segunda-feira, 29 de junho de 2015
Tablet para deficientes visuais usa bolhas para gerar textos em Braille e imagens 3D
Uma empresa austríaca apresentou o primeiro tablet em braile, usando uma tecnologia que cria relevo tátil para mostrar gráficos e mapas para deficientes
visuais e pessoas com visão reduzida.
A tela do Blitab cria pequenas bolhas líquidas para gerar texto ou imagens em braile e relevo tátil, enquanto a tecnologia correspondente permite que arquivos
de textos sejam convertidos em brailes a partir de pen-drives, browsers ou etiquetas NFC.
A fabricante, Blitab Technology, afirma que a tecnologia “revolucionária” pode inaugurar a era digital para os deficientes visuais. A empresa planeja desenvolver
um smartphone em braile, como próximo passo.
“Criamos o primeiro tablet tátil para deficientes visuais”, afirma Slavi Slavev, diretor de tecnologia e cofundador da Blitab Technology. “O que estamos
fazendo é criar uma tecnologia completamente nova que produz braile de forma inédita sem qualquer elemento mecânico”.
Foto do Tablet para deficientes visuais que tem bolhas que geram texto em Braille.
“Queremos resolver uma grande questão, que é a alfabetização de pessoas cegas. A tecnologia é bastante escalável, então podemos produzir imagens e coloca-las
em qualquer representação tátil na forma de mapas e gráficos, figuras geométricas, servindo como uma ferramenta educacional para pessoas cegas”.
Outros aparelhos atualmente no mercado são mecânicos e permitem que apenas uma linha de braile seja gerada de cada vez. Eles também custam o triplo do
Blitab, que sai por 2 500 euros, cerca de 6 mil reais.
“Atualmente, existem soluções que são extremamente caras”, afirma Slavev. “Esses aparelhos foram desenvolvidos há 40 anos e, como ninguém ofereceu qualquer
inovação desde então, isso é tudo o que existe no mercado”.
O Blitab atualmente está em estado de protótipo e busca investidores. Caso a rodada de financiamento dê certo, a startup quer começar a vender o produto
a partir de setembro de 2016.
“Acreditamos que as pessoas com deficiência visual devam ser incluídas na era digital na qual vivemos, com smartphones e tablets, mas também garantindo
que elas tenham capacidade de fazer tudo que pessoas que enxergam fazem, como navegar na internet, ler e baixar livros”, afirma Slavev.
Fonte: site da revista INFO/Blitab
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