quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Prefeitura de São Paulo lança Programa de Saúde para Mulheres com Deficiência e Cuidadoras

Os exames serão realizados via Programa ALÔ Mãe Paulistana através de ações regionalizadas em UBSs Acessíveis
Em comemoração ao mês do Outubro Rosa, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), em parceria com a

Secretaria Municipal da Saúde (SMS), lança programa que disponibilizará vagas, durante todos os meses, para atendimentos ginecológicos e de mamografia

para mulheres com deficiência e suas cuidadoras. Exames serão realizados via ALÔ Mãe Paulistana.

O objetivo é que ao menos duas UBSs de cada regional, ofereçam recursos de acessibilidade como mamógrafos e camas ginecológicas acessíveis para receber

essas pacientes, proporcionando um atendimento mais acolhedor e de qualidade. O agendamento dos exames será feito via ALÔ Mãe Paulistana pelo telefone

0800 200 0202. Ligando a paciente terá as informações dos locais acessíveis e poderá fazer seu agendamento na unidade indicada.

A equipe técnica da Comissão de Acessibilidade Permanente e Desenho Universal (CADU), da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, tem acompanhado

a acessibilidade das UBSs, desde a entrada até as salas de atendimento.

Algumas UBSs já contam com outro serviço da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, a CIL – Central de Intermediação em Libras, um serviço que

ajuda no atendimento ao munícipe surdo, que por meio de videochamada, tem a ajuda de um intérprete de Libras, que faz a mediação entre o munícipe e o servidor.

O serviço também pode ser baixado pelo aplicativo “CIL-SMPED” de forma gratuita e sem gastar o plano de dados do celular, independente de sua operadora.


Todos esses serviços servem para ampliar e melhorar o atendimento ao munícipe nos serviços de saúde municipais.

Sobre o Programa Alô Mãe

A Prefeitura de São Paulo, investe em bem estar para Gestantes e Crianças através da Central de Tele Atendimento na área de saúde, que conecta as mães

e suas famílias a um equipe de enfermeiros especializados em obstetrícia, prontos para oferecer orientações, atendimento de partos ou emergências.

O programa tem como foco o acompanhamento de gestantes e crianças até um ano de vida – em especial para aqueles com potenciais fatores de risco – que são

atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ato da inscrição, o programa identifica os casos que necessitam de monitoramento individualizado e define

um plano de acompanhamento conforme sua complexidade, com contatos semanais, mensais ou mais frequentes.

Mais Informações acesse:
https://alomae.prefeitura.sp.gov.br/
Unidades Básicas de Saúde Acessíveis:
CRS NORTE

• UBS Professora Maria Cecilia Donangelo (Ginecologia e Papanicolau)
Rua Rui Moraes do Apocalípse, nº 2 Jd. do Tiro

• UBS Pereira Barreto (Ginecologia e Papanicolau)
Rua Dom Manuel D'Elboux 76 Jardim São José – Pirituba

• Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha (referência para mamografia, ultrassonografia e colposcopia)
Av. Dep. Emílio Carlos, 3100 - Vila Nova Cachoeirinha

CRS OESTE

• UBS Jd. Edite (Avaliação ginecológica e papanicolau)
R. Charles Coulomb, 80 - Cidade Monções

• UBS Alto de Pinheiros (Referência para mamografia na CRS Oeste)
Av. Queiroz Filho, 313 - Centro

CRS SUDESTE

• UBS V Carrão Dr. Adhemar Monteiro Pacheco-SPDM
R. Dr. Jaci Barbosa, 280 - Vila Carrão.

• Hospital Dia Rede Hora Certa – Penha (Mamografia)
Praça Nossa Sra. da Penha, 55 - Penha de França

CRS LESTE:

• UBS Inácio Monteiro
Rua Inácio Monteiro, 3.002, Cidade Tiradentes na STS de Cidade Tiradentes.

