sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Projeto promove oficina de fotografia para surdos
Ampliar a acessibilidade cultural em Natal. Este é o principal objetivo de “Narrativas do Silêncio”. Idealizado e produzido por Daniely Evelly e Fábia
Fernandes, alunas do curso de Tecnologia da Produção Cultural do IFRN, o projeto constitui um grande desafio: promover uma oficina de fotografia com pessoas
surdas, culminando com a realização de uma exposição que reunirá uma mostra do trabalho produzido pelos participantes. Para tanto, a oficina terá que ser
inteiramente traduzida na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Ministrada pelo fotógrafo José Aglio (Designer Industrial e Fotógrafo Still), com tradução de Rogério Rayknnem, a oficina terá aulas teóricas nos dias
26, 27 e 30 de novembro de 2015, das 18h30 às 20h30, no Campus Cidade Alta do IFRN, e atividade prática no sábado, 28 de novembro, das 14h00 às 16h00,
no Parque das Dunas. Já, a exposição fotográfica será realizada na Pinacoteca do Estado, na Cidade Alta, com abertura em 7 de dezembro, estendendo-se até
7 de janeiro de 2016.
“Narrativas do Silêncio” é um exercício prático das disciplinas de Elaboração e de Desenvolvimento de Projetos, integrantes da grade curricular do curso
de Produção Cultural do IFRN. A proposição foi inscrita e contemplada no Edital nº 02/2015 do Sebrae/RN, destinado à seleção de projetos ligados à Economia
Criativa. As vagas são limitadas, com inscrições gratuitas sendo realizadas na sede da Associação de Surdos de Natal – ASNAT, no Centro de Atendimento
às Pessoas com Surdez – CAS/Natal e no Centro de Saúde Auditiva SUVAG-RN.
Conquista – A acessibilidade cultural é uma conquista das pessoas com deficiência. Em termos gerais, o direito é consagrado pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos, mas está especificado na Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada por unanimidade pela ONU em 2007
e ratificada pelo Brasil em 2009.
Acessibilidade cultural implica reconhecer o direito das pessoas com deficiência de participar da vida cultural, em base de igualdade com as demais pessoas.
Tanto no que diz respeito à fruição de bens e serviços, quanto ao acesso a materiais e atividades que favoreçam o fazer artístico-cultural.
Há poucas experiências de ações e políticas culturais de acessibilidade em nosso país. Em geral, elas se reduzem à perspectiva da acessibilidade física
do espaço. “Narrativas do Silêncio” é uma bela e bem-vinda exceção, concebida em um laboratório que, com certeza, ainda renderá muitos outros bons frutos.
Fonte: Portal Vermelho – Foto da internet.
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