sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Deficientes viram modelos e ilustram calendário em Mogi das Cruzes

Catorze deficientes de Mogi das Cruzes  serviram de modelo para as fotos de um calendário que visa ajudar as entidades da cidade. O lançamento do projeto será na noite desta quinta-feira (19), às 19h30, no Salão do Servidor Público, na Avenida João XXIII, 500, oSocorro. Foram impressos 5 mil calendários e cada unidade custará R$ 5. Entre os modelos está Rogerinho, que nasceu com má formação congênita e não tem a perna esquerda. Ele é encarregado de uma empresa em Mogi, além de jogar no Corinthians Mogi e na Seleção Brasileira de Amputados. O aposentado Joaquim Matos também ilustra o calendário. Ele foi vítima de poliomielite aos nove meses de idade. Na época, ele não mexia do pescoço para baixo, mas hoje as sequelas afetam apenas as pernas. "Eu trocava fraldas, dava banho nas crianças, porque na medida do possível eu ia ajudando", diz o funcionário público Vanadir Alves, que é casado com a coordenadora da pessoa com deficiência Valeriana Alves. Os dois tiveram paralisia infantil e são cadeirantes. "É uma relação de parceria. Eu acho que quando você encontra a sua verdadeira alma gêmea, a gente se dá bem, tanto que até trabalhamos juntos. Então a gente fica 24 horas um ao lado do outro", ressalta Valeriana. O casal também faz parte dos modelos escolhidos pelo Lions Clube de Mogi para ilustrar  o calendário 2016. As fotos foram produzidas em um estúdio de Mogi. Os ensaios contaram com a participação dos familiares dos modelos. O valor arrecadado com a venda do calendário deve ajudar três entidades mogianas. "A gente faz parte do movimento em prol das pessoas com deficiência. Não só porque somos, mas porque, além de vivenciarmos as necessidades, a gente também luta para melhorar não só para nós, mas para todo o segmento. Ele vai despertar essa sensibilidade na sociedade. É uma maneira lúdica e descontraída de mostrar que existe esse público, e essa demanda precisa ser melhor atendida", comenta o paratleta Ricardo Pedroso. "Foi a primeira vez que eu virei modelo. Já fiz de quase tudo na vida, menos modelo. Foi uma experiência ótima, que eu recomendo para todo mundo. É excelente para a autoestima, porque a gente se sente como uma pessoa normal. Porque nós somos legais",  diz o cadeirante aposentado Wilson Gomeiro. "Foi bem legal. A minha mãe perguntou se eu queria fazer. Aí eu disse que vamos fazer, porque eu nunca tive essa experiência, aí eu fiquei super animado. Fiquei surpreso com o convite e a experiência foi super legal", relembra o cadeirante Gabriel Machado Cabral, de 15 anos. FONTE: G1

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