quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Programa de Equoterapia ajuda no tratamento de pessoas com deficiência
Considerado um dos mais modernos métodos de reabilitação psicomotora, o programa Equoterapia, promovido pela Prefeitura, é um método terapêutico e educacional,
que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de
pessoas com deficiências. A iniciativa acontece por meio da Secretaria de Saúde, que faz os encaminhamentos para o programa, quando necessário. As apresentações
dos pacientes aconteceram em um sítio localizado na cidade. O programa já existe na cidade há oito anos e atende pacientes de 3 a 17 anos. Recentemente,
a prefeita Maria Aparecida da Rocha Silva, a Cida (PDT) participou da confraternização anual do Programa de Equoterapia. Na ocasião os cerca de 30 pacientes
do município receberam medalhas de congratulação de participação.
Menina que tem síndrome de down segurando uma corda que está amarrada em um cavalo.
Foto da internet
Contando com uma equipe de oito profissionais entre instrutor de equitação, fisioterapeutas, psicólogos e auxiliar-guia, o programa atende a pacientes
com fobias, déficit de atenção e aprendizado, paralisia cerebral, síndromes neurológicas, autismo e outras doenças.
Para a coordenadora do programa, Mariane Peres, cada paciente recebe atendimento individualizado. “É maravilhoso como os passos do cavalo estimulam áreas
do cérebro como da linguagem, do aprendizado, do psicológico, motor e ajuste tônico muscular e atua, ao mesmo tempo, na autoestima e na autoconfiança.
Trabalhamos com os pacientes de forma lúdica com o auxílio de brinquedos como argolas, escovas, presilhas de cabelo e obstáculos como cones, bolas e bambolês.
Dependendo do estímulo que programamos dar escolhemos o passo do cavalo e o piso que o animal vai usar, no sítio por exemplo utilizamos a grama ou terra
batida”, explica Mariane, informando que os pacientes praticam a atividade duas vezes por semana, sempre às segundas e terças-feiras, durante quase uma
hora.
Benefícios
A subsecretária de Saúde, Vanila Rocha, explicou que a Equoterapia só promove benefícios aos pacientes. “Essa prática mexe com todos os movimentos da pessoa.
Traz benefícios enormes para a coluna e para as pernas. Fora isso, é ótimo para a parte psicológica, pois a oportunidade de ter contato direto com os animais
acaba refletindo no psicológico. Os terapeutas também ajudam a estimular a fala, a linguagem, o tato, a lateralidade, cor, organização e orientação espacial
e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos”, explica Vanila, enumerando que na
esfera social, a equoterapia ainda é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, diminuir antipatias, construir amizades e treinar
padrões de comportamento como ajudar e ser ajudado, diminuir e aceitar regras, encaixar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo,
aceitar as próprias limitações e as limitações do outro.
A prefeita Cida destacou a importância da equitação terapêutica. “A equoterapia é alternativa usada nos processos de recuperação da qualidade de vida,
readaptação clínica e comportamental desses pacientes. Como se não bastasse, a equoterapia é excelente ainda para quem apresenta dificuldade de aprendizagem
escolar. Nosso maior prêmio é saber que essas crianças evoluem. Assim os três lados ganham: as crianças, a família e o município”, enfatiza a chefe do
Executivo.
Pacientes destacam melhoras
Os pais e responsáveis dos pacientes destacaram as melhorias com a prática de equoterapia.
Luciana de Souza Salgado, mãe do paciente Caio de 4 anos, que tem autismo, garante que a autoconfiança de seu filho melhorou bastante depois do tratamento
equoterápico, a mais de um ano. “Meu filho começou a falar no programa, foram suas primeiras palavras. O contato com os animais e com a natureza é muito
benéfico para essa síndrome, pois interage bastante com outras crianças”, disse Luciana.
Já Juliane de Oliveira, mãe de Gleidson de 17 anos, com paralisia cerebral e cadeirante, o tratamento com a Equoterapia, há oito anos, mudou sua realidade.
“Meu filho não tem mais dificuldades em acordar e sentar na cama pela manhã, e fica muito feliz quando vem para o sítio. Sem falar no desenvolvimento de
sua coordenação motora”, declarou emocionada.
Fonte: site A voz da Cidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário