Morreu nesta quarta-feira, 14 de março, o físico e pesquisador britânico Stephen William Hawking, aos 76 anos. Pós-graduado em Astronomia pela Universidade
de Cambridge e entre os mais respeitados e conhecidos cientistas do mundo, abordou temas como a natureza da gravidade e a origem do universo. Ele tinha
deficiência física e dificuldade de se comunicar pela via oral, em virtude da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa que o deixou com
a movimentação apenas de um dedo, dos olhos e de alguns músculos faciais.
Stephen Hawking morre na mesma data de aniversário de outro físico conhecido: Albert Einstein, teórico alemão que desenvolveu a teoria da relatividade
geral, mesmo tema que inspirou Hawking ao longo de sua vida.
A dificuldade para se comunicar nunca impediu Stephen Hawking de continuar suas pesquisas e produção de teorias, já que sua capacidade intelectual foi
preservada. Para falar, utilizava um sintetizador eletrônico, assim, a voz robótica produzida pelo aparelho acabou se tornando uma de suas marcas registradas.
Para produzir a fala, eram formadas as palavras em uma tela com o movimento dos olhos, da mesma forma que movia sua cadeira de rodas.
Na década de 60, o físico apresentou sua teoria da singularidade do espaço-tempo, aplicando a lógica dos buracos negros a todo o universo. O físico também
escreveu o preâmbulo do Relatório Mundial sobre a Deficiência, importante documento lançado em 2011, que apresenta recomendações e aponta a existência
de mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo.
Em seu texto, Hawking destacou “a deficiência não precisa ser um obstáculo para o sucesso”, e continua, “os governantes de todo o mundo não podem mais
negligenciar as centenas de milhões de pessoas com deficiência cujo acesso à saúde, reabilitação, suporte, educação e emprego tem sido negado, e que nunca
tiveram a oportunidade de brilhar”.
Ele termina o texto com um desejo: “é minha esperança que, a começar pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e agora com a publicação
do Relatório Mundial sobre a Deficiência, este século marque uma reviravolta na inclusão de pessoas com deficiência na vida da sociedade”.
Sua vida foi retratada nos cinemas no filme “A teoria de tudo”, de 2014 e rendeu o Oscar de melhor ator a Eddie Redmayne, em 2015. O roteiro foi baseado
no livro de mesmo nome escrito por Jane, mulher do físico entre 1965 e 1995.
O físico morreu em sua residência, em Cambridge, Inglaterra, e deixa três filhos, Lucy, Robert e Tim.
Clique aqui para acesso ao RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE A DEFICIÊNCIA com o PREÂMBULO DE STEPHEN HAWKING
fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficiencia
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