leitura a jovem sempre teve dificuldades para ler, pois possui baixa visão. De um olho enxerga apenas 20% e do outro é completamente cega. Para resolver o problema dela e de outros 45 alunos, o Núcleo Construir da UFRR doou para a instituição equipamentos de leitura para quem tem baixa visão. Ao todo, cinco máquinas que ampliam o texto lido na tela de um computador foram adquiridas. Duas estão na biblioteca central, uma no campus Cauamé, uma no Murupu e a outra na biblioteca do Colégio de Aplicação. Os equipamentos estão disponíveis para toda a comunidade, não somente alunos, das 8h às 22h de segunda a sexta e de 8h às 13h no sábado. “Eu acho que esse aparelho facilita muito a nossa vida porque antigamente as pessoas não tinham a capacidade de ler desse jeito, ampliado”, disse Bianca. A coordenadora do Núcleo Construir Lisiane Rodrigues, explicou que o aluno que tem baixa visão ‘precisa estar em constante aperfeiçoamento e fazer com que a visão esteja sendo estimulada por meio da leitura’. Segundo o diretor da Biblioteca, Elton Neves, o novo equipamento é muito intuitivo. Ele tem cinco botões: um vermelho, para ligar e desligar; um que muda o foco; um que altera a luminosidade e dois que mexem com o zoom. Fonte: http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2015/05/ufrr-dispoe-de-equipamento-para-facilitar-leitura-por-deficientes-visuais.html

Pessoas cegas pedem informação em braile em terminal de ônibus em SP

Foto de um ponto de ônibus com piso tátil O terminal de ônibus de Itapetininga Site externo. (SP), localizado no Centro, tem piso tátil, utilizado como guia para pessoas com deficiência visual, porém, falha na falta de um cronograma de ônibus com informações em braile, reclama Wesley Gamaliel, que tem deficiência visual e é presidente do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência. De acordo com Gamaliel, com a falta de informações as pessoas com deficiência precisam da ajuda de outros usuários para poder pegar o transporte público. “A acessibilidade tem que ser universal. Então, a partir do momento que tenho o piso tátil, mas não tenho a informação braile, para saber qual ônibus pegar no ponto, não é acessibilidade. Acessibilidade é a gente dar autonomia para a pessoa com deficiência, seja intelectual, visual, física, ou auditiva, a fazer o máximo que puder com independência.” A Prefeitura e a empresa responsável pelo transporte público na cidade, Rosa Turismo, não responderam sobre a reclamação e sugestão do usuário com deficiência até a tarde desta quinta-feira (28). No município há outras reclamações sobre falta de acessibilidade. O atleta de goalball e deficiente visual, Rafael Tavares, aponta que obstáculos atrapalham o tráfego pelas calçadas no Centro. “Podemos bater a cabeça, machucar o rosto e ferir os joelhos nos bancos. Quando não existe piso tátil os riscos aumentam ainda mais”, afirma. Para a dona de casa Gisele Caprara, caminhar pela área central é um desafio, afinal, o local é cheio de carros e motos. A deficiente visual lembra que precisa de ouvidos atentos ao atravessar as ruas. “Nem sempre as pessoas estão prontas para ajudar e às vezes é preciso arriscar”, conta. Desafios dos cadeirantes Os deficientes físicos também têm muitas dificuldades pra poder circular pelas ruas centrais. As calçadas esburacadas atrapalham o caminho e muitas vezes a cadeira de rodas não passa. O mecânico Joaquim Pi ressalta também que as más condições das rampas tornam o trajeto ainda mais difícil. “A rampa precisa ser mais reta, senão acaba atrapalhando. Fico muito triste com isso porque a gente (deficientes) se sente isolado”, reclama. A Prefeitura de Itapetininga informa que a Secretaria de Obras conta com nove fiscais que vistoriam se as calçadas estão de acordo com as leis municipais de acessibilidade, ou seja, a calçada não pode ter no sentido transversal degraus e rampas superior a 5%, deve ser revestida com material firme, estável e não escorregadio. A calçada deve obedecer o caimento das guias, diz ainda o Executivo. Fonte: G1 Site externo.

5ª Acessifest Celebra Diretos das Pessoas com Deficiência

A Funarte MG recebe shows, exposições, debates e oficinas na Acessifest, a Festa da Acessibilidade A Funarte MG recebe shows, exposições, debates e oficinas na Acessifest, a Festa da Acessibilidade No dia 30 de Maio (sábado), das 10 às 16 horas, a Funarte MG recebe a 5ª ACESSIFEST – A Festa da Acessibilidade. O encontro pretende valorizar as pessoas com deficiência e celebrar as conquistas e direitos do segmento. Estão previstos shows, circo, dança, de artistas com deficiência ou não. Exposições, palestras e rodas de conversa também fazem parte da programação. Assuntos como o nascimento, envelhecimento e sexualidade das pessoas com deficiência serão debatidos. Além disso, haverá um espaço lúdico, onde as pessoas poderão participar de atividades de lazer. Para os que estão procurando emprego, o evento promove curso de capacitação para pessoas com deficiência. Realização: Associação de Apoio a Deficiência Nossa Senhora das Graças (AGRAÇA); Associação Mineira de Reabilitação (AMR); Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e Comunidade (Apabb); Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte (APAE-BH); Associação+Acessível (AMA); Associação Crepúsculo – Arte saúde e educação sem barreiras; Centro de Estudos de Atendimento ao Menor (AME/CEAME); Centro Integrado de Atendimento Psicopedagógico (CIAP); Circo em Cena; Eni D´Carvalho; Federação Mineira Desportiva dos Surdos (FMDS); Fundação Dom Bosco; Instituto Superação; Mano Down; Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus; União Auxiliadora de Cegos (UAC-MG); Tina Descolada. Apoio: Fundação Nacional de Artes; Vereador Leonardo Mattos (PV); Flymídia; Mercado Central; Belotur; Prefeitura de Belo Horizonte; PROGRAMAÇÃO: 10h – Mano Down faz a abertura com Dudu do Cavaco 10h30 – APAE apresenta a Banda da Diversidade 11h – Fundação Dom Bosco apresenta Grupo de Percussão e dança folclórica 11h30 – Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus apresenta a dança cigana 12h- Circo em Cena apresenta espetáculo solo de palhaço 12h30 – Mano Down apresenta Marco Antônio no teclado 13h – Instituto Superação apresenta Hudson no violino 13h30 – APABB apresenta Grupo Musicoterapia 14h – Escola de Música Frei Leopoldo apresenta Grupo de Dança 14h20 – Ivan Nunes apresenta música popular 15h – Marta Alencar apresenta o Desfile Inclusivo 15h30 – Apresentação da quadrilha com Arraialdosemnome 16 – Apresentação do Grupo Forró Bão Dimais formado por pessoas com deficiência Exposição: “A Teia dos Sentidos” – com Eni D´Carvalho Oficinas: “Corações Solidários” “Sacolinhas de Papel” “Serviços de Fotografias Inclusivas” – Alta Estima Palestras e Rodas de Conversas: Bem Vindo Meu Filho. Vamos Ser Felizes? – Karina Ica Satti Meu Filho Envelheceu e Ai? – Walter Camargos Sexualidade – Fabíola Patrocínio Adequação Postural em Cadeira de Rodas – Christina Dutra Baptista 5ª ACESSIFEST – A FESTA DA ACESSIBILIDADE Data: 30/05/2015 (Sábado) Horário: Das 10h às 16 Horas Local: Funarte MG – Rua Januária, 68, Centro, Belo Horizonte/ MG Contatos: Andréa Trindade – 3555-1192 // 9217-7003 http://www.facebook.com/Acessifest2015 Fonte: Funarte

Mãe paga facilitador para filho com deficiência em escola pública do Rio

Mães de crianças com deficiência são obrigadas a pagar um "facilitador" para que seus filhos possam acompanhar as aulas em escolas da rede pública municipal do Rio de Janeiro. A denúncia foi feita por Sheila Velloso, que tenta, desde o começo do ano, matricular o filho Pedro, de 8 anos. Ela explica que o filho tem síndrome de Cornélia de Lange, uma doença neurológica rara, e precisa de acompanhamento constante, mas a escola pública em que ele foi matriculado, a Pedro Ernesto, na Lagoa, não oferece o serviço. “Fiz a matrícula dele e me falaram que no momento não tinha ninguém para acompanhar o meu filho. Concordei que ele não podia ficar sem ninguém. A diretora me apresentou uma menina que estava chegando e era facilitadora de outra criança. Ela disse que ia todo dia com a criança, e que a mãe paga R$ 1 mil para ficar com ele, orientando. Voltei na regional e me falaram 'no momento não temos ninguém, se você conseguir alguém, ótimo, você traz aqui e a gente faz a fichinha'”. Sheila conta que procurou a rede municipal depois de ter a matrícula negada em cinco escolas particulares e uma amiga elogiar o trabalho oferecido pelo município. Há cerca de um mês, ela resolveu dar visibilidade ao caso por meio de um abaixo-assinado virtual que já conta mais de 10 mil apoiadores. “O que eu sei é que toda criança tem direito à escola, seja ela deficiente ou não. É o caso do meu filho. Ele é especial, ele precisa de uma orientadora ou facilitadora, e eu fiquei sabendo que na rede municipal tem isso; outras mães têm isso; então eu fui buscar, eu queria isso para o meu filho também. Se tem direito, vamos lá, tem que ter direito, então. O objetivo é conseguir a escola, não quero mais nada”, enfatizou ela. Sheila explica que não existe associação no Brasil que reúna parentes de pessoas com síndrome de Cornélia de Lange, apenas grupos de apoio em redes sociais. A doença afeta o desenvolvimento físico e intelectual da criança. “Agora ele fica a semana toda dentro de casa, só faz terapia ocupacional e fono[audiologia], atividades paralelas, mas escola mesmo ele não está frequentando”, acrescentou. Fundadora da organização não governamental Escola de Gente, que trabalha com inclusão, a jornalista e escritora Cláudia Werneck ressalta que é obrigação do município garantir acesso à escola para qualquer criança, já que o direito à educação é tão indisponível quanto o direito à vida. “Toda criança tem direito à escola, e isso independe de como essas crianças são, se enxergam, se têm uma síndrome genética ou não. Não existe não aceitar uma criança. Nesse caso, a escola condicionou a aceitação da criança à mãe fazer desembolsos particulares de um facilitador, isso também é inconstitucional, a escola pública não pode cobrar nada da família dos estudantes”, ressaltou Cláudia. A procuradora Regional da República Eugênia Gonzaga, do Ministério Público Federal em São Paulo, especialista em direitos de pessoa com deficiência, explica que os apoios necessários à inclusão de criança com deficiência fazem parte da obrigação do Estado com a educação. Segundo ela, “é ilegal. Não tem previsão em lei isso, e já tem até uma nota técnica do Ministério da Educação falando que isso é irregular. A gente ouve falar isso há anos no Rio de Janeiro, e agora é que os pais começaram a denunciar. Fere o código do consumidor, fere o direito da criança, é uma discriminação indevida da criança com deficiência”. De acordo com Eugênia, os pais devem documentar a exigência feita, para comprovar a irregularidade no Ministério Público. “Elas [mães] poderiam comprovar de alguma forma essa exigência da escola, porque às vezes a escola fala isso de boca, mas na hora de colocar no papel não [confirma]. Então, talvez provocar uma resposta por escrito da escola, para que conste essa prova de que a escola está fazendo exigência, e levar isso para o Ministério Público Estadual”, sugere. A secretária Municipal de Educação, Helena Bomeny, garante que essa não é a prática da rede. “Eu não sei como chegou essa informação à mãe, porque isso não procede. Nós oferecemos um estagiário, voluntário, para ficar como mediador na sala de aula junto com o professor. Então, eu acho que é um grande mal entendido, porque não se pode cobrar nada”, destaca. De acordo com ela, o caso de Pedro Velloso foi o primeiro que ela soube, e a rede tem mais de 1.500 estagiários e voluntários que fazem a mediação de crianças com deficiência nas escolas. “A gente pode entender que em uma determinada escola, como não havia um aluno incluído, na hora não tem [mediador]. Então, a coordenadoria, junto com o Instituto Helena Antipoff, faz o remanejamento profissional para que a escola passe a ter o mediador. Às vezes demora um dia, dois, três dias, porque a escola não tem e vai passar a ter essa necessidade”, disse ela. A secretária explica que todas as coordenadorias regionais de Educação têm equipes do instituto, que é uma referência nacional em deficiência e altas habilidades, e que todos os casos de inclusão de criança com deficiência devem ser analisados por especialistas. “Quando a gente faz a matrícula de qualquer aluno com deficiência é importantíssimo que o instituto esteja presente, porque junto com os pais é que eles vão decidir onde o aluno deve ficar melhor, se numa classe especial, numa sala especial ou se vai ser incluído. A gente sempre tentar incluir o aluno, porque ele evolui muito melhor”, acrescentou. Sheila Velloso relata que só soube do Instituto Helena Antipoff na última segunda-feira (25), quando ligaram para ela marcando reunião para amanhã (28). Fonte:

