quinta-feira, 30 de junho de 2016

Falta de acessibilidade nos pontos turísticos do Recife

Pessoas com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida sofrem para visitar alguns pontos turísticos ou andar nas ruas da capital pernambucana Pessoas com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida sofrem para visitar alguns pontos turísticos ou andar nas ruas da capital pernambucana Nem a beleza arquitetônica e o valor histórico dos pontos turísticos do Recife conseguem esconder um lado nada agradável deles: a falta de acessibilidade para pessoas com algum tipo de deficiência ou redução de mobilidade. A ausência de condições para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços se estende ainda aos acessos dos prédios públicos voltados aos turistas, arredores deles e, de forma geral, às ruas da capital pernambucana. O deficiente visual Paulo Fernando da Silva, 45 anos, contou que gosta de visitar museus, centros de artesanato e mercados públicos, mas as dificuldades até chegar a esses locais começam assim que ele sai de casa. “Os obstáculos já surgem nas calçadas, que são péssimas. Já os acessos aos pontos turísticos dificilmente têm sinalização por piso tátil. Dentro dos museus, é difícil encontrar adaptação às nossas necessidades”, afirmou. Perguntado sobre a nota (de 0 a 10, sendo 0 péssimo e 10 excelente) que a capital pernambucana merece quanto à acessibilidade, Paulo Fernando disse a cidade faz jus a, no máximo, uma nota 3. “A luta é diária. São muitos obstáculos nas ruas, desde árvores nas calçadas, orelhões e outros impedimentos sem a sinalização de alerta no piso. Não faço questão de pedir ajuda, mas quero andar sozinho pela cidade, com independência”, disse. “Só quem sabe como é difícil andar aqui é quem vive como a gente”, completou o paratleta Emídio Oliveira, 53, que teve paralisia infantil aos 10 meses e não movimenta as pernas. A arquiteta especialista em acessibilidade Bárbara Cereja, professora do Centro Universitário Maurício de Nassau, afirmou que a falta de melhores condições aos pedestres no Recife decorre do fato de a cidade ser pensada, principalmente, para carros. “Não é um local que pensa no pedestre com prioridade. Se quem tem condições de caminhar sem dificuldades encontra diversos obstáculos, imagine quem tem a mobilidade reduzida”, ressaltou. De acordo com ela, um espaço é acessível quando as pessoas – independentemente de suas condições físicas – conseguem transitar com autonomia. Um piso acessível deve ser regular, firme, contínuo, estável e antiderrapante. E essas características devem permanecer sob quaisquer condições climáticas. “Nas calçadas, o ideal é que elas tenham faixas de serviço, com arborização e pontos comerciais nessa área e não impedindo o trânsito de pedestres”, explicou a arquiteta Mirella Nunes. O Símbolo Internacional de Acesso (SIA) – pisos táteis ou podotáteis, por exemplo – deve ser utilizado para indicar, localizar e direcionar a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. Fonte: Diário de Pernambuco

Atleta brasileira bate recorde mundial do salto em distância para cegos

Brasileira bateu o recorde mundial Na primeira competição do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, a brasileira e atual campeã mundial, Silvânia Costa, bateu o recorde mundial do salto em distância da categoria T11, que perdurava desde 1997. Pelo último dia da primeira etapa nacional do Circuito Caixa de Atletismo e Natação, a atleta saltou 5,34m e bateu a marca da espanhola Purificación Ortiz, de 5,21m, conquistado em 1997. Outros dois saltos da brasileira também ficaram acima do recorde de Ortiz, mas ambos não foram ratificados pelo forte vento. "Esta marca me mostra a certeza de que estou no caminho certo para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Já vínhamos trabalhando para obter este recorde e, em cada competição, eu estava melhorando. Hoje, foi fantástico. Este recorde mundial é o máximo da minha carreira e me dá uma sensação de dever cumprido", afirmou a recordista da classe T11 (cegueira total). Com 15,60m, Caio Vinícius ficou próximo da classificação para os Jogos do Rio 2016 no arremesso de peso na classe F12 (baixa visão). Outra marca expressiva ficou por conta de Jenifer Martins, saltadora com paralisia cerebral, que fez a segunda melhor marca do mundo na classe T38 ao saltar 4,72m. Quem também foi destaque no evento foi Rildene Firmino. Aos 41 anos, a nadadora bateu o recorde brasileiro nos 50m peito da categoria SB3 com tempo de 1min06s02 e ficou a apenas 11 centésimos do índice paralímpico. Com outras quatro participações paralímpicas (1992, 2000, 2004 e 2008), Rildene buscará a marca exigida na segunda etapa do circuito, entre 15 e 17 de julho. Fonte: http://espn.uol.com.br/noticia/609102_atleta-brasileira-bate-recorde-mun...

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Campanha sobre direitos das pessoas com deficiência concorre em Cannes

Segundo a ONU, 10% da população mundial tem algum tipo de deficiência. Em Curitiba, uma das maiores cidades brasileiras, são mais de 400 mil pessoas. E o pior problema que elas enfrentam é a falta de respeito aos seus direitos. Após muitas campanhas de conscientização realizadas sem surtir o efeito desejado, era hora de uma mudança radical de atitude. A partir desse briefing, a agência Competence criou para a Prefeitura de Curitiba e para o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba uma campanha que mobilizou não só a cidade, mas todo o Brasil: a ‘anticampanha’. A estratégia foi gerar uma grande repercussão por meio da indignação das pessoas. Para isso, a ideia foi criar uma entidade falsa que se posicionasse contra o direito das pessoas com deficiência. Assim surgiu o “Movimento pela Reforma de Direitos”, que se manifestou através de outdoors, uma página no Facebook e uma petição online. O outdoor pedia o fim do que o movimento chamava de privilégios para as pessoas com deficiência, e a fanpage nas redes sociais questionava vários dos direitos adquiridos por elas. Foi o suficiente para chamar atenção de milhões de pessoas e da mídia. Com isso, chegou o momento de contar a verdade e foi convocada uma coletiva de imprensa para mostrar quem estava por trás do movimento fictício. Um dia após o lançamento do movimento, diante das maiores emissoras e portais de notícias do Brasil, foi revelado que o autor da manifestação era o próprio Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, formado por pessoas com algum tipo de deficiência e representantes da causa. A partir disso, começou a segunda fase da campanha. Todas as peças visuais que falavam sobre os direitos das pessoas com deficiência sofreram uma intervenção, que dizia: “Se tantos se revoltaram contra isso, por que tantos desrespeitam? Não é privilégio, é direito. Somos muitos, respeitem nossos direitos.” A ação viralizou ainda mais e ganhou espaço não só na internet, onde se tornou Trending Topic Brasil e gerou milhares de comentários e compartilhamentos no Facebook, e também em diversos programas de TV. O ponto alto dessa exposição na televisão foi uma grande participação da secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, Mirella Prosdocimo, no talkshow Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, um dos programas com maior audiência no país, para tratar do tema em nível nacional. A campanha concorre em três categorias (PR, Mídia e Promo & Activation) no 63º Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade, que acontece de 18 a 25 de junho, na cidade francesa. Fonte: Inteligemcia Site externo

Curitiba lança jogo que permite vivenciar experiências de pessoas com deficiência

Lançamento do Game ALTER que estimula inclusão de pessoa com deficiência. - Na imagem, Moises Batista. Lançamento do Game ALTER que estimula inclusão de pessoa com deficiência. – Na imagem, Moises Batista. Nada como se colocar no lugar do outro para entender suas dificuldades e potencialidades. Esta é a ideia por trás do Alter, um jogo on-line lançado nesta terça-feira (21) com o propósito de educar sobre a importância do respeito aos direitos das pessoas com deficiência e também permitir a elas o uso de uma ferramenta de entretenimento dotada de recursos de acessibilidade. O jogo é resultado de uma parceria entre o Conselho Municipal e a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, e foi lançado numa cerimônia com a presença do prefeito Gustavo Fruet. “Alter” é um prefixo de origem latina que significa “outro”. Assim, o nome do jogo resume seu objetivo: permitir uma experiência virtual semelhante à experimentada no dia a dia por pessoas com deficiência. Disponível na internet ( http://bit.ly/AlterGame), o game atribui ao jogador uma deficiência diferente em cada fase. Para avançar, ele precisa vencer barreiras arquitetônicas, de comunicação e outras. Outra característica do jogo – desenvolvido pela empresa Curitiba Racional Games – é o fato de contar com recursos de acessibilidade, o que permite seu uso por pessoas com diferentes tipos de deficiência. A conclusão de cada fase mostra ao jogador que é possível ultrapassar barreiras quando tornamos o ambiente acessível. A mensagem final, que será lida por quem concluir todas as etapas, é: “Igualdade de Oportunidades. Infinitas Possibilidades. #SOMOSMUITOS – temos os nossos direitos”. Desta forma, o Alter está em sintonia com a última definição de pessoa com deficiência da Convenção da ONU – na qual o meio é responsável por delimitar a deficiência. “Parabenizo todos os envolvidos nesta inovação, que utiliza a tecnologia a favor da inclusão e da acessibilidade. Essa é uma preocupação permanente na nossa gestão. Não é possível construir uma cidade mais humana sem inclusão”, disse o prefeito Gustavo Fruet. Para a secretária municipal dos direitos da Pessoa com Deficiência, Mirella Prosdócimo, o game vai contribuir para ampliar a conscientização. “O Alter proporciona a experiência de se colocar no lugar do outro. Ele mostra que as pessoas com deficiência enfrentam suas barreiras e que elas não as impedem de viver. É um convite para conhecer e viver experiências incríveis”, disse a secretária. Para o diretor técnico da Racional Games, Danilo Olympio, o Alter tem um diferencial importante em relação a outros jogos com recursos de acessibilidade: “Em geral, nesses jogos os recursos são pensados ao longo do desenvolvimento. O Alter foi projetado com o desafio de ser acessível e inclusivo. É um advergame diferente, interativo, divertido e funcional”, destacou Olympio, que participou do projeto ao lado de Vinício Adamante, diretor artístico da Racional Games; Bruno Kovalski, diretor executivo, e Elton Zolet, diretor de controladoria. Durante o processo de criação, a direção artística utilizou recursos manuais para conferir maior humanização ao jogo. Personagens e elementos como gramado, flores, árvores, entre outros, foram primeiro desenhados em papel vegetal e pintados à base de tinta a óleo. O game atribui ao jogador uma deficiência diferente em cada fase. Para avançar, ele precisa vencer barreiras arquitetônicas, de comunicação e outras. O game atribui ao jogador uma deficiência diferente em cada fase. Para avançar, ele precisa vencer barreiras arquitetônicas, de comunicação e outras. Campanha O Alter se encaixa na categoria “advergame”, que alia um jogo a uma campanha. Nesse caso, o game faz parte da segunda fase campanha do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Intitulada “Não é privilégio, é direito”, a campanha já obteve mais de 8 milhões de usuários no Facebook e 37 milhões de impactados na mídia de forma espontânea em dezembro de 2015. O Conselho investiu R$ 83 mil na campanha, com recursos do Fundo Municipal de Apoio ao Deficiente (FAD). Curitiba é uma das poucas cidades brasileiras a contar com recurso financeiro para a política municipal direcionada à pessoa com deficiência. O FAD, criado pela Lei 7.982 de 1992, é mantido com 5% da arrecadação do EstaR – Estacionamento Regulamentado de Curitiba – e com recursos oriundos de emendas parlamentares destinadas a entidades não governamentais que atuam na área. “Cada vez mais o CMDPCD trabalha em ações que promovem a inclusão, o protagonismo, e discute soluções para melhorar o meio da cidade para as pessoas com deficiência. O Alter vai propiciar um experiência diferente”, comentou o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Fábio Marcassa. Juliana Lucca dos Santos, de 17 anos, tem baixa visão e participou no lançamento do advergame. “Ficou interessante e acessível, permitindo que pessoas como eu, com baixa visão, consigam aproveitar. Recomendo”, disse. O jogo O jogo se passa em uma civilização situada em meio à floresta. O jogador precisa percorrer um caminho para passar de fase. Durante o percurso, ele encontra diversas barreiras arquitetônicas, comunicacionais e instrumentais. Em cada fase o personagem tem uma deficiência: intelectual, física, auditiva, visual e o TEA – transtorno do espectro do autismo. Para cada fase o cenário propõe uma experiência sensorial diferente, trabalhada por meio de recursos de sound design, animação, de acordo com grau de dificuldade dos obstáculos. Ao concluir todos os objetivos, a mensagem passada é de que todas as pessoas têm o direito de exercer sua plena cidadania, pois com ou sem deficiência, com maior ou menor grau de dificuldade, todas são capazes. Raio x do Alter GÊNERO – O game consiste no gênero adventure, modo Single Player, no qual o jogador assume o papel de um ou mais protagonistas de uma história, realizando a interação pela exploração e da resolução de puzzles. USABILIDADE – O jogo foi desenvolvido sob as diretrizes internacionais de acessibilidade e utilizando a Engine do software Unity 3D, o qual resulta em arquivos que utilizam HTML 5 e Javascript para o seu funcionamento na versão web. Está disponível sob a forma de aplicativo para os dispositivos móveis. Para garantir a acessibilidade a pessoas com deficiência, o jogo conta com os seguintes recursos: – Speech Recognition: o usuário pode executar todos os comandos do jogo pela fala. – Audiodescrição: todas as telas são descritas para o usuário, de modo que, havendo a deficiência visual total ou parcial, ele possa se situar no ambiente do jogo e realizar as ações por meio do Speech Recognition; – Alto contraste: usuários com baixa visão têm a opção de adaptar todo o jogo para um visual com elementos em alto contraste, destacando o personagem e elementos que são fundamentais para uma experiência completa. PLATAFORMAS – O game poderá ser jogado em desktops e notebooks em navegadores modernos com o plugin da Unity instalado: Google Chrome, Mozilla Firefox e Apple Safari. Em dispositivos móveis, o game estará disponível para download do aplicativo, gratuitamente, para Android ou IOS. GAMEPLAY/ MENU PRINCIPAL – Ao iniciar uma nova partida, o jogador deve escolher se deseja jogar o game em sua versão original ou em uma de suas versões adaptadas, as quais garantem a acessibilidade à pessoas com deficiência física ou com deficiência visual (pessoa cega ou com baixa visão)?. CUSTOMIZAÇÃO DE AVATAR – Definida a versão desejada, o jogador é levado a uma tela em que ele deve fazer a customização do seu avatar, escolhendo uma dentre todas opções disponíveis para: – Cor de pele; com ou sem cabelo; cor de cabelo. Uma vez que o game tem o apelo da experiência sensorial, com o jogador no papel de protagonista, é de suma importância que ele possa personificar a si mesmo pelo avatar, projetando-se de fato na vivência de cada tipo de deficiência. MECÂNICAS GERAIS – Para alcançar os objetivos propostos no game, cada personagem possui uma mecânica própria, apresentada abaixo: PERSONAGEM 1 – PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL/ PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA /PESSOA COM AUTISMO. Em desktops e notebooks, o jogador utiliza as setas do teclado para realizar a movimentação 360º?do personagem. Em dispositivos móveis, utiliza o touch na tela e o personagem se move até o local selecionado. PERSONAGEM PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA – Em desktops e notebooks, o jogador utiliza as setas esquerda e direita do teclado para realizar a rotação do personagem?. Caso possua um mouse conectado, utiliza o wheel para realizar a movimentação para frente ou para trás (de ré)?. Caso não possua, utiliza o scroll ?padrão do notebook. Em dispositivos móveis, utiliza o drag na tela e o personagem se move até o local selecionado. PERSONAGEM PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL – Em desktops e notebooks, o jogador utiliza as setas do teclado para realizar a movimentação 360º do personagem, orientando-se no espaço pelo som, e audiodescrição. Em dispositivos móveis, utiliza o touch na tela e o personagem se move até o local selecionado. MECÂNICAS DE ACESSIBILIDADE – Ao escolher a versão adaptada apropriada, pessoas com deficiência física ou com deficiência visual (pessoa cega ou com baixa visão) também podem ter acesso ao game. Para alcançar os mesmos objetivos propostos, os personagens possuem mecânicas específicas para cada tipo de deficiência: PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA – Na versão adaptada para pessoas com deficiência física, toda a mecânica de movimentação do personagem é realizada por comandos de voz?. O game informa ao jogador as opções disponíveis em cada situação, e ele responde com o comando de voz desejado. PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL – Na versão adaptada para pessoas com deficiência visual, toda a mecânica de movimentação do personagem é realizada por comandos de voz?. O game faz toda a leitura da tela em que o jogador se encontra, para que ele possa visualizá-la mentalmente, e assim reforçar as associações feitas com os sons. Em seguida, informa ao jogador as opções disponíveis em cada situação, e ele responde com o comando de voz desejado Fonte: Bem Parana

