quinta-feira, 12 de maio de 2016
Oficina ensina automaquiagem para mulheres com deficiência visual
Jacques Janine e Laramara unem expertises para criar oficina que usa a maquiagem como ferramenta para valorizar a beleza e melhorar a autoestima de pessoas
cegas e com baixa visão
Automaquiagem para cegos
Automaquiagem para cegos - Celina Germer
A impossibilidade de enxergar o próprio reflexo no espelho não significa que mulheres com deficiência visual não possam fazer seu próprio make com perfeição.
É com esse conceito que o Jacques Janine e a Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual criaram uma oficina para ensinar
dicas de automaquiagem às pessoas cegas e com baixa visão. Sob o comando da maquiadora e consultora de imagem da rede de salões, Chloé Gaya, a oficina
tem como principal objetivo valorizar a beleza e melhorar a autoestima das participantes.
Em seis aulas que inclui teoria e prática, a oficina acontecerá todas às quartas-feiras, de 11 de maio a 15 de junho de 2016, e surge como uma oportunidade
enriquecedora de autoconhecimento, pois ensina as participantes a mapear seu próprio rosto e a identificar seus traços por meio da experiência tátil e
de técnicas de maquiagem. Entre os assuntos abordados estão desde a rotina de cuidados de preparação da pele, as funções dos produtos e até os truques
de como fazer um delineado.
“A maquiagem faz parte de nossa imagem pessoal e ela é muito importante, pois influencia na maneira como nos sentimos diante do mundo. Quando nos sentimos
mais bonitas, elevamos nossa autoestima e ficamos ainda mais felizes. Nesta oficina, ensinaremos os cuidados com a beleza e a fazer uma maquiagem de maneira
prática para o dia a dia e para ocasiões especiais”, explica Chloé Gaya, maquiadora e consultora de imagem do Jacques Janine.
Conhecendo produtos, cores e texturas
Com o apoio da Vult Cosméticos, que doou os itens de make para a oficina, as mulheres com deficiência visual serão apresentadas a um mundo de cores, texturas
e tendências de maquiagem. Para isto, os produtos serão identificados em braille, sistema de leitura e escrita dos cegos, e em tipos ampliados; e as alunas
serão estimuladas pelo tato e por outros sentidos sensoriais, fomentando a importância da autovalorização e a independência das pessoas com deficiência
visual no dia a dia.
Segundo Lilia Giacomini, pedagoga que realiza atendimentos de atividades de vida autônoma na Laramara, a oficina de automaquiagem é uma experiência nova
para a Laramara. “Estamos iniciando um projeto que é um complemento de outras ações oferecidas pela instituição no universo das atividades de vida autônoma,
para que a pessoa com deficiência visual aprenda a se cuidar melhor e conheça a sua própria identidade. E, quando pensamos em valorizar a beleza, respeitando
as características de cada um, também percebemos um avanço nas relações pessoais, contribuindo para inclusão social”, destaca.
Em seus quase 25 anos de existência, a Laramara ganhou reconhecimento nacional e internacional por seus projetos assistenciais voltados ao desenvolvimento
de crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência visual no Brasil e na América Latina. Nesse período, assistiu a mais de 10 mil famílias, oferecendo
apoio no processo de independência e autonomia nas atividades cotidianas. Também é referência na luta pela inclusão e participação social dessa importante
parcela da população.
Serviço
A oficina acontecerá na própria Laramara: Rua Conselheiro Brotero, 338 – Barra Funda – São Paulo – SP.
Inicialmente, serão 15 no módulo que será realizado de 11 de maio a 15 de junho.
Os interessados podem entrar em contato com a Laramara pelo telefone:
data/call_skype_logo
(11) 3660-6455 ou
www.laramara.org.br.
Sobre a Laramara:
A LARAMARA é uma das mais atuantes instituições especializadas em deficiência visual e um centro de referência na América Latina no desenvolvimento e na
pesquisa na área da deficiência visual. Fundada em 1991, realiza atendimento especializado nas áreas socioassistencial e socioeducativa com ações complementares
e atividades específicas essenciais à aprendizagem e ao desenvolvimento das pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas. As atividades
são realizadas em grupos e os usuários dispõem ainda de atendimentos específicos de Atividades de Vida Autônoma, Braille, Soroban, Desenvolvimento da Eficiência
Visual (Baixa Visão) e Orientação e Mobilidade. Disponibiliza recursos humanos para apoio à inclusão social, colabora para o aperfeiçoamento e a capacitação
de profissionais e divulga suas experiências e aquisições para todo o Brasil, por meio de recursos instrucionais produzidos por sua equipe, como livros,
manuais e DVDs. LARAMARA trouxe para o Brasil a fabricação da máquina braille e da bengala longa, indispensáveis para a educação e a autonomia da pessoa
cega. Buscando a inclusão profissional de jovens e adultos com deficiência visual, ampliou seu projeto socioeducativo em 1996 realizando atendimento para
essa população.
fonte>revista meio ambiente
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