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cegos na dança: audiodescrição ajuda a “ver” espetáculos

Hulda Bittencourt, fundadora da Cisne Negro, conversa com bailarinos em ensaio, que também é acompanhado por quem fará a narração do espetáculo Hulda Bittencourt, fundadora da Cisne Negro, conversa com bailarinos em ensaio, que também é acompanhado por quem fará a narração do espetáculo A Constituição Federal assegura que todos os brasileiros são iguais perante a lei. Mas, quando o assunto é acessibilidade, é fácil perceber que nosso cotidiano está bem distante de fazer valer os direitos previstos. Em uma iniciativa ainda isolada, o Centro Cultural São Paulo (CCSP), em parceria com a Cisne Negro, apresentou uma sessão com audiodescrição, encerrando a temporada comemorativa dos 38 anos de atividade da companhia de dança paulistana. O público com deficiência visual pôde acompanhar as coreografias “Sra. Margareth – Excertos de ‘Monger’” e “Trama”, que foram narradas. Ao todo, estavam disponíveis trinta fones de ouvido, em uma sala com capacidade para 321 pessoas. “Sra. Margareth – Excertos de ‘Monger’” (2013) é uma coreografia de Barak Marshall que conta a história de um grupo de funcionários que fica preso no porão da casa de uma patroa abusiva. Em “Trama” (2001), do brasileiro Rui Moreira, elementos da cultura popular são a inspiração para um olhar artístico sobre o povo brasileiro. Para Andrea Thomioka, curadora do CCSP, este foi o primeiro passo de uma longa jornada. “Precisamos pensar em todos os âmbitos de acessibilidade”, reconhece a gestora da programação de dança, para quem a audiodescrição se soma aos recursos já oferecidos pelo prédio, como piso tátil e biblioteca Braille. “Queremos que os cegos sejam um público cotidiano nas atividades de dança”, diz ela, informando que as pessoas com deficiência são numerosas no CCSP. “É a vocação do nosso espaço, que é público”, conclui. Dany Bittencourt, que compartilha com sua mãe Hulda Bittencourt a direção artística da Cisne Negro, diz que é um prazer colaborar com a oferta de espetáculos narrados. “Já fizemos com a peça ‘O Quebra-Nozes’. É fundamental promover o acesso à dança a todos”, diz ela. Direito de todos A jornalista Claudia Werneck enfatiza que o acesso à cultura é um direito de todos. E que promover a acessibilidade exige uma visão sistêmica, em que artistas, gestores e público pensam juntos nas soluções. “Em um teatro, o acesso tem que ser total: ao palco, à plateia, aos banheiros, camarins”, enumera a fundadora da Escola de Gente, do Rio de Janeiro. Autora de diversos livros sobre o tema, ela alerta para a necessidade de expansão do termo e do conceito. “A discussão sobre acessibilidade física é antiga. É um assunto que sempre aparece”, pontua. “Precisamos ter foco em acessibilidade na comunicação”, afirma. Claudia, que conduz uma iniciativa chamada “teatro acessível”, defende ainda que é necessário redobrar a atenção para que todas as pessoas possam participar e usufruir as atividades culturais. Andrea confessa que esta temporada será um aprendizado. As apresentações de sexta e sábado vão preparar a equipe para a sessão única com audiodescrição no domingo. “Não deixa de ser uma tradução”, diz ela. Dany, da Cisne Negro, não acha trabalhosa a preparação da versão narrada. Porém, considera que o custo não pode ser arcado pela companhia. “Nada é caro quando não discrimina”, destaca a jornalista Claudia, dizendo que deixar de oferecer atividades acessíveis afasta as pessoas do acesso a um direito fundamental. É o que Fernanda Bianchinni, do Ballet de Cegos, confirma. “Quando não há audiodescrição os cegos não vão”, revela, contando que suas alunas voltam “maravilhadas” de um espetáculo que conseguiram participar. A escrevente e bailarina Marina Guimarães, cega desde o nascimento, classifica a audiodescrição como um recurso eficiente, mas no caso da dança, ainda é preciso encontrar um “meio termo” para a descrição, para que sejam contemplados o público leigo e o técnico. “Quem entende de dança, precisa ouvir nomes de passos de balé”, exemplifica. Desde 1º de julho de 2011, é obrigatória no Brasil a existência de pelo menos duas horas semanais de conteúdo com audiodescrição para as emissoras com sinal aberto e transmissão digital, na condição de faixa de áudio adicional. Porém, não há nenhuma legislação específica para os teatros. Fernanda aposta que no futuro todos os realizadores de espetáculos estarão atentos à oferta de sessões acessíveis. Andrea sabe que a prática requer um novo aprendizado.  “Vamos amadurecer. A ideia é que vire rotina”, afirma a curadora do CCSP. Fonte: Terra

Concurso quer incentivar crescimento da moda inclusiva em Santa Catarina

foto: Cerimônia na Assembleia marcou lançamento da terceira edição do prêmio de moda inclusiva - Fábio Queiroz foto: Cerimônia na Assembleia marcou lançamento da terceira edição do prêmio de moda inclusiva - Fábio Queiroz Foi lançada na noite desta sexta-feira (22), na Assembleia Legislativa, a terceira edição do Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva, promovido pelo Instituto Social Nação Brasil, com apoio de várias empresas catarinenses. A cerimônia de lançamento contou com o apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência O objetivo principal do prêmio é estimular estudantes de moda e estilistas a desenharem peças de roupa voltadas para pessoas com deficiência, incentivando o crescimento da moda inclusiva no estado. A miss Brasil Cadeirante 2015, Caroline Marques Paiva, que participou da cerimônia, acredita que a moda inclusiva tem um papel importante para a inclusão desse público. “A moda é para ser para todos. Nós não somos diferentes das demais pessoas, também queremos estar na moda, valorizar a nossa beleza. Por isso, a moda inclusiva tem esse papel importante”, afirmou. Daniela Auler, coordenadora do Concurso Internacional de Moda Inclusiva, afirmou que a moda inclusiva ainda é um assunto novo entre os estilistas e nas escolas de moda, porém em franco crescimento. Ela também acredita que, além da valorização da beleza, as roupas adaptadas atuam na inclusão das pessoas com deficiência. “A moda é uma ferramenta social. A sociedade tem trabalhado muito com a questão da inclusão nos últimos anos e o vestuário tem seu papel nesse movimento”, declarou. A fisioterapeuta Dariene Rodrigues, também presente ao evento, é uma das pioneiras na moda voltada para pessoas com deficiência. Ela é diretora do Lado B-Moda Inclusiva, a primeira empresa a desenhar e produzir peças para esse público. Segundo ele, além da valorização da autoestima, as roupas inclusivas também facilitam o trabalho de quem atua como cuidador de pessoas com deficiência. “A moda inclusiva tem um papel importante na melhoria da qualidade de vida do cadeirante, do amputado”, acredita. O designer, estilista e professor de moda Mario Queiroz foi um dos palestrantes do evento desta noite. Ele destacou a necessidade do estímulo à moda inclusiva, não apenas na elaboração de peças adaptadas, mas, também na valorização na beleza dessas roupas. “Nosso objetivo é incentivar os alunos de moda a pensarem que as roupas também devem destacar a beleza, mexer com a vaidade das pessoas com deficiência”, disse. Jupira Dias, produtora do Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva, afirmou que as inscrições já estão abertas e podem ser feitas na fanpage do concurso no Facebook ou por e-mail. Ao todo, serão selecionados 20 trabalhos, que participarão de um desfile em Florianópolis, no dia 3 de dezembro. “Vamos fazer palestras pelo estado para incentivar alunos e estilistas a aderirem à moda inclusiva”, comentou. › FONTE: ALESC

13 de Dezembro de 2014 instituída a Bengala Verde para a baixa visão.

