segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Pesquisas geram 1,5 mil produtos para pessoas com deficiência
Foto de uma menina de costas com próteses nas pernas
Financiamentos do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Site externo.
promoveram, nos últimos anos, a produção de cerca de 1,5 mil produtos
voltados a dar mais independência e qualidade de vida a pessoas com
deficiência.
Esses produtos são resultados de pesquisas em tecnologia assistiva,
termo designado para definir os recursos, serviços, equipamentos e
estratégias que
contribuem para dar ou ampliar habilidades a esse público.
De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social
(Secis/MCTI), Eron Bezerra, atualmente há 70 grupos de pesquisa
desenvolvidos em
tecnologia assistiva. Os produtos são usados para tratamentos clínicos,
cuidados pessoas, atividades domésticas, manuseio de objetos e
atividades recreativas.
São muitas vezes dispositivos simples, mas que facilitam o dia a dia de
quem tem a deficiência, familiares e cuidadores, como colheres, barras
para pratos,
banheiras.
Os produtos estão disponíveis na página
http://assistiva.mct.gov.br/
,
relacionados no catálogo. Os interessados podem pesquisar tanto por tipo
de produto,
como para que tipo de público: deficiente visual, deficiente auditivo,
deficiência intelectual, física, múltipla ou idoso. Também é possível
conhecer as
empresas, fabricantes e importadores.
Edital prevê investimentos de R$ 25 milhões
Segundo Eron, para estimular ainda mais os investimentos no setor,
deverá ser publicado, nos próximos meses, edital com foco no
desenvolvimento de produtos
de tecnologia assistiva, com valor previsto de R$ 25 milhões. "Vai ter
peso maior na seleção do projeto aquele que oferecer a possiblidade de
produtos
a serem desenvolvidos", afirmou.
Cerca de R$ 2,7 milhões do total de recursos previstos no edital serão
destinados à regulamentação das cadeiras de rodas no Brasil, reprovadas
por testes
de segurança e qualidade do Inmetro, em 2013. "Todas foram reprovadas
pelos testes do Inmetro, então o governo encomendou ao MCTI, junto a
outros parceiros,
regulamentar essa política de adequação da eficiência das cadeiras de
rodas", disse.
O governo federal também já aprovou e selecionou 45 instituições de
ensino e pesquisa no Brasil, que vão receber 210 bolsas de mestrado e
doutorado para
desenvolver pesquisa em tecnologia assistiva, num valor de
aproximadamente R$ 20,5 milhões.
São parceiros no MCTi no financiamento das pesquisas, o Ministério da
Educação (MEC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq),
a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República (SDH-PR).
Proteção
Em julho foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar
e a promover,
em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania.
"A política de tecnologia assistiva se destina a atender aproximadamente
40 milhões de brasileiros e brasileiras que tenham algum tipo de
necessidade especial.
Vai desde o surdo-mudo, cego, cadeirante, ao idoso, que exigem
determinadas políticas de tecnologia assistiva", afirmou Eron Bezerra.
Comitê
O Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva é coordenado pela
Secis. Fazem parte do comitê a SDH-PR e os ministérios do
Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, da Educação, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento
e Gestão e da Saúde. Em novembro, a Secis pretende realizar um
seminário, em Brasília,
que irá mostrar toda a tecnologia assistiva já desenvolvida no País.
Fonte:
Portal Brasil Site externo.
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