segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Japão sai na frente e autoriza testes com células-tronco pluripotentes induzidas
As pesquisas de Shinya Yamanaka constituíram uma descoberta revolucionária real
As células estaminais são as células mestras do corpo humano. Elas são retiradas de embriões com poucos dias de idade e podem se transformar em qualquer
um dos 300 tipos diferentes de células que compõem o corpo do adulto.
Elas também são cotadas como terapia potencial para a cura da degeneração macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de cegueira entre idosos.
Durante o 7º Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular, realizado em São Paulo no mês de outubro de 2012, Pete Coffey, cientista britânico
da University College London, anunciou que uma terapia baseada em células-tronco embrionárias para DMRI começaria a ser testada em humanos já em 2013,
depois de funcionar com sucesso em ratos, camundongos e porcos.
Acontece que células-tronco embrionárias são menos versáteis e seu uso enfrenta forte oposição de grupos religiosos.
E foi aí que o pessoal da Terra do Sol Nascente saiu na frente – pra variar. No Japão, O Ministério da Saúde local anunciou a autorização para os primeiros
testes clínicos utilizando células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs, sigla em inglês), que não são de embriões descartados, mas de células adultas,
da pele dos próprios pacientes. É a primeira vez em todo o mundo que esse tipo de estudo é liberado em seres humanos. Um teste inédito que pode revolucionar
o tratamento de doenças.
Estas células podem ser reprogramadas para rejuvenescer e recuperar as propriedades das células-tronco embrionárias (ES) e se tornaram uma esperança da
medicina por seus potenciais terapêuticos. A aplicação é tão importante que os dois pesquisadores que fizeram esta descoberta, o pesquisador japonês Shinya
Yamanaka e o britânico John Gurdon, receberam o Nobel de Medicina 2012.
Os testes liberados pelo governo japonês têm como objetivo tratar pacientes com degeneração macular, e, para o primeiro teste, foram selecionadas seis
pessoas com a doença. Os pesquisadores japoneses propõem usar iPSCs para cultivar novas células da retina desses pacientes - livres dos danos causados
pela doença - e implantá-las de volta em seus olhos.
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