Grupo diz que o novo prédio não oferece acessibilidade para os deficientes. SEE garantiu que está fazendo mudanças no prédio para atender os deficientes
visuais.
Por G1 AC, Rio Branco
Deficientes fecharam o cruzamento da Rua Osmar Sabino com a Avenida Ceará, em Rio Branco (Foto: Divulgação/Adev)
Um grupo de deficientes visuais fechou parte da Rua Osmar Sabino e Avenida Ceará, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco, para protestar contra
a mudança do prédio do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (Cap/AC). O ato ocorreu na manhã desta segunda-feira
(23).
Parentes e amigos dos deficientes alegam que o prédio onde vai funcionar o novo CAP/AC não oferece acessibilidade para os deficientes, não tem parada de
ônibus próxima, entre outras reclamações. A mudança está prevista para ocorrer ainda essa semana.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Esporte do Acre (SEE) informou que técnicos do órgão já iniciaram as adequações no Núcleo Estadual de Tecnologia
Assistiva (Neta) para receber os deficientes.
Entre as obras listadas estão a adaptação da calçada, serviços de drenagem e um corredor acessível. A nota ressalta também que os pontos de internet vão
ser instalados até o dia 31 de maio.
"O projeto do Neta teve a sua primeira fase concluída em 2012, com a entrega do bloco do Dom Bosco. Na ocasião, os coordenadores das unidades também participaram
da elaboração do projeto. Hoje, a obra encontra-se na terceira fase, sendo que a segunda está prevista para ser concluída este mês", diz a nota.
Cleyvana Silva Sales tem um filho de 12 anos deficiente visual. Ela diz que o filho frequenta o local desde os 5 meses de vida. A mãe conta que o filho
vai ter dificuldades no novo prédio.
“Estão querendo desestabilizar um prédio dos deficientes visuais e levar para um centro onde não há nenhum acesso adequado para eles. Se for analisar o
espaço, não foi feito para os deficientes visuais. Não tem corrimão, as salas são minúsculas e para chegar até o prédio tem que ir fazendo um zigue-zague
em um labirinto. Não é desta maneira que funciona com o deficiente visual”, reclamou.
O coordenador da Associação de Pessoas com Deficiência Visual do Acre (Adev), Francisco Welinton do Nascimento, falou que o serviço vai ser precarizado
no novo prédio.
“O governo está tendo umas atitudes sem razão nenhuma. Foi decretado que mudassem hoje, mas devido ao protesto não fizeram isso ainda. É precarizar e deixar
insalubres o ambiente de trabalho de pessoas. As pessoas vão ser prejudicadas com um ambiente insalubre, também tem o acesso aos usuários que vai ser reduzido
porque as salas são menores”, lamentou.
fonte g1
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