Professor cego concorre a prêmio por técnica que descreve insetos por sons

O psicólogo, pesquisador e doutor em psicofísica Francisco Lima, 51 anos, é um dos finalistas do Prêmio International and Career Achievement Awards Description Project, do Conselho Americano de Cegos (ACB), que acontece no início de julho, na cidade de Mineápolis, nos Estados Unidos. O professor cego de audiodescrição ensina no Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais/Centro de Educação (CE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A indicação para participar da premiação surgiu após ele desenvolver uma técnica nos museus a partir de imagens de insetos, que os descrevem por meio de sons. A ideia não pretende substituir a visão, mas contribuir na captura imagética da mente, confirmando uma hipótese e elucidando ambiguidades, além de ajudar tanto estudantes quanto idosos e profissionais no dia a dia. O audiodescritor narra as imagens e transforma em palavras para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais. Segundo o professor Francisco, a pesquisa pode ajudar todos os cegos a saber o que está acontecendo, mesmo sem enxergar. “Somente vão precisar de alguém para descrever o que está acontecendo”, contou. Este estudo será tema do seu pós-doutorado do professor no exterior. Os trabalhos começaram com a formação de profissionais para audiodescrever os insetos do museu Dragão do Mar, em Fortaleza, no estado do Ceará, e do museu de geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais. Umas das conquistas foi a inclusão da disciplina de acessibilidade na UFOP. “No futuro um estudante cego de biologia vai estudar a planta com mais precisão, conhecendo melhor a morfologia de um inseto”, explicou. Para participar da premiação nos Estados Unidos ele solicitou à UFPE recursos para bancar a hospedagem e passagem aérea. Sempre acompanhado de seu cão-guia, Francisco Lima dá aulas nos cursos de jornalismo, rádio e TV e pedagogia na UFPE. Para facilitar sua comunicação com os alunos e funcionários, comprou um transmissor e acoplou no seu notebook. O equipamento está facilitando sua comunicação ao responder e-mail, através de um visualizador de telas, que transforma as mensagens de texto em áudios. Durante o Encontro Nacional de Audiodescrição em Estudo (Enades), realizado no dia 3 de maio, além de debater os resultados da pesquisa desenvolvida pelo professor no museu da UFOP. “Os estudantes narraram a experiência inédita de aprender a descrever informações da imagem para o texto e apontaram o aumento de visitas no local, inclusive de deficientes”, analisou. De acordo com o pesquisador, a audiodescrição não é somente para as pessoas cegas. “Vai ajudar alguém que não sabe um idioma, por exemplo, ao assisitir a um filme legendado, esse profissional detalha todas as cenas sem intervalo para as trilhas sonoras”, disse. Ele também acrescentou que as pessoas que sofrem com dislexia – dificuldade no aprendizado, também poderão ser beneficiadas. “Ainda temos muitos analfabetos e isso pode ser uma alternativas para interagir nas salas de aulas”, disse Francisco. Fonte: site Diáriode Pernambuco por Max Felipe – Especial para o Diario.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Museu do Futebol lança documentário sobre inclusão de pessoas com deficiência

O Museu do Futebol lançou um filme no YouTube em que mostra o trabalho de deficientes físicos empregados na instituição de 2010 a 2015. O projeto “Deficiente Residente” teve por objetivo contribuir com a socialização de pessoas com alguma desabilidade ao integrá-las à equipe de atendimento do museu, sediado no Estádio do Pacaembu e administrado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Os 30 minutos de documentário retratam as etapas do projeto, que dedicou cada ano a um tipo de deficiência: 2010, deficiência visual; 2011, deficiência intelectual; 2012, deficiência auditiva, 2013; deficiência física; 2014, transtorno mentais; e, em 2015, foram retomados todos os temas trabalhados nos anos anteriores. Fonte: site do Jornal O Estado de São Paulo.

CPFL é processada em R$ 6 milhões por discriminar deficientes

Concessionária descumpriu acordo coletivo que prevê adequação de jornada e salário de pessoas com deficiência O Ministério Público do Trabalho (MPT) ingressou com ação civil pública na Justiça do Trabalho de Campinas contra a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) por conduta trabalhista discriminatória, uma vez que os funcionários com deficiência da empresa recebem tratamento diferenciado em relação àqueles sem deficiência, com salários menores e submissão a jornadas de trabalho que sequer possuem previsão em acordo coletivo com o sindicato. O MPT pede a condenação da empresa ao pagamento de R$ 3 milhões de indenização por danos morais coletivos, além de outros R$ 3 milhões de diferenças salariais devidas aos deficientes, entre outros pedidos. A ação decorre do descumprimento de um acordo coletivo firmado entre a CPFL e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Campinas e Região no ano de 2007, como forma alternativa para o cumprimento da cota legal de contratação de pessoas com deficiência, prevista na lei 8.213/91. No acordo, que obteve a aprovação do MPT e do Ministério do Trabalho e Emprego, a concessionária de energia se comprometeu a qualificar e contratar mais de 100 pessoas com deficiência para o cargo de auxiliar administrativo. Os beneficiários do acordo deveriam ser contratados como efetivos antes do término do programa de capacitação e, durante esse período, seriam submetidos à jornada de trabalho reduzida de 4 horas, recebendo salário proporcional (a jornada regular para os cargos preenchidos é de 8 horas). O acordo estipulou que após o período de qualificação de pessoas com deficiência contratadas teriam sua jornada de trabalho ampliada para 8 horas diárias (até 29 de novembro de 2010), com o objetivo de igualar o número de horas trabalhadas à jornada dos demais funcionários (que não possuem deficiência) e receber salários iguais aos dos demais empregados na mesma função. Contudo, após o término do período de capacitação, a CPFL manteve os deficientes trabalhando apenas 4 horas e ganhando menos, descumprindo o acordo celebrado. No atual acordo coletivo de trabalho, não existe sequer previsão de jornada de 4 horas diárias, nem pisos salariais reduzidos. A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego confirmou que a empresa mantém mais de 100 trabalhadores com deficiência em jornadas irregulares e com salários inferiores aos demais empregados. "A manutenção dos trabalhadores oriundos de contratação em programas de oportunidades, com jornada reduzida face aos demais trabalhadores, é um gesto de discriminação para com as pessoas com deficiência", descreveram os auditores. Na tentativa de solução amigável, o MPT sugeriu que a CPFL adequasse os contratos dos deficientes com base no acordo coletivo de trabalho "Programa CPFL de Oportunidades" para jornada de 8 horas diárias e piso salarial correspondente à função prevista no acordo. A proposta foi prontamente recusada pela empresa. Com isso, o MPT moveu ação civil pública na Justiça do Trabalho de Campinas, com pedidos de reparação aos danos causados à coletividade (equivalente à indenização de R$ 3 milhões) e de pagamento das diferenças salariais aos deficientes, incluindo férias, décimo terceiro e outras verbas (equivalente a R$ 3 milhões), além da obrigação de adequar todos os contratos de trabalho para jornada de 8 horas diárias, conforme o acordo coletivo em vigor. Em caso de condenação, a indenização por danos coletivos será destinada ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e as diferenças salariais diretamente aos trabalhadores prejudicados. O processo tramita na 11ª Vara do Trabalho de Campinas Fonte: Divulgação/MPT