BENGALA VERDE – PARA QUE VOCÊ NOS VEJA Pessoas com baixa visão são aquelas com acuidade visual igual ou inferior a 20/200 ou com campo visual menor que 20 graus no melhor olho. Essas pessoas não são totalmente cegas, mas tem uma capacidade muito reduzida de enxergar. Os indivíduos que apresentam diminuição da acuidade visual tem uma série de problemas em sua vida diária, notadamente para realizar atividades como ler, reconhecer outras pessoas, cozinhar, dirigir, praticar esportes e assistir televisão. Já a alteração do campo visual compromete muito o caminhar, deixando o indivíduo propenso a tropeçar, esbarar em pessoas ou não identificar pessoas ao seu lado. Os problemas da baixa visão não podem ser solucionados com o uso de óculos ou cirurgias. Na grande maioria dos casos, são causados por doenças da retina ou glaucoma avançado, que não tem regressão. Segundo o senso do IBGE de 2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual. Desse total, 528.624 pessoas são incapazes de enxergar (cegos) e 6.056.654 pessoas possuem grande dificuldade permanente de enxergar (baixa visão ou visão subnormal). Infelizmente a baixa visão ainda é desconhecida pela grande maioria da população brasileira. Suas consequências no dia a dia dos portadores não são identificadas, o que faz com que os portadores não sejam compreendidos e, principalmente, respeitados! Isso, pois a baixa visão nem sempre é visível ou perceptível pelas pessoas pois o aspecto dos olhos costuma ser normal. Pessoas com baixa visão, por exemplo, podem conseguir usar melhor ou pior sua visão residual dependendo da iluminação. Alguns têm fotofobia na claridade ou cegueira noturna em condições de pouca iluminação. O campo visual e a capacidade de leitura também podem variar em função da iluminação. Para favorecer a leitura de um maior número de pessoas o tamanho das letras e o contraste da letra com o fundo do papel são importantes. Este cuidado simples funciona como ferramenta de acessibilidade para grande número de pessoas com visão subnormal ou mesmo de inclusão para idosos e demais indivíduos com leve diminuição da capacidade de leitura. Uma pessoa com baixa visão pode ter muita dificuldade de locomoção, mas ainda pode ser capaz de ler. Um caso verídico, que bem ilustra a situação é o do indivíduo com campo visual restrito que entra no vagão do Metrô utilizando sua bengala. Educadamente, os demais indivíduos do vagão cedem lugar para o indivíduo com a deficiência. O deficiente visual que tem visão subnormal agradece, senta-se e, na sequencia, abre um livro e começa a ler. Aquele que cedeu o lugar, por absoluto desconhecimento, sente-se enganado e agride o deficiente. O público leigo não entende que um indivíduo com visão subnormal pode ter o campo periférico extremamente reduzido a ponto de precisar de uma bengala para se locomover, as mesmo assim ser capaz de ler utilizando sua visão central. Essa é apenas uma das inúmeras situações do dia a dia que as pessoas portadoras de baixa visão enfrentam em função única e exclusivamente do desconhecimento da sociedade em relação à baixa visão. A utilização da Bengala Verde pelas pessoas de baixa visão tornará possível sua identificação e diferenciação em relação às pessoas cegas. Daí a importância do projeto Bengala Verde, que surge como um instrumento de comunicação dos indivíduos com baixa visão com a sociedade, tendo como objetivo a conscientização da sociedade brasileira acerca da existência e consequências da baixa visão. Somente através dessa conscientização, e consequente compreensão e respeito da sociedade, será possível melhorar as condições de acessibilidade, mobilidade e inserção social dos indivíduos com baixa visão. Seu apoio é fundamental. Divulgue essa realidade! GRUPO RETINA SÃO PAULO PROJETO BENGALA VERDE Mais informações sobre o projeto ou como adquirir a Bengala Verde ligue na sede do Grupo Retina São Paulo (11) 5549-2239 ou retinasp@retinasp.org.br bengalaverde

Cega enumera 10 erros que mais magoam quem tem deficiência visual

A americana Caitlin Hernandez, certa vez, ouviu da professora de canto que não poderia participar das aulas. Também teve questionada sua capacidade para acompanhar o ensino fundamental. Em todas as adversidades, ela se saiu bem: na primeira, contou com a ajuda de colegas, que contestaram a decisão da educadora. Na segunda, teve o incentivo do professor, o que a ajudou a ganhar confiança. Cega desde a infância, Caitlin sempre se destacou em suas atividades: escreveu três peças de teatro, fez contos e pequenas histórias, orienta crianças com e sem deficiência e cursa mestrado em educação na Universidade Estadual de São Francisco. Recentemente, ela também ganhou repercussão ao fazer uma lista com os dez erros que mais magoam pessoas cegas. Em um texto direto, ela diz que gostaria que muitos aspectos da cegueira fossem entendidos universalmente, como quando ela precisa ou não de ajuda e o fato de ela fazer algumas coisas diferentes, que não são mágicas ou maravilhosas de alguma forma – apenas diferentes. A lista, diz ela, são algumas coisas que a família e os amigos fazem. “Mesmo que não aconteçam frequentemente, elas tendem a machucar ou incomodar quando acontecem”, escreve a jovem. Leia, a seguir, quais são elas: 1. Evite fazer brincadeiras. Nada de perguntar quantos dedos estão levantados, exemplifica ela. 2. Não faça surpresas. Gritar buuu atrás de um amigo cego não é engraçado. “Se fizer isso, ou você vai levar um soco ou vai sentir a bengala batendo nos seus joelhos”, escreve. 3. Não brinque com a bengala. Nunca faça isso sem pedir, diz Caitlin. Se você quer saber como ela é ou andar um pouco com ela, pergunte antes. “Mas não fuja ou me deixe parada em algum lugar sem ela.” 4. Nada de ser um decorador de interiores. “Eu sei que, às vezes, é um acidente, mas não mova minhas coisas sem me dizer, especialmente se for dentro de casa e você sair em seguida.” 5. Não pense que pessoas com visão são superiores. Segundo ela, às vezes, alguém a diz, de uma maneira condescendente, como se vestir. “Eu não posso ver como estou, mas isso não quer dizer que eu não tenho senso de autoimagem e identidade. Se eu quiser um conselho, vou pedir”, avalia ela. 6. Pare de comparar. Para Caitlin, as pessoas são como sorvete: vêm em sabores diferentes. Por isso um cego não pode ser comparado a outro. Frases como “se ele pode fazer isso de forma independente, por que não você?” não fazem o menor sentido, analisa. 7. Seja um guia sensível. “Se formos próximos, vou dar a mão ou o braço. Se não formos, vamos no tradicional mão-no-cotovelo.” No entanto, diz ela, não vale apertar o pulso como se ela tivesse dois anos de idade nem puxar pelo ombro para mostrar onde ir. 8. Ajude e esqueça depois. Caitlin diz que quando ela estiver procurando a bebida ou o guardanapo ou quando a bengala ficar presa em uma rachadura na calçada, o melhor é apenas ajudar sem fazer cena sobre isso e sem disparar comentários durante o jantar. “Eu vou te amar para sempre se você ignorar esses episódios ou se você rir comigo e mantê-los entre nós”, escreve ela. 9. Não seja sem consideração. “Se eu fizer uma confidência sobre algo difícil ou assustador para mim, e ao qual a cegueira adiciona uma camada extra, por favor, não desconsidere meus sentimentos, dizendo: “Todo mundo se sente assim às vezes.” Todos têm suas lutas?, pergunta ela. “Claro. Mas a cegueira pode indiscutivelmente fazer nossas lutas diferentes”, acrescenta. 10. Eu não existo para fazer você parecer incrível. “Não faça um show ao me ajudar, apenas para você parecer uma heroína em frente ao cara pelo qual você tem uma queda”, provoca ela. “Não me trate como uma foca treinada: Caitlin, mostre a todo mundo como você lê em Braille, como usa o computador ou como anda em linha reta.” Mas, acrescenta ela, se você pedir gentilmente: “Caitlin, você se importaria de mostrar como você digita?”, ela responderia: “Eu ficarei feliz em fazer uma demonstração 90% das vezes”. O texto completo, em inglês, está disponível no site “The Mighty”. Por QSocial

Centro Histórico impede tráfego de pessoas com deficiência em São Luís

Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, a cidade de São Luís recebeu o título graças ao valor histórico do conjunto arquitetônico encontrado no bairro da Praia Grande. Mas essa riqueza não está sendo apreciada por todas as pessoas. Os portadores de deficiências ou pessoas com mobilidade reduzida enfrentam muitos problemas para se locomover no Centro Histórico. A falta de rampas de acesso aos prédios e calçadas é só um deles. Pelo menos é o que diz a autônoma Maria de Jesus Rocha. Ela, que é cadeirante, trabalha nas proximidades e afirma que enfrenta uma verdadeira maratona para passar pelo o Centro Histórico. Além de ter que ser obrigada a subir e descer calçadas que não são adaptadas, ela ainda tem que caminhar entre buracos e as péssimas condições nas ruas e calçadas. “É um raly de cadeira de rodas porque é complicado não só para o cadeirante como também para o deficiente visual, para o deficiente auditivo. É muito complicado porque tem vários obstáculos”, relatou a cadeirante. Os obstáculos dos cadeirantes ou de quem tem dificuldade de locomoção são antigos e já renderam até uma Ação Civil Pública. No entanto, não é só o cadeirante que enfrenta problemas. Os donos dos estabelecimentos também. Para tornar o lugar mais acessível e colocar uma rampa, por exemplo, só mesmo com a permissão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e tem que apresentar um projeto no órgão e só depois conseguir uma autorização para mudar alguma coisa. O comerciante Francisco Rego não conseguiu e resolveu fazer por conta própria uma rampa, só pra não perder a clientela que tem algum tipo de deficiência. “Eu avisei e o Iphan não permitiu, mandou que eu tirasse. A Prefeitura mandou que eu colocasse e o Iphan mandou que eu tirasse e eu não tirei. Afinal de contas, aqui a gente não sabe quem obedece: se é o Iphan ou se é a Prefeitura, se é o Estado”, explicou. Esses problemas são discutidos há anos entre as pessoas portadoras de deficiência e o poder público. Agora, o Ministério Público Federal no Maranhão está cobrando uma resposta do município de São Luís através de uma Ação Civil Pública para saber o que aconteceu com o plano de mobilidade e acessibilidade urbana para o centro de São Luís. A especialista em Acessibilidade Cultural pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj), Alessandra Pajama, afirma que o debate em torno desse assunto já dura desde o ano de 2010. “Desde 2010 que houve um Termo de Ajustamento de Conduta que a gente aguarda que tenha um desfecho. Pessoas com baixa mobilidade, que não tem nenhum tipo de deficiência já tem aquela dificuldade de mobilidade por conta das pedras, que é histórico e a gente respeita isso, mas o que a gente quer garantir é o Patrimônio da Humanidade com a humanidade fazendo parte desse patrimônio também. Eu acho importante que a gente tenha esse pensamento inclusivo. Apesar da gente não gostar muito da inclusão. A gente quer é acesso”. O Iphan, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai adaptar 22 casarões e alguns espaços públicos para pessoas com deficiência. Nos prédios vão ter elevadores, rampas, piso tátio e barras de apoio. A Superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, afirma que as pessoas com pouca mobilidade serão atendidas, contudo tendo cuidado com o acervo arquitetônico do Centro Histórico de São Luís. “Dentro do PAC das Cidades Históricas o Iphan já teve essa preocupação. Aliás, não é preocupação, é obrigação porque está na legislação de contratar todos os projetos, dos equipamentos culturais, espaços urbanos que nós estamos intervindo com o programa de acessibilidade. Claro que em alguns momentos a gente tem certas restrições, certos limites. Temos que atender a acessibilidade, mas também temos que olhar para a questão da originalidade do monumento em questão, mas sempre adaptando”, esclareceu. fonte:g1

Violência contra pessoas com deficiência é tema de encontros nas regiões de Santa Fé e Franca. INSCREVA-SE.

