Início do grupo Na edição de 2017, 179 duplas foram formadas para uma jornada inteira. Service presse/Duoday
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Na edição de 2017, 179 duplas foram formadas para uma jornada inteira. Service presse/Duoday
Trabalhar em dupla – um funcionário sem deficiência e um deficiente – durante um dia. É a iniciativa nacional organizada na França, nesta quinta-feira
(26), pela secretaria de Estado encarregada das pessoas deficientes.
Reportagem de Sophie Motte, da RFI
Batizada de “Duoday” na França, a operação nasceu há dez anos na Irlanda, como “Job shadow day”. Adotada por vários países europeus, ela propõe aos deficientes
uma imersão no mundo do trabalho.
“A iniciativa Duoday é bastante enriquecedora no sentido humano para a nossa empresa, mas também para Nicole, que gosta do ambiente do nosso trabalho”,
diz Emmanuel Leballais, diretor da filial da Reprotechnique, uma empresa de impressões digitais. Durante três dias, Nicole, de 57 anos, que sofre de problemas
psíquicos, trabalha em dupla com um outro empregado no serviço de escritório. “Eu classifico as impressões. Sou um pouco lenta, mas gosto do trabalho”,
diz Nicole.
É a primeira vez que a iniciativa Duoday acontece a nível nacional. A primeira edição na França foi em 2016, no sudoeste do país. A experiência se repetiu
em 2017, localmente, com a participação de mais de 90 empresas e coletividades.
O objetivo principal é a “inclusão”. Em um documento enviado à imprensa, secretaria de Estado encarregada das pessoas deficientes diz querer oferecer “uma
visibilidade positiva sobre a deficiência, para acabar com o sentimento de compaixão que ele inspira e que pode ser um rótulo”.
Legislação
Apesar da existência da obrigação, desde 2005, que as empresas com pelo menos 20 assalariados empreguem 6% de deficientes, a situação dessa categoria no
mercado de trabalho continua precária. A taxa de desemprego das pessoas com deficiência na França é de quase 19%, o dobro da média nacional.
“No começo, os funcionários tinham um certo receio a respeito de Nicole, mas no final, tudo se passa bem. Ela é orientada por um dos empregados e adotamos
um pequeno controle de qualidade suplementar, mas é tudo”, constata Emmanuel Leballais.
Nicole comemora: “Gosto de descobrir empresas que usam tecnologia de ponta. Fico impressionada com o conhecimento em informática das pessoas. Dessa forma
também posso frequentar um ambiente diferente e isso é muito legal”.
fonte por RFI
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