segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Falta de acessibilidade em avenida de Belém prejudica os deficientes físicos

A população que possui algum tipo de deficiência física reclama que as rampas de acesso para cadeirantes, na avenida Perimetral, em Belém, terminam onde não devem e os pisos para os deficientes visuais possuem postes no meio do caminho. Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), a rede Celpa já foi notificada sobre os postes nas calçadas e, os antigos, estão sendo remanejados. “Um país como o nosso devia ter acesso melhorado para as pessoas com deficiência e nós não temos todo esse acesso”, desabafa o universitário Ernani Alex, que é cadeirante e se locomove com dificuldade pelas rampas da Perimetral. Foto de uma pessoa ajudando um cadeirante, empurrando sua cadeira para facilitar sua locomoção. A tia do universitário, Jacira Mendonça, afirma que faz o que pode pelo sobrinho, mas fica desgastada pelas dificuldades. “Quando chega o final do dia, eu fico cansada. Não é nem por empurrá-lo e sim por causa de dificuldade que a gente encontra para se locomover. É muito difícil”, explica. Já o piso tátil feito para os cegos se guiarem acaba no poste de iluminação, que fica no centro da passagem de pedestres. “O poste chegou primeiro e depois eles colocaram o piso. Não têm condições para um deficiente andar por essa calçada”, diz o comerciante Júnior Aragão. Ainda de acordo com a Sedop, de 90 postes que existem nas calçadas, cerca de 62 já foram substituídos . A rede Celpa informou que já foi notificada e que o trabalho de remanejamento dos postes ocorre dentro do cronograma da obra de duplicação da avenida Obras na Perimetral A avenida Perimetral está passando por obras de duplicação desde 2014. A via deve ficar pronta em 2016. Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), por causa disso nem tudo está perfeito. “Faltam as entidades representativas e legítimas do segmento serem ouvidas e consultadas porque só nós sabemos das nossas dificuldades e necessidades, mas as obras são construídas de cima para baixo sem ouvir a população. Nós nos incluímos no meio da população, pois não somos consultados e nem ouvidos. Quando as obras saem são bonitas, mas inacessíveis”, explica o assistente social da Associação Paraense de Pessoas com Deficiência, Jordeci Santa Brígida. “Isso daqui é horrível e não dá para passar cadeirante por aqui. Um dia desse eu vi um senhor de bengala passando por aqui, com risco de uma bicicleta bater nele. Isso aqui ainda não está concluído direito”, conta a dona de casa Carmem Martins. Fonte: site G1.com PA.

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