Em menos de um ano, mais de 14 mil ocorrências relacionadas à violência contra pessoas com deficiência foram oficialmente registradas no estado de São Paulo. Identificar e encaminhar esses casos é tarefa de toda a sociedade, mas principalmente dos agentes públicos. Para orientar sobre a melhor maneira de enfrentar essa questão e prevenir novos fatos, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo está promovendo este ano 26 edições dos Encontros Regionais sobre Violência contra Pessoas com Deficiência. Os próximos encontros acontecem em Santa Fé do Sul (12/06) e Franca (26/06). De 13h30 às 17h, serão abordados temas como: O que é Deficiência?; Características da violência contra as pessoas com deficiência; e Como estruturar um trabalho em rede para prevenir e enfrentar estes casos de violência. O público alvo é composto por profissionais da educação, saúde, assistência social, segurança pública, justiça, conselhos tutelares e outras entidades ligadas à defesa de direitos. Inscrições gratuitas e outras informações: http://encontro.regional.sedpcd.sp.gov.br

Natação Inclusiva busca apoio da reitoria

Cadeirante ao lado da piscina. A Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFE) oferece diversos cursos comunitários como forma de atividades de extensão. Além de colaborar para a manutenção da saúde e qualidade de vida dos alunos inscritos, também é uma boa maneira dos graduandos praticarem o que é ensinado em sala de aula através de um estágio ou monitoria. Além do público em geral, a escola também oferece um curso de natação para pessoas com deficiência, seja ela intelectual, sensorial ou motora. Frente à necessidade de pagar muitos estagiários para atender às demandas específicas de cada aluno, o curso destinado às pessoas mais comprometidas corre o risco de ser enxugado ou até mesmo fechado, já que não existe no Júpiter Web – sistema online da USP responsável por arquivar o desempenho do aluno nos diversos âmbitos da faculdade, desde a graduação até o estágio – uma opção de horas de estágio condizente com às cumpridas pelos graduandos. A importância do esporte para deficientes O esporte para deficientes teve início sob o aspecto terapêutico da prática da atividade física. O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, indicava banhos e exercícios para pessoas com deficiência como forma de instrumento de tratamento da saúde. Já nos anos 40, logo após a segunda guerra mundial, a atividade física começou a ser aplicada em lesados modulares e paraplégicos provenientes das batalhas. Além de tratar a parte motora, o esporte também ajudava no setor emocional do paciente. Elisabeth de Mattos é professora da EEFE e ministra as disciplinas Esporte e Deficiência I e II. Além disso, ela é a responsável pelo programa “Natação Inclusiva”, destinado a pessoas com deficiência: “o esporte tem importância no aspecto terapêutico e no social, sendo uma forma de trazer o aluno de volta para o convívio, mesmo que seja um convívio segregado. Com isso, o esporte é um instrumento grande de inclusão, trazendo uma vida de cidadania plena”. Natação Inclusiva O programa, criado há 18 anos, atende pessoas com diversos tipos de deficiência. O futuro aluno passa por uma triagem gratuita para saber se consegue entrar sem problemas na piscina e acompanhar as aulas. “Essa triagem é justamente para termos uma avaliação inicial do aluno e para ver se ele gosta da piscina”, conta Elisabeth de Mattos. Existem três níveis de curso: a adaptação, para o aluno que não sabe nadar, a iniciação, para o indivíduo que sabe nadar porém não sabe os estilos, e por fim o condicionamento físico, destinado às pessoas que já sabem nadar dois ou três estilos e vão fazer um condicionamento parecido com o de uma academia. Os alunos nadam duas vezes por semana, mas as aulas não estão focadas em competições. “A partir do momento em que o aluno chega no condicionamento físico, que eu chamo de aperfeiçoamento, ele está pronto pra ir para um clube, ter um curso regular e até ir para competições. Caso ele não queira, pode continuar nesse de manutenção”, explica Elisabeth de Mattos. Limitações Mesmo oferecendo um curso para pessoas com deficiência, o espaço da piscina não é tão adaptado como deveria. “A piscina não tem todas as adaptações que eu gostaria que tivesse. Embora eu tenha um elevador hidráulico portátil, ele é muito demorado. Se todos os alunos precisassem usá-lo, até o final da aula eu não teria colocado todos na água. Então apenas um ou outro eventualmente o usam. Fora isso, eles têm que aprender a entrar e sair da água sozinhos ou então nós temos que conseguir içá-los para fora da água”, conta a professora. Outro problema estrutural é o vestiário. Mesmo sendo adaptado para atender esse público, ele não é misto, o que traz dificuldades na hora de trazer acompanhantes. “Existem diversas situações em que o deficiente precisa de um acompanhante no vestiário para se trocar e tomar banho, porém esse acompanhante é de sexo diferente do aluno, como por exemplo mãe e filho ou marido e mulher. É complicado, as mães têm que dar um jeito de vir com os filhos no vestiário feminino em um horário de menos movimento, ou se não eles só passam no chuveirinho e vão embora de roupão mesmo. Se a pessoa não se sentir a vontade por causa dessas limitações, provavelmente não vai frequentar nosso curso”, conta Elisabeth de Mattos. Curso em risco As aulas de sexta-feira são destinadas aos alunos muito comprometidos, seja cognitivamente ou fisicamente, portanto cada um precisa de um instrutor individualizado. Essa parte do curso é deficitário, já que o pagamento realizado pelos alunos não cobre o pagamento dos monitores. Além disso, a universidade só oferece dois tipos de estágios remunerados: de 20 ou 30 horas semanais. “Estou tendo um problema sério com a USP. Se tivesse um campinho no Júpiter onde eu pudesse selecionar um estágio de 12 horas semanais, os monitores já teriam as horas da aula em si mais as do planejamento, das reuniões semanais de uma hora e da leitura de atualização. Ou seja, eu tenho como completar um estágio de 12 horas. Daí com o valor que a gente arrecada, já que esses cursos são pagos, eu teria como pagar o meu estagiário e manter o curso”, conta a professora. Devido à falta dessa terceira opção para estágios da USP no sistema Júpiter WEB, a professora está correndo o risco de fechar o programa depois de 18 anos. A diretoria da escola enviou uma carta para a reitoria tratando desse tópico em mais algumas outras pendências, porém Elisabeth não recebeu uma resposta para sua demanda: “Eles responderam às outras coisas e nem sequer tocaram no assunto disso. Nós não vamos poder continuar assim porque se eu tiver que colocar um estagiário e pagar o valor de 20 horas, nós não teremos esse dinheiro e vai ser mais um ônus para a própria universidade”. Atualmente o “Natação Inclusiva” possui cerca de 120 alunos cadastrados. Contudo, com o problema de pagamento de estagiários, o curso corre o risco de diminuir para apenas 20, que é a quantidade de alunos que o coordenador consegue atender nesses horários. “Na sexta que são as pessoas muito comprometidas, é um aluno para cada monitor, então como vamos fazer? Se o estagiário quiser vir só de sexta ele vai ganhar duas aulas só. Não posso pagar 20 horas para ele trabalhar duas, que ao todo vão dar 5 horas semanais somando com o planejamento. Ou seja, ele estará ganhando 15 horas a mais do que deveria. Vou estar jogando dinheiro fora. Eu acho isso contra producente para o aluno USP. Mas e como eu faço com o curso? Porque está difícil de falar com a reitoria”, explica Elisabeth de Mattos. Além de um enorme prejuízo para os alunos de natação, é também para os estagiários, graduandos da EEFE. “Eu poderia fazer esse curso somente com o aluno e seu acompanhante, e o coordenador auxiliaria de fora. Mesmo assim eu teria que enxugar o curso e não teria a mesma vivência para o estagiário, que é muito rica. E também não teria a mesma vivência para os alunos. Então é um problema. É esse o modelo que eu tenho atualmente”, conta a professora Elisabeth de Mattos. O Jornal do Campus tentou entrar em contato com a reitoria da universidade, porém não recebeu nenhuma resposta antes do fechamento desta edição. Fonte: site Jornal do Campus por Mariana Miranda.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Aplicativo de celular pode salvar milhões de pessoas pobres da cegueira |

O “oculista de bolso” permite que exames oftalmológicos sejam realizados em qualquer lugar na Terra. Pessoas com praticamente nenhum treinamento para realizar exames oftalmológicos conseguem fazer isso por meio deste aplicativo. Milhões de pessoas pobres em todo o mundo podem agora ser salvas da cegueira graças a um novo aplicativo de celular. Os cientistas criaram o Portable Eye Exame Kit (PEEK), que são dados que podem ser transferidos para um smartphone e usados para executar testes básicos de vista. Os resultados podem ser salvos no telefone e enviados por e-mail para os médicos, que podem analisá-los corretamente. O aplicativo inovador está sendo testado em 5.000 pessoas no Quênia, e os desenvolvedores esperam que isso possa ajudar a tratar as milhões de pessoas em risco de se tornarem parcialmente cegas ou deficientes visuais. O sistema ainda está sendo usado por equipes na Antártida. A Organização Mundial de Saúde diz que 285 milhões de pessoas são cegas ou tem alguma deficiência visual, e que 90% dos doentes vivem em países de baixa renda. No entanto, o que eles também acreditam que quatro em cada cinco casos poderiam ser evitados ou curados. Cientistas da London School of Hygiene and Tropical Medicine, que desenvolveu o aplicativo, têm trabalhado pesquisas em 10 escolas quenianas e em uma série de aldeias. Um porta-voz do projeto disse: "Nós pensamos sobre a redefinição da simplicidade desse aplicativo com a nossa gama de testes de acuidade visual para telefone. Estamos produzindo alguns novos testes inovadores para trazer inovações sobre a distinção de cores e contrastes. Muitas crianças não vão muito bem na escola devido a problemas de visão não diagnosticados, que, quando corrigido, lhes dá uma maior oportunidade de desenvolver seu potencial”. A pesquisa traz informações de que o sistema PEEK é acessível, fácil de usar, em detrimento do equipamento hospitalar, que custa mais de R$ 400 mil e requer uma equipe de 15 pessoas treinadas para operar. O uso do aplicativo em adultos ainda está em análise, mas os primeiros resultados sugerem que ele é eficaz em coletar problemas de visão. O aplicativo de smartphone usa uma sequência de letras decrescente com um teste básico de visão e usa a lanterna da câmera para iluminar o fundo do olho e a retina, verificando se há alguma doença. Richard Meddings, o presidente do “Seeing is believing” do Standard Chartered, disse: "O desenvolvimento de métodos eficazes para a triagem de crianças na escola é um desafio chave para eliminar a cegueira evitável”. As imagens são classificadas e os pacientes diagnosticados, seja por meio de um processo automatizado ou através do envio de imagens digitais para uma rede de especialistas em todo o mundo. O PEEK pode diagnosticar cegueira, deficiência visual, catarata, glaucoma, degeneração macular, retinopatia diabética e outras doenças nervosas. Ele também pode identificar indicadores cruciais de tumores e hemorragias cerebrais. O sistema armazena as informações de contato, dados de GPS para cada paciente e usa o Google Maps para o acompanhamento e tratamento de pacientes. fonte:jornal ciencia

Garota deficiente visual faz sucesso com vídeos de automaquiagem no YouTube

A britânica Lucy Edwards, de 19 anos, seria mais uma das milhares de meninas dando dicas de maquiagem no YouTube se não fosse por um detalhe: ela é deficiente visual. A vlogger e estudante de Direito teve uma doença rara que a deixou cega do olho direito aos 11 anos e, aos 17, com a visão completamente comprometida. Contudo, isso não a impede de compartilhar suas preciosas dicas de makeup e fazer ela mesmo sua maquiagem. Foto da menina segurando alguns produtos de maquiagem em suas mãos. A gente conhece a incrível capacidade de adaptação do ser humano. Graças a isso e a uma ajuda de sua irmã, Lucy conseguiu adaptar sua rotina de maquiagem, utilizando o tato para fazer o traço certo. A garota passa base na pele, delineador, lápis, rímel e batom – este último, ela afirma ser o mais complicado. Mesmo sem enxergar, ela consegue uma precisão invejável e conta que a maquiagem ajuda a manter sua auto estima em alta. “Ficar mais bonita faz com que eu me sinta melhor por dentro“, afirmou em entrevista aoBuzzFeed. Clique aqui e tenha acesso ao vídeo Fonte: site Hypeness.

