sábado, 23 de fevereiro de 2019

Primeiro diploma em braille é entregue a estudante em Pernambuco

Início do grupo Imagem: Léo Motta
Imagem: Léo Motta
Fim do grupo

Marília tem deficiência visual e conclui o curso de Direito

Anos de batalhas e renúncias. Para qualquer concluinte de um curso de graduação como Direito, esta é uma realidade que se pode até chamar de usual, comum.

Quando se passa por todo este processo, durante cinco anos, tendo uma deficiência visual, o final exitoso pode, e deve, ser comemorado com ainda mais ênfase.

E foi assim para Marília Lordsleem de Mendonça.

Uma data para ficar na história e na memória: colação de grau da turma 2018.2 da Universidade Católica de Pernambuco, Centro de Convenções, 30 de janeiro

de 2019, 19h. Na ocasião, Marília foi a única concluinte, até então, no estado, a receber o primeiro diploma em braille de uma instituição de ensino superior

de Pernambuco. E é com um misto de alegria e tranquilidade que esta pernambucana de sobrenome inglês por parte de mãe, de 25 de idade, recebe a honraria.


“Achei uma excelente iniciativa. É bom para que o deficiente saiba, por si mesmo, o que tem escrito no diploma. É diferente de pegar um papel e esperar

que outros digam para você o que está lá.”, afirma. Marília fala do alto de uma vivência em que esta possibilidade nem sempre existiu, ao longo da sua

vida.

Foram muitos os desafios para conquistar seu sonho. Ter acesso ao conteúdo das aulas, por exemplo, exigia todo um complexo sistema de logística. Ela precisava

esperar que alguém tirasse fotos do quadro e enviasse para o seu WhatsApp. No celular, ela possui um sistema chamado voice over, que funciona como leitor

de tela. O problema é que o sistema não lê imagem e era preciso esperar que alguém lesse o conteúdo da foto para que ela pudesse ter acesso a ele.

Outra dificuldade, superada com a ajuda de familiares, mestres e colegas, era o deslocamento entre as salas de aula. Nada que, entretanto, pudesse arrefecer

a vontade de quem já nasceu com deficiência visual, em ambos os olhos, mas que nunca se deixou abater na busca pelos sonhos, que foram mudando de direcionamento

ao longo da vida.

O Pró-reitor de Gradução e Extensão da Universidade Católica de Pernambuco, Degislando Nóbrega, conta que a iniciativa de oferecer o diploma em braille

é, na verdade, além do ato em si, o coroamento de toda a caminhada da estudante. “Marília não poderia chegar a esta conclusão com êxito, sem antecedentes,

sem o favorecimento de muitos quanto à questão da acessibilidade. Sua família, bem como colegas, professores e toda a estrutura da universidade”.

Fonte:
http://www.diariodepernambuco.com.br/

Estacionar em vagas de idoso ou pessoa com deficiência pode virar crime

Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados quer estabelecer pena de detenção de seis meses a dois anos para os motoristas infratores
Confira a matéria do portal AutoPapo sobre punição para quem estaciona em vagas exclusivas:

Tramita, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 221/19, que torna crime estacionar em vagas de idoso ou pessoa com deficiência (PcD). Isso, claro,

se o motorista estiver parado indevidamente no espaço reservado para os públicos.

A pena para a contravenção será de seis meses a dois anos de detenção (pode ser cumprido em regime aberto ou semiaberto).

Se aprovadas, as normas do PL serão adicionada ao Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). Atualmente, o motorista que estaciona em vagas de idoso

ou PcD sem a credencial que comprove a condição comete infração gravíssima, sujeita à multa e remoção do veículo.

Para o autor, deputado Roberto de Lucena (Pode-SP), as punições administrativas são insuficientes para coibir a prática. “A realidade das nossas cidades

nos fornece exemplos de distanciamento da boa prática cidadã, os quais exigem do legislador uma resposta firme”, avalia.

A proposta que tornar estacionar em vagas de idoso crime será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Acompanhe a tramitação do projeto no
site da Câmara dos Deputados Site externo.

Sinalização de vagas para idosos

Outro projeto que disserta sobre vagas para idosos está sendo analisado pelos executivos da Câmara dos Deputados. O PL 205/19 quer obrigar o Conselho Nacional

de Trânsito (Contran) a elaborar e aprovar um novo modelo de sinalização indicativa de vaga de estacionamento para idosos no País.

Segundo o deputado Roberto de Lucena, também autor dessa proposta, a ausência de padronização tem levado a representações gráficas variadas, algumas caricatas

e até depreciativas em relação a pessoas com mais de 60 anos.

“Sinalizações de pessoas com bengalas, chapéus ou curvadas são facilmente encontradas em muitos municípios. Essa lamentável realidade resulta em reações

de descontentamento em diversos pontos do País”, diz Lucena.

A proposta tramita em caráter conclusivo na casa.

Fonte:
Portal AutoPapo Site externo

10 filmes imperdíveis com personagens cegos

Publicado por Fernando Freitas
Ação, drama, comédia... diversos personagens cegos já protagonizaram grandes filmes na história do cinema!
Descrição da imagem: GIF animado exibe o cantor Stevie Wonder tateando um papel em branco ao lado do ator Jamie Foxx. Ambos usam terno e óculos escuros

e estão sorrindo. À frente deles há um microfone.

Que tal conhecer melhor o mundo das pessoas cegas e com baixa visão em obras cinematográficas? Alguns títulos da lista, como o documentário sobre Dorina

Nowill e “Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho”, contam com o recurso da audiodescrição para que pessoas com deficiência visual também possam apreciá-los em

cada detalhe.

Afinal, quem é que não gosta de um filminho com pipoca nas horas vagas?

1. Luzes da Cidade
Descrição da imagem: cena em preto e branco dos dois personagens principais de As Luzes da Cidade. É dia e eles estão numa calçada. O homem veste um fraque

velho, gravata borboleta e chapéu-côco. A jovem florista cega está à direita, de perfil. Ela segura uma flor com a ponta dos dedos e sorri. Fim da descrição.

Começamos com um clássico do cinema mudo estrelado por Charlie Chaplin. O famoso personagem pobretão Carlitos se apaixona por uma jovem florista cega,

que o confunde com um milionário. Para não desapontá-la, ele finge ser rico.

2. O Demolidor
Descrição da imagem: cena de O Demolidor. Ele é retratado do peito pra cima, com a testa franzida, usa uma roupa vermelha e uma máscara com dois pequenos

chifres. Ao fundo há o topo de alguns prédios e um céu alaranjado e chuvoso. Fim da descrição.
Um acidente deixa o advogado Matt Murdock cego ainda na infância, mas também dá a ele poderes supersensoriais. À noite ele é O Demolidor, um vigilante

mascarado que luta por Justiça nas ruas de Nova Iorque. Além do filme, o super-herói da Marvel também ganhou uma série própria.

3. Ray
Descrição da imagem: cena do filme Ray. O ator Jamie Foxx é retratado do peito pra cima, em meio perfil, cantando em um microfone prateado. Ele usa óculos

escuros e sorri. Fim da descrição.
‘Ray’ é baseado na vida do famoso cantor e pianista cego Ray Charles, que perdeu a visão em decorrência de um glaucoma na infância. A impressionante atuação
de
Jamie Foxx foi agraciada com o Oscar de melhor ator em 2005. O filme também levou uma estatueta na categoria Melhor Mixagem de Som.

4. Hoje eu quero voltar sozinho
Descrição da imagem: cena do filme Hoje eu quero voltar sozinho. Dois adolescente conversam em uma mesa. Eles estão sentados de frente para o outro, de

perfil e sorrindo. Fim da descrição.
Nesta produção brasileira, um adolescente cego busca sua independência ao mesmo tempo em que tem que lidar com a superproteção da mãe. Quando um novo aluno

chega à escola, ele terá de lidar também com novos sentimentos.

5. Perfume de mulher
Descrição da imagem: cena do filme Perfume de Mulher. Um casal é retratado da cintura pra cima, dançando em um restaurante. Fim da descrição.
Em uma atuação que lhe rendeu o Oscar de melhor ator, Al Pacino interpreta um militar cego e genioso que pretende realizar um antigo sonho antes de morrer.

Ele então contrata um jovem estudante para ajuda-lo a passar um fim de semana em Nova Iorque, mas o rapaz também irá ajuda-lo a enxergar a vida de uma

forma diferente.

6. Dançando no Escuro
Descrição da imagem: cena do filme Dançando no Escuro. Uma moça de cabelos castanhos sorri e olha para outra de cabelos loiros, que toca seu rosto com

as duas mãos. Fim da descrição.
A cantora islandesa Bjork interpreta uma imigrante tcheca que possui uma doença hereditária que causa a cegueira. Mãe solteira, ela decide mudar para os

EUA para conseguir uma cirurgia para seu filho de 12 anos antes que ele também perca a visão.

7. A cor do paraíso
Descrição da imagem: cena do filme A cor do paraíso. Um homem e um menino caminham por uma estrada verdejante. Eles estão de frente. O homem carrega duas

malas. O menino usa óculos escuros e caminha ao seu lado. Fim da descrição.
O filme conta a história de um garoto cego que vive em um colégio interno. Seu pai tem vergonha de sua deficiência e tenta mantê-lo escondido durante as

férias, quando o menino tem que voltar pra casa, mas aprenderá uma importante lição de vida com o filho.

8. À primeira vista
Descrição da imagem: cena do filme À primeira vista. Um homem de óculos escuros toca o rosto de uma moça com as duas mãos. Fim da descrição.
Depois de passar a maior parte de sua vida cego, um homem tem a possibilidade de voltar a enxergar através de um novo procedimento experimental. Com o

sucesso da cirurgia, ele terá que reaprender a lidar com o mundo enxergando novamente e contará com a ajuda de sua namorada para isso.

9. O milagre de Anne Sullivan
Descrição da imagem: cena em preto e branco do filme O Milagre de Anne Sullivan. Uma garota olha pra frente. Ao seu lado, uma mulher olha pra ela e gesticula

com uma mão à frente do rosto. Ela usa óculos escuros. Fim da descrição.
Filme baseado na história real e comovente da professora Anne Sullivan, que se esforça para fazer com que Helen Keller, uma garota cega, surda e muda se

adapte ao mundo que a cerca. A professora acaba comprando uma briga com os pais da menina, que preferem mimá-la por pena a ensinar-lhe algo significativo.


10. Dorina: olhar para o mundo
Descrição da imagem: capa do documentário Dorina - olhar para o mundo. À esquerda há um texto em braille sobre um fundo texturizado. No centro há a imagem

do rosto de Dorina Nowill em marca d'água. Ela está de perfil e sorrindo. Fim da descrição.
É claro que essa lista não estaria completa sem esse maravilhoso documentário sobre a vida da nossa fundadora, Dorina de Gouvêa Nowill. Dorina perdeu a

visão aos 17 anos e, desde então, dedicou sua vida à luta pelos direitos de inclusão das pessoas com deficiência visual no Brasil e no mundo!

Você sabia?

Atualmente a Ancine (Agência Nacional do Cinema) exige que os filmes produzidos com recursos públicos geridos por ela tenham audiodescrição. Quer saber

mais sobre acesso à cultura e informação?
fonte blog dorina

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Projeto autoriza desembarque fora do ponto à pessoas com deficiência

Se aprovada a proposta, usuários com deficiência ou mobilidade reduzida poderão optar pelo local mais acessível para o embarque ou desembarque
Para melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, projeto de lei protocolado na Câmara Municipal de Curitiba (CMC)

prevê a possibilidade de embarque ou desembarque fora das pontos e paradas oficiais do transporte coletivo da capital.

A medida foi proposta pelo vereador Pier Petruzziello (PTB) que, embora reconheça que Curitiba cumpre muitos requisitos de acesso em calçadas e vias, por

exemplo, considera que a cidade “ainda não permite, de forma plena, que todo cidadão exerça seu direito de ir e vir em função da falta de acessibilidade”.


