terça-feira, 24 de outubro de 2017

Feira em SP traz inovação a serviço do bem-estar e da inclusão social

Equipamentos com microcâmeras promovem a inclusão tecnológica e movimentam o mercado voltado para tecnologia.

A tecnologia também pode estar a serviço do bem-estar e da inclusão social. Em uma feira em São Paulo, as mais recentes invenções são feitas para aproximar

as pessoas.

É difícil uma pessoa que enxergue bem entender exatamente o que é ter uma visão baixa, uma visão muito baixa, ou pior, não ter visão nenhuma. É por isso

que, em São Paulo, quem enxerga é convidado a perder a visão, mesmo que só por alguns segundos.

“Bom se todos passassem um pouquinho por essa experiência para sentir na pele o que um deficiente sente todos os dias”, diz a estudante Ariane dos Santos.


Hoje em dia, quando os olhos faltam, a tecnologia ajuda e de um jeito muito surpreendente.

O equipamento é uma microcâmera que fica acoplada na armação dos óculos e que tem também uma caixinha, que pode ficar, por exemplo, na cintura de uma pessoa.

No caso, uma pessoa que tem uma visão muito baixa, que identifica na frente dela uma placa, mas não sabe o que que está escrito. Aí, ela faz um gesto com

a mão e os óculos dizem para ela o que está escrito na placa. O que dá para fazer também com esses óculos? Pegar um livro, abrir aleatoriamente em qualquer

página, fazer o mesmo gesto, o sistema tira uma foto, identifica o que está escrito e começa a ler o livro para a pessoa.

E tem mais uma funcionalidade também. Se a pessoa que está usando o equipamento olhar para alguém que está cadastrado, os óculos dizem o nome dessa pessoa.


“Hoje, um cego, a pessoa tem que abordar ele, nesse caso, ele vai abordar a pessoa, sabendo que a pessoa está lá”, explica Abir Magid, expositor dos óculos.


Também tem óculos ajudando quem tem problema com as teclas do computador. Não para enxergar, mas para digitar mesmo.

A pessoa coloca os óculos que têm um sensor do lado, aí ela simplesmente vai piscar. E cada piscada que ela der vai ser enxergada pelo teclado do lado

como um caractere ou uma letra que ela está querendo digitar e assim vai aparecendo tudo no computador.

A central que comanda as piscadas é um tecladão diferente, que a gente pode acionar de um monte de jeito, além dos óculos.

“Para cada tipo de condição motora você tem uma solução apropriada para ser conectada no painel. Ou com as mãos ou com os pés para quem vai tocar diretamente

nas teclas. Ou com um movimento simples como apertar”, diz o expositor Adriano Assis.

É uma feira onde quem se sente excluído na roda de conversa é quem não fala a língua de sinais. Todo mundo perto de um monte de estandes para quem anda

sobre duas rodas. Ou, se preferir, pode andar sobre três instalando uma roda adaptada que transforma qualquer cadeira em triciclo motorizado.

“Ele consegue subir, descer uma guia, ele consegue descer 5, 6 degraus de uma escada, então, sem ter problema de tombamento e, assim, medo de não conseguir

fazer qualquer tipo de atividade”, conta o expositor Lúcio Oliveto Alves.

“Um mercado de R$ 55 bilhões por ano voltados para tecnologia assistiva, produtos e serviços para reabilitação. Um mercado muito grande e que cresce 10%

ao ano”, diz Clédson Fernandes, diretor da feira.

Um setor inteiro trabalhando a favor da eficiência física.

fonte jornal nacional

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