Labradores são usados em tratamento de crianças com deficiência em MT

Foto de dois labradores com crianças ao fundo Duas fêmeas da raça labrador têm feito a diferença no tratamento de crianças com deficiência no Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão João Ribeiro Filho, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O projeto é desenvolvido pelo 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros da capital. Semanalmente, os cães participam da rotina da unidade com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento das crianças. As visitas começaram há duas semanas, mas, segundo os profissionais, já tem apresentado resultado positivo. "Todos os funcionários elogiaram muito o projeto. As atividades aumentam a disciplina e a vontade de participar do grupo”, contou o responsável, Cláudio Alves Correia. Ele contou a história de uma das crianças retraídas que perdeu o pai recentemente e que, com a chegada dos animais passou a fazer parte do grupo. “Depois da terapia com os cachorros, ela mudou completamente. Começou a participar das atividades, a se envolver, e isso é bom”, contou. O centro especializado atende 380 crianças com deficiência mental, física e intelectual. Os cães acompanham todas as atividades diárias da unidade. "A ideia é que os animais estejam com as crianças durante todas as etapas. Eles vão com elas na fisioterapia, na sessão com o fonoaudiólogo e nas atividades com a pedagoga", explicou. O capitão do Corpo de Bombeiros, Rafael Ribeiro Marcondes, é um dos idealizadores do projeto. Por acompanhar as crianças nas atividades diárias, o cão é como um facilitador. “É notória no mesmo dia da sessão. Tem crianças que são mais retraídas, ficam no cantinho, não querem participar, mas com a ajuda dos cães começam a participar”, afirmou. Fonte: G1 Site externo.

Garçons cegos, clientes no escuro

Pessoas com visão normal descobrem que não é fácil para comer uma refeição quando não se tem visão Um restaurante francês que deixa seus clientes na mais completa escuridão tem feito um grande sucesso na Europa, e em breve será inaugurado também nos EUA. Sua popularidade está presente em lugares como Paris, Londres, Moscou, Barcelona e São Petersburgo (Rússia). O motivo não está somente na boa comida servida. É que ela é servida por garçons cegos ou deficientes visuais para um público que fica vendado o tempo todo: É o “Jantar no escuro” (Dining in the Dark). No início, a ideia foi recebida como um conceito absurdamente bizarro, mas surpreendentemente logo se tornou popular ao levar os clientes a descobrir como é ser cego e como habilmente os garçons cegos se adaptam às suas condições. Edouard de Broglie, fundador da cadeia de restaurantes, diz que “queria mostrar que uma empresa onde 50 por cento dos funcionários são deficientes pode ser produtiva e prosperar." E está motrando, pois seus restaurantes têm servido mais de um milhão de pessoas. O primeiro restaurante originou o título "Blindkuhe", que poderia significar "vaca cega" ou "cabra-cega" em alemão. Foi inaugurado em 1999, em Zurique, e iniciou uma tendência que se espalhou para a França e foi copiado em todo o mundo. Eles costumam usar garçons com deficiência visual para orientar os clientes através de uma sala de jantar com pesadas cortinas pretas. Neste breu absoluto é servido um menu de surpresa, com dois ou três pratos. Ou seja, o cliente não tem ideia do que está em seu prato e seus sentidos estão completamente confusos – uma tendência comum é falar mais alto. O restaurante de Paris abriu em 2004 e recebeu duras críticas da imprensa britânica, que chamou o restaurante de "enigmático" e que a comida não era boa. A resposta veio rapidamente: hoje o restaurante de Paris é o mais lucrativo e está constantemente lotado. O restaurante de Nova Iorque vai oferecer quatro menus de surpresa. Um deles será totalmente secreto e os outros vão ser especiais para os consumidores de carne, vegetarianos ou peixe e amantes de frutos do mar. Mohand Touat trabalhou no restaurante de Paris durante os últimos quatro anos. Ele começa a trabalhar com muito cuidado, usando sua bengala para guiá-lo. Entretanto, uma vez dentro do restaurante, ele pula de uma tabela para outra, a gritar coisas como: "Ajudem-me, eu deixei cair meu garfo." Touat afirma que no escuro “nós somos os únicos que servem como guias para um público de visão, por isso esta mudança de papéis. Sinto-me bem aqui." Siegfried Saerberg, do Departamento de Sociologia da Universitat Dortmund, na Alemanha, considera que esta é uma nova maneira de informar as pessoas com visão sobre as necessidades, desejos e estilos de vida dos cegos. Mohand Touat confirma: "Às vezes é muito estressante, mas também é divertido, especialmente quando você tem convidados muito legais. Estamos, de certa forma, em posição superior aos convidados. Os clientes ficam impressionados como nós somos capazes de trabalhar no escuro ". O objetivo dos restaurantes é permitir que os clientes “desfrutem da cegueira" (A citação vem do próprio restaurante, não é uma piada.) Nos restaurantes escuros, o pagamento ocorre sempre fora das áreas escuras. Os trabalhadores cegos e deficientes visuais mostram as sua habilidades na identificação de dinheiro, a diferença na forma e tamanho das moedas e notas. Tocando as moedas com suas mãos revela as denominações, ou podem usar um equipamento especial inventado para que as notas sejam diferenciadas de acordo com seus respectivos valores. Normalmente os clientes são avisados para permanecer em seus lugares para evitar a colisão entre os garçons e os clientes. As pessoas que precisam usar os banheiros pedem ajuda ao guia (cego). Ao contrário das pessoas cegas, clientes com visão tendem a perder suas maneiras à mesa na escuridão. Eles tentam comer com talheres, mas acabam por comer com os dedos ou empurrando os alimentos para seus garfos ou colheres. Algumas pessoas, na total frustração, muitas vezes, renunciam completamente ao uso dos talheres. Beber parece ser um problema menor do que comer. Surpreendentemente, há poucos derrames. Além disso, os clientes não parecem ter nenhum problema na identificação de suas bebidas. Para os indivíduos cegos, há o valor acrescentado da experiência em si. A inversão de papéis nestes eventos é o verdadeiro propósito dessas performances ritualizadas. Olhando com um olho prático, este tipo de iniciativa pode ajudar as pessoas cegas a aprender habilidades de trabalho e pessoas com visão a formar opiniões mais realistas sobre pessoas cegas que atuam no mercado de trabalho. Podemos, então, ter esperança de desenvolver uma sociedade solidária com objetivos comuns. (Fonte: Eyecare Professional Magazine)

Protozoário em lente de contato pode causar até cegueira

Ceratite provoca inflamação na córnea Inglaterra - Quando os primeiros sintomas apareceram, a britânica Jessica Greaney, 19 anos, pensou ser uma simples infecção. Mas a dificuldade de enxergar e de manter o olho aberto eram, na verdade, ceratite, uma doença grave que afeta a córnea e pode causar cegueira. “Um parasita estava comendo meu olho”, relatou a jovem. A doença é causada por protozoário e afeta, principalmente, usuários de lentes de contato, como Jessica. O micro-organismo fica na água e pode se hospedar nas pessoas durante a lavagem dos olhos (ou das lentes). Jessica foi internada assim que os médicos diagnosticaram o mal, e passou por um tratamento intensivo. Ela conta que, durante quatro dias, precisou pingar colírio no olho a cada 30 minutos. “Isso significa que eu não podia dormir. Quatro noites sem dormir parece uma tortura, e é”, disse. A jovem lembra que, com o olho infeccionado, conseguia apenas enxergar as cores, porém sem distinguir os objetos. “Eu era muito cuidadosa com minhas lentes, meus amigos até tiravam sarro de mim por ser exagerada quanto à limpeza delas. Mas eu as deixava na pia no meu quarto”, conta Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2015-05-26/protozoario-em-le...

Atletas paralímpicos visitam arena paradesportiva na feira Arnold Classic, no Rio de Janeiro

osinha Santos (foto) e três outros atletas paralímpicos estarão na feira Arnold Classic nesta sexta-feira, 29 Os atletas paralímpicos Susana Schnarndorf, campeã mundial na natação, Jonathan Santos e Rosinha Santos, medalhistas mundial e paralímpico no atletismo, respectivamente, e Ricardo Costa, do tiro esportivo, visitam nesta-sexta-feira, 29, a arena paradesportiva na feira Arnold Classic, que ocorre no Riocentro, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, até domingo, 31. Os esportistas vão aproveitar, também, para conhecer o idealizador do evento, o ator e ex-fisiculturista Arnold Schwarzenegger. O encontro entre o astro e os esportistas será por volta de 18h30. A Arena Paradesportiva, montada no pavilhão 3 do RioCentro, contará com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Durante os três dias de feira, os visitantes poderão experimentar diversas modalidades adaptadas. O objetivo é divulgar, inspirar e fomentar o esporte de alta performance para pessoas com algum tipo de deficiência. Entre as modalidades confirmadas na arena estão handebol, futsal, futebol de 7, jiu jitsu, submission, boxe, dança em cadeira de rodas, carveboard, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, crossfit, halterofilismo, fisiculturismo, judô, parataekwondo e rúgbi. Os jornalistas interessados em cobrir a presença dos atletas paralímpicos e o encontro deles com Arnold Schwarzenegger poderão fazer o credenciamento no dia, caso não o tenham feito previamente. Serviço Visita dos atletas paralímpicos à feira Arnold Classic Data: 29/5, sexta-feira Local: Riocentro Horário: a partir das 17h Endereço: Av. Salvador Allende, 6.555, Bara da Tijuca, Rio de Janeiro Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro no Arnold Classic Rafael Maranhão ( rafael.maranhao@cpb.org.br / 61 8188 0683) artigo fim

Brasil: Menino que ficou cego jogando futebol faz vaquinha para bancar tratamento

