domingo, 16 de julho de 2017

Petrúcio Ferreira quebra recorde e Brasil faz dobradinha no Mundial de Atletismo

Por CPB
Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Petrúcio Ferreira
 sagrou-se neste sábado, 15, medalhista de ouro dos 100m T47 (amputados de braço) no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Londres (Grã-Bretanha). O paraibano

de 19 anos não só venceu a prova, como também melhorou seu próprio recorde mundial, com 10s53. Vale ressaltar que Petrúcio faz, na capital inglesa, sua

estreia em Mundiais. O segundo lugar também foi para um brasileiro: Yohansson Nascimento.

A antiga marca era de 10s57 e havia sido estabelecido na conquista do ouro nos Jogos do Rio 2016. Petrúcio espanta, desta maneira, o fantasma que o assombrou

no último Mundial, em Doha 2015. A apenas dois dias da estreia na competição, ele sentiu uma lesão na coxa direita que o impediu de correr. Agora, de forma

dominante, deu a volta por cima. Na  semifinal, ele já havia cravado o novo recorde campeonato, com o tempo de 10s67.

"Essa medalha de ouro é tão importante quanto a que eu venci no Rio, no ano passado. Era um título que eu não tinha. Em 2015, fui para Doha, mas acabei

me machucando. Então sabia que tinha de correr atrás desta conquista", disse o atleta, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos

e perdeu parte do braço esquerdo.

Petrúcio ainda consolida-se como o segundo paralímpico mais rápido da história. Ele está atrás apenas do irlandês Jason Smyth (T12 - baixa visão), que

tem o tempo de 10s46. O brasileiro volta à pista na próxima sexta-feira, 21, para a disputa dos 200m - dos quais também é recordista mundial.

A festa brasileira foi ainda maior, já que Yohansson Nascimento foi o medalhista de prata. Ele cravou o tempo de 10s80 e  faturou sua nona medalha em Mundiais

de Atletismo (três ouros, quatro pratas e dois bronzes). Fechou o pódio o polonês Michael Derus, que registrou 10s81.

"Essa dobradinha era para ter vindo no Rio 2016! O polonês me venceu por três milésimos, mas agora eu dei o troco. Estou muitíssimo feliz de mais uma vez

dividir o pódio com o Petrúcio. Já são doze anos de atletismo e nove medalhas em Mundiais. É uma marca histórica", afirmou o alagoano, de 29 anos, que

nasceu sem as duas mãos.

O sul-matogrossense Fabrício Júnior encerrou a participação dos brasileiros no dia com a quarta posição na final dos 100m T12 (baixa visão). Ele fez o

tempo de 11s14 e ficou a apenas cinco centésimos do espanhol Joan Munar, medalhista de bronze. A vitória ficou com o cubano Leinier Savón, atual campeão

paralímpico, com 10s72. A prata foi para o sul-africano Ndodomzi Ntutu (11s01).

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