terça-feira, 24 de novembro de 2015

Programa VAI Cultura 2015 contempla mais inclusão

Em mais uma edição, iniciativa de promoção cultural da cidade de São Paulo ganha força da diversidade de projetos e linguagens Que cultura e cidadania caminham juntas na construção de uma cidade cuja população abraça a inclusão, isso todos já sabemos faz tempo. Agora pensar no processo de dar real visibilidade à diversidade por meio do estímulo aos agentes culturais que efetivamente criam ações pensando nos cidadãos com deficiência do município de São Paulo é um desafio constante que merece esforços redobrados. E é com este foco que projetos contemplados pelo Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais - VAI reiteram os esforços da articulação entre as Secretarias Municipais de cultura (SMC) e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) para que mais iniciativas tenham impacto também nessa parcela da sociedade. Nesta segunda edição, foram contemplados espetáculos, oficinas e produção de conteúdos bilíngues em português e Língua Brasileira de sinais (Libras) em uma programação variada. Um dos contemplados foi o "DJ Sem Barreiras", proposta que já havia entrado na primeira edição do VAI e que volta para formar ainda mais pessoas com deficiência visual e física interessadas em se profissionalizarem como DJs. O responsável por apresentar as noções de coordenação, mixagem, construção musical, compasso e muito mais é o DJ Anderson da Mata, também com deficiência visual, que passou as instruções técnicas ao longo do curso. Já o "Pé de Sonho" sugeriu a criação de um livro infantil a ser publicado tanto em Língua Portuguesa como em Libras, em uma versão em DVD a ser lançado em um evento incluindo todas as Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS). "A Língua Brasileira de Sinais, por mais que já tenha sido reconhecida legalmente, ainda está em processo de conquista de territórios. São pouquíssimas ações culturais que tem a Libras como foco, e por isso, falta representatividade desta língua no campo midiático, cultural e social", relatou a proponente Amanda Oliveira. Já no campo dos espetáculos, há a iniciativa que prevê a montagem de uma peça baseada na obra "Os Doze Profetas", do artista Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, nome dado ao projeto que conta com a participação de pessoas com deficiência na construção e montagem. Também na área da arte de contracenar, há a peça "Alvorada", do grupo Centro de Pesquisa da Máscara, que por meio da utilização de máscaras, gestos e da comunicação não-verbal constrói a narrativa. "Esse tipo de projeto é fundamental para que haja de fato uma inclusão dessa comunidade [surda], possibilitando a eles a fruição e o encontro com a arte. Foi bastante positivo, quando eles nos disseram que se sentiam incluídos, pois percebiam que neste espetáculo, em especial, ouvintes e não ouvintes estavam vendo o mesmo, não existia a necessidade de nada e nem ninguém que intermediasse a relação deles com a peça, o que tornava a recepção de todos nós: igual. Essa sensação de igualdade e de possibilidade de comunicação é inexplicável", resumiu um dos integrantes do grupo sobre a experiência. Todos os projetos realizados e aqueles que ainda estão para acontecer do VAI 2015 podem ser conferidos em um mapa interativo. Parte das informações da notícia fazem parte do blog do Programa VAI. fonte: s m p e d

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