terça-feira, 4 de abril de 2017

Evento realizado na Prefeitura de São Paulo contou com a participação de centenas funcionários com deficiência da rede municipal Segundo dados de setembro de 2016 do Sistema Integrado de Gestão de Pessoas e Competências – SIGPEC, da Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Gestão (COGEP/SMG), dos 131 mil servidores ativos da Prefeitura de São Paulo, apenas 400 autodeclararam possuir alguma deficiência. Isso representa 0,3% do total. Para discutir o protagonismo da pessoa com deficiência e construir uma rede de funcionários públicos com deficiência atuante nas transformações da cidade, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) promoveu no último dia 29, na Prefeitura de São Paulo, o encontro com os servidores concursados, comissionados, estagiários e terceirizados com deficiência da rede municipal. O evento contou com a participação dos secretários municipais Cid Torquato, da Pessoa com Deficiência, Eliseu Gabriel, do Trabalho e Empreendedorismo, Paulo Uebel, de Gestão, e a secretária adjunta da SMPED, Marinalva Cruz. O Secretário Cid Torquato, agradeceu a presença dos convidados, a participação no questionário que foi enviado para viabilização da pesquisa e destacou a importância das pessoas com deficiência, inclusão e acessibilidade para a cidade de São Paulo: “Queremos nos aproximar dos funcionários com deficiência por razões óbvias: saber o que vocês pensam o que vocês querem; como é a sua experiência na Prefeitura, ou seja, o que vocês têm para contribuir com esse processo, tanto para o Plano de Metas, como do aprimoramento da gestão e das políticas voltadas para as pessoas com deficiência. Eu acho que o grande mérito da gestão do prefeito João Doria, até agora, é o apoio que ele tem dado com relação às pessoas com deficiência. Estamos conseguindo trabalhar a acessibilidade do ponto de vista estrutural. Isso é um grande salto. Acessibilidade não é uma peça que você encaixa em qualquer lugar; é pensar o mundo sob outra ótica. E quando digo acessibilidade, não é só acessibilidade arquitetônica - um degrau, rampa ou piso ou corrimão - mas é também a acessibilidade comunicacional, é falar com todo mundo, cada vez mais, de forma progressiva. Transformar nossa cidade é uma tarefa grandiosa, e estamos empenhados em trabalhar para tornar realidade que São Paulo seja mais inclusiva” disse Cid Torquato. O secretário Municipal de Gestão, Paulo Uebel, ressaltou a importância da participação das pessoas com deficiência no Plano de Metas 2017-2020 para a Prefeitura de São Paulo e os valores que estão incluídos na gestão do Prefeito João Doria: “É uma honra participar do primeiro encontro da história da Prefeitura de São Paulo reunindo os servidores públicos com deficiência para discutir temas de interesse para poder impactar o Programa de Metas, que vai definir a prioridades nos próximos 4 anos desta gestão. Gostaria de dizer que estou realmente feliz com a realização deste encontro porque demonstra o compromisso da atual gestão com o tema acessibilidade. Sempre deixo claro a importância deste tema, e, devido à sua relevância, ele está inserido como tema transversal do programa de metas. Na implementação de todas as metas, devem ser levadas em consideração, a acessibilidade, o respeito aos direitos humanos e a sustentabilidade. A ideia é realmente atender aos anseios da sociedade, dos cidadãos paulistanos e tornar a nossa cidade muito melhor em todos os aspectos, inclusive na acessibilidade.” finalizou o secretário municipal de Gestão. O Secretario Municipal do Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel, contou sobre as ações em conjunto com a SMPED, e que planeja aumentar a participação das pessoas com deficiência no campo do trabalho: “O Prefeito João Doria tem visto como prioridade a questão da acessibilidade. Tanto que convidou para integrar a equipe dos secretários municipais, Cid Torquato, uma pessoa extremamente competente. Estou admirado