quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Deficientes visuais criticam alterações em ônibus
RIO — Acostumado a seguir a mesma rotina, o deficiente visual Alessandro Lago ficou perdido quando saiu na segunda-feira do metrô em Botafogo. Há anos,
costumava pegar a linha 513 — antiga Urca-Botafogo e atual Urca-Humaitá — na Rua Nelson Mandela, em frente à saída da estação. Mas, na segunda-feira, quando
chegou ao outro lado da calçada, notou que não havia usuários à espera de condução.
— A calçada estava vazia — disse Alessandro, que trabalha no Instituto Benjamin Constant, na Urca, como auxiliar administrativo. — Depois de aguardar por
alguns minutos, um fiscal da linha me avisou que o ponto de ônibus havia sido transferido para a Voluntários da Pátria, no último sábado. Uso o ônibus
quando faço integração com o metrô. Vou ter que andar mais alguns metros para pegar a condução.
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Assim como Alessandro, a pedagoga Chayene Alvarenga, que também trabalha no Instituto Benjamin Constant, teve dificuldades para chegar à Urca. Moradora
do Méier, ela optou pelo trem até a Central do Brasil, e lá foi avisada sobre as mudanças. Com receio de não encontrar o novo ponto, preferiu embarcar
na linha 107 (Central-Urca). A troca fez a pedagoga chegar ao trabalho 2 horas e 10 minutos depois de sair de casa — o dobro do tempo que levava até a
semana passada.
A secretaria municipal de Transportes informou, em nota, que o ponto foi realocado para a Rua Voluntários da Pátria por reunir as melhores condições técnicas.
E que a escolha do local foi feita de maneira a evitar transtornos para os usuários, já que o ponto está na mesma calçada, e não há necessidade de atravessar
ruas.
Essa é a quarta fase de mudança do processo de racionalização das linhas de ônibus. Até agora, foram criadas 10 novas linhas. Outras 29 foram extintas
e 13 tiveram seus trajetos alterados.
fontte:extra
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