Segundo a proposição, o usuário com deficiência ou mobilidade reduzida poderá optar pelo local mais acessível para seu embarque ou desembarque, desde que

respeitando o itinerário original da linha e também a legislação de trânsito. Caso não seja possível a parada no local indicado pelo passageiro, o condutor

do ônibus deverá optar pelo ponto mais próximo ao pretendido desde que seja resguardada a segurança do usuário. A medida proposta pela lei não se aplica

aos corredores exclusivos de ônibus. Neste caso, a parada continua sendo exclusiva em estações-tubo e terminais urbanos.

Na opinião de Pier Petruzziello, a proposta deverá minimizar as barreiras encontradas pelas pessoas com relação ao transporte coletivo “principalmente

no embarque e desembarque de passageiros, proporcionando maior autonomia, segurança e conforto para aqueles que necessitam”.

O autor afirma que a proposição está respaldada pela Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015), segundo a qual, no artigo 46, diz que “o direito ao transporte

e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação

e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso.”

Caso a lei seja aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, o descumprimento da norma poderá acarretar às empresas concessionárias do transporte

coletivo uma advertência na primeira ocorrência, multa de 500 unidades fiscais de Curitiba (UFC) e multa dobrada em caso de reincidência, dentro do período

de 12 meses da primeira infração.

A lei delega à Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) a responsabilidade de aplicar a norma, devendo os recursos para a medida vir em de dotações próprias,

suplementadas se necessário. Depois da aprovação da lei, ela deverá entrar em vigor 60 dias após a sua publicação no Diário Oficial do Município.

Fonte:
Bem Paraná Site externo

ITAÚ CULTURAL APRESENTA “A PRIMEIRA PALAVRA” COM AUDIODESCRIÇÃO E LIBRAS

Fotografia colorida, da personagem Laura, interpretada pela atriz Ana Carolina Godoy, de pé, no meio de muitas pilhas de livros de diversos tamanhos e

capas coloridas de uma biblioteca. Laura está perfil, abraçada a um livro de capa azul, olhando fixamente para os livros no chão. Ela é uma jovem alta,

magra, de cabelos castanhos lisos com franja presos em um rabo, veste camisa branca com gola de babados e saia rodada na cor vinho.
Itaú Cultural convida para o espetáculo “A PRIMEIRA PALAVRA”, do grupo Instante, com audiodescrição e interpretação em LIBRAS.

Datas: 23 de fevereiro (sábado) e 24 de fevereiro (domingo).
Horário: 15:00 horas.
Duração: 50 minutos.
Local: Itaú Cultural – Sala Multiuso (piso 2).
Endereço:
Av. Paulista, 149

Bela Vista – São Paulo, SP.
(próximo ao Metrô Brigadeiro).
Classificação: livre.
Chegue cedo para garantir seu convite, que deverá ser retirado na bilheteria a partir das 14:00 horas, sem prévia reserva.
Confirme seu interesse com:
marina@vercompalavras.com.br
 ou pelo Whatsapp: (11)9 9848-1264.
Roteiro e narração: Andréia Paiva.
Revisão: Lívia Motta.
Consultoria: Cristiana Cerchiari

Sobre o espetáculo: A peça A PRIMEIRA PALAVRA se passa em uma biblioteca, onde as personagens Laura, Luiza e Lila descobrem brincadeiras com as palavras

e a invenção de histórias. Na aventura teatral do Grupo Instante, são exploradas imagens de diversas obras da literatura infantil universal, apresentando

um universo lúdico de infinitas possibilidades de criação.

Descrição da foto: Fotografia colorida, da personagem Laura, interpretada pela atriz Ana Carolina Godoy, de pé, no meio de muitas pilhas de livros de diversos

tamanhos e capas coloridas de uma biblioteca. Laura está perfil, abraçada a um livro de capa azul, olhando fixamente para os livros no chão. Ela é uma

jovem alta, magra, de cabelos castanhos lisos com franja presos em um rabo, veste camisa branca com gola de babados e saia rodada na cor vinho.

POR:
VERCOMPALAVRAS

MPF pede que Receita Federal torne programa do imposto de renda acessível a pessoas com deficiência

Sistema eletrônico da Receita Federal não oferece condições mínimas de acessibilidade segundo ação ajuizada pelo MPF em Caxias do Sul (RS)
O Ministério Público Federal (MPF) quer que a Receita Federal torne o Programa Gerador da Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física acessível

às pessoas com deficiência. A ação foi ajuizada em Caxias do Sul (RS).

O pedido é que a alteração seja feita antes do início do prazo de entrega da declaração de 2019. Mas, caso esse período já tenha iniciado quando houver

análise do mérito, o MPF pede que seja concedido um prazo adicional às pessoas com deficiência correspondente a tantos quanto forem os dias de atraso na

conclusão da adaptação do programa.

O processo relata dificuldades enfrentadas por contribuinte com deficiência visual no momento da realização da declaração, em razão do sistema eletrônico

da Receita Federal não oferecer condições mínimas de acessibilidade. O inquérito foi instaurado a partir de documentação remetida pelo Ministério Público

do Estado do Rio Grande do Sul.

Para o superintendente-adjunto da Receita Federal na 10ª Região Fiscal, Ademir Gomes de Oliveira, é difícil que a alteração no programa — produzido desde

outubro — fique pronta antes do início do prazo de entrega da declaração de 2019:

— A gente acata decisões judiciais. Com certeza, se não conseguirmos, vamos dar o prazo necessário para que as pessoas com deficiência visual realizem

a declaração.

Fonte:
Extra Site externo

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Prefeitura leva Caravana de Serviços Municipais para Pessoas com Deficiências às Subprefeituras

Cerca de 100 pessoas foram atendidas, só no primeiro dia. No segundo dia, a ação recebeu a visita do Prefeito Bruno Covas
 A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), em parceria com a Secretaria de Subprefeituras (SMPR) e com o Conselho Municipal da Pessoa com

Deficiência (CMPD), levará às Subprefeituras serviços e informações à população com deficiência e suas famílias, de cada região da cidade.

Nos dias 13 e 14 de fevereiro a Subprefeitura São Miguel Paulista foi a primeira a receber a Caravana. O projeto, que ainda é um piloto, passará por todas

as subprefeituras em busca de proximidade para conhecer e atender a população com deficiência, no espaço do Descomplica SP.

Em seu segundo dia, a Caravana contou com a presença do Prefeito Bruno Covas, que foi acompanhado pelo Subprefeito Edson Marques e o Secretário Municipal

da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato. Dentre os serviços e informações oferecidos, destacamos: BPC via Cadastro Único, Tarifa Social, Vagas de Emprego,

Bilhete Único Especial, Cartão DEFIS, certificado de isenção militar, Atende+ e Cadastro de estudantes com deficiência no CIEE. Cerca de 188 pessoas com

deficiência foram atendidas nos dias da ação.

A Caravana

Para facilitar o atendimento ao público surdo e com deficiência auditiva, cada unidade receberá posto de atendimento da Central de Intermediação em Libras

(CIL), que é administrada pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED). Trata-se de um serviço de intermediação em Português/Libras, por

meio de vídeo chamada, que permite a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva e servidores públicos em tempo real. O Descomplica São Miguel já

possui esse serviço.

Os funcionários de cada Subprefeitura também receberão treinamentos e orientações para atender as pessoas com deficiência. Haverá um canal de comunicação

da Subprefeitura direto com o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.

Confira:

Mais de 20 pessoas no espaço de atendimento do Descomplica SP de São Miguel Paulista. Pessoas estão na fila e outras estão sendo atendidas por funcionários

a equipe da SMPED, nas mesas de atendimento.

três mulheres na foto. Elas estão na mesa de atendimento. Duas delas estão de frente para um computador, durante atendimento e outra, observa.

três pessoas reunidas ao redor de uma mesa, em uma sala fechada. Duas mulheres e homem. Um homem e uma mulher estão de frente para dois notebooks sobre

a mesa e a outra mulher observa.

três pessoas na foto, o Prefeito Bruno Covas, o Secretário Cid Torquato e o Subprefeito de São Miguel Paulista, Edson Marques.

Mais de 10 pessoas no espaço do Descomplica, entre elas, duas mulheres. Uma delas atende uma munícipe.

mais de 15 pessoas na foto, entre elas, o Prefeito Bruno Covas e o Secretário Cid Torquato.

Créditos: Fábio Nunes (Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência)
 fonte s m p e d

Oi é condenada a indenizar deficiente visual por danos morais

Operadora interrompeu envio de faturas físicas ao endereço do consumidor, o que dificultou o pagamento e ocasionou o bloqueio do serviço.

A juíza de Direito Maria José França, do 7º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís/MA, condenou a Oi a indenizar um deficiente visual

por danos morais após ter interrompido o envio das faturas telefônicas a residência do consumidor. O valor da indenização foi fixado em R$ 2.700,00 - com

correção monetária pelo INPC, além de juros legais de 1%.

De acordo com os autos, o consumidor recebia normalmente as faturas para pagamento em sua residência, até que, em dezembro de 2017, foi informado da suspensão

da entrega da fatura impressa, e que, a partir daquela data, deveria ser paga por meio de site na internet.
O consumidor alegou que essa forma de pagamento lhe causaria transtornos por ser deficiente visual e necessitar de auxílio de outra pessoa para acessar

a conta e efetuar o pagamento. Afirmou, ainda, que, por não ter recebido uma fatura física, atrasou o pagamento e teve o serviço de telefonia bloqueado.


Além dos danos morais, o consumidor pediu antecipação da tutela para garantir o restabelecimento do serviço de telefonia que se encontrava pago.

A magistrada concedeu liminar para o restabelecimento do serviço, bem como para que a empresa emitisse as próximas faturas impressas, com a entrega na

residência do consumidor e decidiu pela indenização por dano moral, com base no artigo 186, do CC/02 e artigo 5°, inciso X, da CF.

A juíza verificou que a empresa estava ciente da opção do autor pela fatura impressa e da obrigação de encaminhar a fatura, e não modificar unilateralmente

o modo de envio da conta. Além disso, destacou que a Oi não produziu prova de que vem regularmente enviando as faturas, apenas se limitou a evitar sua

responsabilidade.

“Falha ocasional não deve ser motivo para o não pagamento, primando-se assim por um equilíbrio e sensatez nas relações, como por exemplo, o envio pela

empresa, na modalidade SMS do código de barras e valor da conta, possibilitando o pagamento ao consumidor, mesmo nos casos de opção por conta impressa”,

ressaltou a juíza na sentença.

A magistrada considerou, ainda, que a condição pessoal do consumidor, de ser deficiente visual, implica a facilitação pelos órgãos públicos e privados

para o exercício de atos da vida civil e mesmo daqueles mais simples do dia a dia, efetivando sua dignidade de pessoa humana.

“Neste caso, não havendo prova do envio da fatura impressa ou de outro meio que desse ciência ao consumidor do valor a ser pago, e considerando a condição

pessoal de pessoa com deficiência visual vislumbro, também neste ponto, a falha do serviço da demandada (empresa) e o seu dever de reparar os danos."

• Processo: 0802237-55.2018.8.10.0012

Veja a
íntegra da sentença.

Fonte: migalhas.com.br - 18/02/2019

Na nova proposta de previdência PCDs continuam tendo direito ao benefício de um salário mínimo sem limite de idade

Benefício de Prestação Continuada (BPC), de um salário mínimo, é pago mensalmente à pessoa com deficiência e ao idoso que comprove não possuir meios de

se sustentar.

A proposta de reforma da Previdência Social do governo, entregue ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (20), determina que idosos sem meios de se sustentar

terão de aguardar até os 70 anos para receber integralmente o
Benefício de Prestação Continuada
(BPC).

Atualmente, o benefício, no valor de um salário mínimo, é pago mensalmente à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir

meios de se sustentar, e nem de ter auxílio da família.

O governo propõe o pagamento de um valor menor, de R$ 400, a partir dos 60 anos de idade.

Se esse idoso não tiver o tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele continuará recebendo R$ 400 até completar

70 anos.

A partir dos 70 anos passaria a receber um salário mínimo.

“Se ele conseguir se aposentar, sai da assistência e vai para a Previdência. Se não, aos 70 anos passa a ganhar um salário mínimo”, afirmou o secretário

de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolin.

O secretário explicou ainda que o valor de R$ 400 estará indexado à inflação, ou seja, será reajustado pela inflação.