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Jacques Janine promove curso de automaquiagem para cegas

vA incerteza de saber se a maquiagem está boa é uma dúvida que assola todas as mulheres que se produzem. Para as mulheres cegas, há todo um ritual: tocar o próprio rosto e sentir onde sobrancelha, lábios, olhos começam e terminam para passar sombra, blush e batom. Para promover a independência e beleza das mulheres com deficiência visual, os salões Jacques Janine e a Laramara (Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual) criaram um curso de automaquiagem ministrado por especialistas. A primeira turma foi encerrada na quarta-feira, 15, e já existe uma fila de espera de 40 pessoas para a próxima, prevista para agosto. Em seis aulas teóricas e práticas, as alunas aprendem desde preparação da pele, passando pelas funções dos produtos, até truques de como delinear os olhos – um dos grandes desafios da maquiagem para qualquer um. “Esse curso me fez pensar a maquiagem de uma maneira diferente. Faz você se sentir mais bonita independentemente de você estar se vendo ou não. Nós que estamos nos vendo sempre no espelho nunca pensamos nisso”, diz Chloé Gaya, maquiadora e consultora de imagem do Jacques Janine. Geisa Souza Santos, 37 anos, ficou cega aos 26 em decorrência de um glaucoma, e afirma que o curso elevou sua autoestima. “Ganhei mais autonomia e independência. Fiquei dez anos sem tirar os óculos escuros, mas agora me encorajei”, conta. “Posso me maquiar e me sentir tão bonita quanto as outras mulheres.” Para a massoterapeuta Débora Perossi, de 56 anos, a maquiagem ajuda também no âmbito profissional. “Estou me sentindo mais confiante com minha aparência para atender meus clientes”, afirma. A Laramara percebeu que as pessoas com deficiência visual atendidas pela associação tinham a necessidade de aprender mais sobre automaquiagem durante as atividades da vida cotidiana. “Sabemos que não é só a maquiagem que vai definir a autoestima de uma pessoa, mas ela contribui muito para elas se sentirem mais felizes”, coordenadora do Programa do Jovem e do Adulto, Cecília Maria Oka. A instituição Laramara também ensina técnicas para que pessoas com deficiência lidem com situações do cotidiano, como limpar a casa, cozinhar, estudar e cuidar da própria higiene pessoal. Fonte: O Estado de S. Paulo Site externo

Vagas de emprego destinadas a deficientes diminuem em Uberlândia

A crise financeira e política também tem contribuído para a redução da oferta de vagas de emprego para as pessoas com deficiência em Uberlândia. No Sistema Nacional de Empregos (Sine), a queda na oferta de vagas de janeiro a maio deste ano foi de 62% para as pessoas com deficiência comparando com o mesmo período de 2015. Muitas empresas não cumprem a lei de cota para os decifientes. Na Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (Aparu), a psicóloga que coordena o banco de empregos, Ivone Voiski, informou que de janeiro a maio deste ano foram oferecidas 421 vagas de emprego na Aparu e no mesmo período de 2015 foram 655 vagas, o que significa uma queda de 35,7 %. Neste ano também diminuiu o número de pessoas que procuraram a Aparu e foram admitidas nas empresas. De janeiro a maio de 2016 foram empregadas 26 pessoas e no mesmo período de 2015 foram admitidas 45. Ainda segundo Ivone, há pelo menos 60 pessoas em uma lista de espera e a maioria possui curso técnico e superior. Segundo a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Compod), Marinéia Crosara, a lei estabelece que todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem ter no seu quadro entre 2 e 5% dos trabalhadores com algum tipo de deficiência. A psicóloga afirmou que falta fiscalização. Marinéia também afirma que o Compod vai convocar, a princípio, todas as empresas com mais de 500 funcionários para um conversa, para entendimento do quadro. “A gente pretende auxiliar todas as ações do Ministério Público do Trabalho, incondicionalmente”, diz a presidente do conselho. De acordo com a assistente social da Associação dos Surdos e Mudos de Uberlândia (Asul), Maria Aparecida de Padua, poucas empresas estão abrindo vagas ultimamente. "Realmente existe uma dificuldade junto às empresas e quando elas oferecem vagas demoram muito para fazer a seleção. Podemos contar nos dedos as empresas que contratam imediatamente. Geralmente demora de quatro a cinco meses. A pessoa com deficiência, às vezes, está desempregada e precisa ajudar no sustento da família, precisam de um trabalho rápido", conta ela. O técnico ambiental Diógenes Ribeiro Borges, de 25 anos, teve paralisia cerebral que afetou a coordenação do lado direito do corpo e procura emprego desde outubro do ano passado. Enquanto Diógenes não consegue uma oportunidade ele realiza estágio na Aparu. "Existe uma dificuldade muito grande para encontrar emprego, principalmente com a crise na economia. Nunca fiquei tanto tempo a procura de uma vaga.”, conta o técnico ambiental. fonte:g1

sábado, 25 de junho de 2016

Olhar o smartphone no escuro pode causar cegueira temporária

Estudo descreve casos de mulheres que enfrentaram problema, mas solução é simples RIO - Olhar seu smartphone enquanto você está na cama, no escuro, pode causar sérios danos à visão. Quem avisa são cientistas que, esta semana, publicaram um estudo sobre duas mulheres que ficaram temporariamente cegas por checar seus telefones constantemente na ausência de luz ambiente. Os pesquisadores também apresentaram uma forma simples de evitar isso: usar ambos os olhos ao olhar a tela do smartphone quando no escuro. No estudo, publicado pelo periódico "New England Journal of Medicine", médicos detalham os casos das duas mulheres, de 22 e 40 anos, que experimentaram a "cegueira transitória de smartphone" durante meses. Elas reclamaram de episódios recorrentes de perda de visão temporária que durava até 15 minutos. As pacientes foram submetidas a diversos exames neurológicos e de coração, mas os médicos não conseguiram descobrir o que estava errado. Porém, minutos depois de entrar no consultório de um oftalmologista, veio a resposta. - Eu simplesmente perguntei a elas: "O que vocês estavam fazendo quando isso aconteceu?" - recorda-se Gordon Plant, do Hospital dos Olhos de Moorfield, em Londres, no Reino Unido. Segundo informações da agência de notícias AP, ele explicou que ambas as mulheres frequentemente olhavam seus smartphones usando apenas um olho enquanto estavam deitadas de lado na cama, no escuro (o outro olho ficava coberto pelo travesseiro). - Dessa forma, você fica com um olho adaptado à luz porque está olhando para o telefone e o outro adaptado ao escuro. Quando as pacientes largavam os telefones, elas não conseguiam mais enxergar com o olho que estava voltado para a tela do aparelho. De acordo com o médico, isso aconteceu porque estava levando muitos minutos para o olho "alcançar" o outro que já estava adaptado ao escuro. Ele disse que essa cegueira temporária era, até onde se sabe, inofensiva, e facilmente evitável, se as pessoas tomassem o cuidado de olhar o smartphone com ambos os olhos. Uma das mulheres ficou aliviada porque a cegueira temporária não era um sintoma de algo mais sério, como um derrame iminente. O médico disse que a segunda mulher foi mais cética. Ela manteve um diário de um mês sobre suas perdas de visão antes de acreditar no diagnóstico. Mas ela não parou de checar seu telefone enquanto estava deitada na cama, disse o especialista. Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/olhar-smartphone-no-escuro-pode-...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Concurso distribui equipamentos para tornar bibliotecas acessíveis

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo promoveu concurso para selecionar projetos de bibliotecas públicas interessadas em receber equipamentos de tecnologia assistiva capazes de assegurar o acesso à leitura para pessoas com deficiência visual e motora. As inscrições foram até março e antes do final de 2016 mais de 60 bibliotecas públicas do Estado de São Paulo receberão equipamentos que as tornarão acessíveis. Os projetos foram selecionados por uma Comissão Julgadora e os vencedores receberão os equipamentos, além do treinamento necessário à sua utilização. As bibliotecas candidataram-se a receber os dois tipos de kits de equipamentos distribuídos pela Secretaria: Kit Tipo 1 (computador, ampliador automático, scanner leitor de mesa, teclado ampliado, mouse estacionário, software de voz sintetizada para atuação com o software leitor de tela NVDA e computador); e Kit Tipo 2 (que inclui os itens do Kit Tipo 1 e acrescenta um display braile e impressora braile) FONTE: SM PE D.

Brasil: Encontro discute educação de jovens e adultos com deficiência visual

Os grupos se articulam desde 2013, com apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que há 70 anos trabalha com inclusão de pessoas. 20/06/2016 às 05:00 Gilson Mauro se orgulha das bibliotecas adaptadas da rede estadual. (Fotos: Luana Carvalho) Não é difícil perceber as dificuldades e desafios que uma pessoa com deficiência visual enfrenta diariamente. Faltam rampas com piso tátil em prédios públicos e privados, hospitais e restaurantes. As calçadas não seguem um padrão e, em muitos casos, são cheias de obstáculos. Mas falar em acessibilidade envolve mais que problemas estruturais: para quem não possui ou tem baixa visão, ter acesso à informação é sinônimo de liberdade. A garantia de direitos, cultura, esporte e lazer, empregabilidade e educação foram amplamente discutidas durante o 1º Encontro Nacional da Rede de Leitura Inclusiva, que aconteceu de terça-feira a quinta-feira da semana passada, em São Paulo. O Amazonas foi um dos primeiros a aderir a rede. No ano passado, todos os outros Estados fizeram adesão e agora pretendem compartilhar resultados de ações. Os grupos se articulam desde 2013, com apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que há 70 anos trabalha com inclusão de pessoas. “A rede identificou um cenário onde falta acessibilidade atitudinal, ou seja, a informação existe, as pessoas sabem, mas não é compartilhada. A partir deste encontro, onde tivemos o reconhecimento de identidades e potenciais de cada região, iremos trabalhar para a construção de ações locais embasadas pelo emponderamento da rede, construindo planos efetivos de leitura inclusiva com autonomia”, explicou a coordenadora do projeto, Ana Paula Silva. No dia 6 de julho do ano passado a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência foi instituída para assegurar e promover o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais para a pessoa com deficiência, visando a inclusão social. Um dos artigos determina que o poder público e instituições privadas adotem mecanismos de incentivo à produção, à edição, à difusão, à distribuição e à comercialização de livros e informações em formatos acessíveis. O processo ainda representa um desafio, mas os grupos estão buscando parcerias para fazer acontecer. No Amazonas, o trabalho de produção de livros acessíveis começou há 17 anos com a Biblioteca Braille, que funciona no sambódromo. O local também conta com livros doados pela Fundação Dorina Nowill, mas o acervo não é o suficiente para atender os 64,5 deficientes visuais na capital, dos quais 20% têm cegueira total, segundo última pesquisa do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Porém, a rede tem possibilitado a expansão dos livros acessíveis. Gerente da Biblioteca Braille do Amazonas, Gilson Mauro de Oliveira, se orgulha em falar do trabalho que vem sendo realizado no Estado. “Com o projeto conseguimos resgatar a biblioteca Joana Rodrigues, reinauguramos a Biblioteca Municipal do Largo São Sebastião e fizemos parcerias com o Senai, que implantou mais quatro novas bibliotecas. Todas fazem parte da rede, recebendo livros da Fundação Dorina Nowill e da Biblioteca Braille do Amazonas”, contou. Ainda segundo Gilson, o projeto tem crescido em função das parcerias entre o poder público e sociedade. “A responsabilidade da leitura inclusiva é de todos nós. Ainda falta muito para dizermos que vivemos em um país acessível. Este é um sonho de todos nós. Mas chegou a hora do cidadão parar de pensar que tudo é papel do poder público e também fazer sua parte”, frisou. Na Biblioteca Braille do Amazonas existem 4 mil livros falados, 52 mil títulos digitalizados e mil livros em Braille para serem disponibilizados gratuitamente. “Não é só nos grandes centros que podemos ver esses trabalhos, Tudo isso acontece em Manaus e muita gente não sabe”. Parintins na vanguarda educacional Parintins é um dos polos da Rede de Leitura Inclusiva. Nos dias 25 e 26 de agosto, o município vai sediar o terceiro Encontro de Leitura Inclusiva do Estado, onde os colaboradores tentarão expandir os trabalhos para outros municípios. O professor de braile responsável pelo polo, Carlos Fragata, conta que as peculiaridades da região, somado às longas distâncias, fazem o desafio ser ainda maior. “A geografia do nosso Estado é diferente, tudo é mais difícil. Para sair de Manaus para Eirunepé, por exemplo, gastamos entre quatro e cinco dias de barco. Por isso a ideia é que façamos parcerias em todos os municípios, para que cada um desenvolva suas atividades de leitura inclusiva”, disse. Em Parintins, quatro bibliotecas já fazem parte da rede: a do Bumbódromo, da Escola Estadual São José Operário, Escola Municipal Irmã Cristine e Escola Municipal Valquíria Viana, na comunidade do Camburi. Resistência docente Outro desafio para o grupo é trabalhar a resistência que alguns professores ainda têm em relação aos alunos cegos. “Tem professor que não aceita o aluno com deficiência visual na sala de aula. E quando aceita, falta formação. O aluno fica excluído, no canto da sala de aula, só para ser uma estatística de matrícula. Muitos contam com o auxílio de um professor auxiliar, mas o complicado é fazer com que o professor titular entenda que ele é o principal responsável pela aprendizagem daquele aluno”, diz Carlos Fragata. Gilson Mauro de Oliveira - Ger. da Biblioteca Braille “A responsabilidade da leitura inclusiva é de todos nós. Ainda falta muito para dizermos que vivemos em um País acessível. Este é um sonho de todos nós. Mas chegou a hora do cidadão parar de pensar que tudo é papel do poder público e também fazer sua parte”, frisou. Pouca gente sabe, mas na biblioteca do sambódromo também acontecem capacitações para pessoas da capital e interior que queiram aprender o sistema Braille e para quem quer produzir livros falados. Além de dois estúdios para gravação de livros com vozes de voluntários, o local também conta com scanners de voz, impressora em Braille, entre outras ferramentas tecnológicas. Recursos em uso nas redes locais De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), 137 alunos com baixa visão e 22 com cegueira total estão matriculados na rede municipal. A pasta ressaltou que promove a inclusão pelo sistema Braille, método de leitura e escrita tátil que permite aos alunos terem acesso a todos os conteúdos das disciplina e do uso do Soroban (instrumento de cálculo matemático adaptado do ábaco) para complementação na disciplina de matemática. Segundo a pasta, os recursos didáticos adaptados auxiliam na melhor assimilação dos conteúdos, mas “a prefeitura ainda está em fase de planejamento para concurso público para o cargo de professor bi docente para atender alunos da educação especial”. Já nas escolas estaduais, são 43 alunos cegos e 370 com baixa visão. Segundo a Secretaria de Estado de Educação, para os estudantes que possuem perda total da visão são usados recursos como o livro e textos em Braille, audiolivros, leitores de tela, sintetizadores de voz e o Mecdaisy, uma solução tecnológica que permite a produção de livros em formato digital acessível, no padrão Daisy (livro digital editado com notas de rodapé opcionais, marcadores de texto, soletração, leitura integral de abreviaturas e de sinais, além da pronúncia correta de palavras estrangeiras). Dorina Nowill Pioneira no desenvolvimento de livros digitais em língua portuguesa, a Fundação DorinaNowill para Cegos, possui um moderno processo de produção de livros acessíveis no formato Daisy. A instituição também criou o Dorina Daisy Reader (DDReader),um aplicativo aberto e gratuito para a leitura de livros digitais no formato Daisy com versões em português, inglês e espanhol, que pode ser baixado no site da fundação. *Repórter viajou à convite da Fundação Dorina Nowill Fonte: http://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/encontro-nacional-da-red...

