quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Projeto de lei quer garantir gratuidade no transporte coletivo em Pouso Alegre (MG)

Falta de repasse da prefeitura causou suspensão na gratuidade oferecida aos deficientes físicos.
Por Jornal da EPTV - 1ª edição
Uma decisão da empresa de transporte público de Pouso Alegre (MG) continua gerando debates na cidade. Em setembro, a empresa Princesa do Sul retirou os

benefícios das passagens de graça para pessoas com deficiência. O motivo alegado era a falta de repasse da prefeitura na última gestão para bancar a gratuidade.

Para tentar resolver o impasse, a prefeitura encaminhou um projeto de lei à Câmara Municipal na última semana.

A dívida do município com a empresa chega a R$ 8 milhões. O projeto de lei sugere, agora, que seja feito um repasse de R$ 40 mil mensais para pagar as

tarifas e garantir o direito dos deficientes na cidade.

"O projeto foi elaborado. Nós entramos em contato com a empresa, então foi de comum acordo. Então é um valor que cobre as despesas que a empresa terá com

o transporte de deficientes", explicou o chefe de gabinete José Dimas da Silva Fonseca.

Mas o projeto ainda não foi aprovado pela câmara. Segundo os vereadores, faltou deixar claro no texto da lei a situação dos acompanhantes para quem tem

o passe livre. O projeto foi criticado pelas entidades representantes dos deficientes.

“Nem todo deficiente precisa do acompanhante, mas o que precisa, antes do bloqueio, a empresa sedia essa gratuidade. Mas foi tirado também”, contou a dona

de casa Priscila de Souza Ferreira

Quem depende do transporte público se sente prejudicado pelo serviço oferecido pela empresa. Um vídeo exibido pelo Jornal da EPTV, afiliada da Rede Globo,

mostra um cadeirante tentando entrar no ônibus.

Deficientes dizem que elevador muitas vezes não funciona em ônibus de Pouso Alegre (MG). (Foto: Reprodução/EPTV)
O elevador que deveria ajuda os deficientes não estava funcionando e foi preciso ter ajuda de outras pessoas. O homem que aparece no vídeo é o universitário

Fernando Pereira Rezende, que entrou com uma ação contra a empresa. Para ele, a presença de um acompanhante também na gratuidade é fundamental.

“Eu tive muita dificuldade quando fiquei na cadeira de rodas para ter a independência que tenho hoje. Faço tudo sozinho. Aí quando chega uma situação dessas,

eu preciso ser carregado. Eu acho isso humilhante. E muitas pessoas não conseguem tocar a cadeira sozinhas, às vezes elas têm limitações nos braços, ou

até crianças precisam estar acompanhadas. A pessoa com deficiência tem o direito de ter o acompanhante", contou Fernando.

Resposta da prefeitura

Segundo o chefe de gabinete da prefeitura, foi acrescentado ao projeto original um artigo que autoriza a gratuidade ao acompanhante.

A previsão é que o projeto seja encaminhado ainda nesta terça-feira para votação na câmara. Caso seja aprovado na primeira votação, o projeto deve ser

votado novamente para entrar em vigor.

fonte g1

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