terça-feira, 2 de maio de 2017

Projeto brasileiro para velocistas cegos disputa prêmio mundial de tecnologia

O Brasil será representando por um projeto desenvolvido no Amazonas na disputa pelo Sports Technology Awards, prêmio internacional de tecnologia para o esporte. A iniciativa brasileira consiste em dar autonomia a velocistas cegos, orientados por estímulos táteis a partir de sinais emitidos por sensores nas pistas de atletismo. A coordenadora do Centro de Inovação em Controle, Automação e Robótica Industrial (Cicari), Ana Carolina Oliveira Lima, explica a abordagem da concepção da ideia, em 2012, até a expectativa de revolucionar uma modalidade paralímpica. “Gostaríamos que algum dos nossos protótipos, seja o bracelete ou o macacão, já na forma de produto, pudesse transformar a concepção atual de corrida de pista em jogos paralimpícos”, afirma a pesquisadora, em referência ao fato de a tecnologia dispensar a necessidade de um segundo atleta ao lado dos competidores deficientes visuais. A especialista destaca, ainda, o papel que a iniciativa terá para os atletas no futuro. “Eu acredito que esse tipo de tecnologia possa beneficiar as futuras gerações, para que não precisem mais de guias para executar essas competições. E o Brasil está sendo o primeiro País a levar esse conceito”, completou. Indicação A indicação para o prêmio recaiu sobre o grupo de pesquisa Cicari, autor do projeto Meu Guia, com apoio de dois editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do MCTIC. “Todo esse trabalho só saiu por causa do CNPq”, ressalta a pesquisadora, que também coordena o Núcleo de Tecnologia Assistiva da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), programa liderado pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI). O Cicari é finalista na categoria “melhor inovação em vestimenta” e, segundo a coordenadora, tem pela frente cinco concorrentes associados a empresas e, portanto, mais próximos do mercado. O Sports Technology Awards destaca inovações de grandes marcas esportivas do mundo. A proposta amazonense já havia vencido, em 2015, o prêmio nacional Santander Universidades. Graduada em Tecnologia em Processamento de Dados pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia, em 2003, Ana Carolina possui mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela UFCG, com experiência em engenharia de software e fabricação de produtos de tecnologia assistiva. Fonte: Portal Brasil, com informações do MCTIC

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