quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Deficientes visuais utilizam audiolivros para estudar, em Porto Velho
Os deficientes visuais, em Porto Velho, dispõem de mais de 400 audiolivros doados para a Biblioteca Municipal Francisco Meireles, localizada na região
central da cidade. A biblioteca disponibiliza ainda 1.200 livros escritos em braille. De acordo com a pedagoga Genoveva Brasileiro, o projeto Acessibilidade
Cidadã teve início no ano de 2013.
A pedagoga explica que o projeto ainda trabalha informalmente com a ajuda de alguns orgãos públicos, e em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais
do Estado de Rondönia (Asdevron).“Nosso primeiro passo foi contactar a Asdevron e assim fazer parcerias, trazendo os cegos para a biblioteca. Hoje atendemos,
em média, 30 deficientes visuais que dispõem de diversos temas para lerem em braille ou até mesmo ouvirem, possibilitando assim que eles estudem”, ressaltou.
De acordo com a pedagoga, além de livros religiosos como a Bíblia e literatura brasileira, outros gêneros também são bem procurados, como os de literatura
estrangeira, um dos mais recentes disponibilizados na biblioteca e o “Cinquenta tons de cinzas” , que atraiu milhões de jovens aos cinemas e livrarias
de todo o mundo, em fevereiro deste ano.
Foto de vários livros em pratilheiras em uma biblioteca.
Para a psicóloga Waldeci Barbosa, a deficiência não impõe limites. Ela possui apenas 5% da visão e conta que não deixa de ir à biblioteca ler livros ou
escutá-los, sua monografia da faculdade partiu de um livro que ouviu, de um psicólogo que fala da importância da familia. “O livro que eu mais gostei de
ouvir foi o do escritor Luis Dafonte, que defende e aborda o campo da familia. Já me formei, mas o audiolivro continua comigo pois sempre escuto, foi uma
novidade que me ajudou muito quando eu estudava na faculdade, continua ajudando na minha pós-graduação”, afirmou Genoveva.
O presidente da Asdevron, Carlos Rodrigues, explica que os audiolivros foram uma novidade ótima para os deficientes, que estão se apriomorado cada vez
mais na educação. “Como a maioria dos cegos estudam, os livros em aúdio facilita para aqueles que gostam de ler, porém não possuem tempo, pois se não
entender de imediato é so voltar a faixa e ouvir até entender. Quando lemos em braille precisamos de um lugar calmo onde não haja barulho, porque do contrário
atrapalha a concentração e não compreendemos nada ”, disse.
Para o Presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, Emerson Bezerra, com os audiolivros fica mais fácil gravar a informação. “Não e só com os livros
em braille que conseguimos aprender, os audiolivros fazem com que possamos gravar com mais facilidade o conteúdo que o livro aborda, mesmo que seja complexo,
passamos a ouvir melhor, levamos no mínimo uma hora só para ouvir alguns capítulos e compreender o que facilita quando estamos atarefados no dia-a-dia”,
afirmou Bezerra.
Braille
O Braille é baseado na formação de seus pontos e relevos, que permite a representação do alfabeto, dos números, da simbologia cientifica, da fonética,
musicografia e informática. Esse sistema se adapta rapidamente à leitura tátil, pois cada caractere pode ser percebido pela parte mais sensível dos dedos,
por meio de apenas um contato.
Fonte: site G1.com RO.
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