Em abril de 2014, a vida do estudante Vinicius Bail mudou completamente. Durante uma partida banal de futebol na escola em Guarapuava (PR), ele chutou a bola no travessão, preso à parede por uma corrente devido a uma reforma. O impacto derrubou a estrutura e, na tentativa de evitar que o goleiro se machucasse, o garoto se jogou para tentar salvá-lo. Acabou atingido em cheio na cabeça e, depois de 22 dias em coma, retomou a consciência. Estava, porém, cego. Desde então, a família de Vinicius, que ainda tem outros dois irmãos, realiza uma busca constante para que ele volte a ter uma vida normal. Idas a um instituto de auxílio a deficientes visuais ajudaram o menino de 13 anos a fazer tarefas como arrumar a cama, cozinhar e usar a bengala. Ele também já consegue mexer no computador e no celular sozinho, está aprendendo braile e até voltou a estudar no mesmo colégio do acidente. Falta apenas enxergar novamente, nem que seja apenas um pouco. Diversos médicos foram consultados nos últimos meses, mas, segundo o pai de Vinicius, Edvilson Santos, a família obtinha sempre a mesma resposta: — A indicação era que nada poderia ser feito, que tínhamos que aguardar para ver se ele voltaria ou não a enxergar Foi então que um especialista em São Paulo deu uma esperança. Na Tailândia, há um tratamento feito com células-tronco que pode ajudar o garoto – trata-se de uma alternativa ainda inviável no Brasil, pois não há legislação específica para isso. O problema é que o custo da viagem e da permanência dele e da mãe no país asiático é estimado em R$ 150 mil. Por isso, a família e amigos estão em campanha e uma vaquinha na internet busca arrecadar o dinheiro Até a tarde desta segunda-feira (18), R$ 50 mil já haviam sido obtidos. Edvilson assegura que pesquisou tudo o que pôde para confirmar que o tratamento é sério. A intermediação com os tailandeses está sendo feita por meio da Fundação Fenix, que tem um escritório em Irati, no Paraná, e trabalha com pessoas que podem conquistar a cura pelas células-tronco: — Até ficamos receosos, mas há pessoas na nossa cidade que já foram para a Tailândia. Ninguém nos disse que essa possibilidade é milagrosa, mas é uma chance de o Vinicius voltar a enxergar A solidariedade recebida até agora tem surpreendido a família: — Muita gente apareceu disposta a ajudar não só na internet, mas também na campanha que estamos fazendo entre amigos para chegar no valor necessário. Estamos confiantes que vamos conseguir o dinheiro Além da cegueira, Vinicius enfrenta outros dois problemas físicos decorrentes do acidente: arrasta a perna esquerda, que trata com fisioterapia, e precisa de uma prótese na testa, cujo osso foi danificado e o impede de fazer exercícios físicos — neste último caso, ele está na fila do SUS para fazer a cirurgia necessária. Enquanto espera, o menino busca manter o otimismo e a alegria de estar vivo. Ele vai, inclusive, ao cinema, onde acompanhou recentemente o filme Vingadores: Era de Ultron. O pai conta: — Na volta do coma, a parte emocional do Vinicius ficou bem abalada. Ele teve muitas lembranças de quando era criança, questionou e chorou bastante, mas depois foi passando. Procuramos sempre estar juntos e brinco como se ele estivesse enxergando normal. Ele tem fé que voltará a enxergar Obviamente, a vida dele e da família passou por muitas transformações no último ano. Comerciante, Edvilson mudou o local de trabalho do centro da cidade para a própria casa, enquanto sua mulher deixou boa parte da dedicação profissional na empresa da família para ajudar Vinicius. Apesar de todas as dificuldades, o pai ainda consegue fazer um balanço positivo de toda a situação pela qual tem passado: — A vida da gente é um fio, temos que valorizar cada segundo. Um acidente que durou milésimos de segundo mudou a vida do meu filho para sempre e não tem o que pague o amor que sentimentos entre nós. Muita gente pensa em sucesso e nos bens materiais, mas o que sobra é o amor. Fonte: http://esportes.r7.com/futebol/menino-que-ficou-cego-jogando-futebol-faz...

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Tecnologia auxilia alunos com deficiência nas Etecs e Fatecs em SP

Para facilitar o acompanhamento das aulas, estudantes com deficiência visual das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo) contam com equipamentos especiais como lupas eletrônicas, leitores de texto digitais, scanners especiais e máquinas de escrever em Braille. Desde 2014, o Centro Paula Souza Site externo. , responsável pelas Etecs e Fatecs, investiu R$ 500 mil na compra de 67 aparelhos com tecnologia de ponta que auxiliam na sala de aula e nos estudos extraclasse. Após a conclusão do curso, o material retorna à instituição para o uso de novos estudantes. Foram adquiridos 16 scanners especiais (ReadEasy Move) e 16 leitores de textos digitais (Victor Reader Stratus) para deficientes visuais totais. Cada estudante recebe um scanner, que digitaliza textos impressos, e um leitor eletrônico para poder ouvir com a qualidade de voz humana diversos tipos de arquivos gravados. Também foram compradas 35 lupas eletrônicas (I-Loview 7 Full HD), que permitem ampliar e capturar textos e três máquinas de escrever em Braille. Outras ações Com o objetivo de explorar todas as potencialidades dos aparelhos e auxiliar os alunos no processo de aprendizagem, os professores das Etecs e Fatecs são capacitados pela ONG Laramara (Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual). A instituição ainda disponibiliza transporte e mobiliário adaptados, tecnologias assistivas, intérprete de libras para acompanhar os alunos nas aulas, e também professores cuidadores que auxiliam estudantes que possuam paralisia cerebral ou déficit de atenção. Outras informações no site do Centro Paula Souza. Fonte: Portal do Governo do Estado de SP Site externo.

Tecnologia auxilia alunos com deficiência nas Etecs e Fatecs em SP

Para facilitar o acompanhamento das aulas, estudantes com deficiência visual das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo) contam com equipamentos especiais como lupas eletrônicas, leitores de texto digitais, scanners especiais e máquinas de escrever em Braille. Desde 2014, o Centro Paula Souza Site externo. , responsável pelas Etecs e Fatecs, investiu R$ 500 mil na compra de 67 aparelhos com tecnologia de ponta que auxiliam na sala de aula e nos estudos extraclasse. Após a conclusão do curso, o material retorna à instituição para o uso de novos estudantes. Foram adquiridos 16 scanners especiais (ReadEasy Move) e 16 leitores de textos digitais (Victor Reader Stratus) para deficientes visuais totais. Cada estudante recebe um scanner, que digitaliza textos impressos, e um leitor eletrônico para poder ouvir com a qualidade de voz humana diversos tipos de arquivos gravados. Também foram compradas 35 lupas eletrônicas (I-Loview 7 Full HD), que permitem ampliar e capturar textos e três máquinas de escrever em Braille. Outras ações Com o objetivo de explorar todas as potencialidades dos aparelhos e auxiliar os alunos no processo de aprendizagem, os professores das Etecs e Fatecs são capacitados pela ONG Laramara (Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual). A instituição ainda disponibiliza transporte e mobiliário adaptados, tecnologias assistivas, intérprete de libras para acompanhar os alunos nas aulas, e também professores cuidadores que auxiliam estudantes que possuam paralisia cerebral ou déficit de atenção. Outras informações no site do Centro Paula Souza. Fonte: Portal do Governo do Estado de SP Site externo.

Empresas de Teresina devem possuir selo de acessibilidade

Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CONADE-TE), Instituto Comradio e a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTCAS), em parceria com o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Piauí (Sindilojas/PI) lançaram o selo "Empresa Acessível" no início deste mês, com o objetivo de mensurar o nível de acessibilidade das empresas e empregabilidade da pessoa com deficiência em Teresina. O selo deverá contemplar empresas que possuam instalações em Teresina; nos diversos segmentos de serviço, indústria e comércio. Além do Decreto Municipal nº 14.847, de março de 2015, que instituiu o selo “Empresa Acessível", a certificação reconhecerá organizações tendo como base o marco legal sobre acessibilidade vigente no Brasil e expostos nos Decretos Federais nº 3.298, de 1999, e nº 5.296, de 2004; e na NBR 9050, de 1994, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Esse momento é de empenho total dos órgãos que estão à frente desse projeto, e das entidades parceiras - que devem, inclusive, crescer em quantidade - para que a implementação do selo seja feita da melhor forma, garantido mais acessibilidade para a pessoa com deficiência”, explicou Luiz Antônio Veloso, presidente do Sindilojas/PI. O presidente do CONADE-TE, Antenilton Marques, reconhece a importância da certificação. “O selo é uma nova roupagem dada um selo lançado pela Prefeitura em 2000, quando não se falava em acessibilidade. Hoje, a mudança do selo acontece por conta do momento em que se vive; quando se fala em acessibilidade, tendo várias políticas públicas que vieram depois, nenhuma concluída, infelizmente, e resultados ainda pequenos. O selo vai chamar atenção para isso. Por isso temos que dar uma ampla divulgação através de fortes parcerias”, afirmou. Para receber o selo, as empresas devem acessar o site do CONADE-TE ( www.conadeteresina.org.br) e baixar o edital e ficha de inscrição. A ficha preenchida deverá ser entregue na sede do Conselho, juntamente com a documentação que comprova a atividade desenvolvida pela empresa e o comprovante de pagamento da taxa de elegibilidade. O período para inscrições teve início no dia 05 deste mês, e segue até o dia 30 de junho. A etapa seguinte à confirmação da inscrição será a visita da Comissão de Avaliação, composta pelo CONADE-TE, Comradio, SEMTCAS, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional (CREFITO). A certificação é divida em três versões: ouro, prata e bronze, variando de acordo com as informações levantadas no Formulário de Avaliação de Acessibilidade, que será aplicado durante a visita da Comissão. A empresa receberá a certificação de “Empresa Acessível” durante uma cerimônia prevista para o mês de setembro deste ano, quando é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência Fonte: Da Redação

Indústria e design têm desafio em atender pessoas com deficiência

Sabrina Pirrho Quarenta e seis milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, seja física, intelectual, auditiva, visual ou múltipla. O que o design e a indústria têm a ver com isso? Para o gerente executivo da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedoras de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), Tarcísio Bahia, esse número "por si só já torna esse mercado atraente: pelo volume e potencial de crescimento dos consumidores PcD [pessoa com deficiência]". Segundo Bahia, o setor movimenta mais de R$ 5,5 bilhões por ano e cresce mais de dois dígitos todos os anos desde 2008. "Independentemente de crise, quem possui uma deficiência necessita de produtos e serviços específicos para seu dia a dia. Isso faz com que esse seja um segmento promissor sempre", avalia o gerente executivo da Abridef. Para Bahia, o governo poderia incentivar mais o setor. "Se limitam a algumas isenções de impostos na fabricação ou venda de alguns itens e também isenção em algumas importações". As diferenças de um público heterogêneo se contrapõem com a produção em massa da indústria. No entanto, se preocupar com os nichos pode gerar lucro para as empresas. Para o designer e professor da UDESC Celio Teodorico, "as especificidades não devem ser vistas como um obstáculo, e sim como uma oportunidade em meio a essa realidade. É uma questão de foco, encarando como um negócio. São nichos de mercado que estão carentes de bons produtos e com preços acessíveis". O lado social também é levantado por Teodorico. "É um negócio rentável, afinal de contas significa produção e atendimento em diversas frentes, ou nichos específicos de deficiências. No entanto, não deveríamos enxergar desse modo. É uma questão social; programas poderiam ser montados para atender a essa demanda, envolvendo o poder público, a indústria, profissionais designers e a universidade com projetos permanentes". Indústria e design têm desafio em atender pessoas com deficiência. Foto: Reprodução Algumas universidades e escolas técnicas se propõem a criar protótipos de produtos que atendam os deficientes. No entanto, as ideias, em sua maioria, não ganham adesão para produção em larga escala. "Muitas vezes, vemos projetos extremamente significativos e que poderiam contribuir em auxílio a pessoas, tais como, crianças, jovens e adultos de forma mais efetiva, e no final esses projetos se perdem em si mesmo ou em um protótipo. É preciso que a distância entre a universidade e a indústria deixe de existir e que haja um compromisso maior de ambas as partes. O design sozinho não vai muito longe, é preciso que o seu potencial seja enxergado pelo empresariado e o designer também deve trabalhar para ser notado. A interação entre a indústria e o design é uma ação inerente ao processo de desenvolvimento de produtos e serviços, e o design pode contribuir muito para melhorar a qualidade e interações das soluções ofertadas para as pessoas". Para o consultor em gestão da inovação Roger Pellizzoni, "o desafio da indústria é encontrar formas de gerar negócios a partir das demandas das pessoas, de todos os tipos, desde as demandas físicas, sociais, emocionais... para todos". Para Pellizzoni, a impressão em 3D, por exemplo, pode contribuir produzindo peças únicas, com rapidez e precisão. "A indústria passará, então, a preocupar-se em conhecer mais detalhes de seus clientes, não mais apenas faixa etária, ou grupo social. Não serão mais 'públicos-alvo', porque todos serão clientes potenciais". O assunto tem sido debatido na Bienal Brasileira de Design, que acontece em Florianópolis, até o dia 12 de julho. O tema central do evento é "Design para todos". Segundo o curador Freddy Van Camp, "é importante que as empresas percebam que há um mercado substancial para atender necessidades específicas". Para o designer, a atenção com todos os públicos geraria lucro. "A indústria não faz pesquisa de nicho e poderia ganhar mais dinheiro", afirma. fonte:r s z d