Bolsa Família

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que os beneficiários do Bolsa Família, com mais de 60 anos, recebem, em média,

R$ 130 por mês e serão beneficiados pela regra proposta na reforma de pagamento de R$ 400 por mês a partir dessa idade.

Questionado sobre a perda de renda para quem tem entre 65 e 70 anos (idade mínima a partir do qual será pago um salário mínimo no benefício de prestação

continuada se a proposta do governo for aprovada), ele declarou que a ideia é não fragilizar o regime de contribuição, ou seja, desestimular as contribuições

por parte dos trabalhadores.

“Isso precisa ficar claro para a sociedade. Hoje, não há nitidez entre o que é assistência e previdência. Metade da força de trabalho não contribui [para

a Previdência] e terá de ser ajudada com 65 anos. Temos de ajudar, e um pacto moral; Mas não podemos ajudar a fragilizar o sistema contributivo [desestimulando

contribuições]”, declarou ele.

Regras

O
BPC
está previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Para ter direito, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 1/4

do salário-mínimo vigente.

Pela proposta de reforma, apresentada ao Legislativo pelo presidente Jair Bolsonaro, permanece a exigência de que os beneficiários tenham renda mensal

per capita inferior a 1/4 do salário mínimo, e determina também que tenham patrimônio inferior a 98 mil (Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida). (Destaque feito

pelo Blog Deficiente Ciente)

Deficiência

Para as pessoas com deficiência, o governo não propôs alterar a regra – eles continuam tendo direito ao benefício de um salário mínimo sem limite de idade.


Aposentadoria por invalidez

O valor do benefício vai variar de acordo com a origem do problema que levou ao afastamento irreversível do mercado de trabalho. Se for acidente de trabalho,

doenças profissionais ou doenças do trabalho continua recebendo o valor integral a que tem direito. Nos demais casos, só receberá 60% do valor a que tem

direito e, quem tem mais de 20 anos de contribuição recebe 2% mais por ano que exceda essas duas décadas. Essa regra não vale para quem tem direito a apenas

um salário mínimo. Nesse caso, não será feito nenhum desconto. (Na regra anterior acidente de trânsito também recebia valor integral – Nota do blog Deficiente

Ciente)

Fontes: G1; Extra

via deficiente ciente

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Prazo para pessoas com deficiência assistirem aos desfiles na Sapucaí termina dia 20

Interessados podem se inscrever presencialmente ou através da internet
Pessoas com deficiência interessadas em assistir aos desfiles na Sapucaí têm até o dia 20 de fevereiro para se inscrever nas vagas restantes para os dias

1º e 9 de março.

As inscrições são realizadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência, em parceria com a RioTur.

Quem deseja realizar a inscrição deve apresentar o laudo médico e um documento de identificação com foto. Cada um tem direito a apenas um acompanhante.


O prazo da inscrição presencial termina no dia 20 de fevereiro, ou até durarem os convites, somente em dias úteis, na Avenida Presidente Vargas, nº 1997,

entre 9h e 14h.

As inscrições também podem ser feitas através da internet. Nesse caso, os convites são retirados na mesma data e horário das inscrições presenciais.

No dia do desfile, só será permitida entrada com convite e documento de identificação com foto da pessoa com deficiência.

Cadeirantes poderão escolher um dia do grupo de acesso e dois dias do grupo especial, incluindo o desfile das campeãs, para assistir. Pessoas com outras

deficiências poderão escolher um dia do grupo de acesso e um dia do grupo especial, incluindo o desfile das campeãs. Isso deve ser escolhido no dia da

inscrição.

Fonte:
Destak Site externo
Interessados podem se inscrever presencialmente ou através da internet
Pessoas com deficiência interessadas em assistir aos desfiles na Sapucaí têm até o dia 20 de fevereiro para se inscrever nas vagas restantes para os dias

1º e 9 de março.

As inscrições são realizadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência, em parceria com a RioTur.

Quem deseja realizar a inscrição deve apresentar o laudo médico e um documento de identificação com foto. Cada um tem direito a apenas um acompanhante.


O prazo da inscrição presencial termina no dia 20 de fevereiro, ou até durarem os convites, somente em dias úteis, na Avenida Presidente Vargas, nº 1997,

entre 9h e 14h.

As inscrições também podem ser feitas através da internet. Nesse caso, os convites são retirados na mesma data e horário das inscrições presenciais.

No dia do desfile, só será permitida entrada com convite e documento de identificação com foto da pessoa com deficiência.

Cadeirantes poderão escolher um dia do grupo de acesso e dois dias do grupo especial, incluindo o desfile das campeãs, para assistir. Pessoas com outras

deficiências poderão escolher um dia do grupo de acesso e um dia do grupo especial, incluindo o desfile das campeãs. Isso deve ser escolhido no dia da

inscrição.

Fonte:
Destak Site externo

GARI COM DEFICIÊNCIA VISUAL É APROVADO NO VESTIBULAR DA UFG

Por
Maria Marta
O ano de 2019 começou com conquistas para o gari da Companhia de Urbanização de Goiânia, Rogério Gomes da Silva, 37 anos. Deficiente visual, Rogério foi

aprovado no vestibular para o curso de bacharel em História da Universidade Federal de Goiás (UFG).

O jovem descobriu o glaucoma – alteração do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda da visão – aos

13 anos de idade e há três anos perdeu 100% da visão. Porém, essa limitação não o impediu de ir atrás do seu objetivo.

O futuro historiador concluiu o ensino médio em 2016, após inúmeras dificuldades e desde então vem se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio.

Nos últimos meses, com a ajuda e apoio das filhas e da esposa aliou a rotina de trabalho com estudos e conseguiu ser aprovado no tão sonhado curso de História.

Os estudos eram realizados por meio de algumas apostilas em braille e leituras feitas pela filha de 17 anos.

O servidor está lotado no Viveiro Redenção, no setor Pedro Ludovico, e compõe a equipe que faz corte ou coloca terra nas embalagens recicláveis usadas

na produção de novas mudas. Rogério foi aprovado no concurso público da Companhia no ano 2006. Na época ele tinha cerca de 10% da visão o que permitiu

a desempenhar outras funções no Viviero. Na avaliação dos colegas de trabalho, ele é um servidor comprometido, perfeccionista e muito determinado. Para

o presidente da Companhia, Aristóteles de Paula, o esforço do Rogério comprova que quando há força de vontade, não há limitações. “Estamos felizes com

a aprovação do nosso servidor. Isso demonstra que não há limites para quem tem um sonho”.

A matrícula na Universidade foi feita nesta segunda-feira,4, e em março ele inicia as aulas. Rogério ainda não sabe como será, mas a expectativa é grande.

“Desde muito novo venho ultrapassando barreiras e isso foi fruto do meu esforço. Vendo as dificuldades do dia-a-dia, a única solução é estudar”, afirmou.


Fotos: Luciano Magalhães
fonte goiania.jovempanfm.uol.com.br

Prefeitura de São Paulo leva acessibilidade aos surdos durante o Carnaval Projeto “Samba com as Mãos” realizado pela Secretaria Municipal da Pessoa com,Deficiência

visa tornar a festa do carnaval mais acessível
Deficiência visa tornar a festa do carnaval mais acessível
Projeto “Samba com as Mãos” realizado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência visa tornar a festa do carnaval mais acessível
 A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) realiza neste ano a 4ª edição do projeto “Samba com as Mãos”,

que disponibiliza vídeos com a tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras) dos 14 sambas-enredos das agremiações que pertencem ao Grupo Especial de

São Paulo. O objetivo é incluir pessoas surdas ou com deficiência auditiva na maior festa cultural do país.

Neste ano, o Carnaval acontece em março, mas os preparativos do projeto começam bem antes. Dias 8, 9 e 10 de janeiro, a SMPED vai reunir um grupo de intérpretes

de Libras e alguns surdos que farão a interpretação. São três dias de dedicação e empenho. Lembrando que os sambas-enredos têm algumas características

que demandam um esforço maior em sua tradução. Na maioria das vezes, usam palavras de origem africana e ditos populares, e isso exige do tradutor um trabalho

em conjunto com o autor da letra para que nada se perca.

Após essa primeira etapa, acontece a gravação da tradução dos enredos em estúdio, que será realizada nos dias 17 e 18 de janeiro. Os surdos acompanham

todo o projeto até sua conclusão.

Na terceira etapa acontece o lançamento dos vídeos em Libras nas 14 escolas. O lançamento de cada vídeo será feito nas escolas de acordo com o cronograma

descrito nesse release. Em breve divulgaremos o calendário com toda a programação.

Antes da maior festa da cidade de São Paulo acontecer, os links com os vídeos das traduções dos sambas-enredos ficam disponíveis no site e no Canal da

Secretaria no YouTube. Nos dias de Carnaval, durante os desfiles os vídeos são disponibilizados em telões no Espaço da Cidade, no Anhembi.

“O Carnaval, essa grande festa que faz parte da cultura brasileira, é um bom momento para aumentar a conscientização e sensibilização das pessoas sobre

as questões relativas aos direitos das pessoas com deficiência. A atividade inclusiva é um grande estímulo para a participação deste público nas ações

da cidade. Com o grande resultado obtido nas edições anteriores, queremos ampliar o projeto, e divulgá-lo para que mais pessoas participem e se emocionem”,

afirma Cid Torquato, Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência.

Para Laila Sankari, que tem deficiência auditiva, o projeto “Samba com as Mãos” mudou seu conceito sobre Carnaval. Ela afirma, que antes ia para o desfile

ver carros alegóricos e fantasias, mas não entendia o que estava acontecendo. “Eu já participei das três edições anteriores e com a criação do projeto

“Samba com as Mãos” pela Secretaria, minha visão mudou, com a tradução para Libras, tenho a oportunidade de acompanhar o contexto do que está sendo dito.

Essa inclusão é emocionante!”, afirma.

De acordo com os dados revistos do IBGE em 2018, no Brasil, há 2 milhões de pessoas com deficiência auditiva, e em São Paulo são 120 mil. Além disso, 80%

dos surdos no Brasil têm dificuldades de compreender o português.

Serviço:

Escola Data Horário Local

Mancha Verde - 17/02 - 19h30 - Rua Norma de Luca, 550

Tom Maior - 19/02 - 19h - Rua Coronel Bento Bicudo, 761 - Piqueri

Acadêmicos do Tatuapé - 23/02 -  21h - R. Melo Peixoto, 1513

*assim que o calendário com as outras escolas forem confirmados informaremos.
 fonte s m p e d

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Empresa de beleza cria canal com tutoriais para deficientes visuais e auditivos

Os conteúdos do canal 'Desejos de Make' contam agora com audiodescrição, legenda e intérprete de libras para ensinar o passo a passo de maquiagem

Com informações da assessoria /
redacao@diarioam.com.br

Manaus – A partir de agora, deficientes visuais e auditivos também vão poder aproveitar o conteúdo do canal ‘Desejos de Make’, da marca de beleza nacional

O Boticário. No canal, são disponibilizados vídeos e tutoriais de maquiagem com audiodescrição, legenda e intérprete de libras para que eles possam aproveitar

todos os detalhes da plataforma.

Marca busca conversar com todos os públicos e respeita o que cada um traz de diferente, afinal, é isso que faz cada consumidor ser único. Pensando em tudo

isso, ela viu a oportunidade de criar conteúdos exclusivos e acessíveis para uma ‘galera’ que também ama maquiagem, mas que nem sempre conseguia absorver

tudo que já existia no canal.

A versão acessível já está disponível e traz maquiagens inspiradas nas principais dúvidas do público. A pré-estreia da plataforma contou com a influenciadora

Tainá Borges, deficiente auditiva, que fez um tutorial em libras. Além disso, a convidada explica sobre a importância da inclusão nas plataformas digitais.


“Nossa intenção não é diferenciar os canais. Acreditamos na beleza das relações, valorizamos e respeitamos a diversidade. Damos condições para que todas

as pessoas tenham acesso aos mesmos direitos e oportunidades, independentemente de gênero, identidade de gênero, idade, religião, condição física, estado

civil, nacionalidade, convicção política ou condição sexual”, comenta Cathyelle Schroeder, gerente de Branding e Mídia da marca.
Assista aos vídeos clicando aqui.