• UBS Jardim Etelvina (Avaliação ginecológica e papanicolau)
Rua Manoel Teodoro Xavier, 138, Guaianazes na STS de Guaianazes.
Referência para mamografia na CRS Leste:

• Hospital Dia São Mateus: Rua Augusto Ferreira Ramos, 9, Jardim Tiete na STS de São Mateus.
• Hospital Dia São Miguel: Rua João Augusto de Moraes, 348, São Miguel Paulista na STS de São Miguel.

CRS CENTRO:

• Referência para mamografia: UNIDADE DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM SÉ: rua Frederico Alvarenga 259.

• Ambulatório PAISM - CEJAM
Rua Dr. Lund 41- Liberdade

Por Priscila Fonseca e Ciça Cordeiro

MEC assina protocolo por mais salas de cinema acessíveis a surdos, cegos e autistas em todas as regiões do país

As sessões serão gratuitas e contarão com recursos como audiodescrição, Libras e legendas para surdos e ensurdecidos
O Ministério da Educação (MEC) assinou no dia 29 de outubro um protocolo de intenções para ampliar o número de salas de cinema acessíveis a pessoas com

deficiência no país. Para isso, a intenção é estabelecer parcerias com os estados. O protocolo foi assinado também pela Fundação Joaquim Nabuco, ligada

ao MEC.

O Distrito Federal será o primeiro a oferecer as sessões e, de acordo como MEC, servirá de modelo para os demais entes federados. As sessões serão gratuitas.


“Se a gente não tiver pessoas que se empenhem de corpo e alma pela causa, as pessoas com deficiência não vão conseguir se defender sozinhas. Elas não conseguem

se defender, precisa ter mão amiga, precisa ter sim uma parte da sociedade sensibilizada pela causa”, disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub.


De acordo com a coordenadora do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, Ana Farache, o protocolo é baseado em projetos da Fundação já em andamento, o Alumiar

e o Índigo. O Alumiar é voltado para pessoas com deficiências sensoriais e exibe na sua programação regular filmes nacionais com três modalidades de acessibilidade

comunicacional: Audiodescrição para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e Legenda para Surdos e

Ensurdecidos.

Já o Índigo é voltado para crianças, jovens e adultos com necessidades específicas, tais como transtorno do espectro autista e síndrome de Down, e seus

familiares. A sala de cinema fica mais iluminada durante a sessão e o volume do som é reduzido.

“O Brasil tem mais de 40 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, ou sensorial, ou física, e a cultura é direito de todos”, diz Ana. “O cinema

é muito representativo disso, mostra nossa cultura, nossa época. A experiência do cinema tem que ser compartilhada e vivenciada por um maior número de

pessoas”.

Segundo Ana, um dos maiores desafios é a formação de público. A intenção agora é oferecer sessões gratuitas para atrair mais pessoas para as salas de todo

o país.

A partir do ano que vem, a acessibilidade se torna obrigatória no cinema, como está previsto na Instrução Normativa 128/2016, da Agência Nacional do Cinema

(Ancine). A partir do dia 1º de janeiro de 2020, todas as salas de cinema do país serão obrigadas, sob pena de multa, a oferecer aparelhos de acessibilidade

para pessoas com deficiência visual e auditiva.

Fonte:
Agência Brasil Site externo

Paraoficina Móvel faz manutenção gratuita em cadeiras de rodas, órteses e próteses

órteses e próteses ficam encostadas por conta de procedimentos simples, como a colocação de um velcro. Nesse sentido isso vai nos ajudar muito”, disse

a conselheira do Conselho da Pessoa com Deficiência, Maria de Fátima.

A van estará presente nos Mutirões nos Bairros, já a partir do próximo sábado (9), prestando atendimentos, além de levar orientações, informações e encaminhamentos

aos Centros Especializados de Reabilitação (CERs).

A Paraoficina Móvel conta com equipamentos, máquinas, ferramentas, peças de reposição e material para os reparos, com toda a operação feita pela AACD,

organização referência na reabilitação e habilitação de pessoas com deficiências físicas e necessidades neuro-ortopédicas. Atualmente, a associação conta

com cinco oficinas ortopédicas no Brasil, todas consagradas pela qualidade na fabricação de produtos ortopédicos.

