quarta-feira, 26 de agosto de 2015

No Recife, corrida especial propõe inclusão de pessoas com deficiência

Uma corrida e festival esportivo reuniram cerca de 200 pessoas na tarde do domingo (23) para promover a inclusão das pessoas com deficiência. O evento aconteceu no centro esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. É a 2ª edição do Festival da Pessoa com Deficiência. O evento é realizado por meio de uma parceria entre a Prefeitura do Recife e a Aliança de Mães e Famílias Raras (Amar), um grupo que dá apoio aos que têm parentes com deficiência no estado. "São pessoas excluídas e queremos trazê-las para a sociedade, porque são nossos filhos, parentes amigos. Falamos de 15 milhões de doentes raros, e essas pessoas ainda não têm a assistência devida", explicou a presidente da Amar, Pollyana Dias. O dia começou com alongamento para todo mundo – não importava a idade, o desempenho nos esportes ou as limitações. Essa turma se reuniu por um motivo muito especial: mostrar que a sociedade pode fazer muito mais por quem tanto precisa de ajuda. Em cada participante, o exemplo de esforço, de luta pela dignidade de pessoas tão amadas. Empurrar a filha Natali, na cadeira de todas, teve um significado a mais para a empregada doméstica Fernanda Silva. "A gente vai até o fim para fazer o melhor pra ela, dar uma vida digna de uma criança especial", contou. Gabrielle, de dois anos, também fez o percurso nos braços do pai e da mãe. O militar Israel de Moura, pai da menina, lembrou da importância da participação da família. "É importante o pai participar, principalmente os pais de crianças especiais", disse. Além da corrida, foram disputadas modalidades adaptadas, como bocha, badminton, tênis de mesa, capoeira e basquete. A tarde também foi de diversão para os que dedicam a própria vida aos que dependem de atenção deles para viver. Atividades lúdicas também foram adaptadas para garantir o entretenimento das crianças, como salto de obstáculos e corda para pular. Atletas com deficiência auditiva, visual e física, paralisia cerebral e Síndrome de Down participaram, junto com parentes, da corrida na pista do centro esportivo. "É bom viajar, ganhar medalha, eu faço tudo isso", disse a paratleta Rosinete Souza. Sua irmã, Ricleide Souza, confirma. "Ela já viajou para São Paulo e trouxe medalha de ouro, prata e bronze", contou. A ex-paratleta Suely Guimarães apontou que as atividades só fazem bem para quem tem deficiência. "O esporte de pessoas com deficiência melhora tudo na vida do deficiente, melhora a autoestima, a interrelação com as pessoas. Eu acho que é uma descoberta muito grande", comentou. O evento marcou o iníco da 14ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, que vai até o dia 30 de agosto, com o tema "Inclusão: assuma este compromisso". As atividades alertam para os vários aspectos da vida das pessoas com deficiência, dentre eles o reconhecimento dos seus direitos e a garantia do exercício da cidadania. Confira a programação. Fonte: G1

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