Início do grupo A influenciadora digital Tainá Borges (Foto: Divulgação)
A influenciadora digital Tainá Borges (Foto: Divulgação)
Fim do grupo
fonte D24am

Empresa desenvolve brinquedos portáteis para crianças com deficiência

Redação Observatório 3º Setor
Os brinquedos são adaptados para que crianças com e sem deficiência possam brincar juntas

Por Caio Lencioni

Com o objetivo de promover a inclusão, a Anjuss, uma empresa de Curitiba (PR), decidiu criar um projeto para investir no desenvolvimento de brinquedos

inclusivos para crianças com deficiência.

A ideia surgiu a partir da constatação de que jovens com deficiência não conseguiam participar dos projetos de skate promovidos pela empresa, por falta

de acessibilidade. A partir daí, a organização começou a fazer testes, inicialmente criando uma junção de skate e tirolesa.

No início, o equipamento não era prático, precisando ser preso ao chão ou pendurado no teto. Depois de algumas tentativas, no entanto, o Projeto In Move

conseguiu criar modelos móveis e desmontáveis, que podem ser colocados tanto em ambientes fechados quanto abertos.

Até o momento, a empresa possui a patente de quatro brinquedos do tipo: tirolesa, skate, gangorra e balanço. E mais brinquedos estão sendo desenvolvidos.


Os brinquedos são adaptados para que crianças com e sem deficiência possam brincar juntas, e visam promover a inclusão das crianças com deficiência. Além

disso, eles têm o propósito de ajudá-las a brincarem de forma mais independente.

A Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) de Curitiba, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação,
comprou um kit
 desses brinquedos inclusivos para levar para diferentes áreas da cidade.

Para saber mais sobre o projeto, acesse o
site da iniciativa.

Carnaval: Prefeitura libera inscrições para o Camarote Acessível

Mais de 100 vagas serão disponibilizadas nos circuitos tradicionais da festa
Redação iBahia (
redacao@portaliabahia.com.br)

Começam na segunda-feira (18) as inscrições para o Camarotes Acessíveis, oferecidos pela prefeitura de Salvador. As vagas são para facilitar o cadastro

de idosos e pessoas com deficiência.

As inscrições podem ser feitas através do
 site
 da prefeitura. Já quem desejar fazer a inscrição pessoalmente deve comparecer à sede da Semps, no Comércio, a partir das 9h da segunda-feira. As inscrições

são gratuitas. Serão três camarotes presentes nos circuitos Campo Grande, Piedade e Ondina. Serão disponibilizadas 60 vagas para idosos no circuito Campo

Grande; 100 vagas para pessoas com deficiência na unidade da Piedade; e 100 vagas para os dois públicos na estrutura montada em Ondina.

Programação - No circuito de Ondina, a partir da quinta-feira (28), primeiro dia de Carnaval, o acesso iniciará às 16h, e funcionará até as 3h. No Campo

Grande, o camarote funcionará a partir da sexta (1º), das 12h às 20h. Já na Piedade, em razão da programação do desfile das atrações no circuito, o acesso

será iniciado às 13h e finalizado às 21h, também a partir da sexta-feira.

Orientações - Cada usuário que necessite de acompanhante pode indicar apenas uma pessoa. O cadastro do acompanhante, com idade a partir de 18 anos, também

deve ser indicado no momento da inscrição, assim como a escolha dos dias que irão participar. Cada pessoa pode optar por até dois dias, e é necessária

a apresentação de documento original com foto.

O acesso das pessoas cadastradas será garantido até 1h após o horário de abertura do espaço. Após este período, a vaga poderá ser direcionada para o público

através da demanda espontânea nos dias de Carnaval. O ingresso só será possível até uma hora antes do encerramento dos camarotes, após os horários de encerramento

definido, será proibida a permanência no espaço.
 fonte
www.ibahia.com

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Audiodescrição amplia acesso ,à produções de TV e cinema

Audiodescrição permite que deficientes visuais tenham acesso à arte com muito mais informação; acima, eles aplaudem o fim do concerto “80 Vozes”, no auditório

do Masp, em SP - Divulgação / Raoni Reis
Assistir a um filme no cinema – ou em casa mesmo –, uma peça de teatro ou visitar uma exposição de arte são opções de entretenimento que estão na agenda

de grande parcela da população. Porém, há um contingente que, não fosse a técnica da audiodescrição, estaria privado do acesso a estes bens culturais diários.

Este recurso da audiodescrição, previsto em lei federal, tem o difícil desafio de colocar em áudio todos os detalhes do que é visto em um filme, peça teatral

ou mesmo ao descrever uma obra de arte, para que deficientes visuais tenham acesso à informação.

“Trata-se de um recurso muito importante para a autonomia e independência do deficiente visual, pois permite a compreensão muito mais ampla do conteúdo

apresentado. Ele passa a ter acesso à arte, à informação. E, quanto mais a gente estuda e pesquisa, percebe as possibilidades de outros usos”, explica

Lívia Motta, doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC de São Paulo e uma das mais importantes especialistas nesta técnica no Brasil.

Lívia realizou a primeira audiodescrição no teatro, descrevendo as cenas, gestos, expressões, cores e movimentos que deram à pessoa com deficiência visual

acesso às informações com riqueza de detalhes.

Segundo ela, outras pessoas também são beneficiadas. “O público-alvo é o deficiente visual, porém, autistas, deficientes intelectuais, idosos, entre outros,

também se beneficiam”.

A acessibilidade para deficientes visuais e auditivos nas salas de cinema está prevista na Lei 13.146/2015, que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

A lei fixou um prazo máximo de quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2016, para que as salas de cinema brasileiras ofereçam, em todas as sessões, recursos

de acessibilidade para pessoas com deficiência. Porém, são poucas as salas Brasil afora que disponibilizam o recurso. Na televisão, desde 2011, o recurso

é oferecido por algumas emissoras.

Para Lívia Motta, a técnica de audiodescrição vai muito além do uso apenas no entretenimento. “Há necessidade do uso na escola como ferramenta pedagógica,

que contribui para ampliar os conhecimentos do mundo, não só pelos deficientes visuais, mas para os que enxergam também, já que amplia muito o próprio

senso de observação. Os que enxergam não obrigatoriamente prestam atenção em todos os elementos do que é visualizado”.

NA PRÁTICA

Para confirmar a extensão do alcance da audiodescrição, basta conhecer a opinião de quem realmente necessita dela. “Ao assistir a um filme, por exemplo,

é fantástico. Você consegue aproveitar muito mais do conteúdo do texto. Muitas vezes, num filme, aparecem apenas imagens, a trilha sonora, sem diálogo.

E, quando vem a audiodescrição, ela preenche este vazio que a gente não entende no decorrer do filme. É uma sensação muito boa”, descreve Telma Nantes

de Matos, deficiente visual, coordenadora geral e diretora do Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florisvaldo Vargas (Ismac).

Segundo Telma, a Organização Nacional de Cegos do Brasil tem acompanhado a efetivação da garantia deste direito, que tem sido protelado pelos responsáveis

pela audiodescrição. “É muito importante proporcionar este tipo de acesso. Temos legislações que garantem que a TV e o cinema promovam esta acessibilidade,

mas, infelizmente, não há muitas ações. A audiodescrição é discutida em todo o mundo, foi discutida na convenção da ONU e em vários outros espaços, pois

é um direito que nós temos”, acrescenta a coordenadora do Ismac.

Como audiodescritora formada, a agente pedagógica e coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP-DV) de Campo Grande, Maria Cândida

Abes, diz que a audiodescrição é um aprendizado de mão dupla. “Ela abre possibilidades para o deficiente visual, analfabetos funcionais, pessoas com formação

acadêmica com dificuldade, deficientes intelectuais. Para mim, como audiodescritora, além da maior possibilidade de promover a inclusão social, também

o meu repertório linguístico e meu vocabulário ampliam totalmente, além do conhecimento em várias disciplinas, como história, arquitetura, ciências etc”.


OFICINA
De hoje até quinta-feira, das 14h às 16h30min e das 17h às 19h30min, a doutora Lívia Motta (SP) ministra a oficina “Introdução à Audiodescrição”. Será

um encontro de 15 horas, com uma das mais representativas profissionais do Brasil na área, que apresentará e discutirá o uso da audiodescrição em diversos

eventos, espetáculos e produtos audiovisuais. Haverá atividades teóricas e práticas de forma a preparar o espaço e produtores culturais para apresentações

acessíveis. A inscrição é gratuita, mas é preciso ter cartão Sesc válido. Serão disponibilizadas 30 vagas e a capacitação ocorrerá na Sala de Música.

Na quinta-feira (14), às 15h, haverá sessão do Cine Sesc acessível, com audiodescrição e libras do longa “O Menino no Espelho” (2014). Avenida Afonso Pena,

2.270.
fonte Correio do Estado

Mattel lança versões da boneca Barbie com deficiência física

Nova coleção da linha Barbie Fashionista terá bonecas com cadeira de rodas, prótese na perna, além de vários tons de pele
A linha Barbie Fashionistas ganhou uma coleção com bonecas com deficiências físicas – Barbie na cadeira de rodas e com prótese na perna. Além disso, a

boneca terá variedade de tons de pele, estilos de cabelo e looks da moda.

De acordo com a Mattel, a boneca, que completa 60 anos este ano, já teve 200 lançamentos entre carreiras, papéis inspiradores e acessórios fashion.

As novas bonecas poderão ser encontradas em lojas varejistas ao preço sugerido de R$ 89,99 para a Barbie Fashionista Regular e de R$ 149,99 para a Barbie

com cadeira de rodas.

Kim Culmore, vice-presidente de Design da Barbie, na Mattel, diz que a inclusão no portfólio das Barbies com deficiências físicas tem o objetivo de representar

melhor as pessoas e o mundo que as crianças veem ao seu redor.

“Nosso compromisso com a diversidade e a inclusão é um componente essencial de nosso processo de design e estamos orgulhosos por saber que as crianças

de hoje conhecerão uma imagem diferente da marca”, disse.

Lançamentos anteriores

Em junho do ano passado, a Mattle lançou a
Barbie engenheira robótica Site externo
para ‘encorajar’ meninas a aprender programação. Em março de 2018, foi lançada a
Barbie inspirada em Frida Khalo Site externo
e outras personalidades para o Dia da Mulher.

Em novembro de 2017, foi lançada a primeira
Barbie com hijab Site externo,
tipo de véu islâmico.

Em 2016, a marca anunciou a
expansão da sua linha Fashionistas Site externo,
com a inclusão de três novos tipos de corpo – baixa, alta e curvilínea – além de uma variedade de tons de pele, estilos de cabelo e roupas.

Fonte:
G1 Site externo

O jovem com paralisia cerebral que fechou um negócio com a PlayStation

A matéria abaixo foi extraída do site português
Link To Leaders.
O jovem co
m paralisia cerebral
que fechou um negócio com a PlayStation
Bruno Osório, presidente executivo da FoxTech e da Adamastor Studio.
Bruno Osório é um empreendedor fora do comum. Com apenas 30 anos – e uma condição que o prendeu a uma cadeira de rodas -, já fundou duas start-ups, recolheu

uma ronda de investimento e fechou um negócio de 100 mil euros com a PlayStation. Ao Link to Leaders fala sobre o seu objetivo de vida e as dificuldades

que enfrenta devido à paralisia cerebral.

Presidente executivo da FoxTech Portugal e da Adamastor Studio. Estes são os dois cargos que o engenheiro informático apresenta no seu perfil de LinkedIn.

Contudo, aquilo que a rede social de trabalho não conta são as dificuldades acrescidas que Bruno Osório enfrenta diariamente devido à paralisia cerebral,

e a condição que o deixou na cadeira de rodas.

Apesar de todas estas dificuldades, o empreendedor que quer mudar o mundo prefere apresentar-se como uma inspiração para todas as pessoas que o rodeiam,

mostrando que, independentemente das barreiras que possam surgir, é sempre possível fazer acontecer.