“Esse projeto nos ajudará a ampliar os atendimentos que realizamos em São Paulo, beneficiando mais pessoas com deficiência física na cidade que necessitam

manter em bom estado os seus produtos ortopédicos”, diz Emanuel Toscano, Superintendente de Operações da AACD.

Segundo dados do IBGE, no município de São Paulo há 217 mil pessoas com deficiência física, destas 170.445 possuem grande dificuldade motora e 45.948 só

conseguem se locomover com algum tipo de tecnologia assistiva.

Para o Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, a iniciativa reforça o compromisso da Prefeitura de São Paulo de tornar a cidade um

modelo mundial em acessibilidade e inclusão: “É um modelo inovador. A cidade de São Paulo é referência mais uma vez. O projeto vai atender, principalmente,

pessoas de baixa renda, que contam com o poder público para garantir seus direitos, visando sempre melhora na qualidade de vida e autonomia”.

Como funcionará?
Os serviços contam com dois técnicos especializados em OPMs, em um veículo adaptado com mobiliário e equipamentos específicos. Os atendimentos serão realizados

prioritariamente nos Centros Especializados em Reabilitação (CERs), equipamentos de reabilitação da rede municipal de saúde.

A partir de 16 de novembro os Centros Especializados em Reabilitação (CERs) farão o agendamento das pessoas que precisam dos serviços nos dias previstos

do cronograma de visitas. No dia marcado, o munícipe deverá apresentar o cartão do SUS e documento RG ou outro documento com foto. As visitas serão realizadas

durante a semana, somente em dias úteis, quando poderão ser atendidas até 16 pessoas por dia, dependendo da complexidade do reparo.

O horário de atendimento será das 9h às 17h. Os serviços que não forem possíveis de realização na Paraoficina Móvel serão encaminhados para a Oficina Ortopédica

da AACD Ibirapuera.

As unidades de Saúde que realizarão os primeiros agendamentos serão:

Lista de 7 itens
• Campo Limpo – R. Gastão Raul Fourton Bousquet, 377;
• Parelheiros – Av. Senador Teotonio Vilela, 8.895;
• Tucuruvi – Av. Zaki Narchi, 357;
• São Miguel – Rua Professor Antonio Gama de Cerqueira, 347;
• Lapa – R. Catão, 420;
• Flavio Gianotti – R. Padre Marchetti, 557;
• CER Sé – Rua Frederico Alvarenga, 259 – 3º andar
fim da lista

Sobre a AACD

Fundada em 1950, a AACD possui uma infraestrutura completa dedicada à reabilitação e habilitação de pessoas com deficiências físicas e necessidades neuro-ortopédicas

– composta por um hospital ortopédico, nove unidades de reabilitação e cinco oficinas para fabricação de produtos ortopédicos. Anualmente, realiza cerca

de 800 mil atendimentos especializados para pacientes de todas as idades, via SUS, particular e convênios. Conta ainda com as áreas de Ensino e Pesquisa,

que dissemina os conhecimentos adquiridos ao longo de sua história aos profissionais de todo o País, e com a inclusão escolar e esportiva, que contribuem

para a inclusão da pessoa com deficiência. Acesse:
aacd.org.br

Serviço: Atendimento no Mutirão no Bairro do Itaim Paulista
Data: 9 de novembro - Sábado
Horário: 9h às 15h
Local: Mutirão Itaim Paulista

van estacionada na entrada da Prefeitura de São Paulo.

interior da van com mesas, armários e equipamentos, ferramentas para manutenção das próteses, órteses e cadeiras de rodas.

interior da van com mesas, armários e equipamentos, ferramentas para manutenção das próteses, órteses e cadeiras de rodas.

Carol Santos e técnico da AACD. Ele coloca a prótese arrumada na perna esquerda da Carol, que está sentada em uma cadeira.

técnico concerta uma das próteses da perna da Carol.

