sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Carro elétrico: salvação do planeta, perdição do pedestre

O Volt, o elétrico da GM, já emite um sinal sonoro quando o pisca-pisca é acionado No final do século XIX a gasolina era considerada perigosa e os motores à combustão eram deficientes. Por este motivo, os primeiros veículos automotores desenvolvidos naquela época eram elétricos. Com a evolução dos carros, a gasolina acabou se tornando o combustível padrão e os veículos elétricos ficaram relegados a segundo plano. As discussões sobre as mudanças climáticas e a futura escassez de combustíveis fósseis fizeram com que os carros elétricos fossem alçados à condição de salvadores do planeta. E, embora a tecnologia tenha um futuro promissor, ainda há muito que se fazer. Os produtos que hoje estão no mercado já apontam alguns problemas decorrentes da nova tecnologia. Curiosamente, um destes problemas, também é considerado uma qualidade: o silêncio. Os carros elétricos são muito mais silenciosos que os modelos equipados com motores de combustão interna, emitindo quase nenhum som. O que parece ótimo para todo mundo que sofre com a poluição sonora dos grandes centros, é péssimo para a segurança dos pedestres já que um carro silencioso pode não ser percebido por um pedestre distraído. O cenário piora se o pedestre for um deficiente visual que, sem poder ver ou ouvir um veículo se aproximando, terá sua vida posta em risco toda vez que atravessar uma rua (mais do que já acontece). Uma pesquisa relevou que os carros híbridos se envolvem em mais acidentes que os “normais”. Para evitar que o silêncio desses veículos gerem mais acidentes, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) exige por lei que os veículos elétricos dos Estados Unidos emitam algum ruído para alertar os pedestres de sua aproximação. O Volt, o elétrico da GM, já emite um sinal sonoro quando o pisca-pisca é acionado. É mais um desafio para os designers e engenheiros que precisam desenvolver soluções para definir não somente como os produtos se relacionarão com o meio ambiente, mas, também, como vão se relacionar com as pessoas, notadamente as deficientes. (Fonte: O Café Design)

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