terça-feira, 13 de outubro de 2015
Novo projeto da Fundação Cultural de Blumenau oferece sessões de cinema gratuitas com audiodescrição para cegos
Pipoca Acessível vai exibir um filme brasileiro por mês para deficientes visuais e público em geral
Pipoca Acessível vai exibir um filme brasileiro por mês para deficientes visuais e público em geral
A imaginação vai muito além do que os olhos podem ver. É com essa premissa que a Sociedade Cultural Amigos do Centro Braille de Blumenau abre as portas
para um novo projeto a partir desta quinta-feira: o Pipoca Acessível, que tem como objetivo oportunizar a pessoas cegas o acesso integral a grandes obras
do cinema brasileiro.
Todo mês, um filme será exibido gratuitamente no Cine Teatro Edith Gaertner da Fundação Cultural por meio da audiodescrição — recurso de tecnologia assistiva
que possibilita aos deficientes visuais as mesmas condições de “enxergar” o que as outras pessoas enxergam. Cenas, acontecimentos e detalhes que não podem
ser compreendidos sem a visão são descritas por um narrador junto aos diálogos do elenco.
Com Lázaro Ramos, Leandra Leal e Luana Piovani, o longa O Homem que Copiava abre a programação às 19h desta quinta. Segundo Eliane Luchini, presidente
do Centro Braille, títulos famosos como Olga, Lula – O Filho do Brasil, A Mulher Invisível e Hoje Eu Quero Voltar Sozinho fazem parte do acervo doado pelo
projeto Cinema Petrobras em Movimento. A ideia é que todo o tipo de público participe das sessões. Quem quiser viver a experiência de assistir a um filme
sem usar os olhos terá vendas especiais à disposição:
— Nossa meta é motivar e efetivar a audiodescrição tanto na Fundação Cultural, que já promove projetos especiais para cegos, como também em outros espaços
culturais da cidade — explica Yara Luana Ionen, vice-presidente do Centro Braille.
Para ela, que há cerca de 20 anos sofre de baixa visão — um nível intermediário entre a visão normal e a cegueira —, o Pipoca Acessível chega no momento
em que as pessoas precisam estar cientes da importância da inclusão social:
— Ser cego não é só andar de bengala ou ter cão-guia. A gente quer lazer, cultura e queremos isso em conjunto com o resto da comunidade. A inclusão está
nisso — comenta.
Além do projeto de cinema, a instituição tem investido em passeios ciclísticos e visitas museológicas.
— Queremos sempre possibilitar o acesso desse público a nossas ações culturais. Além de termos instalado audioguias e roteiros táteis no Museu da Família
Colonial, organizamos cursos de braille e visitações guiadas para promover esse tipo de acessibilidade — garante o presidente da Fundação Cultural, Sylvio
Zimmermann Neto.
Agende-se!
O quê: exibição do filme O Homem que Copiava no Pipoca Acessível, projeto que oferece sessões de cinema com audiodescrição para cegos
Quando: quinta-feira, às 19h
Onde: Fundação Cultural de Blumenau (Rua XV de Novembro, 161, Centro, Blumenau)
Quanto: gratuito
Fonte: Jornal de Santa Catarina
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