quarta-feira, 25 de maio de 2016
Fotografias retratam laço entre pessoas com deficiência e seus cuidadores
Supostamente, uma foto tremida é uma foto desperdiçada. Mas não quando o fotografo é o jovem Roger Bueno, de 24 anos, nascido com uma deficiência congênita
na mão direita. Nas imagens de Roger, o tremor é discurso, é amor, e suas fotos mostram nada além disso: afeto, empatia, companheirismo e dedicação entre
pessoas com deficiência e seus cuidadores.
Roger é estudante de comunicação social com habilitação em Publicidade e Propaganda, na condição de bolsista, na
Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado Site externo,
e estas fotos são seu primeiro contato com a fotografia. Além de retratar o afeto entre essas pessoas, a série procura, segundo Roger, “motivar uma reflexão
sobre temas como saúde, trabalho e exclusão social”.
As imagens são inspiradas nos tios de Roger, Valdemar e Marieta. Seu tio sofre, há mais de 20 anos, de um transtorno mental, agravado por internações em
manicômios, com tratamentos cruéis e desumanizados. Além do acompanhamento médico, Valdemar depende exclusivamente de Marieta, e essa natureza de troca,
confiança e cuidado é que inspirou Roger.
A natureza dessas relações, porém, é bastante complexa e variada, dando-se ora entre pais e filhos, ora maridos e esposas, avós e netos, e até mesmo amigos
simplesmente.
O que Roger quer é apontar uma luz sobre um tema que, segundo ele, está na “escuridão”: chamar a atenção para as dificuldades que enfrentam, seja em seu
cotidiano, seja no mundo, ou até mesmo para além de suas limitações – por exclusão social ou preconceito – e, assim, revelar o amor e a humanidade entre
essas pessoas como saída para qualquer dor.
O ensaio completo está disponível na
matéria publicada no Hypeness Site externo.
Fonte:
Hypeness Site externo
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