Implante é instalado atrás da orelha do paciente e transmite os sons ao ouvido interno
paciente e transmite os sons ao ouvido interno
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Uma equipe do Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (SP) realizou pela primeira vez uma cirurgia de implante de prótese de condução óssea, técnica
que recupera a capacidade de audição em pacientes, e é coberta pelo SUS.
Disponível em cerca de 20 hospitais, o procedimento pode ser feito em pessoas que perderam a audição após problemas na orelha externa e média, ou apresentam
surdez unilateral. Feita em menos de 15 minutos, o paciente, adulto ou criança, pode voltar para casa no mesmo dia.
A prótese permite que o paciente capte os sons pela vibração transmitida pelo osso do crânio ao ouvido interno, ao invés da transmissão pela vibração do
ar, o que a torna viável para quem não obteve resultados positivos com o uso dos aparelhos auditivos.
O implante, feito de titânio, é instalado atrás da orelha, e é fixado na calota craniana com um único corte. Segundo o médico Miguel Hyppólito, responsável
pelas quatro primeiras cirurgias com a técnica, o método permite uma recuperação mais rápida.
Com 4 milímetros, o implante é ligado a um pilar, instalado junto à pele, que por sua vez é conectado a um processador de som, responsável por captar as
ondas sonoras e transformá-las nas vibrações transmitidas ao osso. Única peça que fica exposta, o processador pode ser removido, já que fica apenas encaixado
ao pilar.
Uma das primeiras pacientes da técnica no país, a advogada Andrea Cristina Zaninelo, 34 anos, se mostrou otimista quanto aos resultados. "Mesmo antes da
cirurgia, fiz o teste com esse novo sistema e é transformador", contou Andrea, que teve a audição prejudicada por uma doença respiratória aos 22 anos e
com um aparelho auditivo tradicional não percebeu melhoras.
Com cobertura pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a cirurgia para o implante da prótese é gratuita.
(Com informações do Jornal da USP)
do BOL, em São Paulo
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