sábado, 13 de junho de 2015

Telescópio implantável é um novo tratamento para DMRI

O implante telescópico restaura a visão ao projetar imagens em uma parte não danificada da retina (Imagem por UC Davis) A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma das grandes causas de cegueira irreversível em indivíduos com 60 ou mais anos de idade em países desenvolvidos. No Brasil, a DMRI atinge cerca de 3 milhões de brasileiros, conforme parecer da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Já nos Estados Unidos este número sobe para mais de 10 milhões de pessoas por ano. No olho humano, a mácula atua como um ponto focal para a luz, e gera a maior parte da sua visão central detalhada. Mas, por motivos ainda não explicados, esta parte da retina pode parar de funcionar com a idade, resultando em DMRI, que danifica a retina e cria um ponto cego no campo central de visão. A boa notícia que vem das terras do Tio Sam: um implante ocular do tamanho de uma ervilha pode restaurar a visão para quem a perdeu. O implante, uma espécie de telescópio, é um novo tratamento que dispensa a mácula, redirecionando a luz recebida para uma área saudável da retina. O implante telescópico restaura a visão ao projetar imagens em uma parte não danificada da retina, permitindo aos pacientes ver novamente os rostos das pessoas e os detalhes de objetos localizados diretamente à frente deles, segundo Mark Mannis, chefe de oftalmologia e ciências da visão e diretor do Centro de Olhos da UC Davis Health System, em um comunicado à imprensa. O implante foi inserido em maio – com resultados extraordinários – no olho esquerdo de Virginia Bane, 89 anos, uma artista da Califórnia (EUA). “Agora eu posso ver melhor do que nunca”, diz ela. “As cores estão mais vibrantes, bonitas e naturais, e eu posso ler letras grandes com os meus óculos que não conseguia ler nos últimos sete anos. Estou ansiosa para conseguir pintar de novo.” Até agora, apenas 50 pacientes em estágio avançado de DMRI receberam esta prótese nos EUA. Para ser elegível para este tratamento, a pessoa deve ter pelo menos 75 anos de idade e sofrer de DMRI seca estável. A DMRI úmida, na qual vasos sanguíneos na parte de trás do olho vazam sangue, não pode ser tratada com este telescópio. Cerca de 60% dos pacientes elegíveis, que receberam o tratamento, recuperaram pelo menos três linhas de legibilidade em testes padronizados de visão. Para Richard Van Buskirk, optometrista da Sociedade dos Cegos, a visão de Virginia continuará a melhorar ao longo do tempo, à medida que ela treinar seu cérebro para ver novamente. “Ela basicamente usa seu olho esquerdo com o implante telescópico para ver detalhes, como para usar os botões do micro-ondas, ou ler um livro”, diz ele. Já o olho direito dela, que não passou pelo tratamento, fornece a visão periférica que contribui para a mobilidade – como caminhar ou se orientar dentro de casa. Para Richard, o cérebro de Virginia vai se adaptar automaticamente, usando a capacidade de cada olho conforme necessário. (Fonte: Fox News)

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