Florianópolis terá que indenizar deficiente visual em R$ 15 mil

O município de Florianópolis terá que pagar uma indenização de R$ 15 mil a um deficiente visual que caiu em uma faixa de pedestre por causa de uma boca de lobo entreaberta. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) nesta quarta-feira (22). Conforme o TJ, o rapaz informou que fazia o mesmo trajeto diariamente e sabia quando devia atravessar. Com a abertura da boca de lobo, ele fraturou o tornozelo e passou por uma cirurgia. Por causa disso, perdeu a bolsa de estudos e se mudou para a casa da família durante a recuperação. O município apelou e argumentou que a manutenção dos bueiros é da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Júlio César Knoll, desembargador substituto, no entanto, constatou que o buraco ao redor da boca de lobo fica em uma via pública, por isso entendeu que é dever de Florianópolis garantir a segurança dos moradores. A decisão da 3ª Câmara de Direito Público do TJ ocorreu por unanimidade. O município de Florianópolis terá que pagar uma indenização de R$ 15 mil a um deficiente visual que caiu em uma faixa de pedestre por causa de uma boca de lobo entreaberta. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) nesta quarta-feira (22). Conforme o TJ, o rapaz informou que fazia o mesmo trajeto diariamente e sabia quando devia atravessar. Com a abertura da boca de lobo, ele fraturou o tornozelo e passou por uma cirurgia. Por causa disso, perdeu a bolsa de estudos e se mudou para a casa da família durante a recuperação. O município apelou e argumentou que a manutenção dos bueiros é da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Júlio César Knoll, desembargador substituto, no entanto, constatou que o buraco ao redor da boca de lobo fica em uma via pública, por isso entendeu que é dever de Florianópolis garantir a segurança dos moradores. A decisão da 3ª Câmara de Direito Público do TJ ocorreu por unanimidade. fonte:g1

quinta-feira, 23 de junho de 2016

TRIBUTO AO REI DO POP COM AUDIODESCRIÇÃO NO TOM BRASIL

E-FLYER TRIBUTO AO REI DO POP. DESCRIÇÃO NO FINAL DO POST. Ministério da Cultura e Tom Brasil apresentam: TRIBUTO AO REI DO POP, com audiodescrição e LIBRAS. Interpretação de Rodrigo Teaser e participação especial de Lavelle Smith Jr, o coreógrafo oficial de Michael Jackson. Data: 25 de junho (sábado). Horário: 22:00 horas. Local: Tom Brasil. Endereço: Rua Bragança Paulista, 1281 (próximo a Av. das Nações Unidas). Não recomendado para menores de 14 anos. Patrocínio Cultural: VIVO Apoio: Estrella Galicia e Etanplaza Hotels. Realização: Instituto Cultural Brasilis e Ministério da Cultura. Ingressos a partir de R$ 25,00 (vinte cinco reais). Vendas: Ingresso Rápido: 40031212 Convites cortesia para pessoas com deficiência e um acompanhante (número limitado). Favor confirmar presença pelo email: marina@vercompalavras.com.br Sobre o espetáculo: Com banda ao vivo, bailarinos, figurinos, efeitos especiais e elevadores cênicos, o espetáculo apresenta, com perfeição, os grandes sucessos do rei Michael Jackson. Quem dá vida a Michael é o cantor, dançarino e ator Rodrigo Teaser, que cresceu se dedicando ao canto e à dança. Com 9 anos já participava de shows de calouros e programas infantis. E para relembrar os sete anos que o mito Michael Jackson nos deixou, teremos uma apresentação especial com a presença do coreógrafo oficial dos shows de Michael Jackson, La Velle Smith. Com transmissão ao vivo pelo canal a cabo Multishow, o espetáculo promete relembrar os mais fantásticos momentos da carreira do grandioso rei do pop. Descrição do e-flyer: o e-flyer, com fundo azul marinho, é ilustrado no lado direito pela fotografia colorida, em plano médio, de Rodrigo Teaser como Michel Jackson. Rodrigo é um homem negro, alto e magro, com os cabelos longos pretos e crespos, presos em um rabo desmanchado, e parcialmente cobertos por chapéu de feltro branco, nariz arrebitado e afilado. Ele veste paletó branco com riscas finas pretas e braçadeira azul na manga, sobre camisa de cetim azul e gravata branca. No canto superior esquerdo, o título Rodrigo Teaser em Tributo ao Rei do Pop, escrito com letras brancas. Logo abaixo, uma coroa dourada e as frases: 7 anos sem Michel Jackson. Parece que foi ontem… escritas em branco e dourado. No rodapé, uma faixa branca com as logomarcas dos patrocinadores, apoiadores e realizadores e outras informações como preço dos ingressos e descontos. POR: VERCOMPALAVRAS

Caravana chega a Tietê com informações sobre Legislação e Educação Inclusiva

Nesta sexta-feira, 17 de junho, a cidade de Tietê recebeu a Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania, que está em sua sétima edição e aconteceu na Secretaria da Educação do município. Seis municípios da região estiveram representados. Tietê conta com cerca de 40 mil habitantes, sendo cerca de 8.000 com algum tipo de deficiência, de acordo com o Censo IBGE/2010. A Caravana é uma ação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. Cid Torquato, ao microfone, fala sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Nestes sete anos de ação, a Caravana percorreu mais de 60 cidades em todas as regiões do Estado de São Paulo, com a participação de mais de 20 mil pessoas, de mais de 300 Municípios. Estiveram presentes em Tietê, o Secretário Adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Cid Torquato, principal voz dessa ação; o vice-prefeito da cidade, Antonio José Viotto, representando o prefeito Manoel David Korn de Carvalho, que estava em viagem a Coreia; e o Subsecretário de Assuntos Parlamentares do Estado de São Paulo, João Caramez, além do vereador de Rio Claro, Julinho Lopes, que participou não somente desta, mas sempre prestigia a Caravana. O vice-prefeito falou da importância de receber um evento como esse, “que valoriza os profissionais que trabalham com deficiência e inclusão, um tema que toda a sociedade tem ainda muito o que trabalhar”, destacou. Ao ser indagado sobre novos encontros na cidade, Cid Torquato ressaltou a importância de se ampliar eventos dessa natureza no interior. “Não há a necessidade de se esperar pela iniciativa do Governo do Estado, o município pode tomar a iniciativa de reunir lideranças e gestores em eventos e contar com nosso apoio institucional, com a presença de profissionais e técnicos vinculados aos parceiros da Caravana”, afirmou. Também participaram Marinalva Cruz, Coordenadora do Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (PADEF), da Secretaria de Estado do Emprego e Relações de Trabalho de São Paulo; Sonia Maria Furlan Gomes Ferreira, da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social; Rodrigo Campanha Albino, Presidente do Conselho Municipal para Assuntos das Pessoas com Deficiência; Queila Veiga, do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE), da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo; Maria Teresa Ribeiro Rodrigues, Secretária Municipal de Educação; e Suzana Jacob Trevizani, representando o CIREPEM (Centro Integrado de Recursos Especiais Pedagógicos Municipal). Tietê sediou a Caravana e contou com Cid Torquato (sentado) e parceiros do município e do Governo de São Paulo A Secretária de Educação, Maria Teresa, pontuou as ações realizadas pela Pasta, voltadas aos estudantes com deficiência, e parabenizou sua equipe que trabalha de forma dedicada e comprometida com a Educação inclusiva no município. A representante do CAPE, Queila Veiga, levantou uma questão comum na área da Educação: a formação dos professores. “Nós, educadores, não podemos mais alegar ignorância sobre Educação Inclusiva. Temos que nos capacitar. É uma responsabilidade pessoal e individual a capacitação para atender os alunos com deficiência”, destacou. Os encontros da Caravana, neste ano, têm como temas “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI”, importante marco regulatório no âmbito da garantia de direitos à pessoa com deficiência; e “Educação Inclusiva”, assunto emblemático no campo das discussões sobre inclusão social e profissional da pessoa com deficiência. Mais de 150 municípios paulistas já implantaram em suas cidades Coordenadorias de direitos das pessoas com deficiência, uma grande ação em prol da inclusão e essa também é uma das atribuições da Caravana, incentivar os gestores municipais a criarem uma Secretaria ou Coordenadoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A Caravana conta com o apoio e participação das Secretarias de Estado de Educação; Esporte e Lazer; Emprego e Relações do Trabalho; Desenvolvimento Social; Ministério Público do Estado de São Paulo, por intermédio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos; além da OAB/São Paulo. A próxima e última cidade a receber o encontro é Cachoeira Paulista, em 01 de julho. Todos estão convidados, com a certeza de que as pessoas mudam por onde a Caravana passa. Caravana chega a Tietê com informações sobre Legislação e Educação Inclusiva fonte secretaria da pessoa com deficiencia

