f123
Fernando Botelho, dono da F123
A F123, empresa brasileira dedicada a promover oportunidades de educação e emprego para pessoas com deficiência visual, vai desenvolver o primeiro sintetizador
de voz em árabe gratuito e adaptado para computadores portáteis de baixo custo. O projeto acaba de ser selecionado para receber um subsídio do Expo Live,
concedido pelos organizadores da World Expo 2020, evento que será realizado em Dubai. O programa Expo Live disponibiliza uma verba de US$ 100 milhões para
financiar projetos que ofereçam soluções criativas para a superação de desafios que afetem a vida das pessoas ou ajudem a preservar o mundo.
A F123 desenvolveu um computador falante portátil e acessível para auxiliar pessoas com deficiência visual. A ideia é disponibilizar um software multilíngue
de alta qualidade e baixo custo para ajudar pessoas cegas ou que perderam parcialmente a visão, permitindo que vivam com um grau de independência pessoal
que não seria possível sem a ferramenta.
O software criado pela F123 promove o acesso à educação e à informação ao possibilitar que seus usuários naveguem na internet, trabalhem com documentos
e planilhas e usem programas de e-mail e de mensagens instantâneas em qualquer computador.
“Temos seis milhões de pessoas que possuem baixa visão e 500 mil cegos no Brasil, sendo que nove em cada 10 não têm acesso a educação”, disse o proprietário
da empresa, Fernando Botelho, que também é deficiente visual. “Nosso objetivo é tornar o software amplamente acessível a 90% das pessoas com deficiência
visual que vivem em países em desenvolvimento”, completou.
Antes do reconhecimento internacional chegar, a F123 foi apoiada pela Finep por meio do programa Tecnova PR, lançado em conjunto com parceiros regionais
para criar condições financeiras favoráveis e apoiar a inovação tecnológica para o desenvolvimento de empresas de micro e pequeno porte nacionais.
O Tecnova – PR contou com R$ 22,5 milhões, sendo R$ 15 milhões providos pela Finep e R$ 7,5 milhões pelo Governo do Estado do Paraná. Sua execução ficou
a cargo da Fundação Araucária, tendo como parceiros a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SETI,a Federação das Indústrias do Estado do
Paraná - FIEP, o Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar, a Rede Paranaense de Tecnologia e Inovação - Reparte e a Associação das Empresas Brasileiras
de Tecnologia da Informação – Assespro.
fonte (Portal Finep)
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