quarta-feira, 12 de abril de 2017
Arte acessível para múltiplas sensações
Exposição internacional assinada pelo multiartista brasileiro CaCau chega a São Paulo com ações urbanas, exposições, oficinas, palestras e música
Mostra ‘S.O.S. SÓS’ teve lançamento mundial na Itália, viajou por Portugal e chegou ao Brasil em 2010, com passagem pelo Centro Dragão do Mar de Arte de
Cultura, em Fortaleza. Imagem: Divulgação
Chega a São Paulo nesta segunda-feira, 10, a exposição
‘S.O.S. SÓS’,
assinada pelo compositor, cantor, artista visual e escritor
Ca Cau.
A mostra teve lançamento mundial na Itália, viajou por Portugal e chegou ao Brasil em 2010, com passagem pelo Centro Dragão do Mar de Arte de Cultura,
em Fortaleza.
A estreia em São Paulo marcou o Dia Nacional do Braille, celebrado neste sábado, 8 de abril.
O nome ‘S.O.S. SÓS’ é um paralelo dialético entre o sinal de socorro ‘S.O.S.’ e o sentimento de estar só. Caracterizada por pinceladas fortes e solares,
com obras concebidas em técnica mista e acrílico sobre tela que tomam outras proporções com a fusão da música, da performance e da vídeo-instalação.
Artistas da
Fundação Dorina Nowill para Cegos,
da
Apae de São Paulo
e da
Amigos pra Valer
participam de interlocuções pela cidade por meio de ações urbanas e intervenções artísticas em exposições, oficinas, palestras e música. A meta é levar
a arte a todos, para ver e sentir, por meio de cores, música, formas, cheiros e imagens em movimento.
Acessibilidade – Borboletas com frases em tinta e em braille, além do folder do projeto impresso em versão acessível para pessoas cegas e com baixa visão
foram produzidos pela DNA Editora.
O Atelier Travessia fica na Rua Minas Gerais, nº 201, em Higienópolis, região central de São Paulo. Informações pelo telefone (11) 2362-2363. Visitas educativas
devem ser agendadas pelo e-mail
agenda@travessiaproducoes.com.br.
Abril Marrom – Neste mês, para celebrar a criação do braille, várias ações de prevenção à cegueira e de e reabilitação estão programadas.
Na terça-feira, 11, a Fundação Dorina promove evento para conscientizar e reforçar a importância do braille para as pessoas cegas. E no dia 26 de abril
haverá palestra sobre reabilitação. Informações estão no site
fundacaodorina.org.br.
“É indispensável que as autoridades na área da educação se conscientizem de que o braille é o sistema natural de leitura das pessoas cegas e que, portanto,
a verdadeira alfabetização de crianças cegas só é garantida por meio deste sistema”, diz Regina Oliveira, coordenadora de revisão braille da
Fundação Dorina Nowill para Cegos
e membro do Conselho Iberoamericano do Braille e do Conselho Mundial do Braille.
Cega desde os 7 anos, ela afirma que as publicações em braille representam apenas pouco mais de 1% das publicações sem braille, mas estudos comprovam o
uso do sistema como imprescindível para o desenvolvimento cognitivo de crianças que nasceram cegas. “Para jovens e adultos cegos que preferem o braille
como meio de leitura, deve ser garantida a oferta de textos neste formato assim como continuam sendo oferecidos textos impressos às pessoas que enxergam”,
ressalta.
De acordo com a especialista, as novas tecnologias não devem substituir o braille, mas, sim, somar-se a ele. “Mesmo diante de um tablet, de um celular
ou outro recurso tecnológico, as pessoas que enxergam continuam em contato direto com a escrita e as pessoas cegas que o desejem também devem ter este
direito assegurado”.
Para isso, explica a coordenadora, já existem os chamados displays braille, que permitem a leitura de textos armazenados sem a necessidade da impressão
em papel. “É indispensável, porém, que o custo de tais equipamentos seja compatível com a realidade das pessoas cegas brasileiras”, ressalta.
“O braille é um recurso indispensável para a independência e a autonomia das pessoas cegas. O uso desse recurso em embalagens de alimentos, cosméticos,
medicamentos, em cardápios, extratos bancários, contas de consumo, elevadores e em muitos outros itens do dia a dia é amplamente aceito por esse grupo
de pessoas. Quanto à leitura de textos, existem aqueles que preferem o braille e aqueles que preferem outros formatos acessíveis (falado ou digital). Já
as pessoas com baixa visão, em geral, se utilizam de recursos ópticos que lhes permitem ler os textos produzidos em fontes ampliadas”, conclui.
Fonte: Estadão
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