Secretário Cid Torquato, Carol Santos e técnico da AACD.

técnico da AACD arruma uma cadeira de rodas.

mais de dez pessoas na foto. Entre elas, em frente da van, o secretário municipal da SMPED, Cid Torquato e o presidente da AACD.

mais de dez pessoas foto. Entre elas, em frente da van, o secretário municipal da SMPED, Cid Torquato e o presidente da AACD.

Créditos: Fábio Nunes - Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
fonte s m p e d

sábado, 2 de novembro de 2019

Aplicativo de transporte particular gera inclusão e renda para deficientes auditivos

Início do grupo A 99 tem em seus valores viver e respeitar a diversidade (Foto: Divulgação/99)
A 99 tem em seus valores viver e respeitar a diversidade (Foto: Divulgação/99)
Fim do grupo

A 99 criou identificações personalizadas que estão dentro e fora dos carros destes motoristas

Para promover a inclusão, a 99 criou identificações personalizadas que estão dentro e fora dos carros destes motoristas. Eles recebem adesivos internos,

cabide de retrovisor e encosto de cabeça com as frases ‘Motorista Deficiente Auditivo. Sinalize para conversar comigo’ e ‘Converse comigo por mensagem’.


O objetivo desta ação é facilitar a comunicação entre o passageiro e o condutor e surgiu após a empresa identificar o comportamento de alguns passageiros

que não sabiam que o condutor era uma pessoa surda. O IBGE estima que existam mais de 10 milhões de pessoas surdas no País.

“Começamos a perceber que as pessoas falavam, tentavam interagir com o motorista e, por não obter resposta, faziam uma avaliação negativa da corrida ou

mesmo se sentiam pouco acolhidas. E, claramente, não queremos proporcionar uma experiência ruim para o passageiro e muito menos para o motorista. A 99

tem em seus valores viver e respeitar a diversidade, por isso adotamos esta nova política”, explica Pedro Gomes, gerente regional da 99 para o Rio de Janeiro,

Norte e Nordeste.

Início do grupo O IBGE estima que existam mais de 10 milhões de pessoas surdas no País (Foto: Divulgação/99)
O IBGE estima que existam mais de 10 milhões de pessoas surdas no País (Foto: Divulgação/99)
Fim do grupo

Fonte:
https://d24am.com

IAMSPE de São Paulo recebe exposição do Memorial da Inclusão sobre luta das pessoas com deficiência

Casal com deficiência visual reaprende a viver e se adapta a nova realidade

Casal com deficiência visual reaprende a viver e se adapta a nova realidade

Casal com deficiência visual reaprende a viver e se adapta a nova realidade
O amor nasceu durante um novo desafio da vida. Eles se conheceram no Lar das Moças Cegas
Jaciara e Alberto se conheceram e descobriram o amor um pelo outro, para além da deficiência visual

Jaciara e Alberto se conheceram e descobriram o amor um pelo outro, para além da deficiência visual (Carlos Nogueira/ AT)

Os olhos não puderam observar como Jaciara Severiana de Melo, de 67 anos, é vaidosa, mas o coração de Alberto José da Silva, de 54, logo pôde sentir que

a jornada ao lado dela seria muito mais leve e especial. Eles se conheceram no Lar das Moças Cegas, há pouco mais de um mês, enquanto reaprendem a viver

e se adaptam a essa nova realidade de pessoa com deficiência visual.

Ele parou de enxergar completamente em novembro do ano passado, depois de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) afetar o nervo ótico. Foram 35 dias internado

e oito meses de home care. Em casa, ficava apenas deitado e sua rotina contava com uma série de cuidados.

Na tentativa de aprender a conviver com a nova realidade, Alberto passou a frequentar o Lar das Moças Cegas em setembro. E o avanço é incrível a cada dia

que passa. “Conhecer a Jaci aqui dentro foi algo inesperado. Estávamos sempre juntos, perto um do outro. Mas não foi amor à primeira vista”, brinca ele.


Ele diz que se adapta fácil às situações e que decidiu procurar ajuda para alcançar a independência. Tanto que lida com o assunto com muito bom humor e

logo foi dispensado do acompanhamento psicológico. “A gente pensa que ninguém vê eu e Jaci juntos aqui dentro, mas as pessoas sabem e apoiam nosso namoro”,

diz Alberto.