Projeto de skate adaptado integra atividades de lazer em Curitiba

Um projeto de skate adaptado para pessoas com deficiência foi lançado na semana passada, realizado em parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a iniciativa privada. O equipamento será incorporado às atividades do Ciclolazer, que acontece aos domingos, na Praça Nossa Senhora de Salete. Doze crianças que estudam na Escola Estadual Nabil Tacla testaram o equipamento. A ideia é permitir que a criança com deficiência motora possa usar o skate, presa por um colete atado a um cabo de aço, esticado entre dois postes, que permite a movimentação com segurança. A iniciativa, inédita, tem a participação da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude em parceria com a empresa Anjuss. Já existiam ideias semelhantes, com a utilização de gaiolas, mas o projeto da Prefeitura tem a vantagem de proporcionar maior liberdade ao praticante. “É mais um projeto que torna a cidade mais inclusiva, mais humana, uma cidade que respeita as diferenças e tem um olhar diferenciado para crianças com deficiência. É uma ideia simples, relativamente barata, permitindo que estas crianças tenham uma atividade que, normalmente, a condição delas não permitiria. O sorriso delas já valeu qualquer custo deste projeto”, diz Fruet. O equipamento foi concebido com o intuito de recreação, mas também pode funcionar como um aparelho de fisioterapia, melhorando as condições de pessoas com restrições de locomoção. “O projeto vinha sendo estudado há mais ou menos dois anos e conseguimos finalizá-lo, a partir da parceria com a Prefeitura. É uma ideia aparentemente simples, que eu chamo de ‘skateterapia’, pelos resultados positivos que ele traz para quem usa”, diz Heverton de Freitas, skatista que ajudou a desenvolver o projeto. A ideia também tem o apoio das secretarias municipais do Meio Ambiente, da Pessoa com Deficiência e da Educação. “É uma alegria ver meu filho se divertindo, podendo fazer uma coisa que, normalmente, não iria conseguir. É algo que ele gosta. Ele costuma andar de skate em casa, mas sentado. Achei esta ideia maravilhosa”, disse Thais Cristina Kraag Galvão, mãe Tiago, de 5 anos. “Nossa intenção é de expandir o uso, pois nada é mais emocionante do que ver a alegria destas crianças. Muitas coisas bacanas desenvolvidas por esta gestão são muito simples. Coisas que olham para as pessoas, para o lado humano da cidade”, diz o secretário municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Aluísio Dutra Júnior. Fonte: Prefeitura de Curitiba Site externo

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Design para Acessibilidade: inclusão de cegos ao cinema

DESIGN PARA ACESSIBILIDADE: INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL AO SERVIÇO DE CINEMA Na dissertação Design para Acessibilidade: inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema, apresentada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, Diego Normandia procurou explorar dificuldades, facilidades e possíveis soluções para tornar acessível a experiência de cinema a quem não enxerga, com o foco no acesso físico e sensorial, pelo viés do design. A dissertação apresenta uma pesquisa não propositiva sobre acessibilidade dos deficientes visuais em salas de cinema, considerando toda a complexidade que envolve essa experiência, desde, por exemplo, a produção de filmes até a experiência propriamente dita nos espaços de projeção. A metodologia envolveu uma pesquisa com abordagem qualitativa e enfoque exploratório e descritivo, auxiliada por conhecimentos em design, além de uma elaborada revisão bibliográfica e da legislação brasileira sobre o assunto. Design para Acessibilidade: Wikemedia Commons Se para o cineasta Orson Welles o cinema não tinha “fronteiras nem limites”, para boa parte do público, formado por deficientes visuais, seu lugar nas salas ainda é um território que precisa ser conquistado, e o design para acessibilidade pode contribuir para isso. De acordo com o censo demográfico apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, cerca de 45 milhões de pessoas com alguma deficiência estão vivendo no Brasil, dentre as quais 35 milhões são deficientes visuais. Com formação publicitária, Normandia se interessou pelo design para acessibilidade quando trabalhava em uma campanha para inclusão de pessoas com deficiência. O então estudante passou, pela primeira vez, a se questionar sobre o acesso a essa experiência – o cinema – por pessoas com deficiência visual. A escolha do design como campo de estudo foi motivada por sua visão específica da área. "Na minha percepção, a publicidade orienta sua atuação no sentido do produto ao ser humano, pois busca, a partir de suas ferramentas, estimular a compra de artefatos por parte dos consumidores”. Já o design, explica, caminha no sentido oposto, com foco no “desenvolvimento de produtos e serviços orientados à necessidade dos indivíduos". Sessão com audiodescrição Sessão com audiodescrição Design para Acessibilidade: Metodologia inovadora Partindo de perguntas como “quais dificuldades um cego enfrenta no processo que envolve a experiência de assistir um filme no cinema?”, “o que diz a legislação brasileira sobre a inclusão de deficientes visuais a conteúdos culturais?” até uma investigação detalhada sobre como as ferramentas assistivas, utilizadas por usuários cegos, podem contribuir no acesso a salas de cinema, a pesquisa Design para Acessibilidade: inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema verteu na elaboração de uma proposta para o serviço de cinema atual que inclui a acessibilidade em diversas etapas como divulgação, experiência e distribuição. Esquema de instalação do Whatscine Esquema de instalação e utilização da ferramenta Whatscine Dentre as ferramentas apresentadas no trabalho estão desde as mais conhecidas, entre elas, a tecnologia de audiodescrição (exemplificada nos aplicativos Whatscine e MovieReading), que consiste na descrição objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, tais como expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, até leitores de livros, o uso de cães-guia, e aparelhos como o Blitab, que exibem conteúdo em braile. A partir daí, a pesquisa envolveu a elaboração de um mapa de stakeholders, uma espécie de representação visual do conjunto de indivíduos que se relacionam, de alguma forma, a um processo, fenômeno, ou evento pesquisado e seguiu-se com a criação de metodologias particulares como a criação de personas e a indução de relatos. "A indução é “um procedimento de coleta de informações baseado na técnica tradicionalmente conhecida como storytelling, que, por sua vez, é um modelo para compartilhamento de insights, a partir da construção de narrativas", explica Normandia, acrescentando que um de seus objetivos é revelar facetas de utilização de artefatos ou de experiências não imaginadas por quem as projetou. "Grande parte das ferramentas de design que encontrei tem forte dependência de estímulos visuais, o que impossibilita a interação de pessoas com severa deficiência". Após essas etapas, foram criados mapas de expectativas de usuários na utilização de determinado serviço que foram contrastados com entrevistas com especialistas, incluindo dois audiodescritores, dois cineastas, dois exibidores de filmes em cinema e dois distribuidores de filmes. Para o especialista, há a necessidade de novas ferramentas e procedimentos para desenvolvimento de produtos e serviços orientados a pessoas com deficiência sensorial, sobretudo cegos ou pessoas com múltiplas deficiências. Os designers seriam, assim, parte dos profissionais capazes de solucionar tais demandas. "Designers se especializam, durante sua formação, em resolver problemas tomando como perspectivas diversos olhares diferentes, como aspectos sociais, humanos, tecnológicos, prazos, modelos", enumera, ao destacar a versatilidade do campo. Engajamento Catálogo de filmes do MovieReading Catálogo de filmes oferecidos com recurso de audiodescrição pelo site do aplicativo MovieReading. Filho de um pai que sofre com uma deficiência motora há 31 anos, o pesquisador lembra-se de que foi pelo audiovisual, ao assistir uma trama televisiva que envolvia um personagem deficiente, que verdadeiramente se deu conta das dificuldades enfrentadas pelo pai e por tantos outros. "Eram “situações que vivenciei com meu pai e nunca tinha entendido direito, como quando ele deixava de ir a determinados lugares pois não conseguia passar pela porta ou pelo corredor", conta ele. "Essas coisas nunca haviam me chamado a atenção, nem parecia provocar algum tipo de indignação do meu pai com a situação, como se fosse normal todo o modelo excludente pelo que nossa sociedade se orienta", revela. Na conclusão da pesquisa Design para Acessibilidade: inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema, Normandia defende que para se atingir resultados eficientes seria preciso considerar o conjunto de fatores que envolvem o processo de ir a uma sala de cinema, que passa pela adaptação de filmes a uma linguagem acessível, mas também pelo treinamento de profissionais prontos a atender às diferentes necessidades das pessoas com deficiência, pela garantia de mobilidade e transporte urbano confortável e seguro para o deslocamento desse público, pela sensibilização dos agentes que financiam, produzem, distribuem e exibem os filmes e, em especial, pela aplicação e fiscalização de leis e normas de inclusão. Ao final, o pesquisador afirma ter sua visão sobre acessibilidade transformada pelo estudo. "Hoje, não consigo ficar calado diante de situações de desrespeito aos direitos dos cidadãos, de imposição do capital frente ao benefício social", aponta. A dissertação de mestrado foi orientada pela professora Cibele Haddad Taralli, do Departamento de Projetos da FAU. Fonte: Jornal da USP

