terça-feira, 4 de agosto de 2015
Espírito Santo recebe primeiro centro de Formação de Instrutores de Cães-Guia do Brasil
O primeiro Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guia foi inaugurado nesta segunda-feira (3), no campus de Alegre, no Instituto Federal
do Espírito Santo (Ifes). O curso formará treinadores, que terá carga horária de 1.520 horas, na modalidade subsequente, destinado a quem já concluiu o
ensino médio, iniciará com 20 vagas e 40 cães a serem treinados.
Para o deputado federal Evair de Melo (PV-ES), que tem em seu currículo acadêmico formação no Ifes e esteve presente no evento, a iniciativa agrega à instituição
que tem trabalhado fortemente a melhoria da qualidade de vida dos moradores capixabas. “É mais oportunidade que se abre para que novos profissionais se
qualifiquem”.
Já para o coordenador-geral de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Desenvolvimento Humano da Presidência da República (SDH/PR),
Weberson Santos, esse é o primeiro passo para sanar um dos grandes gargalos que a pessoa com deficiência enfrenta. “Mas não para por ai, vamos trabalhar
para que o Brasil seja referencial internacional nesse segmento”.
Ter um cão-guia é a expectativa de muitas pessoas com cegueira ou baixa visão, mas quando os custos para manter o animal são apresentados, geralmente,
elas desistem, lembra a diretora-Geral do Instituto, Valdete Tannure. “O custo para manter o animal gira em torno de R$ 30 mil/ano, o que é inviável para
muita gente”.
Formação
Os alunos vão adquirir conhecimentos nas áreas de anatomia, fisiologia, comportamento e bem-estar animal, além de aprender técnicas de criação e manejo
desses animais. Eles também serão capacitados para selecionar os cães que serão treinados e acompanhar as famílias e duplas formadas, entre outras competências.
Depois da conclusão do curso, poderão atuar em centros de treinamento, em instituições de prestação de serviços às pessoas com deficiência, ou ainda como
autônomos.
Família socializadora
As famílias socializadoras são voluntários que darão apoio ao curso técnico, acolhendo em suas casas, durante o período de um ano, cães que serão treinados
pelos alunos e, posteriormente, doados a pessoas com cegueira ou baixa visão.
As famílias são fundamentais na primeira etapa do processo de preparação dos animais. Isso porque elas atuarão na socialização dos cães, adaptando os bichos
a uma rotina e levando-os a todos os lugares possíveis para que se acostumem com o convívio social. Para isso, contarão com apoio de veterinário, psicólogo,
treinador de cães-guia, aluno do curso, dentre outros, além de alimentação gratuita para o cão.
artigo fim
fonte:folha vitoria
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