segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mudança de escola estadual aflige alunos com deficiência

Desde que soube que sua escola seria afetada pela reorganização da rede estadual de ensino, Karowara Antunes da Silva, de 15 anos, está muito preocupada com a possível transferência para outra unidade. Além de ter medo de ficar longe dos amigos e professores, que conhece desde os 11 anos, ela não sabe se a escola para onde será transferida tem a estrutura para atendê-la, já que é cadeirante. “Todo mundo me conhece na escola, sou tratada muito bem e sem nenhum preconceito. A escola tem acessibilidade e é pertinho da minha casa, então tenho total autonomia”, disse Karowara, que estuda na Escola Dib Audi, na zona sul de São Paulo. A unidade, segundo funcionários e a diretoria de ensino regional, terá o encerramento do ensino médio de forma gradual. Ou seja, a partir do próximo ano não serão matriculados alunos no 1.º ano; no ano seguinte no 2º ano e depois no 3º anos, até fechar o ciclo. A mudança, no entanto, não consta da lista da Secretaria da Educação. O irmão de Karowara, João Victor, de 13 anos, também é deficiente físico e estuda na mesma escola. “Não sei aonde meus filhos vão estudar nos próximos anos, qual vai ser a estrutura da escola, como eles serão transportados”, disse a mãe Aparecida de Fátima da Fonseca, de 46 anos. A informação que os pais receberam é que, a partir do próximo ano, os alunos que forem iniciar o ensino médio serão transferidos para a Escola Presidente Kennedy. “Quando a Karowara entrou no fundamental 2, foi transferida para lá. Mas não tinha como ela estudar naquela escola, porque não tem acessibilidade nenhuma”, disse a mãe. Greice Lemos contou que o filho Gustavo, de 13 anos, está apreensivo e com dificuldade para dormir desde que soube que a Escola Silvio Xavier Antunes, na zona norte da capital, aonde estuda está entre as 94 fechadas pela reorganização. “Ele tem mobilidade reduzida por causa de uma lesão na medula e precisa de muletas para andar. Hoje, ele tem autonomia e vai para a escola sozinho, mas com a transferência terá de pegar até dois ônibus.” Transporte O secretário Herman Voorwald garantiu que todos os alunos com deficiência terão direito ao transporte escolar gratuito, independentemente da distância. “É um direito dela e vamos garantir isso.” O projeto de reestruturação atingiu 94 escolas em todo o Estado e fechou etapas em 754 unidades para que passem a ter apenas ciclo único em 2016. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”. Fonte: site UOL.

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