Braille, guizos e beleza exuberante: medalhas da Paralimpíada inovam

Láurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Láurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Terezinha Guilhermina tem seis medalhas paralímpicas em sua casa. Três de ouro, uma de prata e duas de bronze. Em Pequim 2008, a velocista das classes T1 e T2, para deficientes visuais, trouxe uma de cada cor para o Brasil. Se repetir esse feito na Cidade Maravilhosa, a mineira de Betim não precisará mais de nenhuma ajuda para diferenciar suas láureas. O Comitê Rio 2016 inovou e no lançamento das medalhas da Paralimpíada apresentou as primeiras da história a emitem sons que possibilitam identificar se são de ouro, prata ou bronze. A novidade só foi possível graças a uma caixa metálica de ressonância que foi instalada entre os dois discos que formam a medalha. Dentro dela estão guizos, bolinhas de aço que produzem efeitos sonoros para permitir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual. – As medalhas paralímpicas, desde sua essência, era importante trazer essa inovação no campo sensorial. Ela traz um elemento super novo, que são as esferas que ao serem sacudidas as medalhas trazem sons e que produzem sons diferentes entre elas para o ouro, a prata e o bronze. Para o deficiente visual, será essencial – disse Dalcacio da Gama Reis, gerente de design dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A medalha de ouro emite um som mais forte, poderoso, com 28 esferas. A de prata tem um ruído um pouco menor com 20 e a de bronze é ainda mais fraca com 16. Assim, é possível diferenciar qual medalha o atleta tem em mãos. Para o presidente do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), Andrew Parsons, a presença dos guizos roubou a cena no lançamento das medalhas olímpicas e paralímpicas da Rio 2016. – Acredito que é a grande inovação. Desde o começo da criação da Rio 2016 queríamos fazer muito mais sensorial. Você tem a pessoa que é deficiente, que está na cadeira de rodas, mas você tem uma parcela grande de deficientes visuais. Surgiu essa ideia e o desafio de fazer sons. Então, o atleta consegue diferenciar as medalhas. Por exemplo, a Terezinha (Guilhermina, atleta brasileira), se ela ganhar entre prata e ouro, ela sabe a diferença. E tinha que ser leve e com um design atraente. Conseguimos fazer isso e colocar os seixos que representam a espiral ascendente – disse Andrew Parsons. Os sons, contudo, não foram as únicas diferenças das medalhas paralímpicas. Assim como as olímpicas, elas pesam 500g e tem 85mm de diâmetro, mas, ao contrário da Olimpíada, não há a obrigação do uso no anverso da imagem da deusa Nike, que representa a vitória. Assim, trazem no anverso a inscrição Rio 2016 Paralympic Games em braille, a escrita para deficientes visuais, e no reverso a marca dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Confecção da medalha paralímpica Confecção da medalha paralímpica A medalha de ouro tem 494g de prata (metal) com 92,5% de pureza e 6g de ouro, com 99,9% de pureza. A produção desse ouro teve preocupação socioambiental e está isento de mercúrio. A de prata tem 500g de prata. A de bronze, com 40% de cobre reutilizado de restos da própria Casa da Moeda, tem 475g de cobre (97%) e 25g de zinco (3%). As fitas da medalhas são feitas com quase 50% de fios de garrafas PET recicladas. – Foi um desafio enorme. Era tudo muito inovador. Mas, a Casa da Moeda, em termos de inovação em segurança, está muito acostumada a trabalhar assim. Aliamos essa experiência nossa em sempre estar à frente com os desejos do Rio 2016. A medalha paralímpica tem os guizos, que é uma novidade impressionante, e além disso tivemos preocupações em termos sempre insumos sustentáveis. O ouro sem mercúrio, as fitas com PET. Fomos buscar materiais, pessoas que fazem isso no mundo. Tudo isso foi importante para nós – esclarece Lara Caracciolo Amorelli, presidente interina da Casa da Moeda. Pódio com vegetação e mascote estilizado Pela primeira vez na história dos Jogos a natureza aparece no pódio olímpico e paralímpico. À frente do pódio, feito em madeira de reflorestamento, estão plantas de verdade reverenciando os atletas. Por isso, o Comitê Rio 2016 escolheu não entregar o tradicional ramo de flores aos medalhistas. Na Paralimpíada, eles receberão uma edição única do mascote Tom com a sua vasta cabeleira na cor da medalha conquistada. – Queríamos que os atletas tivessem uma lembrança bem particular, única da Paralimpíada do Rio de JanLáurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Láurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Terezinha Guilhermina tem seis medalhas paralímpicas em sua casa. Três de ouro, uma de prata e duas de bronze. Em Pequim 2008, a velocista das classes T1 e T2, para deficientes visuais, trouxe uma de cada cor para o Brasil. Se repetir esse feito na Cidade Maravilhosa, a mineira de Betim não precisará mais de nenhuma ajuda para diferenciar suas láureas. O Comitê Rio 2016 inovou e no lançamento das medalhas da Paralimpíada apresentou as primeiras da história a emitem sons que possibilitam identificar se são de ouro, prata ou bronze. A novidade só foi possível graças a uma caixa metálica de ressonância que foi instalada entre os dois discos que formam a medalha. Dentro dela estão guizos, bolinhas de aço que produzem efeitos sonoros para permitir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual. – As medalhas paralímpicas, desde sua essência, era importante trazer essa inovação no campo sensorial. Ela traz um elemento super novo, que são as esferas que ao serem sacudidas as medalhas trazem sons e que produzem sons diferentes entre elas para o ouro, a prata e o bronze. Para o deficiente visual, será essencial – disse Dalcacio da Gama Reis, gerente de design dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A medalha de ouro emite um som mais forte, poderoso, com 28 esferas. A de prata tem um ruído um pouco menor com 20 e a de bronze é ainda mais fraca com 16. Assim, é possível diferenciar qual medalha o atleta tem em mãos. Para o presidente do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), Andrew Parsons, a presença dos guizos roubou a cena no lançamento das medalhas olímpicas e paralímpicas da Rio 2016. – Acredito que é a grande inovação. Desde o começo da criação da Rio 2016 queríamos fazer muito mais sensorial. Você tem a pessoa que é deficiente, que está na cadeira de rodas, mas você tem uma parcela grande de deficientes visuais. Surgiu essa ideia e o desafio de fazer sons. Então, o atleta consegue diferenciar as medalhas. Por exemplo, a Terezinha (Guilhermina, atleta brasileira), se ela ganhar entre prata e ouro, ela sabe a diferença. E tinha que ser leve e com um design atraente. Conseguimos fazer isso e colocar os seixos que representam a espiral ascendente – disse Andrew Parsons. Os sons, contudo, não foram as únicas diferenças das medalhas paralímpicas. Assim como as olímpicas, elas pesam 500g e tem 85mm de diâmetro, mas, ao contrário da Olimpíada, não há a obrigação do uso no anverso da imagem da deusa Nike, que representa a vitória. Assim, trazem no anverso a inscrição Rio 2016 Paralympic Games em braille, a escrita para deficientes visuais, e no reverso a marca dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Confecção da medalha paralímpica Confecção da medalha paralímpica A medalha de ouro tem 494g de prata (metal) com 92,5% de pureza e 6g de ouro, com 99,9% de pureza. A produção desse ouro teve preocupação socioambiental e está isento de mercúrio. A de prata tem 500g de prata. A de bronze, com 40% de cobre reutilizado de restos da própria Casa da Moeda, tem 475g de cobre (97%) e 25g de zinco (3%). As fitas da medalhas são feitas com quase 50% de fios de garrafas PET recicladas. – Foi um desafio enorme. Era tudo muito inovador. Mas, a Casa da Moeda, em termos de inovação em segurança, está muito acostumada a trabalhar assim. Aliamos essa experiência nossa em sempre estar à frente com os desejos do Rio 2016. A medalha paralímpica tem os guizos, que é uma novidade impressionante, e além disso tivemos preocupações em termos sempre insumos sustentáveis. O ouro sem mercúrio, as fitas com PET. Fomos buscar materiais, pessoas que fazem isso no mundo. Tudo isso foi importante para nós – esclarece Lara Caracciolo Amorelli, presidente interina da Casa da Moeda. Pódio com vegetação e mascote estilizado Pela primeira vez na história dos Jogos a natureza aparece no pódio olímpico e paralímpico. À frente do pódio, feito em madeira de reflorestamento, estão plantas de verdade reverenciando os atletas. Por isso, o Comitê Rio 2016 escolheu não entregar o tradicional ramo de flores aos medalhistas. Na Paralimpíada, eles receberão uma edição única do mascote Tom com a sua vasta cabeleira na cor da medalha conquistada. – Queríamos que os atletas tivessem uma lembrança bem particular, única da Paralimpíada do Rio de Janeiro. Então, pensamos no simpático Tom com os cabelos alusivos às cores da medalha. Você tem um Tom com os cabelos de ouro, prata e bronze como uma exclusividade apenas para os medalhistas – brinca Beth Lula, gerente de projeto e desenvolvimento conceitual do sistema gráfico do Look of the Games dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Fonte: Globo Esporte eiro. Então, pensamos no simpático Tom com os cabelos alusivos às cores da medalha. Você tem um Tom com os cabelos de ouro, prata e bronze como uma exclusividade apenas para os medalhistas – brinca Beth Lula, gerente de projeto e desenvolvimento conceitual do sistema gráfico do Look of the Games dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Fonte: Globo Esporte

Institutos federais oferecem cursos para treinadores de cães-guia

Em áudio publicado pela Central de Mídia Site externo, pessoas com deficiência visual falam sobre a importância do cão-guia. A matéria também destaca as instituições federais que oferecem cursos e capacitação especializada na formação de treinadores e instrutores, em Santa Catarina. “O cão-guia acaba sendo a nossa visão, é o nosso referencial. Sendo ele a minha visão, ele vai me oportunizar mais independência, mais autonomia e vai me dar muito mais segurança, inclusive.” Esta é a professora Olga Solange Herval Souza de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Ela nasceu sem visão, mas foi só depois de adulta que conheceu a experiência de ter um cão-guia. “É um cão, mas acima de tudo é um ente querido. É uma fonte de socialização. Na verdade, entre o cão e a bengala, ele é realmente um elo entre a pessoa cega com o restante da sociedade. Porque ele fala com os olhos, ele fala com o corpo, eles são ternos, eles são carinhosos.” Hoje é o Darwin, um Golden Retriever, que lhe auxilia nas atividades cotidianas. Ele foi treinado no Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Camboriú – a primeira instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica a implantar um Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guia ainda em 2012. À época, financiado pelo Ministério da Educação (MEC), o Instituto criou a primeira turma de pós-graduação, em nível de especialização, no país. Olga acompanhou todo o processo. Antes da chegada de Darwin, ela já havia convivido por doze anos com Misty, treinada por uma instituição nova-iorquina. Com o falecimento da labradora, descobriu o trabalho que tinha início aqui no Brasil, na rede federal. Em contato com o IFC, Olga pôde contar com um instrutor que lhe acompanhou durante toda a rotina de trabalho e lazer nesse período. “Ainda não existia essa questão do curso nos institutos. O tempo foi passando e foi muito rápido, ela foi vítima de um câncer intestinal feroz. Em uma semana levou a Misty. Eis que, dentro de um mês, aparece o pessoal do instituto aqui fazendo uma visita domiciliar, né, pra me oferecer um novo cão. Foi bem interessante porque eu tive que me adaptar em todos os sentidos. Mas, o instrutor foi extremamente compreensivo, foi extremamente tolerante, de forma que eu tive o tempo hábil e a oportunidade necessária para dar conta de todas essas adaptações.” O Instituto Federal Catarinense está com a segunda turma da Pós-Graduação do Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guia em andamento. O curso é de 24 meses. Ano passado, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus de Alegre, foi o segundo do país a estabelecer uma unidade. Outros cinco centros estão em processo de implantação, cobrindo todas as regiões brasileiras. Em Santa Catarina, como explica a reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, o projeto vem sendo ampliado, e a ideia é aumentar a oferta de profissionais para atuarem no treinamento de cães-guia. “Nesse primeiro momento são turmas para formação do próprio quadro dos institutos federais, tanto do Instituto Federal Catarinense, quanto dos demais institutos que fazem parte desse programa em âmbito nacional. São sete ao todo.” A expectativa agora, ainda segundo a professora, é para a formação de um curso de tecnólogo. Até o momento, 16 cães treinados estão atuando, além de outros 71 que estão em socialização e ainda passarão pelo processo de adestramento ofertado pelo IFC e pelo Ifes. Para saber mais sobre o curso do Instituto Federal Catarinense, acesse http://ifc.edu.br/ Site externo

terça-feira, 21 de junho de 2016

MOVIES ANYWHERE: APLICATIVO DE AUDIODESCRIÇÃO DA DISNEY

Cada vez mais empresas percebem que pessoas com deficiências também são consumidores. A Netflix  levou anos e foi criticada veementemente, mas enfim fez o dever de casa e introduziu audiodescrição em seu catálogo. O que as companhias têm entendido é que essas pessoas não querem piedade, não querem o peixe e sim a vara de pescar. Forneçam as ferramentas e eles se viram. Foi o que fez a Disney, que lançou nova versão do aplicativo Disney Movies Anywhere. Procurando Dory está disponível via o aplicativo Disney Movies Anywhere Falando em peixe, a Disney também está se adequando nesse sentido e Procurando Dory, o 17º filme da Pixar será sua primeira produção compatível com audiodescrição em salas de cinema via o aplicativo para celulares e smart phones chamado Disney Movies Anywhere. Mas como assim? A jogada da Disney é bem inteligente: consideremos que nem todos os cinemas possuem salas com audiodescrição disponíveis; isso é um fato, embora os estúdios e salas se esforcem em se adequar cada vez mais. Por outro lado um cego já está mais do que acostumado a utilizar softwares do tipo com seus smartphones, e sejamos sinceros o iOS é um dos mais inclusivos nesse sentido, o VoiceOver é muito elogiado pelos usuários. Pois bem: nos EUA a Casa do Mickey  tem o serviço Disney Movies Anywhere, disponível em iOS e Android que faz streaming de toda a sua biblioteca de filmes em qualquer dispositivo, e inclusive reconhece e executa o que você comprou no iTunes. Há alguns meses ele foi atualizado com audiodescrição doméstica, permitindo que deficientes visuais em geral possam curtir o seu catálogo sem problema algum, porém a Disney concluiu que dava para fazer melhor. Agora o Disney Movies Anywhere para iOS recebeu novo update, de modo que ele atualmente é capaz de captar o áudio da sessão de Procurando Dory no cinema e sincronizar a descrição como já fazia em Home Video. Ao usuário basta colocar o fone de ouvido e curtir. Uma pena que o app ainda não está disponível por aqui para usuários cegos ou com visão reduzida do iOS, mas esta é uma ideia que poderia muito bem ser adotada por mais estúdios e salas de cinema: como todo mundo já possui um smartphone e quem precise do recurso nem sempre tem o amigo que descreve o que está acontecendo na tela à mão, essa iniciativa é muito bem-vinda. Isso claro, desde que os lanterninhas entendam que o aparelho celular está ligado por necessidade e não mandem ninguém desligá-los. Saiba mais sobre o Disney Movies Anywhere . Fonte: Meio Bite

