sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Cegueira diabética agora tem cobertura obrigatória

A inclusão da terapia ocular no novo rol de Procedimentos da ANS beneficiará milhares de pacientes A Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgou a nova lista de procedimentos que terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde a partir de janeiro de 2016. Foram acrescentados 21 procedimentos, entre os quais o Implante de polímero intravítreo de liberação controlada para tratamento uveíte e edema macular por oclusões venosas e diabetes. O edema macular diabético é a principal causa de perda irreversível da visão em pessoas com diabetes. Isso significa que a inclusão da terapia ocular no novo rol de Procedimentos da ANS beneficiará milhares de pacientes. O diabetes com o tempo acomete diversos órgãos, inclusive os olhos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de pessoas com diabetes (9,04%). Há atualmente cerca de 13,4 milhões de pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 – sendo boa parte economicamente ativa (entre 20 e 79 anos de idade) - e estima-se que, deste total, 90% deverão desenvolver retinopatia diabética ao longo da vida. Segundo a IDF (International Diabetes Federation), se não forem tomadas providências, a trajetória mundial da epidemia chegará a 440 milhões de pessoas em 2030. Se a doença não for controlada adequadamente desde seu início, o edema macular diabético (EMD), principal causa de cegueira irreversível em quem tem retinopatia diabética (lesão na retina ocasionada pelas complicações do diabetes), pode aparecer precocemente. O surgimento do edema macular diabético, ao contrário do que se imagina, não é uma doença ligada à idade. Adolescentes e jovens adultos podem desenvolver EMD, caso não tenham um bom controle de seu diabetes. O edema acomete a visão devido ao acúmulo de material anormal nos vasos sanguíneos do fundo do olho – o que pode ocasionar o entupimento ou enfraquecimento desses vasos, muitas vezes levando ao seu rompimento e a danos à retina. Uma novidade no tratamento do edema macular diabético foi aprovada pela ANVISA em maio deste ano. Trata-se da nova indicação de OZURDEX®, o primeiro implante intravítreo biodegradável de dexametasona 0.7mg, que dependendo da patologia - age por até seis meses, melhora a visão dos pacientes diabéticos e diminui os efeitos colaterais, já que libera medicamento de forma controlada e gradual ao longo do tempo. Segundo o estudo clínico MEAD (Macular Edema: Assessment of Implantable Dexamethasone in Diabetes), OZURDEX® é seguro e eficaz no tratamento do edema macular diabético. Reduziu rapidamente a espessura da retina e melhorou a acuidade visual com poucas aplicações (média de quatro aplicações em três anos). Esses dados foram apresentados após anos de estudo com cerca de 1.040 pacientes de 22 países, incluindo a América Latina. “Muitos pacientes só descobrem que têm o problema quando já perderam a visão em um dos olhos. A prevenção do edema macular diabético deve ser iniciada e monitorada desde o dia em que o paciente recebe o diagnóstico de que está diabético”, comenta o Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello Filho. Por outro lado, “A aplicação intraocular de OZURDEX® é uma evolução importante para os pacientes e os resultados são fantásticos. O medicamento age diretamente nas inflamações do edema macular diabético e possui tempo de ação mais prolongado do que os tratamentos disponíveis no mercado”, complementa. “Por seu mecanismo de ação ser diferente dos tratamento atuais, a possibilidade de associação com outras formas de terapia é uma expectativa muito promissora.” Ao ser aplicado dentro do olho pelo oftalmologista, o medicamento libera gradualmente o corticosteroide, um potente anti-inflamatório que se decompõe completamente ao longo do tempo, sendo desnecessária a remoção cirúrgica, trazendo comodidade e qualidade de vida aos pacientes. O OZURDEX® atua diretamente nos agentes inflamatórios, reduzindo o edema da retina, que causa alteração visual, especialmente em casos mais graves, e traz melhora da visão. O diabetes é uma síndrome metabólica decorrente da falta de insulina que afeta várias partes do organismo, entre elas a retina - camada do olho onde estão localizadas as células que recebem luz, processam as imagens e levam informação ao cérebro - e aos olhos, causando o edema macular diabético (EMD). Os diabéticos deixam de enxergar por conta da perda da função dos vasos sanguíneos da retina. Eles se rompem como se fosse um vazamento nos canos de uma casa e os fluidos liberados na mácula prejudicam a visão. Quando atingidas, as células localizadas na retina não conseguem processar as imagens e não levam informação ao cérebro, fazendo com que o paciente enxergue embaçado, com perda da visão central. Os principais sintomas da retinopatia diabética são perda da visão central, visão dupla, enxergar manchas pretas no campo visual periférico, visão embaçada e cegueira. A atenção deve ser redobrada, pois se trata de uma doença silenciosa, já que a perda visual progressiva é indolor e não traz indícios como olhos vermelhos ou secreções. Por sua vez, o edema macular diabético acomete em sua maioria pacientes que já têm diabetes há mais de 15 anos, mas é possível controlar a doença de forma eficaz, evitando a perda total da visão. Por isso, é essencial que os diabéticos façam o controle clínico da doença anualmente, visitando o oftalmologista para realizar o exame de mapeamento de retina para acompanhar e tratar o quadro oftalmológico do paciente. O diagnóstico é feito pelo exame clínico de mapeamento da retina, exame oftalmológico que avalia o fundo do olho e suas estruturas. O fundo do olho é o único local do corpo humano em que se pode examinar diretamente os vasos sanguíneos sem nenhuma intervenção cirúrgica. Por esse motivo, é possível diagnosticar e avaliar a evolução de doenças sistêmicas como hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, doenças neurológicas, doenças hematológicas ou qualquer outra doença que resulte em alteração vascular. O exame de alterações da retina feito conforme orientação do oftalmologista evita a perda da visão. O paciente diabético deve realizar os exames mesmo com diagnóstico recente para iniciar o controle clínico e o tratamento logo no início. O mapeamento de retina deve ser realizado de acordo com a idade e com maior frequência dependendo da alteração que o paciente apresentar. Nesse tipo de exame, pode ser necessário estar acompanhado. O melhor tratamento para o edema macular diabético é por meio do controle rigoroso da doença sistêmica – o diabetes, que inclui controle da glicemia, da pressão arterial e dos níveis lipídicos. O controle clínico inadequado do diabetes aumenta o risco de desenvolvimento do edema macular diabético e danos visuais que podem acarretar a perda irreversível da visão. Associado ao controle clínico, o oftalmologista indica tratamento personalizado conforme a necessidade de cada paciente, que pode ser laser, cirúrgico ou farmacológico (combinações de medicamentos inseridos dentro do globo ocular). Nesse último caso, uma nova opção é o tratamento com OZURDEX®, principalmente para pacientes diabéticos. (Fonte: Agência Press à Porter)

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