sábado, 7 de novembro de 2015
Blitab, o primeiro tablet em braille
O Blitab atualmente está em estado de protótipo e busca investidores
Uma empresa austríaca apresentou o primeiro tablet em braile, usando uma tecnologia que cria relevo tátil para mostrar gráficos e mapas para deficientes
visuais e pessoas com visão reduzida.
A tela do Blitab cria pequenas bolhas líquidas para gerar texto ou imagens em braile e relevo tátil, enquanto a tecnologia correspondente permite que arquivos
de textos sejam convertidos em brailes a partir de pen-drives, browsers ou etiquetas NFC.
A fabricante, Blitab Technology, afirma que a tecnologia “revolucionária” pode inaugurar a era digital para os deficientes visuais. A empresa planeja desenvolver
um smartphone em braile, como próximo passo.
“Criamos o primeiro tablet tátil para deficientes visuais”, afirma Slavi Slavev, diretor de tecnologia e cofundador da Blitab Technology. “O que estamos
fazendo é criar uma tecnologia completamente nova que produz braile de forma inédita sem qualquer elemento mecânico”.
“Queremos resolver uma grande questão, que é a alfabetização de pessoas cegas. A tecnologia é bastante escalável, então podemos produzir imagens e coloca-las
em qualquer representação tátil na forma de mapas e gráficos, figuras geométricas, servindo como uma ferramenta educacional para pessoas cegas”.
Outros aparelhos atualmente no mercado são mecânicos e permitem que apenas uma linha de braile seja gerada de cada vez. Eles também custam o triplo do
Blitab, que sai por 2 500 euros, cerca de 6 mil reais.
“Atualmente, existem soluções que são extremamente caras”, afirma Slavev. “Esses aparelhos foram desenvolvidos há 40 anos e, como ninguém ofereceu qualquer
inovação desde então, isso é tudo o que existe no mercado”.
O Blitab atualmente está em estado de protótipo e busca investidores. Caso a rodada de financiamento dê certo, a startup quer começar a vender o produto
a partir de setembro de 2016.
“Acreditamos que as pessoas com deficiência visual devam ser incluídas na era digital na qual vivemos, com smartphones e tablets, mas também garantindo
que elas tenham capacidade de fazer tudo que pessoas que enxergam fazem, como navegar na internet, ler e baixar livros”, afirma Slavev.
(Fonte: Blitab)
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