quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Criança com deficiência é deixada na escola em dia de excursão

Garoto com paralisia cerebral foi impedido de fazer passeio com escola em BH Imagem: Reprodução/Facebook
Denise de Almeida

Do UOL

Uma mãe usou as redes sociais para denunciar que seu filho, que tem paralisia cerebral e é cadeirante, foi barrado de ir ao cinema com a turma da escola

municipal em que estuda, em Belo Horizonte.

Adriane Cruz contou que a criança ficou das 7h às 11h20 apenas circulando pelo corredor da escola, na companhia de um funcionário, enquanto as outras crianças

participaram do passeio.

"Hoje vendo meu filho chegar da escola não tive como não chorar. Vê-lo chegando com um balãozinho, pendurado na cadeira como prêmio de consolação, doeu-me

ainda mais", ela escreveu.

A mãe contou que o garoto estuda há 9 anos em escolas que não conseguiram, segundo ela, colocar o projeto de inclusão em prática. "Ele não vai aos passeios

da escola. Neste ano nem mesmo convidado a festa junina da escola foi".

Adriane disse que, entre os motivos apresentados pela escola para excluir a criança em situações anteriores, chegou a ouvir coisas como "estava frio",

que não sabem qual será a reação dele e que o garoto grita e levanta a perna.

"Até quando a inclusão vai ser algo que existe apenas nos projetos escritos em folhas? Como ele vai formar suas ideias e sentimentos sem o apoio da escola

e da sociedade? Não desisto, mas me sinto muito cansada", desabafou a mãe.

O
relato, publicado no dia 29 de agosto,
gerou mais de 12 mil reações no Facebook, além de 6,5 mil compartilhamentos da história e mais de 3 mil comentários.

Outro lado

Em comunicado oficial enviado ao UOL, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte afirmou que o ocorrido não reflete as ações adotadas pela Secretaria

em sua política de inclusão. "Todas as escolas são orientadas a desenvolver atividades que contemplem a participação dos estudantes com deficiência", diz

a nota.

O órgão disse ainda que foi realizada uma reunião com a mãe, direção da escola, professores do estudante, coordenação da escola integrada e a diretora

regional de educação "para esclarecimento dos fatos e reforço dos preceitos da política de inclusão, de maneira a garantir que esse fato não se repita".


fonte ESTILO DE VIDA
uol

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