CONHEÇA A NOVA CARTEIRINHA DE PASSE LIVRE INTERMUNICIPAL PARA DEFICIENTES

Já está em vigor o novo modelo da carteira de Passe Livre da Pessoa com Deficiência. O documento é emitido pela Gerência da Pessoa com Deficiência da Secretaria Cidadã e traz a identificação pessoal do portador, dados da legislação que embasa o benefício e logotipos da Secretaria. A carteira é feita em papel especial. De acordo com a Secretaria o modelo antigo continua em vigor até que todos os documentos sejam substituídos. O benefício dá direito à gratuidade em viagens intermunicipais em todo o território goiano às pessoas com deficiência, conforme a Lei 13.898/2001 e o Decreto nº 7.025 de 2009. Em 2015 foram emitidos mais de 3 mil passes livres dessa categoria. A Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) já foi comunicada da mudança e é a responsável pela divulgação da novidade às empresas de transporte coletivo interestadual e demais públicos interessados. fonte:portal 6

Mobility & Show traz tudo sobre veículos adaptados

A segunda edição do Mobility & Show, que acontece entre os dias 24 e 26 de junho, tem atrações artísticas, palestras, spa de beleza, exposições e atividades para pessoas com deficiência, e irá auxiliar interessados em adquirir veículos com isenção de impostos. O evento automotivo para pessoas com deficiência, idosos e pessoas com mobilidade reduzida, este ano acontece no Campo de Marte, em São Paulo, e tem entrada e estacionamento gratuitos, além de uma série de atividades que promovem acessibilidade e inclusão social. O Mobility & Show tem como Presidente de Honra o locutor Esportivo Osmar Santos, símbolo das Diretas Já, e que sofreu acidente em 1994, deixando sequelas motoras e na fala. Hoje, Osmar é artista plástico e fará exposição de suas obras durante a feira. Este ano, em parceria com o Governo Federal, o Mobility & Show contará também com apresentações e palestras sobre mobilidade e temas relacionados ao universo da pessoa com deficiência. “A estrutura contará com um palco onde diversas atrações artísticas para pessoas com deficiência serão apresentadas, e, nos auditórios, temas como Isenções de Impostos, Adaptação Veicular, CNH Especial serão discutidas com especialistas no assunto”, afirma Rodrigo Rosso, presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (ABRIDEF). Rosso ainda afirma que é muito importante fomentar a acessibilidade para pessoas com deficiência e mostrar que, como todas as outras pessoas, elas também consomem, trabalham, fazem arte e precisam estar cada vez mais incluídas em atividades sociais. Para a feira este ano, o Mobility & Show contará com 15 montadoras de automóveis, que estarão presentes levando os principais modelos de veículos adaptados, que estarão disponíveis para que os visitantes do evento realizem test-drives, e ainda despachantes, autoescolas, médicos credenciados do Detran, tudo de forma gratuita para que a pessoa que quer ter acesso à lei de isenção de impostos na compra do carro 0km consiga, no mesmo lugar, tudo que é necessário para adquirir um veículo com isenção. O evento conta com transporte gratuito – ida e volta – saindo do Metrô Tietê. Mais informações podem ser obtidas no site: mobilityshow.com.br Site externo Fonte: Segs Site externo

sábado, 18 de junho de 2016

Pornhub lança audiodescrição em vídeos pornô para cegos

Para as cerca de 285 milhões de pessoas no mundo com deficiência visual, um vídeo pornô pode parecer apenas um monte de respirações pesadas, gemidos e outros sons. Pois em busca deste mercado, o site Pornhub Site externo está lançando uma categoria de “vídeos descritos”, na qual atores profissionais contam (em inglês) tudo o que está acontecendo na tela. Segundo o jornal The Guardian, a seção por enquanto traz os 50 vídeos mais populares do site, com uma narração descrevendo o cenários, os atores, as roupas e as posições, somado ao áudio original do vídeo. Muitos dos vídeos já contam com mais de 20 mil exibições, e há conteúdo para todos os gostos: héteros, gays, pornô para mulheres, bi e transexuais. A iniciativa foi lançada pela divisão filantrópica do site, o Pornhub Cares, que já patrocinou uma linha de roupas contra violência doméstica e uma campanha de conscientização quanto ao câncer de mama chamada “Save the Boobs” (salve os peitos, em tradução livre), na qual o site doaria um centavo de dólar para cada 30 exibições em vídeos nas categorias “big tit” e “small tits” (tetas grandes e tetas pequenas). “Nosso objetivo é satisfazer todas as necessidades dos nossos usuários, o que começa tornando nosso conteúdo acessível a qualquer indivíduo”, disse o vice-presidente do Pornhub, Corey Price, ao jornal. “Escolhemos alguns vídeos que eram mais adequados para receber narração e poderiam ser descritos em detalhe. Queríamos conseguir descrever tudo que fosse possível para proporcionar ao usuário a melhor experiência possível, sem tirar o áudio original dos filmes”, completa. Ele acrescenta que o site quer encorajar seus usuários a produzir e enviar mais vídeos áudio descritíveis, com os diferentes tipos de público em mente. “Pessoas cegas têm tanto direito de acesso a pornografia quanto têm a um Shakespeare clássico ou qualquer outro tipo de vídeo”, afirma Joel Snyder, diretor do projeto de audiodescrição no American Council of the Blind (Conselho Americano dos Cegos). Ele reconhece os esforços do Pornhub de tornar seu conteúdo mais acessível, mas sugere que a ação não é totalmente altruísta. “Existem mais de 21 milhões de pessoas cegas ou com baixa visão nos Estados Unidos. A comunidade é grande e tem poder de compra, então isso me cheira a algo que simplesmente faz muito sentido economicamente”, descreve. Lançado em 2007, o Pornhub diz ter 60 milhões de visualizações por dia em seu conteúdo profissional e amador. O site, no entanto, não foi a primeira organização a tornar a pornografia acessível às pessoas com deficiência visual. Em 2006, um site chamado Pornfortheblind.org recrutou voluntários para gravar descrições de vídeos adultos populares, que eram carregados como arquivos MP3. O site se tornou um hit cult, atraindo até 150 mil visitantes por mês. Já no mundo offline, uma artista chamada Lisa Murphy criou um livro de fotografias táteis de nudez em páginas de plástico branca, juntamente com uma descrição em braille. Fonte: The Guardian Site externo

3D Snake – O clássico jogo da cobrinha acessível para deficientes visuais

Prepare-se para passar horas em frente do computador tentando coletar a maior quantidade de frutinhas que puder neste audiogame inspirado no clássico Snake, jogo que fez fama nos antigos aparelhos de celular da Nokia. Desenvolvido pela PB-Games, 3D Snake consegue ser tão viciante e divertido quanto o game original. Seguindo a mesma premissa, o jogador precisa guiar a cobra pelo mapa para coletar a maior quantidade de frutas que conseguir tomando cuidado para não bater nas paredes, tudo isso usando apenas o som para se orientar. Para ajudar o jogador a encontrar as frutas e saber onde estão as paredes, o game conta com uma sonorização em três dimensões excelente, capaz de orientar com perfeição a localização de tudo que existe na área. Para movimentar a cobra basta usar as setas do teclado e seguir o som. O barulho de uma espécie de buzina que apita constantemente indica onde as frutas estão e um chiado sinaliza onde estão as paredes. Mas o desafio não fica só nisso, quanto mais frutas a cobra coletar , mais rápido fica o jogo, tornando tudo mais difícil de ser controlado, divertido e desafiador. O audiogame está disponível para download gratuitamente no site Audiogames.net, para saber mais sobre o título e baixá-lo clique aqui  e depois nos diga o que achou do 3D Snake. fonte:jogando as cegas

FACILITAS PLAYER: REPRODUTOR DE VÍDEOS ACESSÍVEL

Quando deu início às pesquisas para desenvolver sua tese de doutorado, defendida em maio deste ano, a aluna Johana Rosas, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, percebeu que não existia naquela época nenhum reprodutor de vídeos acessíveis para deficientes visuais ou auditivos. Foi então que nasceu a ideia de criar o Facilitas Player, uma ferramenta que disponibiliza vídeos com conteúdo alternativo (legenda, audiodescrição, transcrição e linguagem de sinais) para pessoas com deficiência ou idosos. O programa oferece diversas funções, como mudar o tamanho, a cor ou o fundo da legenda, adicionar anotações ao longo do vídeo, mudar o idioma e buscar palavras. Desenvolvido por Johana, em conjunto com o aluno de iniciação científica, Bruno Ramos, também do ICMC, o projeto recebeu o segundo lugar em um dos maiores prêmios de acessibilidade virtual do País, o Todos@Web, em 2014. Tela do Facilitas Player Tela do Facilitas Player com alguns recursos ao lado Ainda assim, de acordo com Johana, enquanto aprofundava seu projeto de doutorado, ela percebeu que o Facilitas Player sozinho não seria suficiente. "Quando fiz testes com usuários que eram autores de vídeos, surgiu a necessidade de ter uma ferramenta para criação de transcrição, e foi assim que nasceu o Transcript4All", conta. Esse programa tem como objetivo ensinar produtores amadores de vídeo a tornar seus vídeos mais acessíveis. Além de possibilitar que o produtor faça a transcrição de qualquer vídeo salvo no computador ou que esteja no YouTube, o T4A, como ficou conhecida a ferramenta, oferece orientações de como fazer a acessibilidade corretamente. Nos últimos meses, hashtags como #AcervoAcessível e #FacebookAcessível tomaram conta das redes sociais, retomando a discussão sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência no meio virtual. A ideia dessas hashtags é que cada usuário que poste uma imagem faça um breve texto descrevendo-a e explicando seu sentido, para que pessoas com deficiência visual possam ter acesso a ela através de leitores de tela. Professor do curso de Sistemas da Informação na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, Daniel Cordeiro explica que a maioria das tecnologias assistivas para deficientes visuais funcionam a partir de sintetizadores de voz. Essas ferramentas descrevem textualmente elementos da interface gráfica da tela, utilizando o sintetizador para gerar uma representação audível daquela descrição. Por conta disso, os deficientes enfrentam muitas dificuldades ao navegar pela Internet. "As páginas na Internet são projetadas para que sejam visualmente atraentes. Isso significa usar recursos multimídia mais atrativos, como imagens ou animações, no lugar de texto, o que atrapalha o funcionamento das tecnologias assistivas", explica o professor. No Brasil, a garantia da acessibilidade virtual é obrigatória e foi determinada pela Lei 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) ou Estatuto da Pessoa com Deficiência – com outras medidas de acessibilidade. No entanto, a grande maioria das páginas na Internet ainda não estão de acordo com essa lei, como explica Katia Regina Cezar, que realizou pesquisas na área de inclusão de pessoas com deficiência e é atualmente doutoranda em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da USP. Para ela, o estatuto trouxe maior visibilidade social para os direitos das pessoas com deficiência, mas, por conta da falta de conscientização e de mecanismos efetivos de fiscalização, não foi suficiente. "A negativa de acesso à informação e comunicação às pessoas com deficiência afeta diretamente o direito à cidadania, dificultando ou até mesmo impedindo sua participação social. É importante mencionar que a negativa de acesso é considerada atitude discriminatória", adiciona. Katia diz ainda que a inclusão digital é um dever e um direito de todos. "O Estado e as empresas poderiam oferecer cursos gratuitos de audiodescrição, e o ensino obrigatório do idioma libras poderia ser incluído no currículo da rede regular, como o do português. Estas questões podem ser facilmente fundamentadas na Lei Brasileira de Inclusão", afirma. Johana concorda que todos devem participar, mas lamenta que muitos clientes, na hora de contratar um serviço, não façam questão de garantir que o site encomendado seja acessível. "Acontece que os desenvolvedores de websites não conhecem acessibilidade”, diz. “Ano passado fizemos um questionário e muitos nem sabiam o que era, outros explicavam que demora muito implementar". Cordeiro, por sua vez, acredita que estamos no caminho certo. Ferramentas como o Facilitas Player ou que utilizam inteligência artificial para reconhecer e descrever imagens já estão sendo desenvolvidas, e são indicativos positivos de que as tecnologias assistivas ainda têm muito o que avançar. "A dificuldade agora é fazer com que seja possível disponibilizar essa tecnologia ao grande público. Para oferecer serviços desses em grande escala é preciso muito investimento", afirma. "É um processo lento, dificultado pela criação contínua de novas tecnologias, que muitas vezes se tornam populares antes que as suas implicações em problemas de acessibilidade sejam compreendidas. Mas é preciso conscientizar os desenvolvedores e mostrar que preocupações com acessibilidade devem ser prioridade"". Mais sobre o Facilitas Player: um reprodutor de vídeos acessível Facilitas Player: um reprodutor de vídeos acessível Facilitas Player, uma ferramenta que disponibiliza vídeos com conteúdo alternativo (legenda, audiodescrição, transcrição e linguagem de sinais) para pessoas com deficiência ou idosos Facilitas Player é um reprodutor acessível de vídeos desenvolvido utilizando as tecnologias HTML5, CSS3, Javascript jQuery e jQueryUI, como forma de um plugin para a biblioteca jQuery. Facilitas Player: funcionalidades • Reproduzir, pausar e parar (critérios 2.11.6 da UAAG 2.9 e 10.8.2 da ISO 9241-171). • Ajustar o volume (critérios 1.5.1 da UAAG 2.0 e 10.6.2 da ISO 9241-171). • Redimensionar a janela de exibição ou tela cheia (critérios 1.8.3 da UAAG 2.0 e 10.5.8 da ISO 9241-171). • Retroceder 10 segundos, avançar 10 segundos (critérios 2.11.7 da UAAG 2.0 e 10.8.3 da ISO 9241-171). Estas funcionalidades foram adicionadas como resultado de testes com usuários, os quais reportaram que essas funcionalidades são importantes para quando desejam assistir vídeos para aprender outra linguagem. • Habilitar ou desabilitar legendas (critérios 1.1.2 da UAAG 2.0, 10.1.3 e 10.7.2 da ISO 9241-171); mudar o tamanho, fonte e cor da legenda, e a cor do fundo da legenda (critérios 1.4.1 da UAAG 2.0 e 10.7.3 da ISO 9241-171), funcionalidades localizadas nas configurações do reprodutor. • Busca de palavras ou frases na legenda do vídeo (critério 2.4.5 da UAAG 2.0), apresentando como resultado da busca uma lista com o tempo e a frase relacionada com o texto inserido. • Idioma do reprodutor, o qual atualmente apresenta três idiomas: português, inglês e espanhol. • Ajuda sobre as características de acessibilidade, atalhos usando teclado (critérios 3.3.2 da UAAG 2.0 e 11.1.5 da ISO 9241-171). • Acesso por teclado (critérios 2.1.1 da UAAG 2.0), fornece destaque para a seleção e foco quando usa o teclado (critérios 1.3.1 e 1.3.2 da UAAG 2.0). • Anotação intencional, consiste em uma anotação realizada pela pessoa que vai utilizar o plugin do Facilitas Player para reproduzir um vídeo. Cada anotação está composta por 3 partes: o tempo inicial da anotação, o título anotação e uma explicação da anotação. Essas anotações estão marcadas na timeline do vídeo e abaixo dos controles do reprodutor. Este tipo de funcionalidade permite encontrar um trecho do vídeo de forma direta e segundo os testes com usuários, esta funcionalidade ajuda quando quer assistir vídeos de tutoriais, noticiários ou vídeos que contem passos para realizar uma tarefa. • Desligar as luzes” que permite centrar o reprodutor na tela e esconder o resto do conteúdo da página, permitindo que o destaque seja somente no reprodutor. Esta funcionalidade pode ajudar às pessoas com alguma deficiência visual devido à diminuição da luz. • Navegação estrutural da UAAG 2.0, é possível navegar pelo DOM, e os headers estão definidos corretamente (critério 2.5.2). • Audiodescrição (critérios 1.1.2 da UAAG 2.0 e 10.1.3 da ISO 9241-171). • Linguagem de sinais (critério 1.2.6 da UAAG 2.0) • Transcrição (critérios 1.2.3 e 1.2.8 da UAAG 2.0) Facilitas Player: versões Existem duas versões da Ferramenta: 1. Versão de Dezembro de 2014, em parceria com o aluno de IC, Bruno Ramos. 2. Versão de Abril de 2016, em parceria com o aluno de IC, Samuel Ferreira. Facilitas Player: prêmio No ano 2014 o Facilitas Player ganhou o segundo lugar na 3ra edição do Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web – Todos@Web na Categoria Aplicativos e Tecnologias assistivas com o Facilitas Player, W3C Escritório Brasil. Facilitas Player: como obter Para obter o Facilitas Player acesse: este link. Fonte: Jornal da USP