Parte da força que move o jovem bem-humorado foi passada para dois projetos. Um deles, que está a ser desenvolvido através da FoxTech, é o QuadRevolution,

um sistema de condução autónoma segura para as cadeiras de rodas. Um outro projeto, que é atualmente o seu principal foco, é o VRrock, um videojogo de

realidade virtual que está a ser desenvolvido pela Adamastor Studio e em que os jogadores são estrelas de rock a atuar para uma arena. A aceitação do público-alvo

levou a PlayStation a fechar um negócio de exclusividade com Bruno Osório e a sua equipa: a troco de 100 mil euros em campanhas de publicidade, a consola

da Sony vai ser a única a vender o jogo.

Como é que começou o seu percurso no empreendedorismo?

A minha família sempre esteve ligada a negócios. Primeiro teve um café e, desde há muitos anos, uma empresa de táxis. Quando comecei a adquirir conhecimentos

em Excel, tive as primeiras noções de contabilidade e a ter gosto em construir algo e criar riqueza.

Desloco-me em cadeira de rodas devido ao facto de ter paralisia cerebral, mas o meu objetivo de vida é ser um ícone inspiracional para novas empresas e

empreendedores, mostrando que, apesar de todas as dificuldades, é sempre possível fazer acontecer. Sempre fui apaixonado pelo empreendedorismo e a minha

meta sempre foi e será criar negócios, pois acredito que vou mudar o mundo e ter sucesso. Sou uma pessoa que luta por todos os seus sonhos até ao fim e

para mim não há impossíveis!

Desde 2012 que comecei a projetar a minha caminhada no empreendedorismo ao construir uma equipa multidisciplinar que contemplava as áreas de engenharia

informática e engenharia eletrotécnica. O objetivo era o desenvolvimento de um projeto para participar no concurso Imagine Cup – promovido pela Microsoft.

O projeto consistia num sistema que fosse conectado a qualquer cadeira de rodas elétrica e em que o utilizador pudesse, através de um dispositivo móvel,

escolher um determinado destino no mapa da região. A partir daqui o sistema controlava a condução da cadeira até chegar ao destino pretendido.

Em 2013 finalmente participámos na Imagine Cup com um pequeno protótipo deste sistema e conseguimos chegar à final nacional. Devido ao excelente feedback

recebido, começamos a levar mais a sério a realidade de iniciar um caminho empresarial. Tendo este projeto como base, começámos a criar conexões com o

mundo empresarial, como associações e outras empresas da área. Participámos também em feiras, palestras e eventos de empreendedorismo. Durante este percurso,

a nossa equipa começou a implementar os seus conceitos e protótipos, tendo conseguido construir bases sólidas que nos permitiram lançar, em 2016, a empresa

Foxtech. Agora, quero criar uma empresa de cinco em cinco anos.

Bloco de citação
“Grande parte da autoconfiança que tenho hoje em dia deve-se à estrutura mental que adquiri no desporto.”
Fim do bloco de citação

Acha que o facto de ter sido atleta de alta competição o pode ajudar no seu percurso empreendedor?

Por acaso voltei, no ano passado, ao alto rendimento! Mas respondendo diretamente à sua pergunta, sim, até posso dizer que o desporto foi o ponto de partida

para provar a mim próprio que conseguia atingir grandes feitos. Grande parte da autoconfiança que tenho hoje em dia deve-se à estrutura mental que adquiri

no desporto. Para ser claro, agora, o tubarão sou eu!

O facto de estar numa cadeira de rodas você vê como uma barreira ao seu potencial?

Sinceramente não. A cadeira de rodas oferece-me um charme que poucos conseguem ter, ou seja, é como se a cadeira fosse o acessório ideal para ser o centro

das atenções como tanto gosto! A vida ensinou-me a “trabalhar” a questão da minha condição como sendo uma vantagem.

Quais são as grandes dificuldades que enfrenta diariamente?

A primeira coisa que me vem à cabeça são as viagens de longo curso e a duração, uma vez que quando isso acontece tenho de levar alguém para cuidar de mim.

No entanto, estou convicto que um dia irei contornar este obstáculo!

Bloco de citação
“A cadeira de rodas oferece-me um charme que poucos conseguem ter.”
Fim do bloco de citação

E quais são as vantagens da sua condição motora?

Como já tive oportunidade de dizer: A cadeira de rodas oferece-me um charme que poucos conseguem ter. Se juntarmos a minha confiança sou o produto perfeito

[risos]. Já senti várias vezes que não me disseram que não precisamente por causa da minha condição. Noto que antes de começar uma reunião não dão nada

por mim, mas que quando começo a falar tudo muda!

Têm pelo menos dois protótipos já desenvolvidos (Sempre em Casa e o Quad Revolution) na FoxTech. O que é que vos falta para levar estas duas soluções para

o mercado?

Se há coisa que apreendi é que no empreendedorismo é vital ter foco. Agora só penso na Adamastor Studio e no VRock até vender a empresa, mas garanto que

vamos voltar ao QuadRevolution! É o projeto da minha vida!

A Adamastor Studio ganhou os prémios PlayStation em 2016. Foram-lhe dados 10 meses para terminar o jogo – que ainda não foi lançado. O que correu mal?


A empresa não era nossa, só tínhamos a marca Adamastor Studio, mas desde sempre vi o produto com grande potencial de venda. Então esperámos pela oportunidade

certa para adquirir a empresa e o VRock e, em mais ou menos três meses, tornámos um produto morto e esquecido num título bastante esperado e cheio de oportunidades!


Bloco de citação
“A minha relação com os videojogos é, desde a minha infância, umbilical, pois foi com eles que me foi possível chutar uma bola e ser o que quisesse!”
Fim do bloco de citação

Porquê um projeto na área dos videojogos?

A minha relação com os videojogos é, desde a minha infância, umbilical, pois foi com eles que me foi possível chutar uma bola e ser o que quisesse! A marca

Adamastor Studio, surgiu porque adoro os descobrimentos portugueses e faço o paralelo com o monstro Adamastor como sendo algo aparentemente impossível

de dobrar, mas os portugueses “venceram-no” e trouxeram uma grande esperança para o mundo!
Fazendo o paralelo com a minha vida, posso dizer que começou por ser um grupo muito grande de Adamastores – ou dificuldades – e agora no presente tenho

uma vida pojante e cheia de esperança no futuro, ou seja, o Cabo da Boa Esperança.

Sabemos também que fecharam um negócio com a PlayStation. Em que consistiu?

O negócio é de exclusividade a nível das consolas – eles deixam que o jogo seja desenvolvido para computador. Em troca, abrem todos os canais de vendas

para nos ajudarem a vender mais jogos e têm uma campanha de marketing no valor de 100 mil euros associada ao projeto. Normalmente concedem 50 mil euros,

mas gostaram tanto do jogo que decidiram duplicar esse valor.

Receberam investimento recentemente. O que é que isto significa para o projeto?

O investimento é uma fase sempre bonita porque com o dinheiro que é aportado à empresa vai permitir ao projeto ter uma qualidade muito maior.

Eu gosto desta fase porque gosto muito de responsabilidade e, a partir do momento que se tem investimento associado, essa responsabilidade aumenta exponencialmente.

Para além disso, ter pessoas que sabem mais do que nós, acreditam em nós, transmitem conhecimento e acreditam em nós e no caminho que trilhamos juntos.

Isso para mim é ouro. Gostava de agradecer à StarBusy pela confiança em mim e na minha equipa e ao Pedro Antunes, que será para sempre uma inspiração tanto

a nível profissional, como pessoal.

Bloco de citação
“Acredito que vou mudar o mundo e ter sucesso!”
Fim do bloco de citação

Quer servir de inspiração para as pessoas. Que mensagem pretende transmitir?

O que quero mostrar às pessoas é que apesar de todas as dificuldades, é sempre possível fazer acontecer. Sempre fui apaixonado pelo empreendedorismo, a

minha meta sempre foi e será criar negócios! Pois acredito que vou mudar o mundo e ter sucesso!

O que é que gostava que lhe tivessem dito há dez anos, antes de ter arrancado com as duas start-ups?

Que iria ter este prazer que sempre tive e tenho! Sinceramente eu estava tão bem preparado para este caminho que já sabia como iria ser.

Quais são os planos para 2019 para os projetos em que está inserido?

Fazer do VRock um dos melhores jogos do ano e fazer as pessoas sonhar com o que vier no futuro da Adamastor!

fonte deficiente ciente

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Reforma da Previdência pode reduzir ainda mais a renda de idosos e pessoas com deficiência

Com as mudanças propostas, a renda de 4,6 milhões de idosos e pessoas com deficiência que recebem o piso será reduzida e novas concessões receberão menos

de um salário-mínimo
Confira a reportagem completa do Brasil de Fato, com informações sobre como a reforma da Previdência poderá afetar a vida de idosos e pessoas com deficiência:


Por Juca Guimarães com edição de Mauro Ramos

O tom geral do argumento do governo Bolsonaro para defender a reforma da Previdência é o equilíbrio das contas públicas. Na
mensagem Site externo
enviada ao Congresso nesta semana, o presidente da República também defendeu: “Estamos concebendo uma proposta [de reforma da Previdência] moderna e,
ao mesmo tempo, fraterna, que conjuga o equilíbrio atuarial, com o amparo a quem mais precisa”. Na realidade, a proposta em gestação pela extrema direita

e apontada como prioridade do governo poderá afetar diretamente a vida de 4,6 milhões de idosos e pessoas com deficiência, cuja renda é baixa.

O governo quer desvincular o valor do
BPC/Loas (Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica de Assistência Social) Site externo
do valor do salário mínimo nacional, que hoje é de R$ 998, e seus futuros reajustes. O BPC/Loas é uma renda que possui o valor de um salário-mínimo destinada

a idosos e deficientes que não possuem fontes de renda e não conseguem ser mantido por suas famílias.

Ao propor que o BPC/Loas não esteja atrelado ao valor do salário-mínimo, na prática, o governo passa a pagar menos de um salário nas novas concessões.

Ao mesmo tempo, quem recebe o piso atualmente também passaria a receber menos.

O que a apresentação da proposta do governo esconde é que o Loas, pago para 2 milhões de idosos e 2,6 milhões de pessoas com deficiência, representa apenas

3% e 3,9% (respectivamente) da despesa total com os pagamentos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Somados, idosos carentes e pessoas com deficiência

são 13,2% do total de beneficiários.

Por sua vez, o benefício destinado às pessoas com deficiência e idosos é a única garantia de dignidade e autonomia dessa parcela da população, dentro de

rigoroso controle cotidiano do orçamento.

A carioca Neuzenir Albuquerque, de 54 anos, é tetraplégica (apenas tem movimentos no braço esquerdo) e recebe o Loas desde 1996. Ela conta que a concessão

foi complicada porque o governo exigiu muitos documentos e exames. O benefício é a única renda que serve para cobrir água, luz, comida e medicação.

“O consumo maior é com a cadeira motorizada. Tudo para o cadeirante é caro. As peças são caras. Tem sempre alguma dívida da cadeira no cartão. Como é caro

tem que dividir em várias vezes. Quando termina de pagar algum equipamento da cadeira, ele até já deteriorou e tem que comprar de novo”, disse.

Neuzenir mora sozinha em Nova Sepetiba, no Rio de Janeiro. Ela se formou na faculdade de Serviço Social, pago por uma amiga, na esperança de entrar no

mercado de trabalho por concurso público e sair da dependência do Loas.

“Fiz o primeiro e o segundo grau em escola pública, sem nenhuma acessibilidade, dando a cara para bater. Passando horas sem beber água para não ter que

ir ao banheiro que não era adaptado. Eu fiz faculdade, com ajuda, porque sempre tive a impressão que uma hora ia aparecer um político querendo mexer no

Loas sem pensar nas consequências. Sem pensar nas pessoas que dependem dele para tudo”, disse.

Em São Paulo, a viúva Doraci Rosa, conhecida como dona Dora, tem 70 anos e recebe o Loas há cinco anos. Ela mora numa casa que fica no terreno dos antigos

sogros, na zona Leste da capital. Ela se casou aos 20 anos, depois de ter trabalhado três anos numa farmacêutica, onde conheceu o marido, com quem foi

casada por quase 50 anos.

“Com o dinheiro pago as despesas. Graças a Deus meus filhos pagam o convênio pra mim. O dinheiro dá, mas se diminuir [como propõe Bolsonaro] vai apertar

porque tá tudo caro já”, disse dona Dora.