Dificuldades

A mesma notícia, sobre a perda da visão, teve impacto totalmente diferente na vida de Jaci. Mas, o que parecia ser o fim de tudo, tornou-se um apaixonado

recomeço da vida.

A mulher que ficou internada por três anos em uma casa de repouso para idosos passou a morar sozinha após perder a visão. Mas a superação não veio logo

e contou com muito apoio.

Um quadro de glaucoma e diabetes fez com que Jaci imaginasse por muito tempo que precisava de óculos com um grau cada vez maior. “Foi difícil lidar com

essa notícia. Mas o Lar das Moças Cegas me ajudou a conviver com essa condição de outra maneira”.

Além de ter encontrado uma casa com pessoas que a fazem crescer diariamente, com lições e carinho, Jaci ainda esbarrou no amor. “Eu me transformei. Antes,

ficava só na casa de repouso. Agora, me sinto muito à vontade em estar na minha residência, mesmo sozinha. Tudo ficou melhor ainda depois de ter encontrado

o Alberto. Sou uma mulher muito feliz de poder contar com ele”.

Família é fundamental para a aceitação

A família é fundamental durante o processo de readaptação, explica a psicóloga do Lar das Moças Cegas Rosaura Tucci. “Gosto muito de chamar os parentes

para conversar. Eles precisam entender aquela realidade para conseguir ajudar da forma certa. Se colocar no lugar do outro”.

A entidade tem 400 alunos e reforça que irmãos, pais, filhos e netos ajudam na autoaceitação da pessoa com deficiência. “O Alberto chegou bem e precisava

apenas se reabilitar. Já a Jaci chegou sem perspectiva, e isso é importante para aprender uma rotina nova”.

Rosaura, Marta e Fabiana explicam a metodologia com os 400 alunos do Lar das Moças Cegas
Rosaura, Marta e Fabiana explicam a metodologia com os 400 alunos do Lar das Moças Cegas (Foto: Carlos Nogueira/ AT)

Todos os outros sentidos, como tato, paladar, olfato e audição são treinados e devem trabalhar melhor a partir do momento da perda da visão, explica Rosaura,

que também é professora de expressão corporal.

O lar

A diretora Marta Valdívia explica que, na unidade, os alunos são chamados pelo nome e isso faz toda a diferença. “Eles são reconhecidos, se sentem importantes,

além de aprenderem o básico, como braile, mobilidade e a fazer tarefas do dia a dia dentro de casa”.

Segundo a coordenadora Fabiana Santos, os alunos têm a teoria e a prática, mas o trabalho só dá certo quando existe a continuidade em casa. “Nós trabalhamos

com amor e a missão é reintegrar. Vamos para a sociedade trazer a família, as escolas e a comunidade”.

Perseverança

Marcos Tadeu Cruz, 49 anos

“Entrei aqui para aprender o que não sei e reaprender o que eu sabia”, diz Marcos Tadeu
“Entrei aqui para aprender o que não sei e reaprender o que eu sabia”, diz Marcos Tadeu (Foto: Carlos Nogueira/ AT)

Ele lava, passa, cozinha, limpa a casa inteira e espera ansioso para aprender a andar sozinho na rua. Há três anos sem enxergar nada, passou a se virar

para ajudar a mãe nos serviços domésticos. “Eu atravessei muitos deficientes aqui nessa faixa em frente ao Lar das Moças Cegas e nunca imaginei que um

dia poderia ser eu”. Um problema de saúde fez com que não pudesse mais enxergar, mas ele conta que o ajudou a ter outra percepção das coisas. “Entrei aqui

para aprender o que não sei e reaprender o que eu sabia”. E o universo realmente conspirou para que ele virasse aluno na unidade. Sua dentista teve uma

filha que estudou lá anos atrás e, inclusive, lhe presenteou com a bengala de sua pequena, que faleceu aos 5 anos. “É meu amuleto. Deixo guardadinha e

não vejo a hora de usar”.

fonte a tribuna