quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Comissão quer R$ 800 milhões para ações de inclusão de pessoas com deficiência
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou
emendas ao projeto de lei orçamentário de 2016 (PLN 7/15) para amenizar
os cortes
que devem impactar nas políticas de atendimento aos cidadãos com
deficiência. As emendas contemplam ações em quatro ministérios,
alcançando um total de
R$ 800 milhões.
A área de acessibilidade foi beneficiada com uma emenda de R$ 100
milhões ao Ministério do Turismo. O presidente da comissão, deputado
Aelton Freitas (PR-MG),
explicou que é o Ministério das Cidades que normalmente realiza esse
tipo de ação. No entanto, a outra pasta teria mais agilidade na execução
das obras.
“A maneira do Ministério do Turismo trabalhar junto aos municípios ajuda
muito. Primeiro, ele coloca o dinheiro na Caixa, aí o município vai
executando
as obras de acessibilidade à medida que recebe os recursos. Já o
Ministério das Cidades é muito burocrático e faz o trabalho inverso,
atrasa muito o pagamento”,
afirmou.
Outras áreas
Na área de educação, o colegiado aprovou emenda no valor de R$ 300
milhões para infraestrutura no ensino básico. Segundo análise da
Consultoria de Orçamento
da Câmara dos Deputados, houve uma queda de 54% no valor dessa rubrica,
entre o projeto da lei orçamentária enviado em 2015 e a proposta enviada
pelo governo
em 2016.
Na saúde, foi aprovada emenda de R$ 300 milhões para implementar novos
Centros Especializados de Reabilitação (CER) e para a compra de
equipamentos como
mesas ginecológicas adequadas para mulheres com deficiência física.
No segmento de assistência social, a emenda aprovada destinou R$ 100
milhões para estruturação de serviços de proteção social especial, como
entidades
de formação profissionais e casas lares para cidadãos com deficiência.
Essa rubrica também teve um grande corte no orçamento: o valor previsto
para 2016
é 72% menor do que a proposta orçamentária para 2015.
Recursos insuficientes
Para o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), as emendas mostram que os
valores do orçamento de 2016 são insuficientes para atender às
necessidades da população.
“Está identificado para o relator do orçamento e para o governo que o
que está proposto está muito aquém das necessidades reais de
transformação das políticas
públicas voltadas a quem tem deficiência”, disse.
Para serem, de fato, integradas ao orçamento do próximo ano, as emendas
aprovadas na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência
precisam
ser acolhidas pelo relator da proposta, deputado Ricardo Barros (PP-PR),
e aprovadas pelo Congresso Nacional.
Fonte:
CenárioMT Site externo.
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