sábado, 14 de outubro de 2017

Projeto do DF usa alfinete e elástico para ensinar deficientes visuais a ler gráficos

Projeto nasceu de oficina do Instituto 'MeViro'. Ideia é unir pessoas com deficiência e voluntários para desenvolver soluções de baixo custo e compartilhar

na web.
Por G1 DF e TV Globo
Alfinete, papelão e elástico aproximaram Elson Cunha dos números. Com apenas 5% de visão, o estudante da rede pública do Distrito Federal conseguiu, finalmente,

começar a compreender gráficos. A solução foi desenvolvida pelo próprio Elson e por voluntários em uma oficina do Instituto MeViro.

O MeViro estimula pessoas com alguma habilidade a criar soluções de baixo custo para pessoas com deficiência. Depois, o projeto é compartilhado em
 um site.
A ideia dos organizadores é estimular a cultura do "faça você mesmo" e compartilhar as criações com outras pessoas.

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"Esse projeto está me dando essa oportunidade de sentir melhor como é que seria o gráfico. Pra vocês visualmente falando, mas, pra mim, sentindo", afirmou

o estudante.
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Gráfico desenvolvido no DF para pessoas com deificência visual (Foto: MeViro/Divulgação)
O cientista da computação Marcos Roberto Oliveira é o responsável pela ideia. Há dois anos, ele começou um projeto de
produzir próteses com impressora 3D
 e, desde então, se dedica ao empreendedorismo social.

"As oficinas conectam pessoas com deficiência com pessoas com habilidade de construir algo. Essa pessoa fala dos problemas que tem no dia a dia e as pessoas

do grupo vão pensar em soluções para aquele problema."

A ideia de fazer a oficina em conjunto é para unir os desenvolvedores e os futuros usuários do produto.
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"Tem a empatia criada ali. São coisas simples, que a gente gasta pouco tempo pra fazer e tem um impacto gigantesco. Você não precisa ficar esperando anos

na fila de um hospital para conseguir algo adaptado", afirmou Oliveira.
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Voluntários desenvolvem painel para deficientes visuais lerem gráficos (Foto: MeViro/Divulgação)
A pessoa com deficiência participa de todo o processo de produção e dá feedbacks sobre o protótipo antes dele ser compartilhado na internet. Em uma oficina

em Brasília nesta semana focada nas necessidades de deficientes visuais, também foram desenvolvidos mapas com relevos e instumentos para auxiliar na educação

musical.

O grupo promove oficinas para empresas e patrocinadores. Os interessados podem consultar preços e entrar em contato
pelo site.
Também é possível se cadastrar para ser embaixador do programa e participar das oficinas, sem custos.
 fonte  g1

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