terça-feira, 18 de julho de 2017

Secretaria fomenta mentoria de pessoas com e sem deficiência para projetos de startups

Na manhã de quarta-feira, 12 de julho, aconteceu na Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo a primeira reunião dos mentores

com e sem deficiência que auxiliarão equipes de startups para o desenvolvimento de projetos que contribuam para que as pessoas com deficiência tenham acesso

a todos os bens, produtos e serviços disponíveis na sociedade e ainda tenham no empreendedorismo uma alternativa para sua inserção profissional e geração

de renda.

Reunião de pessoas com e sem deficiência sobre projeto que fomenta mentores para startups

Essa ação visa estimular a diversidade na formação de equipes de pesquisadores e potenciais empreendedores na criação de startups. Lideraram a reunião,

a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella e o professor e consultor Flávio Grynszpan, responsável

pela preparação das equipes de pesquisadores, potenciais empreendedores e de mentores.

A metodologia utilizada para esse ecossistema de startups vem do National Science Foundation Innovation Corps (NSF I-Corps), que prepara equipes de pesquisadores

e potenciais empreendedores a enxergar além da pesquisa acadêmica e acelerar os benefícios econômicos e sociais de projetos financiados com recursos vindos

dessa agência, para que estejam disponíveis no mercado rapidamente, saindo do campo universitário e indo diretamente para a sociedade.

Segundo o professor Flávio Grynszpan, “estamos criando um grupo de startups, que estão interagindo entre si, procurando caminhos para se tornar competitivos

para o mercado mundial, procurando caminhos para melhorar a posição do setor produtivo”.

A Secretária Dra. Linamara, destaca a importância de formar um grupo de mentores com e sem deficiência para auxiliar no processo de criação de ações por

pesquisadores e potenciais empreendedores. “O mais rico nesse processo é o fato de estar interagindo com um grupo que está pensando na inovação como oportunidade

de ampliar a oferta de produtos para todos. Nós só fazemos o caminho mudar se a gente vai junto”.

Secretária Dra. Linamara lidera reunião sobre mentoria para startups

Os participantes do programa aprendem a identificar oportunidades de produção de valor que emergem de projetos de pesquisa e desenvolvem suas habilidades

como empreendedores por meio da aplicação de metodologia que visa, por meio de entrevistas com potenciais clientes e usuários, contribuir para a elaboração

de sua proposta de valor e do seu modelo de negócio.

Segundo Luiz Carlos Lopes, Secretário Adjunto da Secretaria e um dos mentores selecionados, a ação é inovadora e traz um detalhe importante, “percebeu-se

que para os negócios terem êxito é necessário ouvir a pessoa com deficiência como usuária e consultora”.

Os mentores passam por um programa similar de formação para que aprendam a utilizar sua própria experiência e redes de contatos para auxiliar as equipes

de pesquisadores e potenciais empreendedores. O Secretário Adjunto destacou que “é muito importante agregar ao desenvolvimento dos produtos o olhar da

acessibilidade, também é necessário que os mentores recebam essa capacitação para não trabalhar com apenas uma realidade, ele deve ser treinado para ver

acessibilidade como um todo. É importante a imparcialidade sobre o objeto”.

Lilian Treff, assessora da Secretaria e também mentora nessa ação, falou sobre o objetivo do mentor junto aos pesquisadores e possíveis empreendedores.

“A ideia é provocar questionamentos o tempo inteiro, contribuir com novas experiências, além de compartilhar informações relevantes sobre o segmento da

pessoa com deficiência”.

Segundo ela, a ação auxiliará o mercado a enxergar a pessoa com deficiência como usuários em potencial de novas tecnologias e produtos. “Eu acredito que

esse programa contribuirá de forma exponencial no estabelecimento de um novo tipo de relacionamento entre as pessoas com deficiência e o mercado de produtos,

bens e serviços”.

Os mentores, após formados, poderão atuar orientando as equipes cujos membros possuem alguma deficiência, equipes cujos projetos tem entre seus beneficiários

as pessoas com deficiência, ou ainda garantindo que todas as equipes orientadas por eles levem o desenho universal em consideração na elaboração de seus

projetos e propostas de inovação.

A ideia de inserir pessoas com deficiência no grupo de mentores tem como objetivo contribuir para a diversificação dos grupos que utilizam a metodologia

NSF I-Corps no Brasil e, em especial, no Estado de São Paulo, em programas da FAPESP, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Hospital das Clínicas

da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

A capacitação do grupo de mentores acontecerá em sete encontros a serem realizados nos meses de agosto e setembro.

fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficiencia

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