ICB-BA fatura o tetracampeonato no Regional Nordeste de Futebol de 5, em Recife

Jogadores do ICB-BA comemoram o título O ICB-BA contou com o talento do craque Jefinho para conquistar o tetracampeonato no Regional Nordeste de Futebol de 5, na manhã do último domingo, 24, em Recife, Pernambuco. O time baiano venceu a APACE-PB por 3 a 2, com dois gols do craque e um de Cássio. Bill marcou duas vezes para o time de João Pessoa. Na disputa do terceiro lugar, a ADVP-PE venceu o CEDEMAC-MA pelo mesmo placar. A partida final foi muito disputada desde o início, com as duas equipes bastante aguerridas dentro de quadra. O primeiro gol veio de pênalti: Jefinho foi para a bola e não desperdiçou. O gol foi um golpe duro para os paraibanos. Ao cometer a quinta falta, o time da Paraíba deu a chance que Cássio precisava para ampliar o placar. O fixo cobrou com categoria e fez 2 a 0. A vantagem no placar tornou a partida tranquila para os baianos. Mas, no fim do primeiro tempo, ao cometer a quarta falta coletiva, o ICB-BA permitiu que o APACE-PB voltasse para o jogo. Especialista em cobranças de tiro livre, Bill não decepcionou e diminuiu o marcador. A partida esquentou no segundo tempo. Precisando de mais gols para sonhar com o título, a APACE-PB se lançou ao ataque. A pressão fez com que os baianos ficassem acuados no campo de defesa. A equipe da Paraíba criou diversas chances de gols, mas pecou muito nas finalizações. Dominando bem a partida, o ICB-BA chegou ao terceiro com o oportunismo de Jefinho. O craque roubou bola de Damião no campo de defesa e, cara a cara com Daniel, fez 3 a 1. Bill ainda marcou mais um para a APACE-PB, mas já era tarde. Vitória do ICB-BA, por 3 a 2, e o tetracampeonato indiscutível para a equipe. Disputa do bronze O jogo entre ADVP-PE e CEDEMAC-MA foi digno de uma disputa de 3º lugar. As equipes não pouparam esforços e protagonizaram um belo espetáculo. Raimundo Nonato, pelo lado dos pernambucanos, e Marcos Costela, pelo time do Maranhão, ditaram o ritmo da partida. As ações ofensivas das equipes eram voltadas em cima destes jogadores. Em um jogo onde o equilíbrio é total, a bola parada faz toda a diferença. E foi exatamente isso o que aconteceu. Com dois pênaltis a favor, a ADVP-PE marcou com Raimundo Nonato. O craque ainda fez o seu terceiro na partida em jogada ensaiada após cobrança de falta. Pelo lado dos maranhenses, Costela deixou sua marca duas vezes, sendo uma em penalidade. Final de jogo: ADVP 3 a 2, e festa do time pernambucano. Premiação Jefinho só faltou fazer chover na competição. Para coroar as exibições do craque, ele levou prêmio de artilheiro do Regional Nordeste de Futebol de 5, com 16 gols. O baiano recebeu a medalha das mãos da presidente da Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC), Naíse Pedrosa, que prestigiou as partidas decisivas do campeonato. O prêmio de melhor goleiro ficou com Daniel Ferreira, do CEDEMAC-MA. A competição foi realizada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) com o apoio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV). fonte:fonte: i c b

terça-feira, 26 de maio de 2015

Após percorrer 8 mil Km a pé, 'Zé do Pedal' chega a Petrópolis, no RJ

Foto de Zé do Pedal e sua cadeira de rodas Depois de percorrer 8 mil quilômetros, dos 10.700 que fará a pé e empurrando uma cadeira de rodas, já está em Petrópolis Site externo. , na Região Serrana do Rio, o fotógrafo mineiro José Geraldo de Souza, de 57 anos, mais conhecido como 'Zé do Pedal'. Ele chegou na noite desta sexta-feira (22) no distrito de Itaipava, mas sua “Cruzada pela Acessibilidade” começou em fevereiro do ano passado, em Uiramutá, em Roraima. Desde então ele percorre os extremos do país com o intuito de chamar a atenção para a acessibilidade. Mas a viagem desse ativista de Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais, ainda está longe de seu destino final, no Chuí, no RS. Acompanhado somente da cadeira, que ganhou uma adaptação para carregar seus pertences, ele vai visitar 327 cidades de 20 estados. Zé já passou por 14 deles, além do Distrito Federal, e nesta semana chegou ao 15ª, no Rio de Janeiro. Na última quarta-feira (20) ele saiu de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e antes de chegar à Itaipava fez paradas em Comendador Levy Gasparian e Três Rios, incluindo mais 110 quilômetros de percurso. De Petrópolis, ele segue para a capital carioca e depois São Paulo, levando a bandeira da acessibilidade para pessoas com deficiência. E os problemas apontados na causa do ativista são notados e vividos no próprio trajeto, mas que para ele são válidos pelo objetivo do projeto. “É uma experiência maravilhosa. Os momentos mais pesados são nos lugares que não têm acostamento e quando está chovendo, que aumenta a tensão, pois quando chove não escutamos o barulho dos carros. Mas fico muito feliz de saber que as pessoas estão reconhecendo esse trabalho que tem a intenção de fomentar a discussão saudável sobre a acessibilidade, a falta dela para essas pessoas”, pontuou. Solidariedade Nessa caminhada solitária, o mineiro vem contando com ajuda de muitas pessoas que aprovam a iniciativa. Nas paradas de descanso, ele monta sua barraca de dormir em postos de gasolina e debaixo de pontes, quando não consegue hospedagem gratuita em hotéis. Por dia, Zé caminha uma média de 50 quilômetros, o que dá cerca de 12 horas só percorrendo "as ruas desse mundão", como costuma dizer. “Eu procuro não caminhar mais que isso até para não ter um desgaste físico. Mas quando o corpo aguenta posso fazer mais, como já cheguei a fazer 70 quilômetros. Mas é uma viagem de solidariedade. Onde paro, muitas pessoas me ajudam e aprovam o projeto”, explica o ativista que já ganhou duas homenagens - em Aracajú e Maceió. Atenção às pessoas com deficiência A ação do ativista tem como principal objetivo, além de chamar a atenção para a questão da acessibilidade, de propor a criação do Conselho da Pessoa com Deficiência nas cidades que ainda não têm, assim como uma proposta de projeto de Lei para ser aplicado nos municípios com normas de acessibilidade. “Esse é meu foco, fazer as pessoas enxergarem a questão da acessibilidade no nosso país e as pessoas estão aderindo ao projeto, levantando essa bandeira que é muito importante. Onde passo vou às Câmaras de Vereadores e Prefeituras propor a criação do Conselho, que é muito importante”, comentou Zé do Pedal. Como nasceu o projeto A ideia de cruzar o país empurrando a cadeira de rodas nasceu em 2008, quando ele estava em outro projeto na Europa e viu a dificuldade de uma criança ao subir um degrau com sua cadeira de rodas. “Eu fazia outro trabalho, para mostrar como crianças da África do Sul estão expostas à doenças como catarata e glaucoma, que afetam a visão, e me deparei com uma menina na cadeira de rodas que não conseguia subir um degrau de cinco centímetros. Isso me despertou e comecei a ver a dificuldade de acessibilidade no meu país, na minha rua e até mesmo na minha própria casa”, explicou. A “Cruzada da Acessibilidade” começou exatamente no dia 10 de fevereiro de 2014 e a previsão é que Zé do Pedal chegue no Chuí no dia 23 de setembro, quando é comemorado o Dia da Pessoa com Deficiência. Fonte: G1 Site externo.

Brasil não garante direitos básicos à população deficiente

A ausência de políticas públicas no nosso País cria um cenário de vulnerabilidade Por seu conteúdo, a Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social, já foi considerada a mais inclusiva das Américas por fazer com que o Estado assuma a responsabilidade pela pessoa com deficiência. Ainda assim, no Brasil, este assunto só começou a ser realmente debatido nos últimos dez anos. Segundo Teresa Costa d’Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência ( IBDD), “a pessoa com deficiência, no Brasil, vive uma situação de não-cidadão” já que o país não garante a esta população os direitos básicos – o de ir e vir, a possibilidade de locomoção, o acesso à escola e ao trabalho. Para superintendente do IBDD, “falta adaptação nas escolas e faculdades, como a presença de intérpretes de Libras. O resultado só existe mediante pressão ou boa vontade de alguém da instituição”. Teresa afirma que, uma vez que o cidadão precisa ir à Justiça para ter seus direitos básicos garantidos, os governos Municipal, Estadual e Federal podem ser considerados como omissos. “O País perde em qualidade de participantes da cidadania e estas pessoas acabam pesando financeiramente ao Estado”, afirma Teresa. Moisés Bauer, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência ( Conade), instituição vinculada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que responde diretamente à Presidência da República, concorda com a superintendente do IBDD. Segundo ele, na escala de prioridades do Estado brasileiro, o assunto ocupa as últimas posições. “Os investimentos são pulverizados e as ações, maquiadas” afirma Bauer, de 42 anos, deficiente visual desde os 8 e que ocupa também o cargo de presidente da Organização Nacional dos Cegos do Brasil. Diante deste quadro, Moisés Bauer defende uma legislação mais direta. “A ausência de políticas públicas no nosso País cria um cenário de vulnerabilidade e precariedade à pessoa com deficiência”. O presidente do Conade observa que faltam “aperfeiçoamentos na lei e punições ao gestor público. A acessibilidade se torna possível para quem tem dinheiro, mas o cidadão sem condições financeiras não consegue quase nada”. (Fonte: Estadão/blogs)