Aprovada a lei que exige a instalação de banheiros químicos acessíveis em eventos

Foi aprovado, pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o projeto de Lei que obriga a instalação de banheiros químicos adaptados nos eventos pelo Estado. De acordo com o autor da proposta, o deputado Luiz Fernando Vampiro (PMDB), o intuito é garantir a acessibilidade, conforto e dignidade das pessoas com deficiência. “Esta medida reforça os direitos das pessoas com deficiência, especialmente os cadeirantes, de encontrar condições adequadas para a utilização dos banheiros nos eventos de grande concentração do público”, ressalta. Na avaliação do presidente da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos, José Roberto Leal, que também utiliza cadeiras de rodas para se locomover, a Lei traz mais tranquilidade na participação das pessoas com deficiência nos eventos em Santa Catarina. “Esta lei vai ser mais um instrumento de defesa do cidadão, que vai poder cobrar os seus direitos quando o organizador se negar a oferecer um banheiro químico adaptado para quem precisa”, disse. Em Santa Catarina, o número de pessoas com deficiência chega a 1,3 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE. O que significa que cerca de 21% de toda a população do Estado apresenta pelo menos um dos tipos de deficiência investigada como deficiência visual, auditiva, motora, mental e/ou intelectual em diversos graus. Destes, mais de 419 mil pessoas possuem algum tipo parcial ou total de deficiência motora. A quantidade de banheiros químicos adaptados a serem instalados será estabelecida observando os critérios de proporcionalidade, natureza do evento, estimativa de público, e nunca inferior a 5% dos banheiros químicos comuns a serem disponibilizados. O projeto de Lei segue para sanção do Governador do Estado. Fonte: Forquilhinha Notícias Site externo

sexta-feira, 17 de junho de 2016

ANAC discute acessibilidade no transporte aéreo na Câmara

Sessão abordou os principais desafios e práticas sobre a acessibilidade no transporte aéreo Sessão abordou os principais desafios e práticas sobre a acessibilidade no transporte aéreo Brasília, 08 de junho de 2016 – Nesta tarde, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) participou da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, na Câmara dos Deputados. O gerente de Operações da Gerência Geral de Ação Fiscal da ANAC, Marcelo Lima, representou a Agência e apresentou de que forma a ANAC desenvolveu seu plano de trabalho de atendimento e fiscalização voltados para Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAE). Durante a apresentação, Lima destacou parcerias da ANAC com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), com o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONAD) e, inclusive, com a ex-deputada Rosinha da Adefal, buscando as melhores práticas de aplicação e fiscalização dos parâmetros de acessibilidade. O representante adiantou ainda que a ANAC tem algumas dificuldades, como por exemplo, encontrar um curso parceiro que posso oferecer capacitação em libras para todos os fiscais da Agência. “Está é uma das metas da Agência e queremos em curto prazo superar essa barreira”, declarou Lima. Marcelo Lima destacou também que a ANAC tem trabalhado para agir de forma rápida e precisa nas ações de fiscalização e na responsabilização dos seus entes regulados quanto à garantia dos serviços acessíveis nos aeroportos. Felipe Trigueiro, representante do CONAD elogiou a resolução n°280/2013 da ANAC, porém ressaltou que existem diversos pontos que deveriam ser revisados, como por exemplo, os avisos sonoros nos terminais e a obrigatoriedade do curso de libras para comissário de bordo. “Faltam tecnologias de acessibilidade no Brasil, é preciso lembrar principalmente dos surdos”, destacou. Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), trouxe alguns dados que dimensionam o transporte de PNAE no Brasil. No 1° trimestre foram aproximadamente 659 mil pessoas embarcadas com necessidade de atendimento especial. Do total de passageiros embarcados por ano, cerca de 3% necessitam de alguma assistência especial de viagem. Participaram, ainda, da sessão, o coordenador geral da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Rodrigo Machado, e a presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conped), Katia Ferraz. A Agência relembra que os principais direitos dos passageiros com deficiências estão descritos e podem ser consultados no Guia de Direitos e Acessibilidade do Passageiro, disponível neste link. O guia possui versão em português, inglês, espanhol e em versão audiodescrita. Além disso, ele foi produzido em versão ampliada para atender as pessoas com baixa visão. Fonte: ANAC

Grupo usa aplicativos para inclusão de cegos nas redes sociais

A tecnologia é um facilitador em muitos aspectos da vida moderna. Para o grupo Meio do Mundo, celulares, tablets e computadores viraram ferramenta inclusivas, que permitem pessoas com deficiência visual acessarem as redes sociais. O grupo amapaense é formado por três cegos e utiliza a tecnologia em favor de quem precisa de atenção especial. Uma das criadoras do grupo, a socióloga Kérsia Celimory, disse que o grupo foi formado em abril de 2016 e já ajudou cinco pessoas em Macapá a utilizarem aparelhos celulares e computadores por meio de aplicativos que contribuem para o manuseio. “Essa tecnologia existe nos telefones que têm o sistema Android, e, com isso, usamos a ferramenta para orientar as pessoas com deficiência visual a mexerem no próprio celular ou computador, com ensinamento na prática”, explicou Kérsia. Segundo ela, três aplicativos são usados nas orientações, sendo dois para computadores e um para smartphone. Todos podem ser acessados de forma gratuita. (Veja o vídeo acima) “Para o computador, temos o NVDA e o DOS VOX, que são leitores de tela e ambos vão pronunciando o que está sendo exibido quando se digita no teclado. No celular usamos uma ferramenta chamada Talkback, quem vem em qualquer aparelho Android, e que realiza as mesmas funções dos aplicativos utilizados no computador”, explicou. De acordo com Kérsia, a média de aprendizagem de cada aluno dura em torno de uma semana. Ele aprendem a postar conteúdos nas redes sociais, ter acesso às informações e conhecer objetos por meio de narrações. “Comparo como se fosse uma pessoa idosa que está entrando agora na tecnologia dos smartphones. A inclusão digital de pessoas deficientes visuais é algo fundamental para minimizar as desigualdades sociais que ainda existem em nossa sociedade”, ressaltou. Segundo ela, a maior dificuldade encontrada pelos deficientes visuais na utilização do smartphone é a tela digital, em que o usuário realiza uma espécie de mapeamento no telefone, organizando cada ícone de forma que saiba onde encontrar cada um. O estudante Isac Ribeiro, de 22 anos, diz que hoje em dia consegue se manter informado pelo celular, mesmo sendo cego desde os 3 meses de vida, quando foi diagnosticado com glaucoma. Com a orientação que recebeu do grupo, ele disse que acessa diariamente as contas na rede social Facebook, no aplicativo de mensagens Whatsapp e outras redes sociais. “Agora tenho bastante habilidade e posto conteúdos quase todos os dias. Aprendi em pouco mais de uma semana a manusear. No início, quando adquiri o meu celular, não conseguia mexer em nada. Por mais tecnologia que tivesse, não conseguia chegar a um aplicativo de maneira acessível e fácil”, disse. De acordo com Carlos Manulo, outro fundador do grupo, o ensinamento para o uso dos aplicativos ocorre pela própria internet ou telefone. Basta o interessado entrar em contato com o grupo por meio da página no Facebook ou pelo Whatsapp. Caso seja necessário, o usuário recebe uma visita do grupo, que ensina pessoalmente o acesso aos aplicativos. “Isso depende da necessidade de cada usuário, sempre buscamos que ele pratique no próprio celular ou computador. Mas caso haja muita dificuldade, então agendamos uma visita para ensinar pessoalmente o manuseio”, disse. O movimento de Inclusão no Meio do Mundo não tem sede física em Macapá, e todas as campanhas são divulgadas nas redes sociais e nos meios de comunicação. O grupo funciona sem nenhum tipo de apoio de órgãos públicos. “Nós estamos por conta própria, mas quem quiser aderir à causa, sendo pessoas deficientes ou não, será sempre bem vinda, seja na nossa página do movimento no Facebook, ou no Whatsapp através do número 99152-4701 “, disse a socióloga. Fonte: G1 Site externo