sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Um movimento crescente tem levado artistas do palco a utilizar recursos de acessibilidade, como audiodescrição e interpretação em Libras
Um movimento crescente tem levado artistas do palco a utilizar recursos
de acessibilidade, como audiodescrição e interpretação em Libras
Atores do espetáculo È proibido Miar
Um movimento crescente tem levado artistas do palco a utilizar recursos
de acessibilidade, como audiodescrição (relato do que se passa em cena
para espectadores
com deficiência visual) e interpretação em Libras (a língua de sinais
para entendimento dos espectadores surdos). Mas os criadores da peça
infantil É Proibido
Miar, que estreou na Sala Álvaro Moreyra, em Porto Alegre, resolveram
radicalizar: incorporaram esses recursos na própria dramaturgia. São os
atores que
descrevem o que se passa em cena e realizam a interpretação em Libras,
tudo isso enquanto atuam.
A motivação vem do tema do respeito à diferença tratado no espetáculo,
uma adaptação do livro de Pedro Bandeira de mesmo título dirigida por
Denis Gosch.
É a história do cachorrinho Bingo (vivido por Joana Amaral), que faz
amizade com um gato. No momento solene do primeiro latido, Bingo
surpreende a família
com um miado. Após a rejeição, tem início sua desventura: ele é levado
pela carrocinha e segue sofrendo preconceito de outros cachorros.
Também integram o elenco Dani Dutra, Douglas Dias e Juliana Kersting,
que teve a ideia da adaptação porque ainda guarda na memória a emoção da
primeira
leitura do livro de Bandeira, quando tinha oito anos:
“Eu me identifiquei. Tinha um irmão mais velho que era especial, então
talvez tenha a ver com essa relação. A leitura ecoou essa minha
experiência de lidar
com a diferença desde que me entendo por gente. Lá por 2012 ou 2013,
mostrei o livro para o Denis com a ideia de montar o espetáculo”.
Esta é a primeira produção da MA Companhia – Teatro, Dança e
Assemelhados (lê-se “má companhia”), que reúne artistas que já
trabalharam juntos em coletivos
como Sarcáustico, Muovere e Macarenando, entre outros. Sobre os próximos
projetos, Gosch explica:
“Agora, estamos com esse desfio da acessibilidade. Ainda tenho vontade
de experimentar muitas coisas com Libras. Me encanta o gestual. Como eu
tenho uma
relação com a dança, tenho vontade de desenvolvê-lo coreograficamente”.
Meia hora antes de cada sessão, os atores receberão o público para um
“tour tátil”, uma oportunidade para tocar no cenário e nos figurinos,
propositalmente
criados com diferentes texturas.
Origem: Zero Hora
fonte:midiace
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário