quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Governo vai investir em atletas paralímpicos para Tóquio 2020

Após os Jogos Paralímpicos Rio 2016, o governo federal continuará a investir em programas para o desenvolvimento de atletas paralímpicos. A garantia foi dada pela secretária especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Justiça e Cidadania, Rosinha da Adefal, nesta segunda-feira (12). Em entrevista coletiva concedida ao lado do judoca Wilians Araújo, que conquistou uma medalha de prata no último sábado (10), a secretária comemorou a ampliação de investimentos. "Teremos mais recursos para continuar investindo no paradesporto, para que, em Tóquio 2020, tenhamos uma meta mais ousada que o quinto lugar no quadro geral de medalhas", disse. Segundo Rosinha, o governo federal investiu R$ 67,3 milhões diretamente em ações voltadas para o esporte paralímpico desde 2010. Além disso, foram firmados convênios com confederações esportivas para preparar equipes em todo o País. "Nós acreditamos que o esporte é o melhor veículo de inclusão social. Além dos legados físicos e de imagem, queremos que o maior legado dos Jogos Paralímpicos seja a mudança de atitude em relação à pessoa com deficiência", afirmou a secretária. Loteria Esportiva A manutenção dos investimentos será viabilizada pelo aumento dos recursos destinados ao paradesporto via Loteria Esportiva. Após a sanção da Lei Brasileira de Inclusão, em agosto de 2015, o percentual da arrecadação das loterias esportivas destinado ao paradesporto subiu de 0,3% para 1,0%. O judoca Wilians comemorou a notícia e afirmou que isso tranquiliza muitos paratletas. "O investimento do governo federal foi muito grande, e isso permitiu que fizéssemos treinamento no exterior e pudéssemos viajar para competir", disse o lutador, que perdeu a visão aos 10 anos, num acidente com uma espingarda. Sem patrocínio privado, Wilians destacou que a Bolsa Pódio que recebe do Ministério do Esporte permitiu que pudesse treinar com mais tranquilidade. "Foi graças a isso que eu pude conquistar essa medalha e dar essa alegria à minha família e ao povo brasileiro. Fico muito feliz em saber que existe planejamento para continuar investindo no paradesporto depois dos Jogos Paralímpicos." A falta de investimento, segundo o judoca, foi a maior dificuldade que ele enfrentou na sua trajetória esportiva. "No começo, quase desisti do judô. Tinha de estudar e concluir o ensino médio, não sobrava tempo para treinar, mas meus técnicos ligavam e insistiam para que eu voltasse aos treinos", contou Wilians. Com a medalha de prata no peito, ele diz que seu próximo sonho é ser campeão de judô e trazer uma medalha de ouro de Tóquio, em 2020. Para Wilians, o esporte mostra o potencial da pessoa com deficiência que, muitas vezes, precisa apenas de oportunidade. "Espero que o grande legado dos Jogos seja mudar a cabeça de todos os brasileiros e mostrar o quanto somos capazes e o quanto somos iguais", disse o judoca. Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Justiça e Cidadania

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