Visão subnormal já atinge cerca de quatro milhões de pessoas no Brasil

Lupas com apoio são lupas que têm uma base que se apóia no texto, mantendo o foco permanentemente Apesar de ocorrer na maioria das vezes em idosos, por conta da degeneração macular, pessoas de todas as idades podem ser acometidas pela visão subnormal por causa congênita, doenças hereditárias, traumas, diabetes, glaucoma, catarata e doenças relacionadas à idade. Em crianças, a reversão é possível com programas de estimulação visual precoce. Segundo Relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de quatro milhões de pessoas sofrem deste mal, comumente conhecido como ‘baixa visão’. O problema acontece quando óculos comuns, lentes de contato ou implantes de lentes intraoculares não conseguem dar uma visão nítida à pessoa. Embora o mais comum seja a redução da visão central, a visão subnormal pode também ser consequência de diminuição da visão periférica, ou da diminuição da visão para cores da incapacidade para definição adequada de luz, contraste ou foco. Assim, diferentes tipos de visão subnormal podem exigir também diferentes tipos de assistência oftalmológica. Por exemplo, pessoas que nascem com visão subnormal têm diferentes necessidades daquelas que apresentam o problema ao longo do tempo. A visão subnormal não deve ser confundida com cegueira, pois esta deficiência visual poderá ser menor ou maior dependendo da patologia ou lesão ocular de cada indivíduo. Pessoas com visão subnormal ainda têm visão útil, porém, quando os óculos ou lentes de contato já não podem proporcionar visão adequada, é hora de lançar mão de recursos ópticos especiais. A melhora visual com tais recursos é geralmente alcançada após o oftalmologista ter completado o tratamento clínico ou cirúrgico ou, ainda, determinado que estes procedimentos não sejam suficientes para a melhora da visão. Os principais sintomas da visão subnormal são dificuldade na leitura (do dia a dia, na escola, no trabalho); dificuldade em reconhecer rostos (principalmente detalhes); dificuldade na locomoção (campo visual com alterações) e dificuldade em realizar tarefas visuais específicas (trabalhos manuais, atividades de lazer como jogos de cartas, etc). Por conta da maior expectativa de vida da população, o número de portadores de visão subnormal tende a aumentar, inclusive por não existir cura para a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo seca, a mais frequente das doenças que provocam visão subnormal. (Fonte: Assessoria de Comunicação Hospital de Olhos Paulista)

Projeto Livro Falado para deficientes visuais lança site na internet

O projeto Livro Falado nasceu com o objetivo de unir pessoas com deficiência visual e videntes através da literatura e do teatro. O projeto Livro Falado nasceu com o objetivo de unir pessoas com deficiência visual e videntes através da literatura e do teatro. RIO – O projeto Livro Falado lançou esta semana o site www.livrofalado.pro.br, onde deficientes visuais podem ter acesso a mais de 350 livros gravados, de cerca de 280 autores brasileiros. O objetivo também é atender pessoas com cegueira dos outros países de língua portuguesa: Portugal, Angola, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné Bissau disse à Agência Brasil a criadora do projeto, a mestre em teatro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Analu Palma. Para isso, o projeto, que existe há dez anos, conta com patrocínio da BR Distribuidora e a parceria da Academia Brasileira de Letras (ABL). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, a prevalência de cegueira na população é de 0,3% e de baixa visão, 1,7%. A pessoa com baixa visão é aquela que mesmo após tratamentos ou correção óptica apresenta diminuição considerável de sua função visual. O projeto Livro Falado pretende incluir os deficientes visuais em duas instâncias: na questão da literatura, de acesso ao livro; e no tocante à qualificação para o ator cego. Analu Palma é autora do livro falado Uma História para Ler, Gravar e Ouvir, em que apresenta para as pessoas as habilidades e dificuldades de uma criança que não enxerga, além de ensinar como se grava livros para deficientes visuais. Com base nesses ensinamentos, ela começou a ministrar oficinas do livro falado. Já foram capacitados, até agora, mais de 400 ledores em todo o país. Os ledores voluntários são qualificados e aprendem como transformar um livro impresso em uma obra acessível em áudio para uma pessoa que não enxerga. Outro procedimento é aprender a gravar em um programa de computador para que o livro já fique em CD. A terceira fase da oficina se refere à voz do voluntário, ou seja, ensina como ter uma boa dicção, além de boa leitura. Para acessar os livros gravados, as pessoas cegas devem acessar o site www.livrofalado.pro.br. Para obter a gravação de um livro específico, é preciso enviar e-mail para livrofalado@livrofalado.pro.br. A remessa é gratuita. Fonte: O Globo

Novas e antigas profissões

Com o avanço tecnológico e a mudança de hábitos, atividades tradicionais desaparecem e cedem lugar a novas formas de trabalho, muitas delas inimagináveis há poucos anos. O sapateiro, o alfaiate e o ascensorista são profissionais cada vez mais escassos. Enquanto isso, novos campos de atuação ganham espaço no mercado como o audiodescritor, por exemplo. Profissões em Extinção Algumas profissões estão se tornando tão raras que fica difícil até encontrar alguém para falar sobre ela. É o caso do ascensorista de elevador. Depois de muita procura, surge Rafael Paim, curiosamente um jovem de 24 anos "Profissão rara? Pode falar comigo mesmo", diverte-se Rafael. Ele trabalha há um ano no Edifício Barão do Rio Branco no centro de Salvador. Confirmando a suspeita da diminuição desse tipo de profissional, ele afirma ter conseguido o emprego sem nenhuma concorrência. Competia sozinho pela vaga. O treinamento consistia em um dia inteiro dentro de um elevador pra se acostumar com o ambiente. Hoje trabalha 6 horas por dia, afirma não ter nenhum tipo de fobia e diz ter feito muitas amizades no emprego. Rafael destaca como ponto negativo da profissão o estresse causado pelos elevadores sempre cheios (o edifício só possui um) e a falta de educação de algumas pessoas: "Algumas entram, ignoram e eu que tenho que perguntar para qual andar elas vão", relata. Apesar de gostar do emprego, Rafael, que fez curso de Petróleo e Gás, pretende mudar de profissão assim que surgir a oportunidade. Seu Raimundo trabalha como sapateiro a quase 40 anos Também no centro de Salvador, mais precisamente no Largo 2 de Julho, Raimundo Oliveira, 56 anos, há 37 se dedica ao ofício de sapateiro. Ele diz que quando começou era uma atividade lucrativa, mas hoje sente que diminuiu bastante a procura de clientes. Ele atribui isso à concorrência desleal das fábricas de calçados. Mesmo assim, Seu Raimundo mantém o brilho nos olhos ao falar da profissão responsável pelo sustento da sua família durante essas três décadas. Novas Profissões Por outro lado, no campo das novas profissões, temos o audiodescritor. Profissional encarregado de traduzir em palavras o conteúdo das imagens que aparecem no cinema, na TV, mostra de artes ou em qualquer suporte de exibição. Esse trabalho é desenvolvido para atender a pessoas cegas ou com deficiência visual. Letícia Schwartz, 41 anos, é audiodescritora na empresa Mil Palavras Acessibilidade Cultural Ltda, sediada em Porto Alegre. Ela começou a carreira em 2008, de maneira empírica. "Eu desenvolvia roteiros para audiodescrição e os narrava", conta Letícia. A profissão de audiodescritor tem sido demandada por emissoras de TV, instituições culturais e produtores de cinema. A formação desse profissional ainda sente falta de cursos de longa duração. Letícia ainda assegura que apesar de já contar com a experiência profissional, ainda está em formação, porque o campo é novo e rico em abordagens. Letícia em atividade - clique na foto para ouvir o depoimento de Letícia Letícia Schwartz em atividade (clique na foto para ouvir o depoimento de Letícia) "Os desafios são muitos. Poderia citar a falta de regulamentação da profissão, que deixa a categoria frágil e sujeita a um mercado instável e muito aberto a pessoas que se autointitulam audiodescritores sem qualquer critério", aponta. Ela assegura que há também a postura dos produtores culturais, que ainda não entendem a oferta de acessibilidade como uma oportunidade de conquistar novos públicos. Clique na foto para ouvir o depoimento de Letícia. As novas profissões que surgem com a internet Com o mar de informações em que se tornou a internet, o tratamento desses oceanos de dados requer a atuação de novos especialistas. Com as pessoas mais conectadas, as empresas necessitam de profissionais com habilidade para fazer a ponte entre realidades antes tão distantes e agora tão próximas. A mobilidade e a quebra de fronteiras fizeram de cursos como os de desenvolvimento de aplicativos de web convergentes, que funcionam em tablets e em smartphones figurar entre os preferidos dos jovens. Quem já tinha estrada profissional também não perdeu a vez. Há atividades que surgiram justamente para integrar veteranos às novas realidades. Muitas profissões se transformaram completamente, sem deixar de se fazer essencial. “Há muitas especializações voltadas para a internet. Há o cinegrafista que aprendeu a lidar com outras ferramentas e descobriu que vídeos mais curtos atraem mais a atenção do internauta. Até o vendedor de anúncios aprendeu a diferença de linguagem na nova mídia”, explica Ricardo Basaglia, diretor-executivo da Michael Page, multinacional da área de recrutamento profissional. Dessa forma, todas as profissões desempenham seu papel e mostram sua importância no nosso dia a dia. Algumas apenas se fundem, se transformam e se renovam para se adaptar aos novos tempos. Outras ficam no passado e desaparecem por completo. O tempo nos mostrará o que nos reserva o futuro. Esse futuro que talvez já tenha chegado. Fonte: Universidade Federal da Bahia

Casal com deficiência supera desafio e celebra casamento em Cambuquira

Alessandra Proque de Raimundo, de 27 anos, e Ezequiel Nogueira Raimundo, de 33 anos, completam seis dias de casados nesta sexta-feira (27). Mas a felicidade celebrada pelo casal de Cambuquira (MG) foi uma vitória difícil de ser conquistada. Portadores de deficiência, eles levaram mais de dois anos para convencerem a justiça de que estavam aptos a decidirem o rumo de suas vidas. "Quero pedir a mão da tua filha em namoro", foi o que Ezequiel disse para o pai de Alessandra em 2012, depois que os dois se conheceram em um culto religioso. "Aí ele olhou pra ela, olhou pra mim... já tinha aceitado já", recorda o orgulhoso marido. Com deficiência intelectual e limitações motoras, Ezequiel sempre quis se casar. Diagnosticada com microencefalia, Alessandra nunca tinha namorado antes. No entanto, as famílias perceberam o carinho existente entre os dois e apoiaram o relacionamento, inclusive quando veio a decisão do casamento. "Pra ver um filho feliz, a gente tem que ter disposição", diz Maria Aparecida Raimundo, mãe de Ezequiel, relembrando todas dificuldades enfrentadas pelo casal. Até a cerimônia do dia 16 de maio ser concretizada, os dois precisaram passar por uma verdadeira maratona de consultas. O primeiro laudo de capacidade civil nem foi aceito. Para que o casamento acontecesse, o juiz concedeu um alvará à família mediante o laudo de um perito psiquiátrico. Vencida a burocracia, Alessandra e Ezequiel trataram de realizar o sonho. Agora esperam o término da casa para onde pretendem se mudar. Defensor dos direitos da pessoa com deficiência, o psiquiatra Maurício Miguel Gabdem foi padrinho dos dois e comemora também a conquista dos afilhados. "O Ezequiel e a Alessandra não são deficientes. São pessoas com deficiência. Isso lhes dá limitações que eles mesmos reconhecem e tentam superar. Isso lhes dá uma condição de poder acertar ou errar, de viver uma vida a dois, de constituir uma família." fonte:g1