Nas contas do dia a dia, a alta do preço do botijão de gás é uma preocupação constante. “O que mais assustou foi o gás, ‘magina, disseram que ia passar

dos R$ 100. Agora tá R$ 70, mas era R$ 50”, disse.

No final do ano passado, quando o salário mínimo era de R$ 954, a média real dos benefícios do Loas era de R$ 951,77, isso porque parte dos beneficiários

ainda pagam parcelas de empréstimo consignado.

Fonte:
Brasil de Fato Site externo

Prefeitura de São Paulo promove seminário sobre Acessibilidade em Projetos e Obras vai ser dia 15 feverrieo

Evento destinado a arquitetos e urbanistas apresentará normas e padrões de acessibilidade arquitetônica no município
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo

(CAU), e apoio da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), realizará, no próximo dia 15 de fevereiro, às 9h, o seminário “Procedimentos de Comprovação

de Acessibilidade em Projetos e Obras”. O evento é destinado a arquitetos e urbanistas interessados na questão da acessibilidade arquitetônica.

A iniciativa tem como objetivo apresentar os procedimentos referentes à acessibilidade na cidade de São Paulo, tais como: Certificado de Acessibilidade,

Selo de Acessibilidade Arquitetônica e as obrigações do Código de Obras Municipal. Além disso, também vai abranger as exigências no âmbito de acessibilidade

nos municípios de Santos, Ribeirão Preto, Socorro, entre outros.

O evento é gratuito, mas, para participar, os interessados devem se inscrever através do email:
cerimonialsmped@prefeitura.sp.gov.br.

“O seminário trará uma troca de experiências entre diversos profissionais que atuam na área de arquitetura em cidades do estado de São Paulo, para que

boas práticas sejam replicadas”, Silvana Cambiaghi, presidente da CPA.
Serviço:
Seminário: "Procedimentos de Comprovação de Acessibilidade em Projetos e Obras"
Data: 15/fevereiro/2019
Horário: 9h às 12h
Local: Edifício Martinelli – Rua Líbero Badaró, 504 - 15º andar – sala 154
Inscrições: pelo e-mail:
cerimonialsmped@prefeitura.sp.gov.br
Programação
9h – Recepção e café de boas vindas

10h – Abertura – Composição da Mesa
Presidente do CAUSP José Roberto Geraldine Junior e Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato

10h15 – Início dos Trabalhos – Composição de Mesa

Lista de 3 itens
• Apresentação dos procedimentos na cidade de São Paulo, tais como: Certificado de Acessibilidade, Selo de Acessibilidade, obrigações do Código de Obras

de São Paulo
• Apresentação por arquitetos de procedimentos em alguns municípios, tais como: Santos, Ribeirão Preto, Socorro, entre outros.
• Debates
fim da lista

12h – Considerações Finais e Encerramento
fonte s m p e d

Acessibilidade no metrô: uma visita ao Centro de Controle Operacional

Publicado por Fernando Freitas
Conhecemos o 'cérebro' por trás do funcionamento das estações e do atendimento aos passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida no metrô de São Paulo

Descrição da imagem: foto de Lucas e um funcionário do metrô no Centro de Controle Operacional do Metrô. Eles estão de costas, olhando, através de uma

parede de vidro, para uma sala repleta de painéis eletrônicos e computadores operados por cerca de 10 pessoas.

Por Lucas Borba

Há um ano moro sozinho na capital paulista. Como sou uma pessoa com deficiência visual total, é comum que eu ouça todo o tipo de perguntas, que sempre

tento responder da melhor forma possível.

Uma questão frequente é sobre a minha experiência com o transporte público da cidade. Minha resposta continua sendo a mesma até hoje: adoro particularmente

o serviço de metrô.

Acho que desde a primeira vez que mergulhei nos túneis de São Paulo fiquei me perguntando como o ir e vir de tantos trens de forma sincronizada devia funcionar

em uma metrópole com mais de 12 milhões de habitantes. O sistema era manual ou automatizado? E o fluxo nas estações, a segurança? Quantas histórias não

devem se passar em cada uma delas diariamente… Se para uma pessoa vidente essas dúvidas já são comuns, imagine para alguém que não pode usar a visão para

investigar.

Nada que perguntas ou uma boa pesquisa não resolvam, porém. Foi assim que descobri os roteiros de visitação oferecidos pelo metrô. Mais do que isso, as

visitas também são abertas a pessoas com deficiência visual, com um atendimento direcionado para esse público. Fui conferir a experiência em primeira mão

e escolhi um dos
seis roteiros oferecidos :
a visita ao Centro de Controle Operacional (CCO), situado próximo à Estação Vergueiro.

Além do aquário
Início do grupo Instrutor de treinamento Demétrio Souza (dir) apresenta sala principal do Centro de Controle Operacional do Metrô de São Paulo
Descrição da imagem: foto de um funcionário do metrô conversando com Lucas no Centro de Controle Operacional. Ao fundo há painéis eletrônicos na parede

e pessoas no computador.
Instrutor de treinamento Demétrio Souza (dir) apresenta sala principal do Centro de Controle Operacional do Metrô de São Paulo
Fim do grupo

Fui muito bem recebido pela equipe do metrô, que desde o início se colocou à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que restassem apesar das informações

fornecidas durante o passeio. Já na entrada, soube que o prédio do CCO é imponente, com vidros espelhados na fachada.

A seguir, entramos no ambiente chave da nossa visita, uma espécie de aquário circundado por vidros que permitem ao visitante observar a movimentação de

duas importantes salas do complexo. Uma delas é o Centro Operacional, responsável por garantir a rotatividade segura dos trens do metrô em cada uma das

linhas. Àquela hora, no começo da tarde, a sala contava cerca de 30 pessoas. Cada linha possui, em média, três supervisores, que postados em frente a um

dos grandes painéis com luzes indicativas presentes no recinto monitoram o funcionamento dos trens, o sincronismo entre eles e a movimentação nas estações.


“Por medida de segurança, um trem não pode ficar a menos de 150 metros de distância do outro e também é por isso que pedimos que as pessoas não segurem

as portas do veículo, porque detalhes como esse interferem no sincronismo e temos que remanejar todo o fluxo”, explica o instrutor de treinamento Demétrio

Souza. Todo o processo é automatizado, mas a presença de um operador é fundamental em cada trem, já que cabe a ele monitorar o status elétrico e mecânico

da máquina, prestar qualquer apoio eventual a um passageiro, realizar operações manuais quando necessário – como o abrir e fechar de portas a uma pessoa

com deficiência visual – e ser um contato permanente do CCO com o trem em questão.

Segurança
Início do grupo Funcionários do metrô recebem treinamento para auxiliar pessoas com deficiência nas estações (foto: Karlis Smits/2009)
Descrição da imagem: foto de uma mulher de óculos escuros e bengala passando por uma catraca segurando o braço de uma funcionária do metrô.
Funcionários do metrô recebem treinamento para auxiliar pessoas com deficiência nas estações (foto: Karlis Smits/2009)
Fim do grupo

A segunda sala é a de Controle de Segurança. Nela, cerca de dez pessoas monitoram as imagens das câmeras de cada estação. Caso uma situação de risco seja

observada, a estação recebe um alerta para que a equipe de segurança possa averiguar o caso. O metrô possui até mesmo uma lista de ocasiões que exigem

maior atenção. “Em grandes eventos como o Ano Novo, Carnaval, Virada Cultural e outros, iniciamos o planejamento da logística e estratégias com muita
antecedência, variando de acordo com a complexidade e tamanho do evento”, conta Souza.

O que torna a experiência do metrô mais gratificante em meu cotidiano, porém, é o atendimento à pessoa com deficiência visual. Além do sistema sonoro implementado

nos trens, o passageiro cego ou com baixa visão também pode contar com um serviço de acompanhamento, que inicia quando este chega ao metrô. Um funcionário

o acompanha e o embarca no vagão mais próximo ao operador do veículo, não sem antes perguntar em qual estação ele irá desembarcar. Essa informação é repassada

ao CCO que, por sua vez, comunica a estação em questão para que outro funcionário o aguarde na plataforma.

“Antes de integrar a equipe de uma estação, todo o funcionário passa por três meses de treinamento, que inclui uma sensibilização e instruções específicas

sobre como atender e guiar uma pessoa com deficiência visual, um cadeirante ou idoso”, afirma o instrutor.

Só tenho a agradecer à equipe do metrô e à Fundação Dorina por me proporcionar a oportunidade de entender um pouco dos bastidores desse serviço tão importante

em meu dia a dia e fundamental para milhões de paulistas, naturais ou não da capital.

Descrição da imagem: foto de Lucas Borba retratado da cintura pra cima. Ele tem pele clara, cabelos pretos e curtos, usa camiseta vermelha, apoia as duas

mãos sobre uma bengala e sorri.
Lucas Borba é jornalista e Assistente de Comunicação da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Há três anos, fundou o canal
Câmera Cega 
, sobre cinema e cultura pop.
fonte blog dorina

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Verão mais inclusivo é lema do programa Praia Acessível

Imagem: mulher utiliza cadeira anfíbia para entrar no mar, dois homens em pé a auxiliam - Créditos: Prefeitura Itanhaém

Iniciativa do Governo de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, o Programa Praia Acessível

visa incluir as pessoas com deficiência nas praias do litoral de São Paulo e também em prainhas de rio doce.

O programa acontece em parceria com as Prefeituras dos municípios interessados e hoje já conta com mais de 20 cidades parceiras. O Praia Acessível oferece

cadeiras anfíbias, especialmente desenvolvidas para garantir verão acessível a quem tem deficiência.

Lançado em 2010, o Programa funciona em 26 praias do litoral e interior do Estado de São Paulo. O objetivo é oferecer equipamentos e tecnologia para que

pessoas com deficiência possam usufruir da praia, do banho de mar e de rios com segurança e dignidade. A Secretaria é responsável pelo fornecimento das

cadeiras e as prefeituras pelas equipes de suporte do programa.

As cadeiras utilizadas no Programa são chamadas de “anfíbias”, por serem fabricadas com pneu especial que permite superar a dificuldade da areia e também

não afundam dentro da água. A altura dela é compatível com a possibilidade do usuário sentir a água, numa profundidade do mar não perigosa. Existe facilidade

na transferência da cadeira de rodas para a cadeira anfíbia porque os braços são removíveis.

As Prefeituras são responsáveis por disponibilizar o equipamento e equipe para atendimento aos banhistas, moradores ou visitantes.

LISTA DOS LOCAIS ONDE FUNCIONA O PROGRAMA PRAIA ACESSÍVEL NO ESTADO DE SÃO PAULO

Avaré, Adolfo, Bertioga, Caconde, Cananéia, Caraguatatuba, Guarujá, Iguape, Ilhabela, Ilha Solteira, Itanhaém, Itapura, Miguelópolis, Mongaguá, Panorama,

Peruíbe, Praia Grande, Presidente Epitácio, Rifania, Santa Fé do Sul, Santos, São Manuel, São Sebastião, São Vicente, Rosana e Ubatuba.

Empregabilidade e inserção profissional de pessoas com deficiência é tema de audiência entre Secretárias

Imagem: Secretária Célia Leão ao centro da imagem, ao seu lado a Secretária Patrícia Ellen e demais participantes

Na tarde desta quinta-feira, 07 de fevereiro, as Secretárias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Célia Leão, e de Desenvolvimento

Econômico, Patrícia Ellen da Silva, se reuniram na sede da Secretaria para discutir ações para inserção profissional das pessoas com deficiência.

A ideia central da reunião entre as duas Secretárias foi a de criar ações e parcerias efetivas na área de empregabilidade. A ideia é fortalecer a geração

de emprego para as pessoas com deficiência.

Entre as propostas, foi discutida a oportunidade de criar uma parceria para fomentar ações importantes junto ao novo formato do Programa de Apoio à Pessoa

com Deficiência – PADEF, programa que visa promover a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e conscientizar o empresariado.

fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficiencia sp

Governo quer rever benefício dado a PCDs

Procura por benefícios tributários de IR e IPI cresceu fortemente nos últimos anos, o que acendeu a luz amarela na equipe econômica
Leia a matéria de Idiana Tomazelli para o portal Terra:

O governo prevê abrir mão de R$ 14,3 bilhões em receitas neste ano para isentar de impostos a compra de veículos por pessoas com deficiência (PCDs) e os

valores recebidos como aposentadoria por indivíduos com doenças graves. O valor tem crescido nos últimos anos, o que acendeu a luz amarela na equipe econômica

e fez com que essa renúncia entrasse na mira devido às suspeitas de fraudes nesses benefícios.