com o trabalho do Cid e da Marinalva Cruz, adjunta. Vocês aceleram, como nosso prefeito gosta! Já fizemos algumas reuniões com o Cid e a Marinalva e, em nossa proposta de trabalho em conjunto há uma longa lista de ações e compromissos de ampliação das oportunidades de emprego, trabalho e renda aqui no município de São Paulo”. Marinalva Cruz, secretária Adjunta da Pessoa com Deficiência, incentivou a participação dos servidores públicos: “É extremamente importante que cada um de vocês continuem sendo multiplicadores dessas ações da Prefeitura de São Paulo” disse. Quem nós somos? O que nós queremos? O que nós podemos fazer? Para conhecer melhor cada servidor com deficiência, a SMPED realizou uma pesquisa para mapear os locais de atuação e as atividades desenvolvidas por estes funcionários, além de saber quais são as mudanças necessárias para transformar São Paulo na cidade dos seus sonhos. Após os agradecimentos da mesa, a secretária adjunta Marinalva Cruz, seguiu com a apresentação do perfil dos participantes da pesquisa. Destacou a relação dos números de servidores ativos na Prefeitura de São Paulo, que atualmente são 131 mil servidores. Deste total, somente 400 pessoas responderam o questionário - que ficou disponível no período de 16 até 28 de março - apenas 189 foram de pessoas com deficiência. Em relação ao que “nós somos e o que nós queremos” das 189 respostas de pessoas com deficiência que atuam na rede municipal, 66% são mulheres e 37% homens. O questionário seguiu com raças, idade e órgão de atuação, com destaque para a área da saúde e educação. O tipo de contratação também foi avaliado, 81% são funcionários públicos. O tipo de deficiência que teve o maior número foi a física, com 63,5% de pessoas. Regiões, nível de escolaridade e o tipo de transporte que as pessoas com deficiência utilizam para ir ao trabalho também entraram no questionário, assim como a forma que essas pessoas se vêem dentro da Prefeitura. O que nós podemos fazer? Para discutir o protagonismo e cidadania das pessoas com deficiência na construção de uma cidade mais inclusiva, Thais Brianezi, analista de políticas públicas e gestão governamental, apresentou uma dinâmica de grupo que envolveu o desenho de um muro das lamentações e a árvore dos sonhos, criadas para que os servidores inserissem seus desafios, sugestões e contribuições para uma SP mais acessível e inclusiva. Após a dinâmica, Marinalva Cruz, secretária adjunta da SMPED, destacou o fortalecimento da participação de todos e abriu para o debate com os participantes do encontro. Funcionário da Prefeitura, Mário Luiz Brancia, que tem deficiência visual, da Prefeitura Regional do Ipiranga, relatou que teve problemas com o questionário com relação ao acesso. Ele acredita que juntos, podemos melhorar plataformas de acesso e páginas de sites. Acrescentou ainda que a Prefeitura Regional do Ipiranga é muito acessível e que, dentro do seu setor, tem uma grande autonomia. Já Vinicius Schaefer que atua na Educação, que tem deficiência auditiva, disse que o atendimento direto com a Prefeitura deveria incluir um chat: “Os problemas que temos na educação, é que às vezes precisamos de uma informação da prefeitura e é impossível ligar ou pedir para uma terceira pessoa fazer isso por nós. A ideia seria criar um chat dentro da Prefeitura para que as pessoas com deficiência auditiva pudessem falar diretamente com a pessoa, assim o atendimento teria um respaldo melhor, dentro do nosso sistema já existente”. Questões como o alto índice de pessoas reabilitadas e afastamento por acidentes na CET, dificuldade de acesso em participar de cursos devido à falta de acessibilidade nas Escolas públicas, mais computadores com leitores de tela, professores de Libras – Língua Brasileira de Sinais, para melhorar a comunicação para o entendimento da linguagem na comunicação pública, entre outros questionamentos e soluções, foram abordadas. fonte s m p e d

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