terça-feira, 22 de setembro de 2015
Técnica de lentes com células-tronco pode ajudar milhões de pessoas com cegueira
os investigadores desenvolveram um método para a produção de membranas finas delicadas que ajudam a enxertar as células sobre o próprio olho
As células estaminais são as células mestras do corpo humano. Elas são retiradas de embriões com poucos dias de idade e podem se transformar em qualquer
um dos 300 tipos diferentes de células que compõem o corpo do adulto.
Elas também são cotadas como terapia potencial para a cura da degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Em 2011, a empresa de biotecnologia especializada
em terapias celulares Advanced Cell Technology, recebeu autorização da Food and Drug Administration (FDA), o órgão de vigilância sanitária dos Estados
Unidos, para realizar testes clínicos com células epiteliais pigmentares da retina derivadas de estruturas embrionárias humanas. Entretanto, o tratamento
com células-tronco está sendo desenvolvido como uma forma de prevenir a cegueira em pessoas com estágios iniciais de degeneração macular, mas não é um
tratamento para a cegueira.
Recentemente, porém, pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, divulgaram um comunicado acerca de uma nova técnica para ajudar milhões
de pessoas com problemas visuais, inclusive a cegueira: lentes de contato carregadas com células-tronco.
Esta tecnologia foi desenvolvida para o tratamento de lesão da córnea, uma das principais causas da cegueira no mundo. O implante desenvolvido pelos pesquisadores
britânicos imita as características estruturais do órgão, e, a partir daí, os investigadores desenvolveram um método para a produção de membranas finas
delicadas que ajudam a enxertar as células sobre o próprio olho.
Os pesquisadores são capazes, assim, de criar um disco de material biodegradável que contém pequenas bolsas para abrigar e proteger as células-tronco e
que pode ser fixado sobre a córnea. Ortega Asencio, um dos criadores da lente, explica que o disco tem um anel externo contendo depósitos em que as células
retiradas do olho saudável de um paciente podem ser colocadas.
Ortega revela ainda que, para alguns pacientes o tratamento pode falhar depois de alguns anos, quando os olhos reparados não conseguem mais reter as células-tronco.
Por isso, os cientistas seguem trabalhando em uma nova geração de compostos químicos para uma nova etapa de experimentos.
(Fonte: O Globo)
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