É por isso que o governo Bolsonaro inseriu na Medida Provisória 871, que lançou uma série de iniciativas para combater irregularidades em benefícios, um

dispositivo que amplia o poder dos peritos médicos do INSS para reavaliar isenções.

No caso da isenção de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) sobre aposentadorias e pensões recebidas por pessoas com doença grave ou vítimas de acidente

no trabalho, a conta era de R$ 7,9 bilhões em 2013, segundo a Receita Federal. Esse valor chegou a R$ 12,8 bilhões no ano passado e deve alcançar R$ 13,9

bilhões em 2019. Em seis anos, um crescimento de 75,4%.

Para técnicos do governo, o maior problema é que a Justiça está estendendo a isenção a pessoas que ficam doentes, mas continuam trabalhando. Pela regra,

esse grupo precisa continuar pagando Imposto de Renda, já que o benefício vale apenas para aposentadorias por invalidez, pensões ou reformas (no caso de

militares).

O vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Luiz Argolo, afirma que não há controle efetivo sobre essas isenções e que a judicialização

agrava o quadro ao conceder o benefício a quem não tem direito. “A pessoa se torna isenta, e (o governo) se esquece dessa pessoa por 10, 15 anos. O Estado

precisa ter um controle”, defende.

Aquisição de veículos

Na zeragem do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a aquisição de veículos por PCDs, o valor da renúncia é menor (passou de R$ 199,9 milhões

em 2013 para R$ 376,5 milhões em 2019), mas o benefício é ainda questionado pelo governo. Segundo os técnicos, há casos de decisões judiciais que concedem

a isenção para quem tem pequenas próteses ou para familiares de quem tem a deficiência.

Além disso, não há teto para o valor do veículo – na prática, é possível comprar até mesmo carros de luxo sem pagar IPI, apenas tendo em mãos a declaração

de pessoa com deficiência. A única exigência é de que seja um carro básico, mas as próprias concessionárias já oferecem kits de acessórios com rádio, maçaneta

cromada, câmera de ré, entre outros artigos.

“Conversamos com a equipe de uma montadora. Eles nos avisaram sobre a aquisição de veículo com isenção de IPI. A gente já tinha uma noção pelo tamanho

da renúncia tributária, mas está fora do normal”, disse o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, em recente entrevista ao

“Estadão/Broadcast”.

A ANMP diz que, nos últimos dois anos, houve crescimento de 346% na compra de veículo com renúncia fiscal. “Isso não pode ser normal”, afirma Argolo. Procurada,

a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não retornou os pedidos de entrevista.

O governo tem estudos para limitar o valor dos veículos com isenção de até R$ 70 mil, a exemplo do que já existe nos Estados (que zeram o ICMS sobre os

automóveis). Também existe a ideia de ampliar de dois para quatro anos o período mínimo de carência até que o beneficiário seja novamente elegível à isenção

na troca do veículo.

Fonte:
Portal Terra Site externo

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Google lança apps de acessibilidade Live Transcribe e Amplificador de Som

Novidades prometem tornar mais fácil a comunicação do dia a dia
Por Carolina Ribeiro, para o TechTudo

O Google liberou dois aplicativos para pessoas com deficiências auditivas nesta segunda-feira (4). Os novos serviços para celulares com Android ajudam

na comunicação do dia a dia. O Live Transcribe ("Transcrição ao vivo", em português) é um recurso que transforma, em tempo real, a fala das pessoas em

texto. Com ele, é mais fácil interagir em uma conversa cotidiana ou reunião, por exemplo. A funcionalidade está presente em mais de 70 idiomas e dialetos,

como o português do Brasil. No caso do Amplificador de Som, o sistema melhora o áudio para que seja possível ouvir de maneira mais precisa. Isso pode facilitar

o entendimento em ambientes barulhentos, como bares ou shows.

O serviço de transcrição está sendo lançado aos poucos na versão Beta para os usuários de celulares Android na Google Play. Esse recurso também será incluído

previamente em smartphones com Pixel 3.

Para ser avisado quando o app estiver totalmente disponível, o usuário pode se inscrever pelo site oficial do sistema (
https://www.android.com/accessibility/live-transcribe/).

Já o programa de aperfeiçoamento do áudio pode ser baixado na loja de downloads do Google para aparelhos Android 9 Pie ou posteriores – também pré-instalado

no Pixel 3. A ferramenta foi anunciada em 2018 durante o Google I/O, conferência anual da empresa para apresentar seus lançamentos.

Live Transcribe

O programa usa o microfone do celular com Android para transcrever o áudio em texto de forma automática e em tempo real. Dessa forma, quando um dos participantes

de uma conversa falar, aparecerá na tela do celular tudo o que aquela pessoa disser. Para melhorar a precisão, ele também é conectado a microfones externos,

como o microfone de lapela. Além disso, a ferramenta permite responder apenas por texto com o teclado do tipo type-back, acessível pela tela do aparelho.


O passo a passo para usar o Live Transcribe é simples. Basta ir em "Configurações de Acessibilidade" no celular e ativar o recurso. Por último, vá até

a barra de navegação e toque no botão de acessibilidade para abrir a ferramenta. Esse acesso permite se conectar de forma ágil ao serviço sempre que precisar.


Amplificador de Som

O aplicativo aumenta apenas os sons quietos, sem ampliar os altos. O recurso também pode ser usado em conjunto com fones de ouvido com fio. Dessa forma,

o acessório ajuda a filtrar, aumentar e amplificar os sons. A ideia é promover uma maior qualidade de áudio para o usuário, que passa a ter um sistema

capaz de oferecer condições de escutar alguma informação mesmo em ambientes desfavoráveis, como shows, bares ou até mesmo no tráfego das grandes cidades.


Os interessados podem configurar o app da forma que desejarem. Para isso, vá até o "Sound Amplifier settings" ("Configurações do amplificador de som",

em português) e marque a opção "Reduce unwanted sounds" ("Reduzir sons indesejados") para diminuir o ruído e, com isso, tornar o som mais claro e fácil

de ouvir.

Fonte:
https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/02/google-lanca-apps-de-acessi...

CPB abre escolinhas para crianças e adolescentes com deficiência em São Paulo

Por
Leandro Martins/MPIX/CPB
Imagem

O Comitê Paralímpico Brasileiro iniciou nesta semana a temporada 2019 do Centro de Formação em esportes paralímpicos, no Centro de Treinamento Paralímpico,

em São Paulo. O projeto proporciona a crianças com deficiência, com idade entre 10 e 17 anos, a iniciação esportiva em oito modalidades paralímpicas. As

aulas começaram na segunda-feira, 4, em São Paulo, apenas para jovens em idade escolar da cidade de São Paulo e de municípios vizinhos.

O projeto foi criado e é totalmente financiado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Lançado em 2018, o Centro de Formação em esportes paralímpicos tem 500

vagas, das quais 170 ainda não foram preenchidas. O intuito é promover a iniciação esportiva ao jovem com deficiência. As aulas ocorrem em sistema de rotação,

no qual cada criança pode passar até três meses em cada modalidade, para que experimente todos os esportes, quais sejam: atletismo, bocha, futebol de 5,

goalball, judô, natação, tênis de mesa e vôlei sentado.

“O Centro de Formação é mais uma ferramenta para descobrirmos talentos, que podem representar o Brasil no futuro. Mas nosso objetivo também é mudar percepção

em relação às pessoas com deficiência, que são vistas como incapazes. Cada estudante que atendemos é uma família com a consciência da eficiência dele.

Nós temos mais 170 vagas e a meta é dar oportunidade para o maior número de crianças”, disse Ramon Pereira, coordenador de Esporte Escolar no Comitê Paralímpico

Brasileiro.

Além de quatro turmas regulares no período da tarde, duas com aulas às segundas e quartas-feiras e duas às terças e quintas-feiras, o Centro de Formação

tem uma turma às sextas-feiras composta pelos alunos que os professores identificam como potenciais atletas e são elegíveis para a modalidade. Podem participar

deste projeto crianças com deficiência física, visual ou intelectual, de 10 a 17 anos, residentes na cidade de São Paulo ou municípios vizinhos e que estejam

matriculadas em rede de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

O CPB fornece aos frequentadores do Centro de Formação transporte, alimentação e uniforme gratuitamente. São utilizados por dia cinco vans convencionais,

duas adaptadas, um micro-ônibus adaptado e um convencional para buscar e levar os alunos, após a aula, a 12 pontos de encontro, que abrangem seis municípios

do Estado de São Paulo. Após as atividades esportivas, os estudantes recebem um kit com lanche, fruta e suco, que é preparado sob supervisão dos nutricionistas

do CPB. Ao todo, 20 educadores entre estagiários e professores especializados em esporte para pessoa com deficiência trabalham diretamente com as crianças.


As inscrições podem ser feitas pelo e-mail
formacaoesportivaparalimpica@cpb.org.br,
contendo a
ficha de inscrição
ou pessoalmente no CT Paralímpico (Rodovia dos Imigrantes, km 11.5, São Paulo), com o departamento de Coordenação de Esporte Escolar.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

7 Direitos garantidos por lei para pessoas com deficiência

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, sancionado em 2015, garantiu uma série de direitos a aproximadamente 45,6 milhões de brasileiros com algum tipo de

deficiência. De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE em 2010, esse número representa 23,8% da população do país.
Deficiência, segundo o Estatuto, é “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer

uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”.

Esse importante documento prevê a inclusão da pessoa com deficiência e sua participação mais ativa na economia. Também determina o papel do Ministério

Público e de Estados e Municípios na fiscalização e no cumprimento do Estatuto no âmbito do trabalho, da educação, da saúde e das políticas públicas em

geral.

Continue lendo este post e fique por dentro do nosso apanhado geral sobre quais os direitos garantidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência!

Educação

Pode parecer absurdo, mas há pouco tempo, universidades e instituições de ensino podiam cobrar um
a taxa extra em matrículas
e mensalidades pagas por alunos com deficiência.

Além do fim da taxa, o Estatuto estabeleceu pena de dois a cinco anos de prisão e multa para quem impedir ou dificultar o ingresso de uma pessoa com deficiência

em qualquer escola regular.

Para o ingresso em cursos de ensino superior, técnico ou tecnológico, ficou determinada uma cota de 10% de vagas para pessoas com deficiência.

Já o poder público, segundo o Estatuto, tem que garantir o pleno acesso ao currículo escolar em condições de igualdade, em um sistema educacional realmente

inclusivo e com total acessibilidade, oferecendo apoio especializado sempre que necessário.

Trabalho

O Estatuto prevê a reserva de vagas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho, obedecendo a seguinte regra:

☛ até 200 empregados: 2%;
☛ de 201 a 500 empregados: 3%;
☛ de 501 a 1000 empregados: 4%;
☛ mais de 1000 empregados: 5%.

A Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego fiscaliza as empresas e, quando há um descumprimento da lei, elas são autuadas. Isso porque

a pessoa com deficiência precisa ter seus meios de subsistência garantidos para que possa ter uma participação realmente ativa na sociedade.

Em algumas categorias, o Estatuto da Pessoa com Deficiência estabeleceu uma cota. No caso dos taxistas, por exemplo, as empresas de exploração desse serviço

devem reservar 10% de vagas para condutores com deficiência.

Nos concursos públicos também há uma reserva de vagas. A cota varia de Estado para Estado, podendo chegar a 20%, segundo a Constituição Federal. No entanto,

a média é de 10% de vagas destinadas a pessoas com deficiência em concursos públicos.

Saúde

O poder público tem o dever de oferecer à pessoa com deficiência uma rede de serviços especializados em habilitação e reabilitação, além de garantir o

acesso a hospitais e outros estabelecimentos, sejam eles públicos ou privados.

A lei ainda garante o tratamento domiciliar na impossibilidade de locomoção a um hospital ou clínica, com medicamentos gratuitos, assim como órteses e

próteses, quando necessárias.

