Pais reclamam do atraso no edital. Governo de SP diz que mudança foi exigida pelo Tribunal de Contas e que resolverá problema em 10 dias.
Por Bom Dia SP, São Paulo
Crianças autistas que estudam em escolas particulares por meio de um convênio com o governo do estado não conseguiram voltar para escola neste ano devido
a uma alteração no edital que as unidades de educação terão que cumprir. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, o processo está atrasado por causa
da mudança.
O Heitor tem 12 anos e é autista. As aulas dele deveriam ter começado na última segunda (29), mas ele continua sem casa. Ele estuda em uma escola em Guarulhos,
na Grande São Paulo, que possui esse convênio com o governo estadual. Em uma reunião, na semana passada, a direção avisou aos pais que não conseguiria
cumprir as regras do edital que foi publicado com atraso.
“A escola é muito importante pra ele. Um autista quando você cria uma rotina isso é muito importante”, disse Paulo Henrique, pai do menino. “Eles não vão
conseguiu porque eles vão ter que dar material, uniforme, lanche, higiene, não especificam nada. O contrato não foi assinado, sem contrato ela não pode
por ninguém”, afirmou.
Em outra escola do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, que também atende autistas, o problema se repete.
“Estava todo mundo estava esperando que esse edital saísse em dezembro para continuar a nova renovação. o que aconteceu, o edital atrasou e acabou vindo
um dia antes de começar as aulas”, afirmou o fisioterapeuta Sabrina Spinelli.
A Secretaria Estadual da Educação mantém convênios com 25 escolas que atendem 2.400 alunos autistas em todo o estado e é obrigada a fazer esse convênio
através de uma decisão judicial de 2001. Segundo a Secretaria, neste ano foram feitas alterações no edital após uma exigência do Tribunal de Contas.
De acordo com a pasta, algumas diretorias de ensino publicaram o edital com atraso, mas garantem que nenhuma criança ficará sem escola.
“A grande maioria das escolas tudo está acontecendo normalmente. Aquelas escolas que se recusaram a praticar os valores iguais para o poder público e para
os particulares nós estamos em negociação e se elas se recusarem a atender nos procuraremos outras escolas capazes de atender os estudantes”, afirmou o
chefe de gabinete Wilson Levy.
A Secretaria da Educação diz que tudo estará resolvido no prazo de dez dias e parte pedagógica das crianças não será comprometida.
fonte g1
Nenhum comentário:
Postar um comentário