Além disso, não pode haver nenhum tipo de impedimento de participação de pessoas com deficiência nos seguros ou planos privados de saúde. Quem impedir

ou dificultar o ingresso está sujeito a detenção de 2 a 5 anos e multa.

Esporte, lazer e cultura

O Estatuto da Pessoa com Deficiência garante o acesso às atividades esportivas, culturais e de lazer. Nesse sentido, a acessibilidade em espaços públicos

é fundamental.

Você sabia que é dever da companhia aérea prestar assistência a uma pessoa com deficiência que esteja no voo? Para isso, basta comunicar sobre a condição

do passageiro no momento do check-in. Além disso,
acompanhante tem direito a desconto na passagem
caso fique comprovada a necessidade de sua presença durante o voo.

E, por falar em acompanhantes, eles também têm direito a um desconto de 50% — assim como as pessoas com deficiência — em entradas para shows, espetáculos

e jogos mediante comprovação da necessidade de sua presença.

Isenção de impostos e taxas

Na compra de carros novos, a pessoa com deficiência é isenta de alguns impostos:

☛ Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), para isso, a pessoa deve procurar uma delegacia da Receita

Federal;

Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), em alguns estados a pessoa deve procurar a Secretaria da Fazenda do estado onde

mora. Em alguns estados também pode ser obtida na Secretaria da Fazenda estadual a isenção de Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).


Saiba mais!

Algumas cidades possuem isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), neste caso o cidadão deve se dirigir à Prefeitura de sua cidade.

Além disso, pessoas com deficiência têm prioridade na restituição do Imposto de Renda. No caso de algumas doenças, como paralisia irreversível e incapacitante,

cegueira ou alienação mental, há a isenção de imposto em rendimentos relativos a aposentadoria, pensão ou reforma.

Também há dedução no Imposto de Renda para alguns gastos, como a compra de cadeira de rodas, por exemplo.

Auxílios

O Estatuto da Pessoa com Deficiência garante o recebimento de alguns auxílios, tais como:

☛ Um salário-mínimo à pessoa com deficiência com renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo
(BPC)
;
☛ Auxílio-reabilitação psicossocial de um salário-mínimo para quem tenha recebido alta de hospitais psiquiátricos. Esse auxílio faz parte do Programa de

Volta para Casa e tem como objetivo reintegrar a convivência em família;
☛ Aposentadoria
com redução de período de contribuição conforme o grau de deficiência, sempre comprovado por perícia médica;
☛ Auxílio-inclusão para pessoas com deficiência moderada ou grave que entrarem no mercado de trabalho;
☛ Benefício no saque do FGTS para comprar órteses e próteses.
Para obter esses auxílios, a pessoa com deficiência deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social do município onde mora. Lá, será informada

sobre a documentação necessária para cada benefício.

Crimes contra a pessoa com deficiência

Quando qualquer um desses direitos é negado a uma pessoa com deficiência, configura-se um crime. Caso isso aconteça, é importante que se apresente uma

queixa formal na delegacia ou uma representação no Ministério Público ou na Comissão de Direitos Humanos da OAB, para que esse tipo de atitude seja acabada.

Quando o crime acontecer contra uma criança, o Conselho Tutelar deverá ser acionado.

Sabemos que ainda é comum, por exemplo, escolas não aceitarem crianças com deficiência ou planos de saúde se recusarem a atender determinados casos. Em

muitas empresas, a política de cotas é apenas fachada. Denuncie sempre que um de seus direitos, que são garantidos por lei, for violado!
Saiba mais!

Agora que você já sabe quais são os direitos garantidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, compartilhe o post em suas redes sociais para que mais

pessoas conheçam e respeitem esses direitos!

Fonte:
Blog Freedom

via deficiente ciente

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

O destemido balé das bailarinas cegas 

Escola de balé para cegos ajuda a levar coragem para realizar um sonho
de diversos alunos em São Paulo
Fernanda Bianchini, 38, davam o tom dos passos finais para a
apresentação de fim de ano da turma infantil da
escola que leva seu nome,
na Vila Mariana, em São Paulo. “Abaixa os ombros! Sorriso no rosto!”,
repetia, ao som de uma animada música clássica. “Verônica, hoje à tarde
virão os
príncipes e as cinderelinhas. Vamos fazer o ensaio completo, tá?", disse
Fernanda para Verônica Batista, 28. “Tudo bem”, respondeu a aluna e
também professora
na escola, enquanto se alongava antes do ensaio começar.

A apresentação final seria em dois dias. Depois disso, algumas turmas
seriam suspensas para as férias, outras ainda teriam algumas poucas
aulas antes do

Natal.
Logo após as crianças, começaria o ensaio das adultas, que encarariam
uma série de repetidas apresentações de balé clássico, seguidas de
sapateado. Muitas
das alunas passariam aquele dia inteiro na escola.

As aulas de
dança
da turma de bailarinas de Verônica, todas na faixa dos 30 anos, é
assistida por um aluno especial: Duke, um pastor alemão adulto. Passa
horas no canto
da sala, posicionado abaixo da barra, acompanhando com os olhos vidrados
a cada rodopiada que sua dona, Marina Guimarães, 31, dá de costas para o
espelho.
Duke é um cão-guia e já está acostumado com o ambiente. “Vou tomar um
café, Duke, você fica aqui?”, disse Marina ao cão, que levantou-se no
mesmo instante
e postou-se prontamente ao lado da bailarina, acompanhando-a até a
pequena cozinha da escola. Marina, que é também funcionária pública,
nasceu prematura
e perdeu a visão quando teve sua retina queimada ainda na incubadora.
Assim como ela, grande parte dos alunos da escola não enxerga nada ou
quase nada.

Marina faz aulas de balé desde os 10 anos de idade, quando começou a
aprender a dança na ONG
Instituto de Cegos Padre Chico.
Ali, ela conheceu Fernanda Bianchini, que fazia trabalho voluntário com
a família na instituição. “Eu fazia balé desde os três anos de idade.
Quando estava
com 15, fui convidada pela ONG, onde eu já era voluntária, para dar
aulas às crianças que eram assistidas pelo local”, conta Fernanda.
Quando recebeu o
convite, titubeou. “Achei que eu não conseguiria, nunca tinha dado aula
antes, ainda mais para crianças tão especiais”.

A bailarina e professora, e hoje também fisioterapeuta, lembra que, na
época, os pais lhe deram um conselho valioso. “Eles me disseram ‘filha,
nunca diga
não para um desafio, pois são sempre desses desafios que partem os
maiores ensinamentos que temos nas nossas vidas”. Com isso em mente,
Fernanda decidiu
aceitar o convite. “Mas não foi simples”, lembra. “No primeiro dia de
aula, fui ensinar o primeiro passo o echappé sauté, que a bailarina tem
que saltar
abrindo as pernas e saltar de novo fechando as pernas. E pra ficar mais
fácil o processo de ensino e aprendizagem, eu disse a elas: imaginem que
vocês
estão saltando fora de um balde e depois dentro de um balde”, recorda-se
a professora. “Aí, para a minha surpresa, uma aluna levantou a mão e
disse ‘tia,
mas o que é um balde? Eu nunca vi”. Neste momento, Fernanda percebeu que
tinha que primeiro entrar no universo dos
deficientes
visuais, para só então apresentar o seu mundo, do balé clássico, para eles.
A bailarina Marina Guimarães e o cão Duke.
Deste pensamento nasceu a metodologia que ela desenvolveu para ensinar
suas alunas cegas a dançar balé. As aulas são todas por contato físico:
as alunas
tocam o corpo dos professores para entenderem em qual posição estão. “Os
saltos são iniciados com elas deitadas, com as pernas para cima”,
explica Fernanda,
que foi fazer pós-graduação em equilíbrio e postura.

Das aulas na ONG, Fernanda abriu sua própria escola, em 1995. Hoje, 350
alunos aprendem balé, sapateado, dança do ventre e teatro. A maioria,
assim como
Marina Guimarães, a dona de Duke, portadores de deficiência visual
completa ou parcial. As aulas são gratuitas e por isso, a escola, que
também recebe

deficientes físicos,
auditivos e intelectuais, é mantida por doações de empresas e pessoas
que acreditam no projeto. "Temos mais de 100 pessoas na nossa lista de
espera", orgulha-se
Fernanda. “As pessoas não percebem que a deficiência pode entrar na vida
de qualquer um a qualquer momento”.

"Olhei para o portão e disse: eu vou"

Verônica, a aluna e professora mencionada no início desta reportagem, é
um desses exemplos de pessoas que foram pegas de surpresa. Aos nove
anos, começou
a sentir fortes dores de cabeça. A família a levou ao médico, mas não
houve nenhum diagnóstico. Passaram-se meses de dor até que ela fosse
parar no hospital
já sem enxergar nada. Estava com um tumor na cabeça, que, mesmo após a
cirurgia de remoção, levou consigo toda a sua visão. Pouco tempo depois,
Verônica
recuperaria 5% do que perdera e assim ela permanece até hoje.

Na época em que perdeu a visão, Verônica se recorda que as demais
crianças não queriam mais brincar com ela. “Elas tinham medo de ficar
cegas também”,
diz. A escola, ela conta, quase lhe foi tirada também. “Minha avó era
quem tinha de me levar e buscar todos os dias, mas ela foi ficando cada
vez mais
cansada”, conta ela, que perdera a mãe muito cedo e fora criada pela
avó. “Até que ela me disse que não me levaria mais”. Aquele seria, de
fato, o primeiro
grande desafio de Verônica. “Eu podia ficar em casa para sempre, ou
encarar meu medo”, diz. “Então eu disse à minha avó que ia sozinha.
Comecei a descer
as escadas de casa na esperança de que ela estivesse atrás de mim, mas
ela não estava. Me lembro de chegar lá fora, olhar para o portão e dizer
‘eu vou”.
Chegando na escola, a primeira coisa que Verônica fez foi ligar para a
avó e contar onde conseguira chegar. Depois disso, seus passos ficaram
cada vez
mais largos.

Frequentar as aulas de balé seria seu segundo grande desafio. “Eu não
tinha apoio da minha família, mas tinha a vontade de dançar”, conta.
Sozinha, ligou
na escola de balé de Fernanda, perguntou sobre um ponto de referência,
pegou o ônibus e foi. Chegando no ponto, pediu ajuda a um taxista que,
por conhecer
o bairro, sabia onde era o local. “Ele me deixou na porta da escola. E
eu nunca mais parei”. Hoje, Verônica é aluna e professora de balé e dá
aulas de
braile também.

"O balé me levou à Paralimpíada"

Marina Guimarães, além do apoio de Duke, também conta com sua família.
"Eles sempre me apoiaram. Mas quando eu era criança, fazia natação
também e meus
pais diziam que com a natação eu poderia ir para a
paralimpíada",
lembra ela. Mesmo assim, decidiu deixar a piscina e se dedicar somente
aos palcos. O que ela e nem sua família esperavam é que o balé, este
sim, lhe levaria
aos
Jogos Paralímpicos
de Londres, em 2012. "Fizemos a apresentação de encerramento dos jogos",
conta. "Foi super difícil, porque a música tinha um delay e ouvíamos no fone
de ouvido em um tempo, e fora do fone, em outro. Não podíamos usar os
dois fones, pois tínhamos de escutar também os professores, que ficam na
coxia, nos
dando as orientações", lembra ela. No final, deu tudo certo. "
Acabei, enfim, indo às paralimpíadas.
Acho que de alguma maneira era para eu estar lá".

Chegar na escola de balé de Fernanda Bianchini é entrar em um outro
universo. Principalmente se não estiver acostumado a conviver com um dos
6,5 milhões
de brasileiros que têm alguma deficiência visual. Na entrada, a equipe
que trabalha na escola logo aconselhou a reportagem: "se vocês vão tirar
foto, fiquem
no canto direito da sala, porque as alunas podem esbarrar nos
equipamentos e derrubar sem querer". Dá medo mesmo. Mas não é pelos
equipamentos que podem
cair. É de não saber usar os termos corretos, de sentar ou parar em
algum lugar que é passagem das alunas, de brincar com o cão Duke
enquanto ele está
em horário de trabalho. Parece que ali todo mundo tem algum tipo de
medo. Só as bailarinas que não têm.

fonte EL PAÍS